Os ataques terroristas do passado dia 13 de Novembro em Paris vieram mais uma vez revelar-nos que os neo-jihadistas vivem entre nós, muito pouco têm a ver com a cultura muçulmana e o islão é primordialmente um pretexto para mostrarem à sociedade a sua revolta, sede de violência e desejo de radicalização. Se não tivessem origem magrebina e por isso considerados potencialmente muçulmanos, estes delinquentes com problemas de integração social poderiam facilmente estar em movimentos de extrema-esquerda ou extrema-direita, ou simplesmente num grupo punk qualquer. E é nestes jovens que o Estado Islâmico vai encontrar a sua “carne para canhão”, gente disposta a transformar a sua revolta pessoal em actos sangrentos. Mais tarde ou mais cedo o desejo de um califado jihadista nos territórios sírios e iraquianos irá extinguir-se, muito mais por falta de quem lhes compre o “ouro negro” do que pelas bombas dos aviões russos, franceses ou mesmo dos Estados Unidos da América, mas o vírus da violência está espalhado nos subúrbios das grandes metrópoles europeias e haverá sempre um extremista qualquer que se irá aproveitar da revolta destes jovens.
Comentários no Facebook
«Laura Sarmento» >> concordo 100%
«António Lopes» >> Extrema-esquerda, movimento Punk? Vai-me desculpar caro David Ribeiro mas discordo totalmente nesse ponto. A Extrema-esquerda é demasiado generalista mas mesmo assim a leitura dos mais variados manuais a violência nunca é apregoada de forma tão banal como o ISIS produz. As revoluções de 68 (França), pouco ou nada têm a ver com o ISIS, etc, etc. Sobre o movimento Punk... grupos anarquistas/Punk (nem sempre uma coisa significa outra), o nascimento do Movimento Oi, nasce entre a classe operária inglesa como forma de proteger a Classe trabalhadora e não para destruir de forma violenta tudo o que lhe aparece pela frente. Por favor nunca mas nunca meter na mesma panela ISIS e Movimentos Punk ou Extrema Esquerda. Sobre a Extrema esquerda, Stalin nunca foi comunista, os seus gulags não fazem parte da ideologia comunista e até Lenine escreveu que Stalin não tinha o perfil de. ISIS não é representativo da Religião Muçulmana [wink emoticon]. Sobre o Movimento anarquista, temos um exemplo bem próximo de nós (Guerra civil espanhola 1936-39), em que algumas Igrejas foram queimadas mas numa guerra tudo o que é de mau acontece MAS nunca uma Igreja ou convento tinham sido queimados antes da Guerra Civil espanhola ter o seu início. Culpas? Para mim, a construção de seres-humanos frios, sem ideias e sem sentimentos próprios de um sistema económico baseado unicamente no material, no dinheiro produz tudo isto.
«Laura Sarmento» >> António Lopes, o que eu penso é que o David Ribeiro se quis referir aqui a gente extremista (sobretudo jovens), que estão em momentos extremistas porque sim, que são facilmente formatados porque sim, e que se deixam levar em qualquer onda diferente e extremista porque sim... não tem nada a ver com o teor, com o conteúdo de cada movimento. Tem a ver com revolta, falta de valores, vida oca e desocupada.
«António Lopes» >> O "extremismo" faz parte de uma juventude normal, agora temos é de incutir desde cedo valores como o respeito entre todos e não deixa-los entregues a toda uma máquina destruidora de sonhos, destruidora de Utopias. ISIS é um cancro, cancro esse alimentado pela ignorância. Embora não conheça pessoalmente o caríssimo David Ribeiro tenho a certeza que o texto dele foi escrito com alma e que não deixa de ter uma certa razão (conheço o David unicamente através da sua escrita e tenho pelo seu teor o máximo de respeito). Apenas ligar o Movimento Punk ao ISIS senti-me tentado a demonstrar a minha opinião contrária [smile emoticon]. Um excelente fim de semana a todos. PS: A extrema-esquerda (embora seja um termo muito difuso), é-me próxima [smile emoticon]
«Laura Sarmento» >> o problema que se levanta agora é incutir esses valores numa camada jovem que foi sucessivamente esquecida e habituada a não dar valor nenhum a quem nunca lhes prestou a atenção devida. São descrentes no sistema, num sistema que os esqueceu. Não sei se ainda iremos a tempo.
«António Lopes» >> A pobreza como a grande culpada?
«Laura Sarmento» >> Se calhar, Antonio Lopes, se calhar... ou riqueza a mais sem amor... um bom fim de semana.
«David Ribeiro» >> Provavelmente não me expressei bem… Nunca quis meter no mesmo saco os movimentos de extrema-esquerda, de extrema-direita e os punk, mas que estes jovens das periferias degradadas das grandes cidades são facilmente “recrutados” para seja o que for, terão que concordar que é verdade.
«Gonçalo Graça Moura» >> David, continua a acreditar no pai natal... mostra-me um islâmico "moderado" que condene de facto o jhiadismo... e sim, o islão é tanto uma religião de paz, que numa noite o mafoma só degolou 600 "apóstatas" que se recusaram a converter... e já agora, tirando o Breviq, diz-me um terrorista não-islâmico desde o 11/9. E sim, a maioria dos suicidas tem formação superior, sendo que só no último atentado de Paris é que não eram de classe média-alta...
«David Ribeiro» >> A “carne para canhão” do Estado Islâmico já não é a mesma do 11 de Setembro, assim como Abu Bakr al-Baghdadi não é o Bin Laden.
«Joaquim Leal» >> Assim por acaso lembrei-me do movimento "Black bloc" [tongue emoticon]
«Rogerio Silvestre» >> e também é verdade que esta gente com sede de sangue não conhece o Islão na sua essência, pois a doutrina não permite estes actos, basicamente são jovens e ocos, almas fracas
«Diamantino Hugo Pedro» >> Que bonito que é o politicamente correcto... A doutrina do Islão não permite estes actos, mas o Al-Corão está cheio de versos a justificarem os mesmos....
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