Ainda não está terminada a investigação ao acidente do voo da LaMia que transportava para a Colômbia a equipa brasileira de futebol do Chapecoense, na madrugada da passada terça-feira, causando a morte a 71 pessoas (22 jogadores, 22 dirigentes, membros da equipa técnica e convidados, 22 jornalistas e nove tripulantes), tendo sobrevivido três jogadores, dois tripulantes e um jornalista, mas já estão perfeitamente apurados os azares e más decisões que contribuíram para a queda deste avião.
JN 12Dez2016
Autoridades confirmam que avião da Chapecoense não tinha combustível quando caiu
Ao que já foi apurado, o avião pilotado pelo boliviano Miguel Quiroga, que tinha partido da Bolívia em direção a Medellin, Colômbia, seguia no limite da capacidade de combustível, com autonomia para percorrer três mil quilómetros, quando o voo era de 2.985 quilómetros. Nas gravações de áudio - entretanto tornadas públicas - entre o piloto da aeronave e a torre de controlo de Bogotá, o profissional só alertou para uma situação de emergência às 21.45 horas, ou seja, quinze minutos antes da suposta hora de chegada. Uma atitude "negligente", na opinião do diretor da Aviação Civil da Colômbia, Alfredo Bocanegra. Por isso mesmo, especialistas em segurança aérea acreditam que o piloto do LaMia tenha, de forma "irresponsável", adiado o procedimento até ao último momento, de forma a evitar penalizações, comuns em casos de falha de combustível.
Falta de autonomia
A aeronave em que seguia a equipa da Chapecoense tem autonomia para 4.22 horas de voo, o equivalente a três mil quilómetros à velocidade de cruzeiro de 801 km/h. Calculando a rota entre Santa Cruz de la Sierra e Medellín, o voo deveria percorrer 2985 quilómetros, calcando, assim, o limite da autonomia. Quando caiu em Cerro Gordo, a 30 quilómetros de Medellín, no município de La Unión, o avião já tinha percorrido quatro horas e 15 minutos, restando-lhe apenas 15 minutos de reserva. De acordo com códigos internacionais de segurança, os pilotos devem ter no mínimo 30 minutos de combustível além do necessário o que, ao tudo indica, não aconteceu.
Prioridade de aterragem de outro avião
À falta de autonomia, o piloto de aviação comercial e especialista Carlos Camacho junta outro fator para a tragédia: um avião da VivaColombia pediu prioridade de aterragem "como medida preventiva", imediatamente antes do avião da LaMia. Seguindo o procedimento padrão, o piloto Miguel Quiroga voou em círculos enquanto aguardava pela pista, mas já era tarde. O avião perdeu altitude e acabou por cair. Este imprevisto poderá ter encurtado a margem de erro que, por si só, já era curta.
Velocidade do avião da LaMia
Para o especialista em aviação civil Lito Sousa, que falou à "Folha de São Paulo", a velocidade da aeronave, 263 quilómetros por hora, era mais reduzida do que a habitual num voo regular, sendo apenas justificada numa grande aproximação a uma pista de aterragem, o que não era o caso, visto que, na altura do acidente, o aeroporto de Medellín ainda estava a 30 quilómetros de distância.
A companhia aérea fez quatro voos no limite do combustível em seis meses
A falta de autonomia do avião acidentado, apontada como a causa provável da tragédia, já tinha ocorrido quatro vezes nos últimos seis meses, sendo que, nesses casos, as viagens superaram o tempo de autonomia do avião.
Miguel Quiroga já tinha feito o trajeto inverso com tempos de duração superiores
Entre agosto e novembro deste ano, Quiroga já tinha feito três vezes o trajeto inverso ao de esta terça-feira, ou seja, entre Medellín e Santa Cruz de la Sierra. Segundo o Diário Catarinense, que transcreve os dados do "Flightradar" - site especializado em tráfego aéreo -, em todas as viagens, o tempo de duração foi igual ou superior ao que a companhia informou nos seus planos de voo como limite de autonomia do avião.
Funcionária do aeroporto alertou tripulação para falta de combustível antes da descolagem
Uma funcionária da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares de Navegação Aérea da Bolívia (Aasana) analisou o plano de voo e alertou a tripulação do avião da LaMia para o facto de o combustível ser insuficiente, ao perceber que o tempo de voo entre Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) e o aeroporto de Medellín (Colômbia) era igual ao da autonomia de combustível do avião, 4.22 horas. Em resposta ao alerta e ao pedido de elaboração de plano alternativo, um representante da LaMia disse que havia falado com o piloto do avião e que conseguiriam fazer o trajeto em menos tempo. A funcionária, que tinha poderes para impedir o voo, foi afastada do cargo, informa a brasileira "Globo".
Piloto era dono da companhia
Além de piloto do avião, Miguel Quiroga era um dos dois sócios da microcompanhia aérea LaMia, que tinha apenas 15 funcionários, entre parentes e amigos, avança a "BBC". A empresa venezuelana tem outros aviões, mas este era o único que poderia voar, visto que os restantes se encontravam em reparações técnicas.
Filho do copiloto diz que avião não reabasteceu por causa de atraso
A LaMia não está autorizada a voar no Brasil, pelo que a Académica Chapecoense viajou num voo comercial de S. Paulo, no Brasil, para Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, de onde seguiriam, em "charter", para a Colômbia. Em entrevista ao site boliviano "El Deber", Bruno Gómez, de 18 anos, filho do copiloto Ovar Goytia, disse que o plano inicial era que o avião parasse na cidade de Cobija, norte da Bolívia, para reabastecer antes de seguir para Medellín. Mas um atraso no voo comercial que transportou a equipa de futebol de São Paulo até à Bolívia terá ditado a decisão de abastecer completamente o avião, evitando, assim, escalas até ao destino, dado que o aeroporto de Cobija não tem iluminação capaz de permitir aterragens noturnas.
Escolha da companhia aérea
A direção da Chapecoense reforçou na manhã desta quinta-feira que os critérios para a escolha da LaMia foram absolutamente técnicos, entre eles "a qualidade da aeronave, a mesma utilizada pela família real britânica, com todas as condições de segurança e conforto necessárias para viagens de curta e média distância." O representante do clube, Andrei Copetti, explicou ainda que o contacto inicial para a viagem do clube partiu da própria companhia aérea, experiente no transporte de equipas de futebol. "Eles procuraram-nos e ofereceram os seus serviços, e depois analisamos o custo benefício", explicou à imprensa brasileira.
O tempo o dirá, mas a Colômbia marcou agora de forma profunda a história da América Latina no caminho da Paz.
O Governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) assinaram na quarta-feira (24Ago2016) um histórico acordo de paz, potenciado por um cessar-fogo bilateral alcançado em Junho, que vem enterrar mais de cinco décadas de um conflito que se saldou em 220 mil mortos e milhões de deslocados.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (em espanhol: Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia–Ejército del Pueblo), também conhecidas pelo acrónimo FARC ou FARC-EP, era até agora uma organização guerrilheira de inspiração comunista, autoproclamada guerrilha revolucionária marxista-leninista, que operava mediante tácticas de guerrilha. Lutavam pela implantação do socialismo na Colômbia e defendia o direito dos presos colombianos. A origem das FARC remonta ás disputas entre liberais e conservadores na Colômbia, retratadas pela obra de Gabriel García Márquez "Cem Anos de Solidão", marcada por massacres, como o período da La Violencia. Em 1948, os liberais, com apoio dos comunistas, iniciam uma guerra civil contra o governo conservador. Após 16 anos de luta guerrilheira e a conquista de algumas reivindicações políticas, os liberais passaram a temer que a experiência cubana de 1959 se repetisse na Colômbia. Rompem com a esquerda e passam para o lado conservador.
E agora sou Canarinho… mas só até ao fim do jogo
«Jorge Veiga» no Facebook >> Seu troca tintas... mas só até ao fim do jogo!
«David Ribeiro» no Facebook >> Sou capaz de não dar muita sorte aos nossos irmãos Brasileiros, pois hoje à tarde torci pelos Franceses e foi o que se viu.
«Jorge Veiga» no Facebook >> para mim era indiferente. Farinha do mesmo saco...
«Albertino Amaral» no Facebook >> Só não sou hoje canarinho, porque não gosto muito de matulões chorões... Vamos Colombia...!
«Humberto Silva» no Facebook >> força colombia
«David Ribeiro» no Facebook >> 21h50 - Chegamos ao intervalo com o Brasil a ganhar por uma bola a zero e se continuar a jogar desta forma não há dúvidas que está nas meias-finais deste Mundial.
«David Ribeiro» no Facebook >> 22h30 – Grande golo de David Luiz… e o Brasil já ganha por duas bolas a zero.
«José Costa Pinto» no Facebook >> Eu não percebo nada de bola, mas parece-me que a Colômbia merece. Os brasileiros são um bocado sarrafas.
«David Ribeiro» no Facebook >> No que toca a sarrafada as equipas sul-americanas são todas muito jeitosas.
«David Ribeiro» no Facebook >> 22h55 – E com esta vitória sobre a Colômbia por dois a um, lá vamos ter num dos jogos das meias-finais o Brasil a defrontar a Alemanha.
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