Cinquenta anos atrás, em 15 de agosto, após pressão do Congresso dos Estados Unidos, o então presidente Richard Nixon concordou em terminar todos os bombardeamentos ao Camboja. O bombardeamento do vizinho Laos havia terminado alguns meses antes. Em outubro de 2006, uma competição macabra aconteceu. Estudiosos da Universidade de Yale, revendo os arquivos da Força Aérea dos EUA durante a guerra, revelaram que o Camboja havia sido atacado ainda mais extensivamente do que se pensava originalmente. De bases na Tailândia e Guam, o B-52 Stratofortress e aeronaves menores voaram mais de 230.000 saídas, lançando 2.756.941 toneladas de explosivos mortais em 113.716 alvos no Camboja. Anteriormente, o Laos havia reivindicado a duvidosa distinção de “nação mais bombardeada”. Aviões dos EUA fizeram lá chover 2.093.100 toneladas. Esses números, é claro, devem ser comparados com as toneladas de todos os tipos de explosivos lançados pelo ar e incendiários que atingiram o Vietname do Norte e do Sul durante 20 anos de guerra – um número estimado em mais de 5 milhões.
(Artigo de Jim Laurie na Al Jazeera - 15ago2023)
A guerra está para durar... e prognósticos só no fim, como no futebol
Depois de dois meses de contraofensiva, a Ucrânia só conseguiu reconquistar 208 quilómetros quadrados [duas vezes a área da cidade de Lisboa, num país com mais de 603 mil km2] e, em muitas regiões, ainda está longe de atingir a principal linha defensiva russa.
É notícia hoje [quarta-feira 16ago2023] que o chefe de gabinete de Stoltenberg defendeu “solução” para a Ucrânia com a cedência de território, e recebendo a adesão à NATO "em troca”, o que já foi rejeitado por Kiev.
Jorge Veiga - E então torna-se legal invadir um país para ficar com território, porque dá jeito e porque reconquistar terreno é lento, porque está todo minado, uma prenda do amigo Putin aos extremistas Nazis ucranianos por intermédio dos nazis russos...
David Ribeiro - Meu caro, Jorge Veiga... a forma como se tenta resolver conflitos bélicos pouco tem a ver com "legalidade", veja-se só como exemplo como acabou a Guerra da Coreia e o desmembramento da Jugoslávia.
Jorge Veiga - David Ribeiro são coisas diferentes. Veja-se como se resolveu a II WW
David Ribeiro - Ó Jorge Veiga, mas alguém acredita numa vitória dos senhores de Kiev sobre Putin?... No estado em que se encontra o conflito militar só a diplomacia poderá evitar uma desgraça para o povo ucraniano.
Jorge Veiga - David Ribeiro Infelizmente, é para evitar mais desgraças, que o povo Ucraniano luta. Fartos do domínio russo estão eles. Veremos o que se passará. Quando a guerra começou, um dos meus amigos, já nem sei quem, disse que dentro de uma semana, os russos estavam em Kiev. Eu só perguntei se ele tinha a certeza. Ainda hoje estou à espera da resposta.
Jorge De Freitas Monteiro - Jorge Veiga, como já é admitido pelos media do nosso lado (até há pouco era “propaganda russa“) o povo ucraniano não luta, é obrigado a lutar pela kleptocracia instalada em Kiev. E só lutam, ou melhor, só são enviados para a frente, os que não podem fugir ou esconder-se. Esses, os fanáticos das batalhões neonazis, alguns (cada vez menos) mercenários e (discretamente) alguns “conselheiros militares“ norte americanos, britânicos e polacos.
Jorge Veiga - Jorge De Freitas Monteiro onde se consegue obter essa informação? É que acusar alguém de ter nas fileiras neonazis quando nas suas os tem aos montes, além de terem outrs capacidades destruidoras, é fácil.
Jorge De Freitas Monteiro - Jorge Veiga, o regime de Kiev só deixou de ser considerado como uma coisa medularmente infiltrada por neonazis depois de 24 de Fevereiro do ano passado, por razões óbvias. Informe-se sobre o que os mesmos jornais que agora consideram aquela gente como um farol de democracia publicavam sobre ela antes do tal 24/02. Deixo um exemplo do nosso Público, o artigo completo em 4 fotos. Sugiro também que se informe sobre quem foi o herói nacional do regime de Kiev, Stephan Bandera.
Jorge Veiga - Fico agradecido pela indicação. Sendo assim passo a rejeitar dois Países: A Ucrânia e a Rússia.
Jorge De Freitas Monteiro - Jorge Veiga, em termos de democracia estão bem uns para os outros. A questão é que ninguém tenta vender a Rússia como farol de liberdade, não nos obrigam a pagar o esforço de guerra russo e, principalmente, não há qualquer risco de apanharmos com a Rússia na UE.
David Ribeiro - Desde o primeiro dia do conflito Rússia-Ucrânia que eu digo que de março a abril venha o diabo e escolha. Mas a União Europeia e a NATO, ambos "inspirados" no Tio Sam, têm vindo a "bombardear-nos" com uma informação a fazer inveja às piores ditadoras mundiais.
Jorge Veiga - David Ribeiro que eu saiba nem comparo a ditadura Ocidental para com a Democracia Russa. Fazem cada raciocínio do arco da velha.
David Ribeiro - Jorge Veiga... a nível de informação/propaganda sobre a guerra na Ucrânia têm sido a mesma vergonha.
Jorge Veiga - David Ribeiro a info. da Rússia sabemos como funciona. Cada comparação...
Jorge De Freitas Monteiro - Jorge Veiga, por acaso em relação a este conflito até sei como funciona a informação/propaganda russa, que se encontra facilmente bastando procurar um pouco. Obviamente também sei como funciona a nossa. Há distorções, falsas verdades, versões oficiais nem sempre próximas da realidade, omissões e mentiras de ambos os lados. Duas diferenças: a Rússia é parte no conflito e a UE não, logo não faz grande sentido comparar a nossa informação/propaganda com a russa, a comparação relevante seria entre a russa e do regime de Kiev; a segunda diferença, e isso preocupa-me e entristece-me, é que, se insistirmos em comparar a nossa informação/propaganda com a russa, acaba por ser o nosso lado o que mais deturpa a realidade e mais manipula a informação. É triste e não augura nada de bom.
Jorge Veiga - "Duas diferenças: a Rússia é parte no conflito e a UE não"...A UE não faz parte?
Jorge De Freitas Monteiro - Jorge Veiga, fazemos? Fomos informados de que estamos em guerra? A mim nunca me informaram, quando é que o informaram a si? Olha, querem ver que estamos em guerra e ninguém nos disse? Mais seriamente: os ucranianos estão a ser utilizados como carne para canhão no conflito entre as duas superpotências nucleares; a Europa é também utilizada nesse conflito mas, por enquanto, apenas como dinheiro para canhão. Mas não estamos em guerra, ainda. Se e quando estivermos, espero que não venha a acontecer, vai logo perceber a diferença.
Jorge Veiga - indirectamente, faz sim... Indirectamente. E tudo porque o Sr Putin se dá mal com nazis que estão na terra dos outros.
Rui Lima - A quem ainda não percebeu o valor do território ucraniano. E isto nada tem a ver com NATO ou nazismo. Trata-se (apenas) da invasão de um território fértil e valioso por uma potência mais forte. Chama--se ato de pirataria..... O próprio Putin chama-lhe Operação Especial...
Jorge De Freitas Monteiro - A maior parte dos comentadores “facebookianos“, para os quais a Ucrânia surgiu no mapa em Fevereiro do ano passado, julga que a Ucrânia é um país como Portugal: um território com fronteiras historicamente estáveis habitado por uma população homogénea que se identifica sem reservas como uma nação. A Ucrânia não é nada disso. Pelo contrário é exactamente o oposto disso. Comecemos pelo território. As fronteiras ucranianas que resultaram da dissolução da União Soviética são algo de completamente arbitrário que resultou essencialmente das decisões também elas arbitrárias de três ditadores. Lenine no início dos anos 20 adicionou à Ucrânia as regiões do leste e do sul antes Russas. Estaline no final da ll GM adicionou as regiões ocidentais que pertenciam antes à Polónia, à Hungria e à Roménia. Khrushchev nos anos 50 adicionou a Crimeia, russa também. Isto em termos de território. Em termos de população a coisa ainda é mais complexa. Na manta de retalhos que é o território formado como acabei de descrever sempre viveram e vivem ucranianos, polacos, húngaros, russos, judeus e outras minorias que, salvo quando sob uma autoridade forte e exterior, sempre se massacraram alegremente uns aos outros e todos aos judeus. Acreditar que este conflito é um conflito entre uma imaginária nação ucraniana e um invasor exterior russo é romântico, bonito, fácil de compreender para os portugueses (porque somos o Estado nação com fronteiras estáveis mais antigo da Europa) mas pura e simplesmente não corresponde à realidade, que é bastante mais complexa. Fica uma sugestão de leitura, o excelente “Uma Pequena Cidade na Ucrânia“ de Bernard Wasserstein. Através de um largo fresco histórico centrado numa família judia e numa pequena cidade o autor retrata uma história de uma complexidade e de uma violência inimaginável e ignorada pela maior parte dos tais comentadores facebookianos.
Jorge Veiga - pelo que sei a Ucránia foi considerada e reconhecida como independente em 1991. Logo a Rússia invadiu um país reconhecido internacionalmente. justificação de ter lá Nazis é suficiente? Com muita história, muitas línguas, muita mistura, é o que era, excepto para Putin, que é um gajo que paga a exércitos privados e tira o piu a quem for contra ele. Nem com muitos livros aceitarei a invasão e a Operação Militar Especial...
Jorge De Freitas Monteiro - Jorge Veiga, onde leu que a “justificação de ter lá nazis é suficiente“? Não só tem nazis como estes partilham o poder em Kiev mas nunca escrevi que isso fosse justificação suficiente. Já o que eles fazem, queimar pessoas vivas e nos anos seguintes celebrar a data, bombardear e assassinar pessoas russófonas de nacionalidade ucraniana só por serem russófonas, fazerem declarações em que consideram todos os russos, só por serem russos, como “sub humanos“ e podia continuar, já tudo isso pode, não direi justificar mas ajudar a compreender o que se passa. Que é algo que o meu amigo obviamente não quer preferindo refugiar-se no refrão simplista “foi aquele menino que começou, é ele o mau“. O que ainda por cima nem sequer é verdade, a “operação especial“ é apenas a continuação de um conflito que começou em 2014.
Mário Paiva - O problema, Jorge Veiga, é que você diz "pelo que sei" e, pelo demonstrado, sabe mesmo muito pouco sobre este assunto, bastando-lhe seguir o rebanho demonizando o Putin...
No jogo de ontem da 2.ª jornada do Grupo E no 2023 Fifa Women's World Cup as nossas meninas derrotaram as vietnamitas, com golos de Telma Encarnação ao minuto 7' e de Kika Nazareth aos 21'.
Um beijo para todas elas.
Pedro Ferreira - Estou orgulhoso.
Raul Vaz Osorio - Foram fantásticas, embora sofram do mesmo mal que os rapazes: muito jogo mas escassa finalização
Jorge Veiga - Grandes mulheres...
Milhares de afegãos que serviram as tropas e diplomatas norte-americanos nestes últimos vinte anos estão em risco de vida com o alastrar da “conquista” Talibã a todas as províncias do Afeganistão. Foi criada a “Operação Refúgio dos Aliados” que pretende retirar do país cerca de 50 mil pessoas, mas até à data unicamente 200 afegãos chegaram de avião na madrugada da última sexta-feira aos Estados Unidos.
Al Jazeera, 21h00 de 10ago2021
AFP News Agency, 09h11 de 11ago2021
Lembram-se do que aconteceu no Vietname do Sul, em abril de 1975, quando Gerald Ford mandou as tropas e funcionários dos EUA abandonarem Saigão?... Pois é o mesmo que vai acontecer a muitos afegãos depois de Joe Biden, não se arrependendo da sua decisão de retirar tropas do Afeganistão e uma vez que os talibã mantêm o controlo de 65% do país, ter afirmado hoje “they've got to fight for themselves”.
Jorge Veiga - Pois dão-lhes cobertura da USAF. Pois dão-lhes material de guerra. Pois até lhes pagam os ordenados aos militares. Ao menos que lutem pela terra deles.
David Ribeiro - Jorge Veiga... mas o problema está nos vários milhares de civis que trabalharam para os americanos, militares e pessoal diplomático acreditado em Cabul. Vão todos ser executados, incluindo familiares mais próximos, tal-e-qual aconteceu em Saigão.
Jorge Veiga - David Ribeiro… pois eu sei. Que se alistem no exército e ao menos terão uma fusca.
Rui Lima - Vai acontecer o mesmo que aconteceu ás tropas africanas que combateram do nosso lado em Guiné, Angola e Moçambique e ninguém se preocupou nem na altura nem hoje!
Al Jazeera, 18h45 de 11ago2021
Al Jazeera, 11h00 de 12ago2021
Ora bem!... A minha primeira incursão na culinária vietnamita foi pelas SALADAS – não, não virei vegan – e as que ontem preparei para acompanhar umas singelas Alheiras de Mirandela foram de dois tipos: Uma com rebentos de feijão-mungo, cenoura, alho-francês, cogumelo, bambu, ervilha e cebola; e ainda uma outra com pimentos, verdes e vermelhos (foram preparadas em separado porque cá e casa há umas “esquisitonas” que não gostam deste fantástico legume de aspeto “roliço” e moldado em forma de sino). Ambas as saladas foram salteadas num fiozinho de azeite e polvilhadas com alho moído.
O resultado foi ótimo e vou de futuro usar estas saladas como acompanhamento de carnes grelhadas. Vou também introduzir nestes preparados uns molhos vietnamitas que se encontram à venda nos supermercados.
E vocês, como vão de saladas exóticas?
Faz hoje 41 anos que às primeiras horas da manhã e depois de vários dias em que decorreu a maior operação de resgate por helicópteros da história (Operação Vento Constante), os últimos marines do corpo de defesa da embaixada dos EUA em Saigão foram evacuados, deixando para trás e à sua sorte muito dos civis sul-vietnamitas que tinham trabalhado para os norte-americanos. Ao fim da manhã, as tropas do Exército Popular do Vietname venceram toda a resistência em Saigão (actual Ho Chi Minh), capturando rapidamente edifícios e instalações chaves da cidade. Um tanque rebentou os portões do Palácio Presidencial as 11h30, hora local, e uma bandeira da Frente Nacional de Libertação foi hasteada. O general Minh, que tinha recebido a presidência há dois dias, ainda tentou fazer um acordo de rendição formal, mas foi-lhe dito que nada mais havia a fazer senão ordenar a rendição geral de todas as tropas sul-vietnamitas. Chegava assim ao fim a Guerra do Vietname após quase duas décadas de sangue, sofrimento e atrocidades.
Por onde eu ando...
Nova Crítca - vinho & gastronomia
PINN (Portuguese Independent News Network)
Meus amigos...
A Baixa do Porto (Tiago Azevedo Fernandes)
Antes Que Me Passe a Vontade (Nanda Costa)
Caderno de Exercícios (Celina Rodrigues)
Cerâmica é talento (Pataxó Lima)
Clozinha/and/so/on (Maria Morais)
Do Corvo para o Mundo!!! (Fernando Pimentel)
Douro de ouro, meu... (Jorge Carvalho)
Douro e Trás-os-Montes (António Barroso)
Escrita Fotográfica (António Campos Leal)
Let s Do Porto (José Carlos Ferraz Alves)
Life of a Mother Artist (Angela Ferreira)
Marafações de uma Louletana (Lígia Laginha)
Matéria em Espaço de Escrita com Sentido (Mário de Sousa)
Meditação na Pastelaria (Ana Cristina Leonardo)
Memórias... (Boaventura Eira-Velha)
Mente Despenteada (Carla Teixeira)
Nortadas (Francisco Sousa Fialho, João Anacoreta Correia e outros)
O Portugal Futuro (Tiago Barbosa Ribeiro)
O Porto em Conversa (Vitor Silva)
Os meus apontamentos (Vitor Silva)
Renovar o Porto (Rui Farinas e Rui Valente)
Reportagens de Crítica, Investigação e Opinião (Tron)
Que é que se come por aqui (Ricardo Moreira)
Servir o Porto (Pedro Baptista)
Um Rapaz Mal Desenhado (Renato Seara)
Vai de Rastos (Luís Alexandre)
(IN)TRANSMISSÍVEL (Vicente Ferreira da Silva)
Adoradores de Baco...
Site de Prova de Vinhos (Raul Sousa Carvalho)