Parece já não haver dúvidas que o IVDP (Instituto dos Vinhos do Douro e Porto) vai fixar em 110.000 pipas o benefício (quantidade de mosto que cada viticultor pode destinar à produção de Vinho do Porto) para a vindima 2009. E já há “mosquitos por cordas” no Douro… Vejamos o que acerca disto se disse no fórum da RevistaDeVinhos:
«Fred_1977» / RevistaDeVinhos ► Espero que o Vinho do porto fique efectivamente mais competitivo. Com cortes como o de este ano de 2009 na atribuição de benefício, se o valor não aumentar para os produtores então será o principio do fim. Corte de 11% (110.000 pipas) para 2009.
Mas é lógico que devemos baixar a produção quando a tendência do mercado é uma diminuição do consumo e quando os armazéns dos produtores estão com excesso de vinhos. Se a Casa do Douro funcionasse como devia ser podia nesta altura ser o regulador do mercado intervindo de forma a reduzir os excedentes na produção. Mas esta associação de viticultores já foi chão que deu uvas.
«Fred_1977» / RevistaDeVinhos ► Concordo com a diminuição da produção, mas discordo é com a manutenção dos preços baixos ( 1 pipa de beneficio =1000 € ; 1 pipa de vinho não beneficiado = 150€ ), é uma diminuição enorme para quem produz em média 10 a 20 pipas por ano e tem que viver desse rendimento. Estou a falar de pequenos produtores. A casa do douro neste momento é mais um desestabilizador de mercado com a colocação dos seus stocks à venda.
Percebo a sua preocupação, mas parece-me que o que está errado é a disparidade de preços para vinho com benefício e sem benefício. Como alterar esta situação não lhe sei dizer, mas era capaz de passar pela criação de um organismo associativo que trabalhasse em prol dos lavradores do Douro e que se deixasse de politiquices como as que se têm vindo a verificar na moribunda Casa do Douro.
«luis ramos lopes» / RevistaDeVinhos ► Pois é, Tovi, a questão é mesmo essa. O benefício tem vantagens e desvantagens, é um sistema viciado e viciante, e mais tarde ou mais cedo, mesmo que não eliminado, terá de ser reformulado. É preciso encontrar algo que o substitua, com as suas vantagens, sem os (muitos) inconvenientes. Uma coisa é certa: o benefício é sempre uma concorrência desleal para com os produtores e vinhos das outras regiões. Não pelo Vinho do Porto! Mas sim pelo que o benefício implica, distorce e favorece no negócio de vinho "de mesa" do Douro.
Compreendo perfeitamente a sua argumentação, mas diga-me lá uma coisa: O que seria dos lavradores do Douro sem o benefício?... Será que ainda havia DOC Douro ou mesmo Regional Duriense?... Tenho sérias dúvidas, mas admito que posso estar completamente enganado.
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