Artigo interessante publicado no Expresso de 4abr2025, onde "o professor de Matemática do Instituto Superior Técnico [Henrique M. Oliveira] mostra como a estatística explica as dificuldades de fazer sondagens. Da amostra ao método de Hondt para distribuir deputados e à abstenção. E as que se fazem em Portugal até acabam por acertar bastante perto do alvo".
Uma das razões fundamentais para a falibilidade das sondagens radica na dificuldade crescente em garantir amostras verdadeiramente representativas.
Outra questão crítica prende-se com os métodos tradicionais usados pelas empresas, nomeadamente entrevistas telefónicas ou presenciais, frequentemente negligenciando segmentos mais jovens da população, mais orientados para plataformas digitais e redes sociais.
A desigualdade dimensional dos círculos eleitorais configura um obstáculo significativo à precisão das previsões quanto à distribuição de mandatos.
É um equívoco comum pensar-se que o erro de uma sondagem depende da dimensão da população total. o erro está directamente relacionado com o tamanho da amostra.
Outro aspecto relevante prende-se com a crescente indecisão dos eleitores até às derradeiras horas antes das eleições.
Portugal tem níveis elevados de abstenção. Em algumas eleições, mais de 40% dos eleitores inscritos optaram por não votar. Este fenómeno tem consequências directas na fiabilidade das sondagens.
A interpretação frequentemente superficial e sensacionalista por parte dos órgãos de comunicação social — e, sobretudo, pelas actuais hordas de comentadores sem literacia matemática — leva a crer que as sondagens falharam, quando, na verdade, os resultados se situam dentro das margens de erro.
O mais curioso é que, mesmo com todos os seus problemas metodológicos, limitações orçamentais e interpretações abusivas, as sondagens acertam mais vezes do que falham.
Por onde eu ando...
Nova Crítca - vinho & gastronomia
PINN (Portuguese Independent News Network)
Meus amigos...
A Baixa do Porto (Tiago Azevedo Fernandes)
Antes Que Me Passe a Vontade (Nanda Costa)
Caderno de Exercícios (Celina Rodrigues)
Cerâmica é talento (Pataxó Lima)
Clozinha/and/so/on (Maria Morais)
Do Corvo para o Mundo!!! (Fernando Pimentel)
Douro de ouro, meu... (Jorge Carvalho)
Douro e Trás-os-Montes (António Barroso)
Escrita Fotográfica (António Campos Leal)
Let s Do Porto (José Carlos Ferraz Alves)
Life of a Mother Artist (Angela Ferreira)
Marafações de uma Louletana (Lígia Laginha)
Matéria em Espaço de Escrita com Sentido (Mário de Sousa)
Meditação na Pastelaria (Ana Cristina Leonardo)
Memórias... (Boaventura Eira-Velha)
Mente Despenteada (Carla Teixeira)
Nortadas (Francisco Sousa Fialho, João Anacoreta Correia e outros)
O Portugal Futuro (Tiago Barbosa Ribeiro)
O Porto em Conversa (Vitor Silva)
Os meus apontamentos (Vitor Silva)
Renovar o Porto (Rui Farinas e Rui Valente)
Reportagens de Crítica, Investigação e Opinião (Tron)
Que é que se come por aqui (Ricardo Moreira)
Servir o Porto (Pedro Baptista)
Um Rapaz Mal Desenhado (Renato Seara)
Vai de Rastos (Luís Alexandre)
(IN)TRANSMISSÍVEL (Vicente Ferreira da Silva)
Adoradores de Baco...
Site de Prova de Vinhos (Raul Sousa Carvalho)