O problema actual da Europa para com a África é exclusivamente económico e advém do protagonismo que a China está a ter no continente africano. Desde o fim da guerra-fria que os chineses, em consequência do seu enorme crescimento económico, precisam cada vez mais de matérias-primas, sobretudo de petróleo. No médio-oriente não há hipóteses de o comprarem, pois está destinado prioritariamente à Europa e ao EUA, pelo que houve necessidade de uma aproximação aos países produtores de petróleo do continente africano. Esta política tem dado excelentes resultados, pois só como exemplo pode-se dizer que metade das exportações de petróleo do Sudão destinam-se à China, na Nigéria os chineses investiram 2,7 milhões de dólares na compra de direitos de exploração de um campo petrolífero e Angola é o seu maior fornecedor de ouro negro. Isto já para não falar do algodão em bruto do Oeste africano, do cobre e cobalto da República Democrática do Congo, do minério de ferro e platina da Zâmbia e das madeiras do Gabão, Camarões e Congo-Brazavile. Claro está que inevitavelmente há uma protecção dos países africanos aos produtos chineses e já se afirma que mais de três quartos dos artigos à venda nos mercados africanos são de origem chinesa.
«XôZé» ⇒ Segundo as palavras do nosso 1º Ministro, a cimeira UE-África foi um "sucesso" porque "correspondeu a todos os objectivos previstos". Eu que mesmo não sendo muito instruída no assunto, tentei por isso mesmo melhor me informar através do que as televisões iam transmitindo. Apesar do optimismo do nosso Sócrates, corroborado pelo fugitivo José Manuel, sinceramente não consigo vislumbrar tão publicitado optimismo. A situação no Sudão está como se sabe e concerteza irá manter-se nos mesmos ou pior moldes, Mugabe continuará dono e senhor do seu Zimbabué, entre outros líderes africanos como os de Angola e da Líbia - ad eternum, como se calcula. A desproporção no trato dispensado ao ditador Mugabe quando comparado ao carinho com que Kadafi foi prendado pela presidência portuguesa da União Europeia, deixa-me confusa - até parece que há ditadores que são filhos, enquanto outros, enteados. Deslumbrei-me no entanto pela oportunidade única de Portugal conseguir concentrar o maior número de ditadores por metro quadrado, fora do habitual regaço africano. Talvez esteja de facto aí o tal sucesso de que tanto se gabam. Enfim, esta é a modesta opinião de quem continua com a cabeça entre as orelhas... Cumprimentos deste vosso amigo.
É verdade que as violações dos direitos humanos em alguns países de África são inaceitáveis, mas porque é que os grandes (leia-se: “mais importantes”) políticos europeus só falam do Zimbabué e do Sudão?... Muito mais que preocupada com os “direitos humanos” a Europa está é a ver o “comércio livre” a fugir-lhe das mãos. Não tarda muito, nós os europeus, vamos estipular aos “países africanos não democráticos” uma taxa... Do tipo: Não és democrático, logo tens que pagar!... Quando fizeres eleições livres e controladas por nós, já podes ficar isento!... Mas atenção, essa taxa não pode ser muito alta, pois os chineses, que de democráticos também não têm nada, já estão a ultrapassar-nos. Veja-se que, mesmo com toda a dificuldade da língua e da cultura, são os chineses que estão a reconstruir o caminho-de-ferro em Angola. E ainda por cima estão a financia-los com juros muito mais baixos do que os bancos europeus praticam para países africanos. Não é por acaso que em Setembro deste ano o Governo de Angola e o Eximbank da China assinaram um acordo de cooperação no valor de 2 mil milhões de dólares, para se poder continuar a implementar o programa de reconstrução de infra-estruturas necessárias à revitalização desta nossa antiga colónia.
Por onde eu ando...
Nova Crítca - vinho & gastronomia
PINN (Portuguese Independent News Network)
Meus amigos...
A Baixa do Porto (Tiago Azevedo Fernandes)
Antes Que Me Passe a Vontade (Nanda Costa)
Caderno de Exercícios (Celina Rodrigues)
Cerâmica é talento (Pataxó Lima)
Clozinha/and/so/on (Maria Morais)
Do Corvo para o Mundo!!! (Fernando Pimentel)
Douro de ouro, meu... (Jorge Carvalho)
Douro e Trás-os-Montes (António Barroso)
Escrita Fotográfica (António Campos Leal)
Let s Do Porto (José Carlos Ferraz Alves)
Life of a Mother Artist (Angela Ferreira)
Marafações de uma Louletana (Lígia Laginha)
Matéria em Espaço de Escrita com Sentido (Mário de Sousa)
Meditação na Pastelaria (Ana Cristina Leonardo)
Memórias... (Boaventura Eira-Velha)
Mente Despenteada (Carla Teixeira)
Nortadas (Francisco Sousa Fialho, João Anacoreta Correia e outros)
O Portugal Futuro (Tiago Barbosa Ribeiro)
O Porto em Conversa (Vitor Silva)
Os meus apontamentos (Vitor Silva)
Renovar o Porto (Rui Farinas e Rui Valente)
Reportagens de Crítica, Investigação e Opinião (Tron)
Que é que se come por aqui (Ricardo Moreira)
Servir o Porto (Pedro Baptista)
Um Rapaz Mal Desenhado (Renato Seara)
Vai de Rastos (Luís Alexandre)
(IN)TRANSMISSÍVEL (Vicente Ferreira da Silva)
Adoradores de Baco...
Site de Prova de Vinhos (Raul Sousa Carvalho)