Nos anos de 1500 viramo-nos para o mar e as coisas não nos correram mal, tendo até Portugal atingido o estatuto de primeira potência global. Quando o dinheiro das Índias e do Brasil já não dava para mandar cantar um cego, lá voltamos a ser um pobre país periférico habitado por gente que, diziam eles, “não se governa nem se deixa governar”. Não terá sido assim tão linear o passado recente de Portugal, mas que o MAR terá que ser novamente o nosso futuro, disso não tenho dúvidas, até porque sempre que nos viramos exclusivamente para a Europa as coisas não nos correram bem. As pescas e as indústrias ligadas às actividades piscatórias, os transportes marítimos, a biotecnologia ligada à indústria farmacêutica, riquezas minerais como os sulfuretos polimetálicos, as crostas de cobalto e cádmio, o gás natural e até o petróleo, têm que ser o nosso futuro, pelo que é urgente passar da soberania efectiva para a sua exploração. Haja quem avance com estes projectos e se não tivermos técnicos capazes para esta tarefa, vamos por esse Mundo fora á procura deles e pagamos-lhes o justo valor daquilo que nos venham ensinar e por em prática. É isto, no meu entender, aquilo que teremos de fazer para não continuarmos a ser os coitadinhos da Europa.
«Albertino Amaral» no Facebook >> Este bem escrito texto, define exactamente a nossa realidade para o futuro. Não tenhamos dúvidas..!
«Conservas Nero» no Facebook >> Será que há interesses que nos impeçam de explorarmos devidamente o nosso mar? porque é que não acordamos para esta realidade de aumentar substancialmente o nosso PIB e acabar com o desemprego? continuar a exportar gente qualificada e que gastou recursos financeiros é a solução?
«António Alves» no Facebook >> Quanto às potencialidades dos recursos marítimos portugueses concordo. Da interpretação histórica discordo. Em 1500 não nos "viramos para o mar". Isso é retórica hagiográfica. Procuramos um caminho que contornasse o mediterrâneo e a rota da seda para beneficiarmos do papel de intermediário do comércio entre o Oriente e a Europa das cortes absolutistas em ascendência. Esse objectivo foi conseguido mas foi sol de pouca dura. Por escassez de meios, principalmente humanos, e por reacção doutras potências - Inglaterra e Holanda principalmente, cujos meios humanos e económicos eram superiores visto que já dispunham de sociedades em claro rumo capitalista com marinhas e companhias comerciais muito mais eficientes - a nossa preponderância durou pouco mais de 100 anos. Em 1580 já estávamos fora de circulação. Além de que esses acontecimentos votaram por séculos ao abandono o nosso próprio território e é a causa principal do nosso proverbial atraso. As casas reinantes viciaram-se em "pimenta" e até hoje assim tem sido: foi a pimenta da Índia, o ouro do Brasil, a colonização de África - onde chegamos tarde e sob pressão dos ingleses -, e finalmente a CEE. Extinta esta última pimenta, caímos na miséria de sempre. Há quem ande à procura de novas "pimentas" para estourar em novos palácios de Mafra. Espero que não se olhe para o nosso mar como mais uma pimenta mas como um seguro para o futuro. Assim como os noruegueses olham para as suas reservas de petróleo. Devíamos, tal como eles, criar um fundo do mar propriedade do povo.
«David Ribeiro» no Facebook >> Estamos inteiramente de acordo, amigo António Alves.
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