"Devido à velocidade da luz ser superior à do som, algumas pessoas parecem inteligentes até as ouvirmos."

Quarta-feira, 23 de Novembro de 2022
Nove meses de guerra... análise de Lívia Franco

  Expresso 23nov2022 às 8h00

Captura de ecrã 2022-11-23 090511.jpg

Estamos a chegar ao Inverno e na véspera de serem atingidos os primeiros nove meses de guerra, falamos neste episódio do atual estado do conflito militar entre a Rússia e a Ucrânia e das movimentações diplomáticas que podem ajudar a que se chegue a uma paz no futuro. Um paz em que a Ucrânia, embora esteja por cima, pode ser forçada a aceitar uma posição “realista”. Uma conversa com Lívia Franco, da Universidade Católica.
O que se pode dizer sobre a evolução do conflito e o seu estado atual? “Passados nove meses o que podemos dizer é que o Inverno vai trazer problemas diferentes, mas também se pode dizer que os alvos russos são agora diferentes (com alvos civis atingidos, como a rede elétrica, escolas, hospitais, etc). Começou por ser chegar a Kiev para mudar o regime. Agora, a Rússia não se encontra na melhor posição e não está como gostaria de estar”, afirma a investigadora Lívia Franco.
Sobre o que podemos esperar a seguir, afirma: “A grande batalha do Inverno vai ser a batalha de quebrar o moral. E ambos os lados vão tentar fazê-lo”.
Quanto a uma saída negociada do conflito militar, Lívia Franco considera que ambas as partes deverão ter que ceder alguma coisa. A Ucrânia por exemplo sempre rejeitou negociar com Vladimir Putin. “A solução política pode não estar no horizonte mas temos sinais que do ponto de vista diplomático alguma coisa está a correr, sobretudo do lado dos EUA e da Rússia”.
Com a chegada do Inverno, pode de facto começar a existir uma pressão sobre a busca de uma solução.
“Uma boa parte da opinião pública pode ao longo do Inverno fazer pressão sobre a paz, e uma paz que force a Ucrânia a alguns custos. Vai ser um equilíbrio muito difícil.” Por exemplo, os ucranianos podem ser forçados a aceitar que a Crimeia, nas mãos dos russos desde 2014, não regresse ao seu domínio.

  
Diogo Quental
Acho sempre curiosa esta ideia de que a pressão cresce sobre a Ucrânia e não sobre a Rússia. Parece que não há um culpado identificado. Parece que há alguma limitação ao recuo da Rússia. O nível de lavagem cerebral é assustador.
David Ribeiro
Meu caro, Diogo Quental... as "pressões" fazem-se sobre quem mantem posições irredutíveis.
Diogo QuentalDavid Ribeiro se alguém invade a nossa casa, parece-me natural a posição irredutível de o querer pôr fora.
David RibeiroDiogo Quental, comparar posições geoestratégicas com "invasão da nossa casa" é um pouco sem sentido. Se me assaltarem a casa chamo a polícia, não vou pedir ao vizinho que me dê armas para eu atacar o invasor.



Publicado por Tovi às 09:05
Link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos (1)

Segunda-feira, 3 de Outubro de 2022
Sondagem do ICS/ISCTE para SIC e Expresso

sondagem 11.jpg

Se as eleições legislativas fossem hoje, o Partido Socialista não conseguia a maioria absoluta, aponta uma sondagem do ICS/ISCTE para SIC e Expresso, que dá aos socialistas uma diminuição de quatro pontos percentuais em relação ao resultado obtido a 30 de janeiro.

 

  O Governo de António Costa passou, no espaço de seis meses, de uma avaliação de desempenho expressivamente positiva para números de popularidade menos positivos. Uma sondagem publicada esta sexta-feira no semanário Expresso, feita pelo ICS/ISCTE, revela que quase metade (49%) dos inquiridos considera a prestação do Governo “má” ou “muito má”. Enquanto quase metade dos portugueses considera o desempenho do Governo “mau” (35%) ou “muito mau” (13%), apenas 1% classificou a ação do executivo socialista como “muito boa”. A maior fatia, porém, está nos 41% que consideram o desempenho “bom”. Em março, dois meses depois das eleições e altura em que o Governo tomou posse, 65% dos inquiridos tinham uma avaliação positiva. O semanário do grupo Impresa recorda que este era o melhor resultado da série de estudos, 10 pontos percentuais acima da segunda melhor, registada em abril de 2021. Em setembro, passados seis meses, as opiniões positivas dos inquiridos baixaram consideravelmente até aos 42% – o valor mais baixo em dois anos e meio de sondagens compiladas pelo Expresso. As opiniões negativas passaram dos 28% de março para o valor mais alto, nos 49%. 

 


Diogo Quental
Triste
Júlio GouveiaO que me preocupa é o Chega continuar a manter sempre a mesma percentagem e passado todo este tempo, peripecias e expediencias continue a não baixar. Perigoso... vejamos a Italia, Suécia
Be Maria EugéniaSó 4 pontos ??
Jorge FerreiraNa 6a feira anterior às últimas eleições, as sondagens davam um empate técnico e foi o que se viu, nas autárquicas o Medina ganhava, o Marcelo ia ter 60%… acerta mais vezes as horas um relógio parado, do que as empresas de sondagens




Sexta-feira, 12 de Agosto de 2022
Gasoduto de Sines ao centro da Europa

Captura de ecrã 2022-08-11 210057.jpg
Lembram-se de eu há uns tempos ter aqui defendido esta solução para colmatar o embargo de gás russo na Europa Central?... Pois parece que o chanceler alemão, Olaf Scholz, é da mesma opinião.

 

  António Costa, em resposta a Olaf Scholz: "A Alemanha pode contar 100% com o empenho de Portugal para a construção do gasoduto. Hoje para o gás natural, amanhã para o hidrogénio verde. Até lá, o Porto de Sines poderá ser utilizado como plataforma logística para acelerar a distribuição de GNL para a Europa".


Isabel Sousa Braga - ...l
á para 2030 🙄
David Ribeiro
Vai demorar, seguramente, mas até lá, como disse e bem o António Costa, "o Porto de Sines poderá ser utilizado como plataforma logística para acelerar a distribuição de GNL para a Europa".
Jose RamalhoSe Sines fosse no Norte, acredito... assim daqui a 2 anos se calhar estará pronto...
Isabel Sousa BragaJose Ramalho, era igual

 

  Não é assim tão complicado como dizem
(E
xpresso de hoje, 12ago2022)
O primeiro-ministro garantiu esta sexta-feira, 12 de agosto, que o percurso português do gasoduto para o centro da Europa já está definido, estando os “trabalhos muito avançados”, e assegurou que a Península Ibérica pode substituir "grande parte" do gás importado da Rússia. “Nós temos os trabalhos muito avançados: são cerca de, creio, 160 quilómetros entre Celorico da Beira e o ponto da fronteira onde amarramos com a rede espanhola”, sublinhou António Costa em declarações aos jornalistas à margem de uma visita à creche Luís Madureira, na Amadora (Lisboa), após ter sido questionado sobre as declarações feitas na quinta-feira pelo chanceler alemão, Olaf Scholz, que apelou à construção de um gasoduto entre Portugal e o centro da Europa. Costa afirmou que, no que se refere ao percurso português desse gasoduto, “houve dúvidas sobre o traçado” devido ao impacto ambiental que poderia ter, designadamente a travessia do Vale do Douro, que “é uma travessia muito sensível”. “Há um traçado que agora está definido, cuidadoso, que protege os valores ambientais, que importa proteger também no Vale do Douro. Portanto, do nosso lado as coisas têm vindo a avançar, da Espanha também”, indicou. O chefe do executivo recordou que “a existência desta interconexão da Península Ibérica com o resto da Europa é uma ambição antiga” de Portugal, que tem sido confrontada “com uma dificuldade, que são as limitações ambientais que a França tem invocado sobre o impacto do gasoduto na travessia dos Pirinéus”. Costa sublinhou que essa resistência francesa tem “atrasado bastante o problema”, mas referiu que a Comissão Europeia já está a ponderar um novo trajeto que crie interconexões energéticas entre a Península Ibérica e o resto da Europa sem passar pela França. “A Comissão Europeia já colocou em cima da mesa a possibilidade de, se não for possível ultrapassar o bloqueio com a França, o ‘pipeline’ possa ter uma ligação direta de Espanha para Itália, de forma a chegar ao centro da Europa por via de Itália e não por via de França”, frisou. 



Publicado por Tovi às 08:01
Link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos (1)

Sexta-feira, 11 de Fevereiro de 2022
Tentativa de ataque à FCUL

Captura de ecrã 2022-02-10 220040.jpg
Parece que foi por um triz que não tivemos uma tragédia no dia de hoje.

 

  Comunicado da Polícia Judiciária - 10fev2022
A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional Contraterrorismo (UNCT), procedeu, nesta data, à realização de uma operação tendente ao cumprimento de Mandados de Busca domiciliária, no âmbito de inquérito titulado pela Secção de Investigação do Crime Violento do DIAP de Lisboa.
A investigação foi desencadeada por suspeitas de atentado dirigido a estudantes universitários da Universidade de Lisboa.
Face à gravidade das suspeitas, foi atribuída a máxima prioridade à investigação, a qual permitiria, no dia de hoje, às primeiras horas do dia, interromper a atividade criminosa em curso.
Na sequência das buscas realizadas, seriam apreendidos vastos elementos de prova, que confirmariam as suspeitas iniciais.
Para além de várias armas proibidas, seriam igualmente apreendidos outros artigos suscetíveis de serem usados na prática de crimes violentos, vasta documentação, isto, para além um plano escrito com os detalhes da ação criminal a desencadear.
O arguido detido em flagrante delito pela posse das referidas armas, encontra-se igualmente indiciado pela prática do crime de terrorismo.
O arguido de 18 anos de idade, será amanhã presente a primeiro interrogatório judicial de arguido detido para sujeição à medida de coação tida por adequada.

 

  CNNPortugal / Catarina Pereira e Henrique Machado - 10fev2022
Ataque estava planeado para esta sexta-feiraUm jovem de 18 anos estaria a planear um ataque para esta sexta-feira, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL). Os alvos seriam indiscriminados, entre os estudantes desta instituição. O plano foi detalhado por escrito e o jovem terá assumido que queria fazer o maior número de vítimas possível entre os colegas universitários.
Jovem é aluno de engenharia informáticaO jovem suspeito de planear o ataque é um estudante do curso de engenharia informática da FCUL. Tem 18 anos e é natural da Batalha, mas vive atualmente em Lisboa, onde foi detido. Na zona onde cresceu, a reportagem da TVI/CNN Portugal já falou com alguns conhecidos do jovem, que relataram que se trata de um rapaz reservado, bom aluno, mas com algumas dificuldades de relacionamento com outras pessoas. Até ao momento, não são conhecidas as motivações para o ataque.
Alerta chegou do FBIO alerta para a intenção deste ataque chegou à PJ na última semana, sabe a CNN Portugal, através do FBI. As autoridades norte-americanas, na monitorização que fazem da internet, das redes sociais e da darkweb, como prevenção do fenómeno do terrorismo, detetaram conversas em chats nas quais intervinha o jovem português e onde este anunciava a intenção que tinha de cometer um atentado em Portugal. O suspeito teria um grande fascínio por este tipo de ataques, mais comuns nos Estados Unidos. 
Busca domiciliária confirmou suspeitas - A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Contraterrorismo, seguiu as pistas do FBI e conseguiu uma identificação e morada do suspeito. Esta quinta-feira, tendo ido realizar uma busca à casa do rapaz, confirmou que este detinha um plano pormenorizado do ataque, "com os detalhes da ação criminal a desencadear". O suspeito tinha também várias armas brancas (facas, catanas e uma besta com dardos de aço), botijas de gás, garrafas com gasolina e isqueiros. Não foram encontradas armas de fogo.
Jovem pernoita na PJO suspeito está neste momento no estabelecimento prisional anexo à PJ, em Lisboa, e irá pernoitar aí. Esta sexta-feira, será presente a tribunal para ser ouvido. Após o primeiro interrogatório judicial, irá conhecer a medida de coação determinada pelo juiz. Irá responder pela detenção em flagrante delito pela posse das armas referidas, mas também está indiciado pela prática do crime de terrorismo.
Presidente e Governo não comentam -  Acabado de chegar a Brest, em França, onde vai participar na cimeira “Um Oceano”, o Presidente da República afirmou não ter conhecimento do caso, recusando-se a tecer comentários. Questionados pela CNN Portugal, tanto o Governo como o Ministério da Justiça se recusam a comentar o caso e remetem qualquer esclarecimento para PJ.
Faculdade está na época de examesA Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa estava atualmente em pausa letiva para a realização de exames e o início das aulas está agendado para dia 21 deste mês. Durante esta semana, decorrem exames de segunda fase, que juntam centenas de alunos. Para esta sexta-feira, segundo o calendário disponível online, estavam marcados 47 exames.

 

  Jornal de Notícias e Correio da Manhã de hoje
Captura de ecrã 2022-02-11 093215.jpg

 

  A propósito da informação que levou à detenção de um jovem, que alegadamente preparava um atentado terrorista em Lisboa, e que chegou à PJ através do FBI.
Captura de ecrã 2022-02-11 105720.jpg

 

  Expresso, 09h47 de 11fev2022 - João, o estudante de engenharia informática de 18 anos que foi detido pela Polícia Judiciária um dia antes de cometer um atentado na faculdade de Ciências, em Lisboa, é descrito pelos vizinhos na aldeia na Batalha onde mora a família e de onde é natural, como “um rapaz tímido, introvertido e pouco sociável”. A aldeia é composta por entre 30 e 50 casas, espalhadas pela serra. João andou na escola naquela freguesia e antes de ir para a faculdade estudou num estabelecimento de ensino na Batalha. A família é elogiada pelos vizinhos. “Nunca levantou problemas. É humilde também no trato.”

 

  Prisão preventiva para estudante que preparava ataque terrorista
Foi ouvido em primeiro interrogatório judicial o estudante de 18 anos acusado da tentativa de massacre na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e vai ficar a aguardar em prisão preventiva, a medida de coação mais gravosa. A defesa de João estava inicialmente a cargo de um advogado oficioso, nomeado pelo tribunal, mas, à ultima da hora foi nomeado um advogado, pago pelos pais do estudante, o que levou a um atraso no interrogatório judicial. Está indiciado por terrorismo e posse de arma. Jorge Pracana, advogado do jovem suspeito de planear um ataque à FCUL, diz que “este processo vai fazer história no país”. O advogado admite contestar a prisão preventiva decretada ao cliente, mas não deu pormenores: “Aguardo o envio de alguns documentos que acho que são úteis à reversão da decisão”.

 

  Observador / Carlos Diogo Santos - 15h44 de 11fev2022
Jovem foi surpreendido pela PJ, mas colaborou. “Sabia que os corredores da universidade estariam cheios, estava no plano", diz fonte da PJ. Suspeito não queria qualquer vingança contra alguém concreto.
Captura de ecrã 2022-02-11 174159.jpg

 

  Expresso /  - 19h40 de 11fev2022
PsychotycNerd#6116. Era este o nickname na rede social Discord de João, o jovem de 18 anos que ficou em prisão preventiva esta sexta-feira pelos crimes de terrorismo e posse de arma. Foi num chat dessa rede social que o estudante de engenharia informática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa revelou o seu plano de levar a cabo um assassinato em massa no Bloco 3 daquela universidade usando facas, uma besta e explosivos fabricados por si para matar e incendiar estudantes e as instalações universitárias. Em conversa na Discord, João contou ao seu interlocutor, Sammy, que a sua motivação para o atentado se devia a um incidente sobre plágio naquela universidade. Alarmado com a conversa, Sammy avisou o FBI por email, a 4 de fevereiro, garantindo que apenas conhecia o jovem pelo seu nickname que usava naquela rede social. A PJ acabou por descobrir que João terá sido vítima de bullying na escola e que sofre de síndrome de Asperger, mas que a doença não o impedia de distinguir o bem do mal, nem lhe afetava a capacidade de optar ou não pela prática de condutas ilícitas.

  E eu, que das ciências médicas não vou além de saber marcar consultas com a minha médica de família e cumprir com o que ela me manda fazer, fico à espera de que a Justiça diga se este jovem é “terrorista” ou “um caso de ameaça e possível homicídio” ou mesmo um doente a necessitar de tratamento.

 

  JN, às 21h18 de 11fev2022
João, de 18 anos, chegou ao Estabelecimento Prisional de Lisboa bastante afetado e alterado, depois de ter sido colocado em prisão preventiva por ordem do tribunal, um dia depois de ser detido por suspeitas de estar a preparar um ataque contra colegas da Faculdade de Ciências de Lisboa. O jovem terá dado entrada no EPL bastante alterado, ao início da noite deste sábado. Em face do estado do jovem, foi transferido para o hospital-prisão de Caxias, onde será avaliado pelos médicos.

 

  CNNPortugal, às 08h04 de 12fev2022
Numa folha de linhas A4, pendurada na parede do quarto onde vivia, nos Olivais, o jovem escreveu à mão em português e inglês o plano do ataque - a preparação, as tarefas a fazer na véspera e toda a ação do dia do ataque. No dia 11 de fevereiro, o ataque seria às 13h30: numa bolsa colocada na perna, levaria uma faca com uma lâmina de cerca de 16 centímetros; na perna colocaria um acessório para transportar as setas que iria disparar com uma besta. Além disso, pretendia provocar um incêndio e, para isso, tinha latas de combustível. Dentro do anfiteatro do bloco 3 da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa lançaria uma cortina de fogo com gás e gasolina e depois desataria a matar os colegas. Naquele dia que escolheu estariam ali muitos estudantes a fazer exames. Aí começaria com disparos indiscriminados e a dar facadas a quem conseguisse. O plano até previa o fim: ele mesmo morreria num suicídio policial.
Era na marquise do seu quarto que o estudante guardava as armas que ia comprando. Numa mochila preta e numa mala de viagem escondeu a faca com lâmina de 16 cm, três outras facas mais pequenas, uma besta, várias setas, pelo menos cinco isqueiros, maçaricos, latas de gás e latas de combustível.“
Odeio este mundo.. A frase está publicada numa das páginas das muitas redes sociais que o estudante usava. Aos 18 anos passava grande parte do seu tempo na internet. Tinha página em mais de sete redes sociais diferentes. E o que ia colocando dava sinal de que vivia uma fase mais complicada. Entre as várias redes ia contando que tinha um “passado feliz” mas um “presente negro” e que estava “cansado”.  Ao mesmo tempo publicava fotos de criminosos e assassinos estrangeiros e nacionais, que parecia admirar. Procurava regularmente conteúdo sobre assassinatos e tiroteio em escolas.  Foi também nas redes que um dia confessou que teve “um sonho estranho com um tiroteio” numa escola.
Inteligente e obcecado pelo fenómeno e ideologia do mass shooting – assassinato em massa. Quando foi detido não esboçou sequer surpresa.
Manuela Santos, a agente que liderou a investigação ao grupo motard Hells Angels, lidera a unidade que conseguiu descobrir o estudante. Recebeu um alerta do FBI mas sem qualquer identificação do suspeito e em menos de uma semana conseguiu localizar o jovem que estava por trás de alcunhas que usava nas redes sociais. Esta agente comanda a Unidade Nacional de Contraterrismo, que tem cerca de 100 operacionais. Nos últimos dias, uma brigada foi destacada para este caso sensível, tendo feito várias diligências. Depois de terem descoberto quem ele era, vigiaram-no de perto. Na segunda-feira perceberam que o estudante ainda pensou em avançar com um ataque na faculdade nesse dia mas arrependeu-se - chegou a ir mesmo às instalações da instituição. Manuela Santos sucedeu a Luís Neves, atual diretor nacional da PJ.
Foi numa rede social chamada Discord que o FBI percebeu que um indivíduo português andava a planear o ataque. Os serviços norte-americanos, para combater o terrorismo, estão infiltrados nesta rede. Aqui, o jovem partilhava ideias com membros de grupos ligados aos assassinatos em série. As conversas suspeitas do jovem levaram o FBI a desconfiar e a alertar  a Policia Judiciária, passando-lhe o nome de código que o jovem usava neste sistema – onde muitos grupos são secretos e difíceis de encontrar.

 

  Correio da Manhã de 13fev2022
273298785_10217827342869913_953529687817874970_n.j



Publicado por Tovi às 07:55
Link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos

Terça-feira, 8 de Fevereiro de 2022
Os ciberataques deliberados e maliciosos

Só neste últimos meses tivermos:

  09jan2022 - Expresso e SIC (Grupo Impresa)
9jan2022.jpg

  06fev2022 - Correio da Manhã (Grupo Cofina)
6fev2022.jpg

  08fev2022 - Vodafone
Captura de ecrã 2022-02-08 104804.jpg

  Comunicado da PJ
Numa conferência de imprensa "a título excecional" para "esclarecer informação contraditória", que decorreu na sede nacional da PJ, em Lisboa, ao início da noite, o coordenador da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), Carlos Cabreiro, clarificou que o ciberataque à empresa de telecomunicações Vodafone está a ser investigado como um único ataque. O responsável adiantou também que todas as hipóteses estão em aberto, admitindo-se um ataque a título individual ou uma ação de grupo concertada, com ligação a ciberataques recentes em Portugal, ou não. "Neste momento abrimos todas as hipóteses, de estarmos a falar de alguém a título individual que comete este ilícito. Neste momento é prematuro associá-lo a outros ataques que tenham ocorrido nos últimos tempos. É prematuro fazer essa associação, porque não temos esses dados, não excluímos essa hipótese, mas é prematuro fazer essa avaliação", disse. Segundo o coordenador da UNC3T, esse trabalho "é feito em equipa", não só em termos de cooperação internacional, envolvendo a Europol e a Interpol, por exemplo, mas também nacional, envolvendo o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) e os serviços de informações do Estado.

 

  Notícia da manhã de quarta-feira, 9fev2022
Captura de ecrã 2022-02-09 093021.jpg

 

  Capa do JN de 9fev2022
Captura de ecrã 2022-02-09 094732.jpg

 

  Três tipos de ciberataques [Checkpoint Software Portugal / Visionware]
- Os governos (por exemplo, se a Rússia quiser atacar a Ucrânia "vai certamente atacar as suas redes elétricas, bancárias, etc.");
- Os ciberativistas (que geralmente "querem só chamar a atenção para um determinado assunto" e atacam grupos económicos, petrolíferas, empresas de energia, etc.);
- Cibercriminosos - que podem trabalhar isoladamente ou podem ser organizações criminosas (e são estas que têm crescido nos últimos tempos).

Estas redes criminosas vivem através de um modelo de negócio bastante maduro, usam estes ataques para angariar dinheiro. São redes altamente profissionais e tipicamente não têm uma geografia associada, trabalham world wide. Aquela imagem daquele miúdo, hacker, que está em casa escondido está ultrapassada. Estas redes existem para angariar dinheiro, direta ou indiretamente. Podem fazer pedidos de resgate para recuperar informação ou para não divulgar informação, podem fazer fraude bancária direta ou ações semelhantes, podem reutilizar ou vender informação, porque ela é valiosa. Uma coisa sabemos: o mundo não vai andar para trás, estamos cada vez mais dependentes dos sistemas informáticos e, por isso, sabemos que haverá cada vez mais cibercrimes. Assim como os bancos ao início eram assaltados e agora são seguros, também temos que aprender a lidar com o cibercrime. É o mundo que temos e não vai mudar. Temos que trabalhar para termos sistemas mais seguros e isso é possível, mas toda a gente tem que assegurar o seu papel, incluindo o Governo.



Publicado por Tovi às 10:25
Link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos

Quinta-feira, 3 de Fevereiro de 2022
Rei morto, Rei posto

rei morto rei posto.jpg

  Rita Dinis, em 1fev2022 no Expresso - Rio sai (sem pressa) e PSD senta-se no divã. O que falhou? E para onde vai? Na má digestão dos resultados eleitorais, PSD reflete sobre o que falhou: Costa afinal não estava esgotado, portugueses premiaram estabilidade e dinheiro no bolso, Rio teve “excesso de confiança” e “erros na mensagem” – perdeu pensionistas e funcionários públicos quando decidiu não lhes dar nada, e reforçou voto no PS quando decidiu não hostilizar o Chega. O medo da direita prevaleceu. Perante isto, Rio sai, disso não há dúvidas. Mas também não há pressa. Eleições internas podem acontecer até junho: começa agora a guerra de sucessão. Mais uma. Salvador Malheiro já lançou Montenegro. Quem vem lá?

  Nuno Melo, em 1fev2022 na sua página do Facebook - O CDS está ferido, mas não de morte. O partido está implantado a nível nacional, governa sozinho 6 autarquias, muitas mais em coligação, e está presente nos governos regionais dos Açores e da Madeira. …/… Embora o resultado agora obtido confirme inteiramente os meus alertas, não tenciono concentrar-me em ajustes de contas com o passado. Sou presentemente o único deputado com mandato e palco nacional e europeu do CDS. Nunca virei as costas ao meu partido e não abandono o CDS no momento mais difícil da sua história. Uma coisa quero garantir: no que de mim depender, o CDS não acaba aqui.



Publicado por Tovi às 07:50
Link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos

Sexta-feira, 28 de Janeiro de 2022
Os últimos cartuchos destas Legislativas

  Sondagem do ISCTE/ICS para Expresso e SIC
Expresso 28jan2022.jpg
 
David Ribeiro - Lá teremos que ir a penalties.
Luis Paixão Martins - Estou a imaginar o leitor tipo do Expresso. Entradote ou mais. A olhar para esta manchete. E a pensar: Deixa-me ir votar senão a canalhada ainda dá cabo disto 😎😎😎

  Sondagem da CESOP para RTP, Antena 1 e Público
Público 28jan2022.jpg

 

  Tracking Tool (Pitagórica) para TVI e CNNPortugal 
cnn 27jan2022.jpg



Publicado por Tovi às 13:47
Link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos

Quinta-feira, 27 de Janeiro de 2022
Um dia "quente" no «Um novo norte para o Norte»

  Ontem foi um dia "quente" no Grupo do Facebook "Um novo norte para o Norte". Ora vejam...

 

  Desconhecia este "acontecimento"... mas diz muito sobre quem é Rui Rio.

  Paulo Moura na sua página do Facebook
272664278_10159977375571064_947898512546698612_n.j
Rio nos bastidores
Há uns anos, fiz, para o Público, uma grande entrevista a Rui Rio, quando ele era presidente da Câmara do Porto. Correu mal.
Em parte, a culpa foi minha: como, na altura, Rio se recusava a dar entrevistas, alegando que os jornalistas lhe deturpavam as declarações, eu propus mostrar-lhe o texto, antes da publicação, para ele confirmar que não havia declarações deturpadas ou colocadas fora de contexto.
Ele aceitou. Fui para o Porto, a entrevista durou várias horas e falámos de tudo, sem condições nem pedidos de “off”. Pelo menos um terço da conversa foi sobre o tema na ordem do dia: as relações tensas entre Rio e o Futebol Clube do Porto.
Regressei a Lisboa, transcrevi e editei o texto e enviei-o a Rio, como combinado.
Nem meia-hora depois, liga a secretária da presidência: o Sr Dr vai enviar correcções.
Quando chegaram, a entrevista estava irreconhecível. Toda a parte sobre o FCP tinha sido eliminada e as outras respostas completamente alteradas, reduzidas a frases vazias e pomposas.
Liguei a Rio lembrando-lhe que nenhuma restrição havia sido pedida quando ao tema do FCP. Se isso tivesse acontecido, aliás, eu ter-me-ia recusado a fazer entrevista, uma vez que se tratava do tema mais importante da conversa.
Rio respondeu não se ter apercebido previamente de que as afirmações dele agravariam ainda mais a crise com o FCP, pelo que decidira entretanto apagá-las da entrevista.
Quanto às outras respostas, perguntei-lhe se havia alguma incorrecção da minha parte. Disse que não. Estavam correctas, mas não poderiam ser apresentadas assim. “Eu não sou o Zé dos Anzóis”, explicou. “O presidente da Câmara da segunda cidade do país não fala assim”, disse ele, referindo-se à forma como realmente tinha falado, na entrevista. “O presidente tem de se expressar com uma certa formalidade”.
E com base neste argumento, adulterou por completo a entrevista, transformando-a num rol de declarações inócuas e ocas.
Ainda tentei um compromisso, suavizando algumas respostas, sem lhes alterar o sentido. Ele recusou, exigindo a alteração radical, eu declinei, numa série de telefonemas, cada vez menos cordais, pela noite dentro. Quando viu que não me convencia, Rui Rio começou a ser agressivo, insinuando ameaças. E quando lhe disse que o texto (inalterado) já seguira para a gráfica, tornou-se realmente grosseiro.
A entrevista seria o tema de capa da Pública, a revista de domingo do Público. Mas na sexta à noite a Direcção do jornal recebe um telefonema da redacção do Porto: “Está aqui um representante da Câmara, com dois advogados, a dizer que apresentaram uma providência cautelar ao tribunal, para que a revista não saia.”
Naquela altura, o Público vendia mais de 100 mil exemplares ao domingo. A apreensão de todos os exemplares significaria um rombo financeiro muito sério para o jornal.
Felizmente, o juiz não reconheceu mérito às razões da Câmara, e recusou a providência cautelar. A entrevista saiu, inalterada.
Publicamente, Rui Rio não se queixou.
(A foto é do Fernando Veludo)

 

  Muitos foram os membros deste Grupo que desde a manhã de hoje me têm vindo a "puxar as orelhas" por eu ter publicado um post em que partilhava a notícia de Paulo Moura com o título "Rio nos bastidores". Agora quero ver o que aqui se dirá por partilhar isto. ✍
E já agora: A dias de “botar o papelinho na caixa” só sei perfeitamente em quem não vou votar.

  Nuno Costa Santos na sua página do Facebook  
272767588_10227476120748625_6981352997547610710_n.
Vale a pena ler esta análise com a qual concordo inteiramente. O que mais me espanta é chegarmos aos anos 20 deste século e vermos supostos spin-doctors da treta a fazer campanhas como algumas que temos visto e políticos inteligentes deixarem-se cair nas suas patranhas incompetentes. Campanhas baseadas em mentiras e soundbites, que descaracterizam os personagens e achando que se bastam pela imbecilidade do eleitorado e sem qualquer ideia de futuro. As pessoas não votam no passado nem na obra feita. Nem na mercearia de supostas traições políticas e orçamentais. Votam naquilo que cada um tem para lhes oferecer e se atrás disso houver credibilidade. Destruir o carácter de cada candidato, transformando-os em autómatos arrogantes e zangados, que se limitam à gabarolice da contabilidade do que fiz no verão passado ou no mandato que está a acabar, é um erro que julgava ser tão evidente que não pudesse já ser cometido por ninguém. Costa é melhor do que isto e, mesmo que o diretor do Público hoje venha escrever que Rio é pior do que tem mostrado, os buracos nos sapatos do líder do PS já lá estão bem cravados. E depois de dar tiros nos pés tão consecutivamente, é muito difícil corrigir. Alguém deveria ter aprendido as lições das autárquicas, mas pelos vistos, com todos esses erros, fizeram um manual que tão bem a Maria João Marques explica no Público.

 

  Pois eu até concordo na generalidade com o programa do PSD, mas não tenho nenhuma confiança em Rui Rio. Por outro lado, a malta do Largo do Rato tenho-a cada vez mais como perigosa, principalmente se António Costa “se reformar da política nacional” e o barco ficar entregue a Pedro Nuno Santos. Sou capaz desta vez, pela primeira vez desde que voto, ir colocar a cruzinha para tentar eleger Deputado da Nação pelo meu círculo eleitoral alguém por quem tenho grande simpatia, apreço e consideração. Nem sempre estamos de acordo no que à política diz respeito, mas sabemos conversar e até nos entendemos em muitas coisas.

 

  Acho bem... não só porque uma maioria na Assembleia da República de “180,190 ou 200 deputados” é o que as sondagens apontam para PS e PSD, ganhe quem ganhar, mas também porque assim se evitaria uma "Geringonça 2.0".
Captura de ecrã 2022-01-27 155738.jpg

 

  No final deste dia foram conhecidas dois estudos de mercado para as Legislaitvas2022: a  Tracking Poll (trabalho de campo da Pitagórica) para a TVI e CNNPortugal; mais uma sondagem do  do ISCTE-ICS para o Expresso e SIC. No gráfico todas as sondagens conhecidas nestes últimos dez dias antes das eleições.
Sondagens 27jan2022.jpg



Publicado por Tovi às 07:49
Link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos

Sexta-feira, 14 de Janeiro de 2022
Debate eleitoral do tudo ou nada

TM3C2A8146-850x567.jpg

O secretário-geral do PS e atual Primeiro-Ministro, António Costa, e o presidente do PSD, Rui Rio, encontraram-se ontem no cineteatro Capitólio, em Lisboa, para o mais importante debate desta campanha eleitoral para as Legislativas2022, com transmissão nas três televisões generalistas e moderação de João Adelino Faria (RTP), Clara de Sousa (SIC) e Sara Pinto (TVI).

 

  Coisas importantes do debate
Rio diz que fez oposição “civilizada” mas com “alternativas”, Costa critica propostas “perigosas” de Rio.
Costa admite Governo à Guterres ou opção com o PAN. O líder do PS admitiu governar "diploma a diploma" caso vença as legislativas sem maioria absoluta, tal como chegou a fazer António Guterres, embora tenha admitido que essa é uma solução "difícil".
Impostos. Costa promete reduzir IRS “já”, Rio diz que isso é “insistir nos erros do passado” e lembra percurso de Costa nos governos de Sócrates e Guterres.
Salário mínimo. Rio diz que quer aumentar pela inflação e Costa promete pelo menos 900 euros.
Saúde. SNS "falhou", acusa Rio. Costa acusa Rio de querer SNS só para pobres e classe média a pagar. Rio diz que se deve distinguir “os que podem pagar e os que não podem”.
Costa diz que programa do PSD na justiça é “perigoso” por querer “subordinar a justiça ao poder político. Rio diz que Costa é como Ventura e acusa-o de populismo.
TAP. “Indecente, gravíssimo”, diz Rio, quer quer privatizar o quanto antes. Costa confia no plano de reestruturação. "Não há razões para plano da TAP falhar, Há outras companhias interessadas em comprar 50%", assegura Costa. 
Costa termina o debate a dizer que Rio recorre a "malandrices habituais" para negar crescimento da economia.

 

  Quem esteve melhor no debate entre António Costa e Rui Rio
JN  13jan2022.jpg

Expresso 13jan2022.jpg
tvi 13jan2022.jpg


  Para mim foi este o melhor comentário sobre o debate de ontem
Debate de 13jan2022 o melhor comentário.jpg

 

  Ontem… a ver o debate. (Roubei esta linda foto à Chloe Pairel, que a publicou na página “Amis qui aiment Levrier whippet”)
271812415_10223833958334530_3793813637870508595_n.



Publicado por Tovi às 08:26
Link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos

Domingo, 9 de Janeiro de 2022
Situação crítica no Cazaquistão

Captura de ecrã 2022-01-07 143348.jpg
O presidente do Cazaquistão ordenou que as forças de segurança "atirem para matar sem aviso", enquanto a agitação continua na rua.


Captura de ecrã 2022-01-07 170213.jpg
Esta antiga república soviética é o nono maior país do planeta (2.724.900 km2) e tem uma população estimada em 18,7 milhões (uma das densidades populacionais mais baixas do mundo), dividida por cerca de 100 etnias, entre cazaques (que compõem 68,5% da população), russos, uzbeques, ucranianos, alemães, tártaros e uigures.

 

  Comunicado do atual presidente do Conselho de Segurança Coletiva da CSTO [Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO, na sigla em inglês), que integra Arménia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia e Tajiquistão]"Devido à solicitação do presidente da República do Cazaquistão Tokaev e considerando a ameaça à segurança nacional e soberania da República do Cazaquistão, provocada inclusive por interferência do exterior, o Conselho de Segurança Coletiva da CSTO, no âmbito do artigo 4 do Tratado de Segurança Coletiva, decidiu enviar as Forças Coletivas de Paz à República do Cazaquistão por tempo limitado a fim de estabilizar e normalizar a situação no país."

 
  Expresso de hoje - Mais de 5.000 pessoas foram detidas no Cazaquistão devido aos distúrbios que durante esta semana abalaram este país da Ásia Central, segundo relatam hoje os órgãos de comunicação locais, citando as autoridades. De acordo com essas informações, fornecidas pelo Ministério do Interior, um total de 5.135 pessoas foram presas na sequência de 125 investigações distintas.


Publicado por Tovi às 07:24
Link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos

Quinta-feira, 6 de Janeiro de 2022
Afeganistão: 20 anos, 20 mitos

Captura de ecrã 2022-01-01 111333.jpg
“É verdade que o regime talibã regressou ao poder, mas dizer que tudo voltou ao mesmo é fazer tábua rasa do que se passou ao longo destas duas décadas. Nem os ‘estudantes de teologia’, divididos em diversas tendências e ideários, são os mesmos (alguns nem nascidos seriam quando os EUA invadiram o país em 2001), nem a sociedade afegã o é. Cabul deixou de ser uma cidadezinha e cresceu para 4 milhões de habitantes. Tirando os que fugiram em agosto, há muita população urbanizada e educada, a começar pelas mulheres, bem como quadros técnicos, dos quais o novo regime precisa para reconstruir o país e o Estado. Sinal da necessidade desesperada de reconhecimento internacional (e de acesso a recursos financeiros e à ajuda externa), o recente anúncio de que vão voltar a ser emitidos passaportes, proporcionando (teórica) liberdade de deslocações ao estrangeiro.” (Rui Cardoso, in Expresso – 31dez2021)



Publicado por Tovi às 07:19
Link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos

Domingo, 2 de Janeiro de 2022
Pirataria informática contra o Grupo Impresa

expresso.jpg
Tanto quanto me parece o site do Expresso sofreu um ciber ataque... Confirmam?

 

  
Nuno Matos Pereira - Pode ser um problema técnico, com o certificado SSL! Mas o mais aparente é ser mesmo um ataque!

David Ribeiro - Há minutos...
expresso há .jpg

Nuno Matos Pereira - Parece que foi um ataque geral ao grupo Impresa! Hum 🤔
David Ribeiro - Tanto quanto parece um grupo de hackers exige o pagamento de um resgate para desbloquear os sites.
Captura de ecrã 2022-01-02 140844.jpg
Nuno Matos Pereira - David Ribeiro… sabe David! Não sou a favor deste tipo de actos, mas tantas são as mentiras jornalísticas que possivelmente os resultados do que tem sido o jornalismo nos últimos tempos, justificam os meios!
David Ribeiro - Nada, no meu entender, pode justificar esta atitude, Nuno Matos Pereira. É unicamente com a divulgação pública da VERDADE que se pode e deve combater eventuais "mentiras jornalísticas".
Nuno Matos Pereira - David Ribeiro numa situação que que só acham que a ciência é a verdade! E aquilo que a ciência quer apregoar pode estar bem longe da verdade. Sinceramente, acho que ainda não temos conhecimento científico para saber o que realmente é a verdade! A única parte que concordo, é que para já, ainda não sei se "estes meios, já justificam os fins"!
David Ribeiro - Nuno Matos Pereira ... Diz-nos a história que a VERDADE é o que nos diz HOJE a ciência. E a ciência faz-se de novas descobertas que irão forçosamente alterar as anteriores teorias. Não podemos deixar é cair a CIÊNCIA num populismo inculto.
Nuno Matos Pereira - David Ribeiro Como se sente ao ver um vídeo como este, também lhe podemos chamar ciência, às investigações?
"A pandemia da gripe A nunca existiu", disse a Euronews em 05/06/2010
David Ribeiro - Nuno Matos Pereira ... Políticos a "mandarem bitaites" sobre Ciência.

 

  20h10 de hoje, no Facebook
ex 1.jpg

 

  22h57 03jan2022 - Fui visitado por sms, pelos "amigos" do Grupo Impresa. (Rasurei a informação para evitar acidentes)
271259269_10220797917965651_2398462250063058999_n.

  09h36 04jan2022 - Ataque foi reivindicado pelo grupo Lapsus$, que se suspeita ser constituído por colombianos e um espanhol, e que esteve vários dias dentro dos servidores da Impresa até desencadear o ataque.

  07h01 05jan2022, no JN
Ataque sem precedentes em Portugal apagou todos os dados e registos históricos digitais dos títulos do Grupo Impresa.
Foi um ataque sem precedentes, dirigido a um dos maiores grupos de comunicação social do país. Os piratas informáticos que reivindicaram o ataque aos sites do "Expresso" e da SIC destruíram todo o histórico de notícias armazenado nos servidores dos dois órgãos de Comunicação Social. Na terça-feira à tarde, três dias depois, os sites voltaram ao ativo com o mesmo endereço, mas em formato provisório. O golpe não terá sido de "ransomware" clássico, que implicaria o pagamento de um resgate para reaver a informação das páginas Internet, mas sim a eliminação da memória digital das notícias do Grupo Impresa.
Segundo informações recolhidas pelo JN junto de diversos especialistas em cibersegurança, ao contrário de casos clássicos de "ransomware", aqui os dados informáticos, o registo histórico, assim como as cópias de segurança (os chamados "backups") foram simplesmente eliminados. Nos casos habituais, após os dados serem encriptados, ficam ilegíveis por terem sido codificados. Apenas podem ser desencriptados com uma chave que só é conhecida pelos piratas e que estes fornecem mediante pagamento. No caso da SIC e do "Expresso", verificou-se que os dados foram destruídos.
expresso 4jan2022.jpg



Publicado por Tovi às 11:11
Link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos

Quarta-feira, 17 de Novembro de 2021
Começou ontem o julgamento do Processo Selminho

image.jpg

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, começou ontem a ser julgado no Tribunal de São João Novo, no âmbito do processo Selminho, onde é acusado de prevaricação, por favorecer a imobiliária da família, da qual era sócio, em detrimento do município. Segundo a comunicação social presente na sala de audiências Rui Moreira insistiu durante a manhã perante o Tribunal, que nunca teve intenção de beneficiar a imobiliária da sua família e que a sua intervenção em todo o processo Selminho se limitou a assinar uma procuração forense, sob conselho do seu chefe de gabinete, e meses depois uma declaração de impedimentos. De resto, todo o processo foi conduzido pelo advogado externo contratado pelo seu antecessor, em sintonia com os serviços jurídicos e os serviços de urbanismo da Câmara, e que "nunca" deu qualquer instrução seja em que sentido for.

 

  Jornais de hoje
Captura de ecrã 2021-11-17 083955.jpgCaptura de ecrã 2021-11-17 083348.jpg

[Expresso, 16nov2021 às 20h50] - Antigos eleitos da CDU e BE da Câmara do Porto afirmaram, no Tribunal de São João Novo, que acordo entre a autarquia e a imobiliária da família Moreira no sentido de devolver capacidade construtiva a terreno na escarpa da Arrábida ou eventual indemnização, se a pretensão não fosse acolhida no PDM, inverteu o posicionamento de uma década de litigância.

 

  Segunda sessão do julgamento
 [JN às 12h12 de hoje] - O advogado Pedro Neves de Sousa, que foi mandatado pela polémica procuração que desencadeou o caso Selminho, garantiu, esta quarta-feira, em tribunal, que não sabia que a empresa era de Rui Moreira ou dos seus familiares e que o processo "foi tratado como todos os outros". 
O advogado que conduziu o processo Selminho explicou que apenas lidava com chefias intermédias e que, "provavelmente", pode dizer que nunca esteve numa reunião de trabalho com Rui Moreira, nem com o autarca que o antecedeu, Rui Rio. Pedro Neves de Sousa revelou que, em 2011, antes de Moreira ter tomado posse como presidente da Autarquia do Porto, os serviços de contencioso da câmara lhe tinham solicitado o adiamento da instância, pois havia a possibilidade de atender às pretensões da Selminho em sede de revisão do PDM, que se esperava estar concluído em 2012. O tempo passou e, em setembro de 2012, o advogado foi informado de que a Selminho pretende prosseguir com o processo. Nessa altura, apercebe-se de que já havia pouco tempo para reagir e preparou uma contestação à pretensão da empresa, "da forma que melhor entendeu defender a Câmara do Porto", declarou. Em novembro de 2013, as partes foram convocadas pelo tribunal para uma audiência prévia. Segundo Pedro Neves de Sousa, uma alteração do código processual civil introduziu a possibilidade de as partes chegarem a acordo nessa audiência prévia. Ora, a procuração passada por Rui Rio em 2011 apenas conferia poderes gerais ao advogado. Assim, pediu nova procuração aos serviços jurídicos da Câmara, agora com poderes especiais, para estar presente na audiência. O documento viria a ser assinado por Rui Moreia em novembro de 2013.
 [Observador às 19h15 de hoje] - Azeredo Lopes, chefe de gabinete de Rui Moreira entre 2013 e 2015, e ex-ministro da Defesa, foi a primeira testemunha a ser ouvida na tarde deste segundo dia de julgamento. Começou por admitir conhecer “muito bem” o arguido Rui Moreira, adiantando que numa primeira fase, além de ser chefe de gabinete, prestava ainda aconselhamento jurídico à autarquia durante dois meses. “Na fase da transição, ainda antes de entrar em funções, reuni-me com o anterior chefe de gabinete que me deu conta dos dossiês mais importantes que estavam a decorrer no contencioso. Quando chego à câmara considero crucial fazer uma avaliação de risco, onde a câmara devia estar mais ou menos preocupada para evitar eventuais condenações ou situações menos agradáveis que tivesse de alguma responsabilidade”. Azeredo Lopes garante que só soube da ligação de Rui Moreira com a empresa Selminho apenas no momento da assinatura da procuração forense pelo presidente. “Sendo um caso que estava há bastante tempo dentro da câmara, a minha convicção é que toda a gente sabia. Estava absolutamente convencido que era impossível não saber (…) O Porto é uma cidade bastante pequena, não estamos a falar de uma pessoa anónima nem de uma família anónima. Não me pareceu concebível que ninguém soubesse na câmara que a Selminho não estava ligada à família do Dr. Rui Moreira”. O antigo chefe de gabinete recorda o dia em que Moreira entrou no seu gabinete com uma procuração nas mãos. “Entrou no meu gabinete e disse que tinha uma procuração para assinar porque diziam que muito urgente, mas que tinha lá o nome de uma empresa da sua família. Não me passava pela cabeça que, ao fim de não sei quantos anos, quem elaborou procuração não soubesse ainda o que era ou de quem era a Selminho”, refere o antigo chefe de gabinete. “A interpretação que dei é que eles [serviços jurídicos] entendem que é necessário que assines para evitar que a câmara deixe de estar representada em tribunal. Se não assinares isto pode até ser interpretado contra ti. Foi basicamente isso que transmiti ao presidente”, acrescenta Azeredo Lopes, revelando desconhecer, no entanto, a “natureza da procuração”. “Desconhecia que era uma procuração com poderes especiais e que tinha sido pedida especificamente para aquele efeito [negociação], não sendo válida a procuração passada pelo anterior presidente, Rui Rio". Ouvido minutos depois de Azeredo Lopes, o então diretor municipal do departamento jurídico do município, entre fins de setembro de 2013 e 11 de dezembro de 2013, afirmou desconhecer “em absoluto” a procuração em causa. “Desconheço em absoluto essa procuração. Se ela é de 28 de novembro [de 2013] como é referido, eu ainda estava em funções e não conheço essa procuração. O departamento jurídico e contencioso devia estar envolvido neste processo e não foi”, declarou Miguel Queirós. Pedro Neves de Sousa, advogado que colabora com da autarquia do Porto desde 2009, e a quem Rui Moreira passou uma procuração forense, em 2013, para representar a câmara em tribunal num processo com a Selminho, começou por ser questionado pelo procurador do Ministério Público sobre a relação que tem com Rui Moreira. “Cumprimentamo-nos, mas não temos relação pessoal. Conheço o sr. presidente pessoalmente, mas não consigo localizar no tempo o dia em que estive com ele (…) Antes de ele ser eleito, não me recordo de termos sido apresentados”, adianta, afirmando ainda desconhecer todos os irmãos do autarca. “Se os vir, não os conheço, nem de vista”. O advogado explica com detalhe que trabalha numa sociedade que tem um contrato de prestação de serviços com a autarquia do Porto, desde 2009 até ao presente, mas salienta que não mantém contacto com o presidente de câmara, mas que “responde a chefias intermédias”, neste caso à divisão jurídica de contencioso. “Em processos judiciais, respondia à chefe de divisão municipal de contencioso, inicialmente Sofia Lobo e, mais tarde, Anabela Monteiro”. Pedro Neves de Sousa recorda que em janeiro de 2011 recebeu uma ação por parte do departamento jurídico e obteve informação de que “deveria suspender a instância” — na prática, interromper o ‘dossier Selminho’ — no Tribunal Administrativo e Fiscal, uma vez que “estariam em curso negociações entre a Selminho e o município”, tendo na origem dessas mesmas negociações a possibilidade de “revisão do Plano Diretor Municipal”. “Foi uma situação absolutamente anormal, pois não seria necessário contestar a ação”, enfatiza, acrescentando que essa informação foi-lhe passada pela chefe de divisão, Sofia Lobo. “Não sabia que a Selminho pertencia à família do sr. presidente”, garante, acrescendo só ter tido conhecimento da ligação da imobiliária a Rui Moreira em 2014. Antes disso, em setembro de 2012, o advogado foi informado de que a Selminho pretendia prosseguir com o processo. Nessa altura, preparou uma contestação à pretensão da empresa, convicto de que estaria a fazer “o melhor para defender os interesses do município”. Pedro Neves de Sousa refuta completamente a acusação apontada pelo Ministério Público de que tenha agido cumprindo instruções do autarca do Porto. “Não posso ser mais claro do que isto, nunca falei com o dr. Rui Moreira antes, durante ou depois sobre este processo, nem sobre outros (…) Teria sido muito grave se tivesse recebido instruções por parte do dr. Rui Moreira, não sou advogado do dr. Rui Moreira, sou advogado do município.” Na mesma linha, o advogado garante: “Da minha parte, nunca senti que houvesse algum tipo de pressão nem que a posição do município tivesse sido alterada pela ligação do presidente à Selminho”. Sem “nunca” contactar diretamente o serviço do urbanismo da câmara, depois de Rui Moreira tomar posse, Pedro Neves de Sousa garante que “não houve alteração de procedimentos” relativamente ao processo. “O modus operandi depois de 2013 manteve-se exatamente o mesmo.” Até então, a procuração que mandatava poderes gerais estava com o nome de Rui Rio. “Não era necessário juntar uma nova procuração. Um novo mandato não implica a caducidade de uma procuração”, sustenta o advogado, que, no entanto, a 22 de novembro pediu “uma procuração com poderes especiais”, uma vez que na audiência prévia, agendada para janeiro de 2014, existiria “a tentativa de uma conciliação”, concluindo que nestes casos é necessário um novo documento que transmita poderes especiais. Na sequência dessa audiência prévia, o advogado revela que o município do Porto continuava “exatamente no mesmo ponto”, ou seja, a colocar a hipótese de na revisão do PDM que incluíam as pretensões da Selminho de dar capacidade construtiva ao terreno na escarpa da Arrábida. “Quem elabora a primeira versão do acordo foi o mandatário da Selminho, é ele que me envia as primeiras minutas, que analisei e alterei, em conjugação de esforços com os dirigentes do município do Porto”. Nessa primeira versão do acordo, elaborada em abril de 2014, era incluído o cenário de revisão do PDM dando, assim, capacidade construtiva aos terrenos da Selminho. “A decisão passou sobretudo pela posição do urbanismo”, revelou o advogado, acrescentando que nessa altura “já estavam a decorrer os trabalhos preparatórios para a revisão do PDM por parte do urbanismo”. “Os serviços [urbanísticos] apontavam que a pretensão da Selminho podia ser acolhida. Se se concretizar essa ideia do urbanismo, muito bem, caso contrário nunca esteve adjacente o pagamento de uma indemnização. No caso ser alterado o PDM, o assunto estava fechado, caso contrário, teríamos de discutir se haveria ou não direito a indemnização. Esta foi a grande guerra.” Pedro Neves de Sousa sublinha que no acordo em causa a câmara “não se comprometeu com a alteração do PDM, diz apenas que é expectável que isso venha a acontecer”.



Publicado por Tovi às 08:29
Link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos

Sexta-feira, 15 de Outubro de 2021
Acordo de governação na Câmara do Porto

Rui Moreira + PSD.jpg

A democracia é isto, saber encontrar parcerias capazes de validarem um projeto governativo para a nossa Cidade.

Com este acordo a quatro anos o Executivo Municipal fica assim: Rui Moreira + PSD = 8 vereadores (em 13 eleitos).
Na Assembleia Municipal teremos 15 deputados do movimento de Rui Moreira + 8 do PSD + 6 Presidentes de Junta (de Rui Moreira + PSD), num total de 29 deputados (para um total na AM de 46 deputados).
 
 

  Comunicado do Movimento Aqui Há Porto
O Movimento Aqui Há Porto, na sequência dos resultados eleitorais, deu início a uma reflexão no sentido de construir uma solução de governabilidade para a cidade.
O PSD, respeitando o princípio de que quem ganha as eleições autárquicas governa, mostrou disponibilidade para apoiar uma solução que incorpore algumas das suas principais propostas para a cidade, nomeadamente na redução da carga fiscal, na transferência de competências para as freguesias, na mobilidade, na criação de uma rede de creches e na redução da fatura da água.
Este acordo é feito com o objetivo de garantir a estabilidade governativa e acordar medidas para o futuro da Cidade.
O PSD não terá representação nos pelouros executivos, assim como nas empresas do universo municipal.
Na Assembleia Municipal, o PSD irá apresentar a candidatura do Prof. Sebastião Feyo de Azevedo, antigo reitor da Universidade do Porto, como candidato a Presidente da Mesa deste Órgão. Esta candidatura será subscrita e apoiada pelo Movimento Aqui Há Porto.
Francisco Ramos, Presidente do “Porto, O Nosso Movimento” refere “o Dr. Miguel Pereira Leite, empenhado, como sempre, numa solução de estabilidade e governabilidade não será recandidato ao cargo. O Movimento agradece e enaltece o trabalho que desenvolveu, ao serviço da Cidade, ao longo dos últimos 8 anos na liderança da Assembleia Municipal”.
Miguel Seabra, Presidente do PSD Porto, “enaltece a candidatura do Professor Sebastião Feyo de Azevedo, personalidade de reconhecido mérito na Cidade e no País, que muito prestigiará a Assembleia Municipal e o Porto”.

 
 
  Comunicado de Miguel Pereira Leite
Queridas Amigas e Amigos,

Na sequência das conversações que têm existido ao longo das últimas semanas na sequência dos resultados eleitorais do passado dia 26 de Setembro, algumas das quais que já vêm sendo objeto de vários comentários na Imprensa, foi alcançado um princípio de acordo que torna possível assegurar a governabilidade da Cidade ao longo dos próximos 4 anos.
Foi-me assegurado que esse acordo será formal, escrito, assinado e será tornado público – e, embora desconheça o seu teor em rigor, creio que os seus aspetos essenciais vos serão dados a conhecer de seguida.
Em conversações com o Dr. Rui Moreira, Presidente eleito da Câmara Municipal a quem saúdo, a última das quais teve lugar hoje, esta mesma manhã, foi-me transmitido que este Acordo lhe assegura as condições essenciais de Governabilidade da Cidade.
Os acordos – como bem sabem – têm sempre condições de parte a parte e, deste acordo, resulta a exigência pela outra parte de ser atribuído ao seu candidato o lugar de Presidente da Assembleia Municipal.
Mediante estes factos, mediante este acordo que, repito, será formal e público, tomei hoje mesmo a decisão de não apresentar a minha candidatura à Presidência da Assembleia Municipal do Porto.
Nas presentes circunstâncias, esta é uma decisão minha, pessoal e inalieável.
Quero que saibam que:
i)  Tomei esta decisão por inabalável lealdade aos ideiais que me orientam no exercício da minha participação cívica e da minha ação política e que me / nos trouxeram até aqui e que convosco e com todos partilhei nesta última eleição – eleição essa que, nunca é demais recordá-lo, vencemos!
ii)  Por lealdade, respeito, consideração e gratidão a todos os elementos – sem exceção ou esquecimento – de uma equipa que comigo cruzaram este caminho que nos trouxe até aqui, parte da qual se encontra aqui presente.
iii)  Por lealdade a quem tem de assumir a gestão e a governação deste nosso Porto – o Dr. Rui Moreira, Presidente da Câmara eleito e líder aclamado deste nosso Movimento.
iv)  Por uma inquebrantável lealdade à nossa cidade do Porto, aos nossos concidadãos, por quem somos eleitos para servir e que de nós esperam uma governação responsável! E que, pela minha parte, tudo farei para que existam condições para assegurar.
Nunca temi as eleições, mas também nunca estive agarrado a cargos ou lugares e esse foi sempre um valor que também nos uniu.
Agradeço reconhecidamente a confiança que em mim depositaram ao longo destes já longos anos de exercício destas funções.
Sabem que podem e poderão contar sempre comigo e a todos desejo um bom Mandato, unidos em redor do Presidente da Câmara eleito e dos princípios e valores que sempre nortearam esta nossa caminhada.
Miguel Pereira Leite,
13 de outubro de 2021

 

  Tiago Barbosa Ribeiro, no Facebook em 13out2021
De forma não especialmente surpreendente, o PSD entregou-se a Rui Moreira para os próximos 4 anos. É quase cómico, mas a prometida "oposição" não sobreviveu sequer à tomada de posse, no próximo dia 20. Após este acordo de bastidores, o PSD passa a somar os seus eleitos a Rui Moreira/CDS/IL e defrauda quem votou nesse partido com a expectativa da alternativa que foi apresentada em campanha.
Ao fazê-lo, como é evidente, deixa para outros partidos o trabalho de escrutínio democrático e de construção da alternativa. E o PS não faltará ao Porto nem faltará com a sua palavra. Quando perdemos isso, perdemos quase tudo. O descrédito de parte da vida política resulta da falta de palavra, dos entendimentos contra-natura e opacos, da troca de apoios por lugares.
O PSD e Rui Moreira trocaram violentíssimas acusações durante a campanha e nos debates, bateram no peito uns contra os outros, por vezes raiando o insulto. Rui Moreira chamou a um dirigente do PSD "o Putin de Paranhos", menorizou o candidato do PSD à Câmara, afirmou que Rui Rio deveria ter sido expulso do PSD, chamou-lhe "complexado", diminuiu e atacou os seus candidatos. Vladimiro Feliz, por seu turno, acusou Moreira de se "transformar num autarca vulgar", enunciou divergências radicais com Rui Moreira, descreveu-o como um "autarca ferido com o caso Selminho", que foi abundantemente usado pelo PSD como arma de arremesso eleitoral (algo que o PS, respeitando a presunção de inocência, jamais fez) e garantiu que nunca existiria qualquer entendimento entre ambos. Depois de tudo isto e bastante mais, assinam um acordo. É o acordo do descrédito.
Eu disse durante a campanha - e reiterei na noite eleitoral - que o PS iria assumir o seu papel de oposição no Porto se fosse essa a vontade dos eleitores. E, recusando participar no leilão que se verificou em certas esferas da cidade nos últimos dias, é exactamente isso que faremos. Seremos oposição construtiva, apoiando as medidas positivas para a cidade independentemente da sua origem, e trabalhando para que várias das propostas que apresentámos à cidade sejam concretizadas. O PSD desistiu, mas o PS nunca faltará ao Porto. Nem com a sua palavra.
Vamos ao trabalho!

 

  Expresso, 14out2021 às 12h16
CDU lança duras críticas ao independente Rui Moreira por deixar cair desamparado o seu candidato a líder da Assembleia Municipal, Miguel Pereira Leite, e deixa sério aviso ao CDS, despromovido relativamente ao agora parceiro de governação, o PSD.



Publicado por Tovi às 07:49
Link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos

Sexta-feira, 1 de Outubro de 2021
Timtim e o senhor Oliveira da Figueira

01out2021-10jan2022 - Fundação Calouste Gulbenkien
(Edifício sede – Galeria Principal – Av. de Berna 45A, Lisboa)
A primeira exposição em Portugal dedicada ao autor de Timtim apresenta tesouros do Museu Hergé e revela as diversas facetas do autor, da ilustração à banda desenhada, passando pela publicidade, imprensa ou desenho de moda e artes plásticas.

 


Captura de ecrã 2021-09-24 110832.jpg
Le plus connu des portugais dans l’univers des albums de Tintin est le senhor Oliveira da Figueira.
Oliveira da Figueira vit ordinairement à Lisbonne, d’après les affirmations du capitaine du boutre qui recueille Tintin lors d’une tempête en mer Rouge, au début de l'album Les Cigares du Pharaon. Son prénom est un nom fréquent au Portugal et Figueira désigne une ville du centre du pays. On découvre vite sa principale caractéristique : c’est un vendeur qui sort de l’ordinaire.
À peine débarqué sur la côte arabe, il utilise les techniques modernes du marketing comme les annonces sonores ou la promesse de primes pour mieux attirer les populations locales, qui lui ont donné le sobriquet de "Blanc-qui-vend-tout". C’est le camelot magnifique, le bonimenteur ultime, capable de vendre les objets les plus incongrus tout en donnant à sa victime le sentiment de faire une bonne affaire. Sa moustache en croc à la Dali révèle le soin particulier qu’il apporte à la séduction. Oliveira est un commerçant aisé, il a l’embonpoint prospère.
Si, au fil des aventures, Oliveira da Figueira est devenu un proche de Tintin, c’est aussi un rusé coquin.
Tintin le retrouvera plus tard à Wadesdah, au Khemed (Tintin au pays de l'or noir) et dans Coke en Stock où Tintin et le capitaine lui demanderont l’hospitalité. Le senhor Oliveira da Figueira demeure toujours à Wadesdah.

 

  Capa de "E - A Revista do Expresso" de 1out2021
mw-860.jpg



Publicado por Tovi às 08:09
Link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos

Mais sobre mim
Descrição
Neste meu blog fica registado “para memória futura” tudo aquilo que escrevo por essa WEB fora.
Links
Pesquisar neste blog
 
Outubro 2024
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5

6
7
8
9
10
11
12

13
14
15
16
17
18
19

20
21
22
23
24
25
26

27
28
29
30
31


Posts recentes

Se as eleições Presidenci...

Autárquicas no Porto... n...

Democracia a funcionar......

A traição de Israel... po...

O que mudou desde Abril?

O Expresso errou...

Pedro Duarte - Ministro d...

Esmiuçando a campanha par...

As guerras não são só tir...

Para onde vais, Ucrânia?

E por cá estamos assim...

Trabalhar para a PAZ é qu...

Os horrores da guerra... ...

O suicídio da Europa

Costa à conversa com Bals...

Nove meses de guerra... a...

Sondagem do ICS/ISCTE par...

Gasoduto de Sines ao cent...

Tentativa de ataque à FCU...

Os ciberataques deliberad...

Arquivos
Tags

todas as tags

Os meus troféus