"Devido à velocidade da luz ser superior à do som, algumas pessoas parecem inteligentes até as ouvirmos."

Quinta-feira, 14 de Setembro de 2023
Fico boquiaberto ao ler o que diz Rui Moreira...

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Há quem goste e outros que não gostam... eu cá nem sei se gosto ou se tanto me faz, mas fico boquiaberto ao ler que Rui Moreira encaminhou o pedido de remoção da estátua para o vereador do urbanismo da Câmara do Porto, Pedro Baganha, deixando ainda uma nota: “Não tendo havido qualquer deliberação municipal para erigir tão deselegante obra, e concordando com o que tão ilustres cidadãos nos suscitam, solicito que se proceda à remoção daquele objeto, que deverá ficar nas reservas municipais".

  
Joaquim Figueiredo
Um dia vai aparecer uma petição para mudar a história... há gente que não tem noção do ridículo
Joaquim Pinto da SilvaDecisão que nos coloca à mercê de "qualquer petição de ilustres". Os planos do "gosto" e da moral são abjectos: o primeiro porque resulta de bastante subjectividade (também acho um mau trabalho) e o segundo é totalmente inadmissível. Até pensei que seria pela mulher nua, o que seria ridículo, mas não, é pela "subalternização da dita". Nunca pensei que quisessem "igualar" a figura da Senhora ao génio de Camilo! Mas, para isso, teriam que lhe pôr o nome e descrever os seus feitos.
Carla Afonso LeitãoSubscrevo, as petições em nome do "gosto" e da "moral" não é bom caminho. Mas, está tudo doido, ou está tudo doido?! A malta está a ficar chanfrada com o literal e mata a poesis à bruta em nome de uma higienização que não passa de um cavalo de Tróia. Cambada!
Gonçalo G. MouraNem tinha visto e postei a minha opinião noutra "posta", mas é um verdadeiro disparate, e cai muito mal...
David Almeida
Tem a certeza de que não se trata de paródia?!...🤔
David Ribeiro
No Observador às 11h45 de 14set203: Rui Moreira manda remover estátua de Camilo, após petição apelar ao "ultraje" de estar "abraçado a um exemplar mais ou menos pornográfico".
Antonio DasilvaMas não será devido a isso ,satisfazer gostos, que Portugal se transformou neste país???
Bernardo Sá Nogueira MergulhãoNão me parece normal, ainda duvido
Carla Afonso LeitãoBernardo Sá Nogueira Mergulhão, também eu, sinceramente.
Bernardo Sá Nogueira MergulhãoCarla Afonso Leitão também já fizeram petição contra retirar estátua, só precisa de 38 assinaturas, visto que, segundo a outra notícia, decidiu retirar estátua devido a abaixo assinado por 37 gatos pingados. Só por números em que se baseia suposta decisão,me parece tudo um disparate pegado.
Carla Afonso LeitãoBernardo Sá Nogueira Mergulhão, todos nós tomamos decisões precipitadas e muitas vezes por sugestão, mas, confio no bom senso do Presidente e tenho fé que irá reconsiderar. Não sou apologista de petições, a não ser que esteja em causa força maior. Aguardemos.
David RibeiroAdorava saber quem são os "37 cidadãos, entre os quais artistas, curadores, advogados e políticos" que subscreveram a dita petição.
Altino Duarte
David Ribeiro Há um vídeo onde se consegue vislumbrar os nomes dos "ilustres" peticionários. Alguns são conhecidos e é de pasmar terem assinado. Os outros, aqueles que ninguém conhece, devem merecer a confiança de Rui Moreira e isso ainda é mais de espantar...
Ana MeloQuem quer retirar a estátua devia primeiro informar-se do que ela simboliza! Além de achar que é uma falta de consideração pelo autor. Sr Presidente não o estou a conhecer!!!
David Ribeiro O que eu já me ri com esta notícia de há momentos [JN às 20h54 de 14set2023]Como "Francisco Simões está a dizer que a imagem" da mulher na estátua de Camilo no Largo Amor de Perdição, no Porto, "não é de Ana Plácido", para a vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, uma das signatárias que pede a retirada da obra, "já não faz sentido esta polémica". Há já uma nova petição "pela não remoção" da obra.
Ana Paula PeixotoFaça se um referendo aos cidadãos do Porto !!
Taty CrespoJuro que a primeira coisa que me veio à cabeça foi uma cena da "Gabriela, cravo e canela" de Jorge Amado em que se descobre que a mais acérrima defensora "da moral e dos bons costumes" era, afinal, prostituta... Há quem se venda por menos!!!
Nuno Ilharco Gonçalves
Ainda não estou em mim. Mas agora basta que se junte uma horda de ditos notáveis clamando pelo derrube da estátua, para ser feito esse ato de censura a uma obra de arte? Mas pensam que estamos no tempo da ditadura? Voltem lá para as grutas de onde não deveriam ter saído e aprendam os valores da civilização, em vez de apregoar toleimas, meninos!
Helena RebeloAssinem a petição,somos nós cidadãos da cidade do Porto ,pagamos impostos e temos algo a dizer e não são 37 Pessoas que ditam o que a cidade deve ter ou não,agora está na moda,não se pode dar um beijo,estão indignados, ao fim de 11anos lembraram se.🤔🤭estou incrédula, com o querem fazer😏
João Lemos
Que o Rui Moreira não se arme em "Vice-Rei do Norte" pois o povo do Porto nunca bajulou Reis e nem sequer os deixava pernoitar dentro dos muros
Helena SeixasQue bom! Afinal, 37 assinaturas são suficientes para deitar ao lixo, uma qualquer obra de arte ou não. Para a repor novamente, quantas assinaturas são precisas? Os portuenses andam muito púdicos!

 

  Sexta-feira 15set2023 - Continuo pasmado com tudo isto...
O presidente da Câmara do Porto afirmou, esta sexta-feira [15set2023], que não vai voltar atrás quanto à retirada da estátua de Camilo, instalada no largo da antiga Cadeia da Relação, no Porto, apesar de mais de três mil pessoas assinarem a petição contra a decisão do autarca. "É uma decisão minha (...) Neste caso há posições extremadas dos dois lados. Há quem queira e quem não queira", indicou Rui Moreira, que disse não se tratar de "nenhum puritanismo".
  
Maria Isaura Alvarez - Rui Moreira... Acho lamentável, para não dizer vergonhoso, que se tenha colocado nessa atitude de intransigência qyanto a este assunto. Nas 37 assinaturas para retirar a estátua, há duas que lhe merecem confiança por serem conhecedores de arte... E nas mais de 3000 que não querem que a estátua seja retirada, o senhor conhece- as uma z uma??? Como pode avaliar quem são, que conhecimentos têm sobre o assunto???? E is cidadãos do Porto, não contam? E só ao fi. De 11 ou 12 anos é que acham que a estátua não está bem ali? É o melhor local para estar!!!! E não a vão destruir...olhe que isto já é uma grande benesse que faz a tidos nós!!! Agora no Porto imperam as leis do absolutismo? O senhor é que manda e a malta come e cala???? Tenha Vergonha Sr Presidente e respeito pelosportuenses e pela sua vontade , pelo autor da obra e por Camilo que foi uma figura ilustre desta cidade e um autor maior da nossa literatura. É que sinceramente ainda não compreendi o porquê desta decisão.. é porque os glúteos da senhora estão à mostra??? Envergonham- no? Melhor seria que se envergonhasse com outras coisas que se passam na nossa tão amada cidade!!!! Estamos em Democracia e como tal, a estátua deverá ficar no sítio onde está. 

 

  Tanto quanto me foi dado saber a deputada municipal Isabel Ponce de Leão, fará na sessão da Assembleia Municipal do Porto na próxima 2.ª feira [18set2023] uma intervenção sobre a Escultura "Um Amor de Perdição".
  
Isabel Ponce de Leão
Ainda não sei se vou ter permissão, David.

 

  ÚLTIMA HORA - Ao contrário do que o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, afirmou na sexta-feira [15set2023], garantindo que não voltaria atrás na decisão de retirar a estátua de Camilo do Largo Amor de Perdição, no Porto, a obra vai, afinal, ficar onde está. Em causa está uma deliberação municipal, aprovada pelo Executivo em 2012. (in JN às 16h20 de 15set2023)

 

  E no rescaldo do caso "Estátua de Camilo" tudo me pareceu como as conversas de antigamente às mesas dos cafés ou dos tascos... umas interessantes, outras para rir e ainda outras a não valerem o estouro de um foguete.



Publicado por Tovi às 10:55
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Sexta-feira, 25 de Agosto de 2023
O flagelo dos toxicodependentes

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Na passagem inferior para peões na estação de Metro de Ramalde "acampou" um grupo de toxicodependentes e além de se injetarem à vista de todos tornam praticamente impossível de usar esta passagem. Já informei «Porto.» (220 100 220) deste facto... disseram-me para contactar a PSP já que isto é crime público. Assim fiz e disseram que iriam mandar lá um carro patrulha, mas que o assunto "é complicado e até parece que ninguém quer resolver o assunto".

  
José Lachado
Agradeça ao Rui Moreira com a, suposta limpeza, na zona do Fluvial. Como era numa zona de gente abastada ..... limpou. Vejam o que se passa à porta e nas imediações das piscinas de Cartes, junto ao campo do Cerco e no próprio bairro. É pena o Rui Moreira não morar lá. Vergonha de Presidente.
Isabel Sousa BragaJosé Lachado isso não é verdade, continua a haver toxicodependentes no fluvial, é só vir confirmar a qq hora do dia. E não, não são só pessoas abastadas que moram nesta zona, há bairros sociais e essas pessoas têm todo o direito de terem paz. TODOS temos o direito de ter paz transversalmente
José LachadoIsabel Sousa Braga claro que TODOS têm direito, então o sr Rui Moreira que vá até à Av de Cartes, aos terrenos das piscinas municipais, ao bairro do Cerco (em frente ao CFP) e veja a pouca vergonha que lá se passa, principalmente após "marketing " do Fluvial.
Isabel Sousa Braga
José Lachado chame a CMtv e faça marketing também.
José LachadoIsabel Sousa Braga por essa resposta, percebemos bem de que lado está.
Patrícia Rapazote
José Lachado imagino a sua revolta, no entanto, essa não é uma competência do Presidente da Câmara, é uma competência da Polícia de Segurança Pública e de entidades como o SICAD. Quanto ao referir-se que o Presidente da Câmara não tem falado de Ramalde e de outras freguesias, que com muita tristeza, estão a enfrentar este problema, lamento informar que tal não se verifica. Agradeço que pf consulte as inúmeras notícias que têm saído nos órgãos de comunicação social e esta Falta de policiamento no combate ao tráfico e consumo de droga criticada na Assembleia Municipal, que ocorreu em plena Assembleia Municipal perante todos os movimentos e partidos, algums com assento na Assembleia da República onde podem fazer valer a sua voz.
David RibeiroJá agora e ainda sobre o que aqui se está a discutir: Sou apoiante desde a primeira hora do movimento independente de Rui Moreira e nas várias intervenções que se realizaram na Assembleia Municipal do Porto sobre este assunto e nas quais participei como deputado municipal, sempre houve unanimidade de opinião sobre a ineficácia ou mesmo falta de policiamento no combate ao tráfico e consumo de drogas em espaços públicos, nomeadamente junto de estabelecimentos de ensino, tarefas da exclusiva competência do Ministério da Administração Interna.
José Lachado
David Ribeiro meu caro, o RMoreira quando precisa de publicidade, convoca as TVs e leva o seu staff todo, mais a PSP e PM para tentar mostrar que faz alguma coisa. Como fez na Pasteleira. No Cerco não faz nada e o tráfico é feito à porta das Piscinas Municipais e no Bairro Camarârio. No tempo do RRio eles andavam direitos.
Patrícia RapazoteEste assunto é muito triste e, em termos de segurança, compete apenas e só à Polícia de Segurança Pública e ao Ministério da Administração Interna. A Câmara do Porto forneceu 10 veículos à PSP mas não havendo agentes no efetivo na Esquadra do Viso, atravessmos uma fase em que nem carro patrulha temos em Ramalde. Estamos a falar de uma freguesia com 39.000 habitantes e com muito mais população flutuante. O Programa Porto sem Droga vai limpar diariamente os locais identificados com seringas, pratas e afins mas, passado pouco tempo, volta tudo ao mesmo. É importantíssimo reforçar o número de agentes na Esquadra do Viso para que, consigamos devolver a qualidade de vida e o sentimento de segurança aos Ramaldenses.

 

  JN às 20h55 de 25ago2023 (ver aqui)
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Publicado por Tovi às 08:35
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Quinta-feira, 20 de Julho de 2023
Programa municipal “Rede 20”

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Foi  apresentado na terça-feira [18jul2023] pelas 10h30 horas no Largo Amor de Perdição, pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e pelo vereador do Urbanismo, Pedro Baganha, o programa municipal “Rede 20”.

 
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Rede 20 é um programa municipal que já arrancou e que irá implementar uma rede de percursos prioritários para meios de mobilidade suave no centro da cidade do Porto. Numa primeira fase estão previstos 12 km de arruamentos que passarão a incluir condicionamentos à circulação automóvel, seja pela sua total pedonalização, pelo condicionamento do acesso automóvel, ou pela limitação da velocidade máxima a 20km/h. Até ao final do ano estará concluída a primeira fase, sendo que se prevê que à medida que as obras do metro vão terminando, se expanda a rede de mobilidade suave até à sua extensão máxima prevista de 30 km de arruamentos.



Publicado por Tovi às 07:42
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Quinta-feira, 15 de Junho de 2023
O que é demais é moléstia

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Que se investigue... até poque quem não deve não teme, mas, como diz o povo, o que é demais é moléstia.

  
Albertino Amaral
Anda muita gentinha à procura de conflitos. Devem ser os mesmos frustrados de outros temas, que não funcionaram como eles esperavam... Tadinhos dos piquenos...
Joaquim FigueiredoInfelizmente tem sido recorrente, o MP colocar no ar suspeitas sobre personalidades públicas, por isso tenho dito e o meu amigo tem negado, que o MP é incompetente e não cumpre eficazmente o trabalho para o qual é pago. A análise deve ser igual para todos... e não condenar na praça pública
David RibeiroNão, Joaquim Figueiredo... o que eu sempre disse é que o Ministério público é lento e arrasta os processos de forma incompreensível, quando a Justiça deverá ser célere.
Joaquim FigueiredoDavid Ribeiro e isso é incompetência, e um comportamento miserável quando coloca no espaço público suspeitas... e por muitas investigações que se façam são sempre arquivadas. Como pode o MP merecer credibilidade se é incapaz de descobrir quem vende a informação mesmo que ela esteja na posse de 2/3 pessoas? O nome dos suspeitos vai ardendo em lume brando... outros em lume sempre forte alimentado pela gasolina do MP
Jorge De Freitas Monteiro
Temos que concordar, independentemente de qualquer juízo de culpa em sentido jurídico, que o senhor tem azar. Então não é que durante os seus mandatos a CMP toma, em dois dossiers urbanísticos distintos, decisões pelo menos polémicas que o beneficiam?
David RibeiroAo que consta, Jorge De Freitas Monteiro, nunca foi beneficiado e desta vez as alterações a serem feitas no traçado da Avenida Nun’Álvares implicarão com “parte do terreno da casa e também do jardim arrendado pelo presidente da Câmara Municipal do Porto”.
Jorge De Freitas MonteiroDavid Ribeiro, em relação ao denominado caso Selminho o acordo entre a CMP e a Selminho correspondia aos interesses da Selminho, portanto do autarca. Aliás se assim não fosse a Selminho não o teria assinado, como é óbvio. Quando a este novo caso, aguardemos mais detalhes.
David RibeiroMas no caso Selminho nem antes de ser presidente da CMP nem depois foi beneficiado, Jorge De Freitas Monteiro, ou foi?
Jorge De Freitas MonteiroDavid Ribeiro, falo do acordo que a CMP aceitou celebrar com a Selminho, acordo que depois acabou por ficar sem objecto por razões ulteriores conhecidas de todos. Esse acordo forçosamente beneficiava a Selminho, ou não? Conheces muitas empresas privada…. 
David RibeiroSe... o que nunca passou de intenções, graças à intervenção dos serviços da Câmara que Rui Moreira presidia e que descobriram que grande parte dos terrenos em causa até eram da CMP.
Jorge De Freitas MonteiroDavid Ribeiro, eu próprio o disse ao referir que o acordo acabou por ficar sem objecto. Aliás isso só aconteceu graças à diligência inopinada de um funcionário da CMP, funcionário esse que foi na altura atacado e caluniado por muitos moreiristas. Isso não altera o essencial, a CMP durante um mandato de um dos donos da Selminho, concluiu um acordo com a Selminho que favorecia a imobiliária.

 

  Catarina Araújo no Facebook em 20jun2023
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Na última reunião de executivo Rui Moreira recomendou a revogação da deliberação referente à Aprovação da Delimitação de Unidades de Execução da UOPG1- Nun’Álvares, abertura da discussão pública, proposta aprovada por unanimidade, na reunião do mesmo órgão no dia 11 de abril passado.
É minha convicção, que o Rui Moreira não incorria à data, nem incorre hoje, em qualquer situação de impedimento ao ter participado e votado a referida proposta.
Isso mesmo referiu Rui Moreira assegurando que em momento algum lhe ocorreu estar impedido e explicou o porquê; por não ter qualquer interesse pessoal no deliberado, não ter atualmente nenhum interesse pessoal na UOPG1- Nun’Álvares.
A única situação que sobre o assunto lhe dizia respeito ficou resolvida lá atrás, muito antes sequer de sonhar ser Presidente da Câmara do Porto.
Para evitar que a discussão relativa aos méritos e à bondade da solução proposta fosse substituída ou contaminada por uma discussão estéril e totalmente injustificada relativa à participação considerou - e bem - que a melhor solução seria a revogação daquela deliberação e a adoção de uma nova na qual decidiu não participar.
Rui Moreira percebeu que a relevância da operação não pode, e não deve, ser posta em causa, ou manchada por qualquer polémica e por isso lamentando não participar numa deliberação tão importante para o Município e para a resolução de um problema com cem anos, decidiu não participar nela.
Triste dias estes, tristes dias em que os ataques pessoais, as denúncias anónimas infundadas, as suspeitas fáceis, as calúnias não nos deixem fazer aquilo para o que fomos eleitos.
Que tudo isto não nos faça deixar e acreditar na vida pública e na política. Esse sim será um dia triste para a democracia.



Publicado por Tovi às 07:49
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Quarta-feira, 30 de Novembro de 2022
Um clima de mal-estar no executivo camarário do Porto

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Parece haver um clima de mal-estar entre o movimento independente de Rui Moreira “Porto, o Nosso Movimento” e a Iniciativa Liberal (IL). Em causa estará a falta de respaldo político por parte da associação cívica que apoia o executivo e que o autarca esperava por ter sido visado numa reportagem da SIC.

É muito provável que a tal "reportagem da SIC" seja esta:
SIC Notícias - 28out2022 às 22h11 - Empresa envolvida em casos de corrupção instala-se no Porto

 

  Porto Canal 29nov2022 às 21h05
Captura de ecrã 2022-11-30 105107.jpgFilipe Araújo, recém-eleito presidente da associação Porto, o Nosso Movimento, desvalorizou a saída de Ricardo Valente do movimento e defendeu que “para uma pessoa se demitir precisa de exercer algum cargo”. Quanto à pretensão de Ricardo Valente ser defendido pelos independentes na sequência de uma reportagem da SIC, Filipe Araújo afirmou esse "não é tema que a Associação deva tratar"O mandato de Filipe Araújo ao leme da associação Porto, o Nosso Movimento, começou de forma atribulada. Eleito no passado sábado, quase unanimemente, com 66 dos 68 eleitores, o vice-presidente de Rui Moreira viu Ricardo Valente despedir-se da Associação, em carta enviada a 10 de novembro. O responsável pelo pelouro das Finanças, Atividades Económicas e Fiscalização, da Economia, Emprego e Empreendedorismo, não terá sentido o apoio e respaldo do ‘braço-armado’ de Moreira, e escreveu uma carta aos órgãos do movimento independente a anunciar a saída daquela que é a organização política que elegeu o autarca do Porto. Para Filipe Araújo, o atual cenário não representa uma demissão, “porque para uma pessoa se demitir precisa de exercer algum cargo na Associação Cívica, no Movimento”, coisa que não acontece, defende o líder, reforçando que “aquilo que existe é que há um associado que sai, tão somente isso”. Questionado sobre a falta de apoio sentida por Ricardo Valente, que terá estado na origem da decisão do vereador, como admitiu o próprio ao Porto Canal, Filipe Araújo rejeitou comentar, afirmando que “a Associação não teria nunca que se pronunciar sobre este caso. Deve-se a um tema que o Ricardo Valente terá de tratar em sede própria, ele próprio já o fez, nos meios que tem à sua disposição”, realçou. Tirando dos holofotes o tema que abalou a política municipal da Invicta, esta segunda-feira, o líder do movimento independente admite otimismo no mandato que agora arranca, destacando o forte apoio que tem sentido, desde a sua eleição. “Aquilo que posso dizer é que desde sábado quando assumi a presidência da Associação Cívica o que tenho sentido e recebido foi por parte de muitas pessoas o interesse em associar-se ao Movimento, o que comprova bem a vitalidade que o Movimento tem e os vários fatores que nós representamos de discutir o Porto, discutir o futuro”, acrescentou.



Publicado por Tovi às 07:36
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Quinta-feira, 10 de Novembro de 2022
Forte abraço Rui Moreira...

...e como hoje dizia um amigo meu "um inocente injustamente acusado deve sempre suscitar a nossa indignação".

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  Notícia no JN de hoje

 


Júlio GouveiaContra alguns profetas da desgraça que já se preparavam para tomar o poder pela força
Albertino Amaral
Bom, esta notícia não vai certamente agradar a muita gentinha, certamente.... isto vai ser o prenúncio de uma Feira de Melões na Cidade do Porto......
Joaquim Figueiredo
Já se sabia... agora imagine que se pedia a demissão de presidente de câmara por ser arguido! Abraço
Luis BarataEssa frase e conceito não se aplica a todos, pois não !?...
David Ribeiro
Sempre, meu caro Luis Barata... um inocente injustamente acusado suscita sempre indignação.
Luis BarataDavid Ribeiro até o socas!?...
David RibeiroLuis Barata, se os tribunais o inocentarem, porque não?




Terça-feira, 4 de Outubro de 2022
Filipe Araújo na liderança do movimento independente

Filipe Araujo tem todas as qualidades para ser o futuro Presidente da Câmara do Porto.

  Porto Canal - 28set2022
"Vice" de Moreira assume liderança do movimento independente
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Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, vai ser candidato à presidência da Associação Cívica “Porto, o Nosso Movimento”, de olhos postos na corrida à autarquia da Inivicta. Este é assim um passo seguro rumo a um destino que muitos lhe vão apontando, o de ser o sucessor de Rui Moreira. (...) “Esta candidatura é um projeto de continuidade, alicerçado numa gestão da cidade de Rui Moreira e o seu executivo. A associação soube ajudar à construção desse caminho, um caminho independente, com pensamento próprio, centrado no Porto, sem diretórios a condicionar e sempre em defesa do seu Porto”, explicou o número dois de Moreira.

 


Gonçalo G. MouraEntão porquê? Quais são as propostas? O que pretende na mobilidade urbana? É mais do mesmo ou trás alguma ideia nova?
David RibeiroGonçalo G. Moura, porque é sério, nunca esteve sujeito às partidarites doentias e já viu as suas políticas serem referendadas pelos portuenses em três eleições autárquicas.
Gonçalo G. MouraDavid Ribeiro votei uma e saí desiludido... ou há alterações ou continuo a votar noutros
Bernardo Sá Nogueira Mergulhão - Têm o pelouro do ambiente, que por sinal têm uma política ambiental exemplar. Mais não se pode pedir, seriedade a gerir a coisa pública, o dinheiro de todos nós. Não me parece pouco....
Gonçalo G. MouraBernardo Sá Nogueira Mergulhão portanto é o homem que põe os carros do lixo a andarem pela cidade à hora de ponta, as varredoras mecânicas nas ciclovias ao domingo quando estas têm mais utilizadores...
Bernardo Sá Nogueira MergulhãoNão é o homem que renaturaliza ribeiras.. Planta árvores, aumenta áreas verdes, promove composto orgânico, promove eficiência energética(edifícios e transportes), põe sensores em lixo para ser recolhidos quando estão cheios (hora de ponta ou não), fornece plantas gratuitamente à população para plantaremem em jardins privados. Promove biodiversidade etc. Etc... o ambiente é muito mais que lixo ou esgotos.... Informe-se melhor, de politica ambiental da câmara, para melhor criticar positivamente ou negativamente.
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onçalo G. MouraBernardo Sá Nogueira Mergulhão isso é muito lindo mas e em termos práticos, aquilo que é urgente e inferniza o Porto é a gestão do tráfego, que tem impacto ambiental e económico e onde parece que a CMP anda a engonhar há três mandatos.
Bernardo Sá Nogueira MergulhãoFale por si dou muita importância e tenho muito orgulho nesta política ambiental... De qualquer maneira o tema da mobilidade urbanas não pertence ao Filipe Araújo, tema original da conversa, tentei demonstrar-lhe seriedade na gestão do que lhe compete .... O trânsito têm de ser resolvido... Espero que novas obras de metro ajudem mais gente a deixar carro 😉
David Almeida
Muito bem entregue, com laivos de continuidade, sempre em crescimento!!!👏👏👏
David Ribeiro
Haverá sempre, e com todo o direito, quem não concorde com as políticas autárquicas em execução e que foram referendadas pelos portuenses nos últimos três mandatos. Mas o que eu gostaria de ver eram ALTERNATIVAS e forças políticas que as apresentem ao eleitorado. Parece que já está na hora de começarem a aparecer candidatos à Câmara do Porto... venham eles e o debate será seguramente interessante.



Publicado por Tovi às 08:15
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Quinta-feira, 15 de Setembro de 2022
O renovado Mercado do Bolhão

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O histórico Mercado do Bolhão tornou hoje a abrir as suas portas à cidade, colocando um ponto final na espera. O tão aguardado reencontro dos portuenses e visitantes com o mercado assinalou-se nesta quinta-feira, após mais de quatro anos de obras de renovação. Um trabalho de relojoaria que transformou o espaço por completo, mantendo contudo a “alma” de sempre. A tradição do Bolhão vai continuar a ser o que era: o mercado de frescos continuará a ser o protagonista deste edifício emblemático da cidade, que terá um total de 81 bancas, 38 lojas e 10 restaurantes, acomodando 87 comerciantes históricos.

 

  Uma delícia... (fotos roubadas por aí)
O renovado Mercado do Bolhão... um agradecimento muito especial a Rui Moreira que não teve medo de arrancar para esta obra.

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Alexandra Magalhães
É verdade 💪 hoje é mais um dia histórico para a cidade do Porto. 😁🙏
Bernardo Sá Nogueira Mergulhão
Para um portuense a melhor notícia em anos. Agora o que mais anseio - antigo Matadouro.
Joaquim Figueiredo
Tenho a satisfação de estar no lado que se opôs à alteração do Mercado em centro comercial e, honra a Rui Moreira que compreendeu que descaracterizar o Bolhão seria descaracterizar a cidade.
João Greno Brògueira
Falando à modo do Porto... Obrigado Rui Moreira pela obra feita pois tudo o resto é lerolero.
José Manuel Nero
Estive lá, gostei, felizmente desta vez mantiveram como era. Não é outro caso como o Museu Romântico.
Raul AlmeidaMais Porto que isto, é muito difícil. Aqui as elites gostam de quem usa o carago no elogio próximo que lhes dirige. Há tias e tios, mas partilham os nossos afectos com a senhora que há tantos anos nos fornece o peixinho do nosso mar fresquinho, com o Sr. Jorge que nos ensinou que para o tártaro cortado à mão, ao contrário dos grelhados, o vazio não é o melhor, com as floristas que dão mais amarelo às minhas rosas preferidas... O Pedro Abrunhosa, símbolo da cidade, como o Rui Reininho e tantos outros, sabe bem disto. Nunca antes teve tão nobre coro! O Rui Moreira sabe disto desde sempre, gosta disto desde sempre; sabe que esta cidade única se faz com todos e só resulta nesta magia com todos. O Bolhão é um símbolo maior deste carácter único que nos faz ser diferentes.
Henrique Seruca
Foi com grande emoção que segui, pelas imagens televisivas, a reabertura do meu querido Mercado do Bolhão. Só razões de saúde (ou falta dela...) me impediram de viajar de Lisboa ao Porto para estar presente nesse momento. Julgo ser um dos mais antigos (se não o mais antigo) comerciantes do mercado ainda vivos. Aos 21 anos, estudante de Medicina, querendo ter uma fonte de rendimento que me permitisse casar, abri uma tenda de frangos e galinhas mortos e depenados, o que era uma novidade total na cidade. Descrevo essa aventura e as emoções do Mercado num livro de memórias a publicar, já pronto, com o título de "Crónicas de uma Vida Airada". Que saudades das queridas peixeiras, hortaliceiras e galinheiras, desbocadas, francas, amigas sinceras! A data no meu cartão não corresponde ao início da minha actividade, por razões que desconheço. A tenda, com o nome de "Galito", foi inaugurada em 1964. Obrigado a todos os que contribuíram para a recuperação do que pode ser considerado o coração da cidade do Porto.
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  O rosto visível da renovação do Mercado do Bolhão
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Agora que reabriu o Bolhão nas condições fantásticas que todos podemos ver, é que eu gostaria de ouvir aqueles que não tinham dúvidas que as "soluções" de Rui Rio para o Bolhão é que eram boas.
  
Jorge Veiga
Muitas vezes ouvi e li críticas por estas bandas. Agora estão calados...
Vale Dos Princípes4 longos anos a aguardar. Centenas de novas superfícies. Sem estacionamento. Estão irremediavelmente Condenados.
José Manuel Nero😂😂 o Rui Rio alguma vez soube apresentar soluções, mesmo más? O mais importante nesta obra não está à vista, refiro-me ao excelente parque subterrâneo e suas condições para descarga de produtos.
Jose Riobom
🤣🤣🤣🤣🤣 comigo estás mal..... nem o estilo mandão.... nem o estilo "ruizinho da foz"... com Bolhão ou sem Bolhão me convencerão.... o balanço político de um está feito há tempos.... o do outro será feito no final. .... com Bolhão ou sem... Tretas manipuladoras, nada mais.


  Passado e presente do Bolhão. O que muda? (in JN)
Quando foi construído o Mercado do Bolhão? O mercado foi construído em 1914, através de um projeto desenhado pelo arquiteto Correia da Silva, num local onde existia um lameiro, atravessado por um regato que ali formava uma bolha de água, de que resultou o nome do mercado. Comércio, contudo, já se fazia no local desde 1839 após a aquisição dos terrenos por parte da Câmara do Porto ao cabido.
Quando surgiu a necessidade de intervenção? O edifício apenas sofreu intervenções pontuais ao longo dos anos. Por exemplo, na década de 40 foi colocada a ponte a unir as ruas de Alexandre Braga e Sá da Bandeira. No entanto, foi nos anos 80 que começou a ser equacionada a necessidade de uma reabilitação profunda.
Houve várias tentativas de restauro? A atual intervenção foi a quinta tentativa. Autarquia liderada por Rui Moreira apresentou em 22 de abril de 2015 o projeto de requalificação. Concurso público internacional é lançado no final do ano seguinte.
Que alterações foram realizadas? Os elementos decorativos e a imagem tradicional do Bolhão foram mantidos. Mas a reabilitação trouxe valias novas com a construção de uma cave logística e um acesso em túnel.
Quanto custou a requalificação? O valor inicial previsto para empreitada de restauro e modernização do Mercado do Bolhão, que foi adjudicada ao agrupamento Alberto Couto Alves S.A. e Lúcio da Silva Azevedo & Filhos S.A, era de 22,3 milhões de euros. Os trabalhos prolongaram-se por quatro anos (e não dois, como era esperado), e o custo da reabilitação aumentou 15%. Assim, a obra custou 25,7 milhões de euros. Mas a "Operação Bolhão", que envolveu o desvio da linha de água, compra de caves e indemnizações, ascendeu aos 50 milhões de euros. Só a criação do túnel de acesso à cave logística, por exemplo, cujo valor não está incluído no custo do restauro propriamente dito, ficou por 4,3 milhões de euros.
Porquê esta nova cor? A cor que o mercado apresenta após o restauro é original, do projeto inicial que procurava reproduzir o granito portuense exposto ao sol. Através da pesquisa histórica e das sondagens resultou a pintura atual do edifício: saibro granítico.
Como está reorganizado o “novo” mercado? A comercialização de produtos frescos vai manter-se no rés-do-chão do mercado que acomodará 81 bancas. O piso superior ficará reservado para a restauração, com espaço para dez estabelecimentos. No exterior continuarão as 38 lojas.
Quantos comerciantes estão no arranque do renovado Bolhão? No coração da cidade, o Bolhão apresenta-se com a sua alma de sempre, mas também com novidades. O mercado de frescos continuará a ser o principal protagonista deste edifício emblemático da cidade, que na data da abertura conta com 79 comerciantes. Além das tradicionais bancas de legumes e frutas, de flores, das peixarias e dos talhos, ou do ofício do amolador, haverá também espaço para o comércio de artesanato e alguns estabelecimentos de cafetaria, mencionando apenas alguns exemplos. A estes juntam-se a comercialização de novos produtos, como cogumelos e algas ou massas, temperos e especiarias.
Qual o horário de funcionamento? O mercado de frescos vai funcionar nos dias úteis da semana das 8 às 20 horas e aos sábados fecha às 18. A restauração funcionará de segunda a sábado das 8 às 24 horas.



Publicado por Tovi às 08:58
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Segunda-feira, 22 de Agosto de 2022
Coração de D. Pedro IV

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Antes de viajar temporariamente para o Brasil, no âmbito das celebrações do bicentenário da independência brasileira, o coração de D. Pedro IV esteve pela primeira vez em exposição aberta ao público, no Salão Nobre da Irmandade da Lapa, no último fim-de-semana de 20 e 21 de agosto. Foi o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, a levar pessoalmente o coração de D. Pedro IV ao Brasil, durante a noite de ontem, com o apoio da Força Aérea brasileira. A peça viajou em ambiente pressurizado, atendendo desta forma às preocupações manifestadas pelo presidente da Câmara do Porto e ao respetivo parecer técnico. No dia de hoje [22ago2022], a relíquia chega ao Palácio do Planalto, em Brasília, para ser recebido com “honras militares” e participará nas celebrações da independência do Brasil, durante 20 dias, regressando à cidade do Porto no dia 9 de setembro.

 

  Chegada ao Brasil do coração de Dom Pedro
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Publicado por Tovi às 07:55
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Segunda-feira, 18 de Julho de 2022
Acordo para a Descentralização

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Não há dúvida que valeu a pena levantar a voz pela defesa do Poder Local. Ganhou o Porto e ganharam todas as autarquias do país.

 

  Municípios devem fechar hoje acordo de descentralização
Os conselhos diretivo e geral da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) discutem novamente, esta segunda-feira, o texto do acordo do processo da descentralização de competências que depois será assinado com o primeiro-ministro, António Costa, em data ainda a definir.
Este domingo, no espaço de comentário da SIC, Marques Mendes citou um documento que será votado nas duas reuniões desta segunda-feira e que prevê um aumento de 43% nas verbas para a conservação de escolas, um acréscimo de 88% para as refeições escolares, e que prevê que o Estado financie a 100% a reparação de escolas em mau estado (451), além de as autarquias passarem a intervir na fixação de horários dos centros de saúde.
A conclusão deste dossiê está próxima, mas ainda há alguns detalhes a acertar, segundo apurou o ECO. Entre outras questões, vai estar em cima da mesa o acerto no valor da comparticipação das refeições escolares, que ainda não reúne consenso entre os autarcas, como é o caso do presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio.
Estava a discutir com a presidente [da ANMP] Luísa Salgueiro que o valor das refeições [que consta do esboço do acordo da descentralização de competências, a assinar entre ANMP e Governo] poderá ficar aquém e ser baixo, porque nalguns casos o valor de 2,75 euros já não é suficiente para o que está concursado no mercado, que chega a atingir os 2,90 euros”, adiantou o social-democrata, à margem de um debate realizado no ISAG, no Porto. Como resposta às reivindicações dos autarcas, a mais recente proposta do Governo é de 2,75 euros, face aos atuais 2,5 euros.
Segundo o esboço do acordo, o Governo vai transferir para os municípios a diferença entre o custo real da refeição e o preço a pagar pelos estudantes (que se fixa, desde 2015, em 1,46 euros). Também assume pagar a 100% o valor da refeição dos alunos beneficiários da ação social escolar do escalão A e metade do valor dos estudantes do escalão B. Ainda assim, o Governo admite que os 2,75 euros são passíveis de atualização.
Já foram várias as rondas de negociação entre os autarcas e as ministras da Coesão Territorial e da Saúde para acertar agulhas, de uma vez por todas, em torno do acordo para a descentralização. Esta segunda-feira, a líder da ANMP preside à reunião do Conselho Diretivo da parte da manhã, enquanto de tarde é a vez do autarca de Lisboa, Carlos Moedas, liderar a reunião do Conselho Geral. A associação representativa dos municípios espera conseguir, finalmente, fechar o acordo, seguindo-se a assinatura com o chefe do Governo.
Apesar de não estar presente nas reuniões da ANMP, por não ser membro dos órgãos, o social-democrata Ricardo Rio avança que os pontos a serem afinados “têm a ver com questões de valores, de aspetos que ainda não estavam devidamente acautelados de algumas garantias”. O autarca de Braga cita o exemplo da área da saúde, em que “há questões em termos de contratação de pessoal futuro e de funcionamento dos espaços, que ainda não estavam salvaguardadas no modelo de acordo”.
Ricardo Rio enumera mais alguns aspetos em que discorda na transferência de competências, como “questões relacionadas com os compromissos de investimento, os prazos de concretização de investimentos, nomeadamente na área da saúde e nos equipamentos escolares”.
No esboço do acordo, o Governo garante comparticipar a 100% as escolas que foram incluídas agora em sede do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). “No caso de Braga, já foi introduzida, nesta última listagem, uma das escolas que reivindicávamos que fosse acautelada, que é a Frei Caetano Brandão, que se arrasta há não sei quantos anos”, disse o autarca da cidade dos Arcebispos. Ainda assim, Ricardo Rio receia que, apesar de “esta escola estar incluída no PRR, não haja garantia que se consegue executar [a obra] até 2026”. Por isso, reitera, “há questões que vão ter de ser esclarecidas”, acrescentando ainda que “no caso da saúde há várias intervenções que não estão devidamente mapeadas”.
Como o ECO Local Online adiantou, entre as novidades do esboço do acordo, que está em cima da mesa, está o compromisso do Governo assumir a 100% os custos das intervenções de recuperação / reabilitação de 417 escolas do país, assim como as despesas da construção, recuperação e reabilitação em vários centros de saúde – um número ainda a definir, porque depende da assinatura de um auto de transferência entre cada autarquia e o Ministério da Saúde. A ANMP ficou ainda de tentar acrescentar mais alguns estabelecimentos de ensino à lista do Ministério da Educação, uma vez que inicialmente estavam apontadas 458 escolas de um total de 1.000 existentes em todo o país.
Por tudo isto, “como autarca”, Ricardo Rio considera que “é má a maneira como está feita a descentralização e ninguém pode reconhecer mérito neste processo”. Ainda assim, o presidente da Câmara de Braga assume-se “defensor da descentralização”. O edil bracarense acrescenta ainda que “os autarcas sociais-democratas mandataram, por unanimidade, o presidente [dos Autarcas Social Democratas] Hélder Sousa Silva para proceder à negociação do acordo, reconhecendo que tem princípios positivos, que é um ganho de causa concreta em relação àquilo que era a realidade; mas que fica ainda aquém em certas matérias e portanto, que tem de ser sempre entendido como um passo para o aprofundamento deste processo”.
Existe, porém, uma outra cláusula neste esboço do acordo de que a ANMP discorda e que quer ver melhorada, soube o Local Online junto de fonte que pediu anonimato. Neste caso, o Governo propõe a “possibilidade dos municípios e entidades intermunicipais serem diretamente envolvidos na fixação dos horários de funcionamento das unidades de cuidados de saúde de proximidade, sem prejuízo da participação nos custos adicionais que decorram das propostas de alargamento por eles formuladas, designadamente com recursos humanos”.
Porém, segundo a mesma fonte, “o poder de decisão deve continuar a ser do Ministério nesta matéria”. Os autarcas devem, sim, “ser consultados sobre a fixação dos horários, mas sem parecer vinculativo”, alegando que, com a transferência de competências, “os recursos existentes, nomeadamente os médicos, não são geridos pelos municípios”. Aliás, alertou, “a acontecer, seria mais um problema para os cofres das autarquias”.
Já muita tinta correu com este processo da descentralização, desde a saída do município do Porto da ANMP até à “ameaça” da parte de outros autarcas de que lhe seguiriam os passos por se oporem à forma como o processo da descentralização estava a decorrer.
Entretanto, os presidentes das Câmaras Municipais de Alcácer do Sal, Seixal, Avis, Silves e Vidigueira pediram o adiamento ou a revogação da descentralização na área social e da saúde. Os autarcas argumentaram com a “falta de recursos financeiros e humanos, que colocam em causa as autarquias e o serviço que estas prestam à população, sublinhou, na ocasião, o edil de Alcácer do Sal, Vítor Proença. Chegaram a pedir a Luísa Salgueiro que assumisse, junto do Governo, “uma posição mais firme na defesa dos direitos constitucionais e da sustentabilidade das autarquias.
Estas reivindicações surgiram depois da presidente da ANMP ter assegurado que iriam ser “anunciadas e formalizadas” medidas que “vão superar” as reservas sobre o processo de descentralização apontadas por alguns presidentes de Câmara.



Publicado por Tovi às 11:23
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Terça-feira, 12 de Julho de 2022
Rui Moreira recebeu a Medalha da Cruz de São Jorge

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Numa cerimónia presidida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e perante militares dos três ramos das Forças Armadas, o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Almirante António Silva Ribeiro – de quem partiu a decisão de atribuir a Medalha da Cruz de São Jorge, 1.ª Classe, ao presidente da Câmara do Porto – impôs a condecoração ao autarca numa cerimónia realizada na manhã de ontem [segunda-feira, 11jul20202], no Terreiro da Sé, que serviu para evocar a Entrada no Porto do Exército Liberal. 

 


A Medalha da Cruz de São Jorge destina-se a galardoar os militares e civis, nacionais ou estrangeiros, que, no âmbito técnico-profissional, revelem elevada competência, extraordinário desempenho e relevantes qualidades pessoais, contribuindo significativamente para a eficiência, prestígio e cumprimento da missão do Estado-Maior-General das Forças Armadas.
“Sempre muito atento ao desempenho das Forças Armadas na região, a sua relação com a Instituição Militar tem sido sempre pautada por excelentes relações humanas, sendo, consequentemente, credor da estima, consideração e respeito pelos militares que servem na região portuense e que consigo têm o privilégio de privar, contribuindo, assim, significativamente, para a excelência do relacionamento institucional”, podia ler-se no despacho do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas. “Merece, ainda, especial destaque o elevado empenho colocado pela Câmara Municipal do Porto, em articulação com o Estado-Maior-General das Forças Armadas, na preparação, organização e realização de diversas cerimónias militares, destacando-se a celebração do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em 2017, e, em 2022, as evocativas da ‘Entrada no Porto do Exército Liberal’, permitindo e contribuindo, de forma marcante, para cumprir, afirmar e difundir o papel e a missão das Forças Armadas”, acrescentava o documento assinado pelo Almirante António Silva Ribeiro.
Na intervenção que proferiu, o Presidente da República assinalou o simbolismo da data que se comemorava: “Há 190 anos e dois dias, chegava à Praça da Liberdade D. Pedro, com o propósito de lutar pela liberdade, por uma Constituição. Chegava ao Porto, que o acolheria com lealdade, ficando para sempre a cidade capital da liberdade e conservando para sempre o seu coração.” A memória do dia 9 de julho de 1832 oferece “lições para o presente e para o futuro”, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa. “A liberdade é um bem essencial. Sem cuidados de saúde e proteção contra a pobreza não há verdadeira liberdade. A liberdade conquista-se todos os dias, não há liberdade para sempre conquistada. A liberdade é de cada pessoa e de todas as pessoas; a liberdade é de todos. A liberdade exige a diferença, diversidade, pluralismo, diálogo, tolerância. As Forças Armadas estiveram sempre presentes para lutar pela liberdade, serem os garantes da liberdade e não os seus donos. São um exemplo para todos nós”, enumerou. Traçando uma evocação histórica do “caminho longo e penoso para a liberdade”, o Presidente da República sublinhou: “Não queremos perder a liberdade. Continua perfeita e incompleta, mas todos têm direito a vivê-la. Todos devem ser cidadãos de primeira”. “190 anos depois, são estas as lições da data que celebramos. Celebramos o Porto, celebramos Portugal”, concluiu.
À cerimónia evocativa da Entrada no Porto do Exército Liberal, na qual marcaram presença o secretário de Estado da Defesa Nacional, Marco Capitão Ferreira, o presidente da Assembleia Municipal, Sebastião Feyo de Azevedo, bem como os vereadores do Executivo, seguiu-se a celebração de uma missa, presidida pelo Bispo do Porto, D. Manuel Linda, e almoço nos claustros da Sé Catedral do Porto. Antes, no domingo, o programa comemorativo contemplou um jantar para altas entidades e um concerto no Rivoli.



Publicado por Tovi às 07:08
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Quarta-feira, 6 de Julho de 2022
A não reabilitação do Mercado de São Sebastião

Era de esperar esta tomada de posição do executivo camarário da Cidade Invicta. Mas Nuno Cruz, atual presidente da União de Freguesias do Centro Histórico do Porto, que não terá grande culpa neste lamentável assunto da não reabilitação do Mercado de São Sebastião, já deveria ter avançado com algo que remediasse o incumprimento.

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Numa carta enviada ao autarca Nuno Cruz, presidente da União de Freguesias do Centro Histórico do Porto, o presidente da Câmara, Rui Moreira, exige a devolução dos 75 mil euros aprovados em 2019 para a reabilitação do Mercado de São Sebastião. Em causa está o "incumprimento" do contrato previsto no Orçamento Colaborativo, uma vez que a empreitada não avançou. Rui Moreira afirma que “independentemente dos concretos motivos que impediram o avanço das obras, a verdade é que, volvidos quase três anos, nada aconteceu, observando-se o edifício do mercado em manifesta degradação”. Lembrando que a execução da empreitada constituía uma “obrigação fundamental” do contrato, o autarca independente salienta que o incumprimento das obrigações é “fundamento para a resolução do mesmo”, bem como para a “devolução de todos os valores recebidos em execução do contrato”. A reabilitação do mercado de São Sebastião foi um dos dois projetos que a União de Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória, conhecida como Junta do Centro Histórico, escolheu para aproveitar os 100 mil euros que recebeu da Câmara do Porto no âmbito da rubrica orçamento colaborativo.

 

  O que disse hoje Nuno Cruz, atual Presidente da União de Freguesias do Centro Histórico:
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Além destes 116 mil euros o Ex Candidato pelo Chega à CMP, gastou os 75.000€ do Orçamento Colaborativo 2019 que eram destinados à reabilitação do Mercado São Sebastião. Nos meus primeiros dias de presidente, foi pedida uma auditoria ao IGF às contas da junta. Quando obtiver resposta do IGF será pública. Até lá estou a fazer o trabalho da recuperação financeira da Junta. Estou a tentar negociar com a CMP a melhor resolução para o mercado São Sebastião. Para isso teremos no dia 25 de Julho, pelas 17:30 no edifício da Sé, uma sessão pública com moradores, utilizadores e trabalhadores do Mercado São Sebastião. Fazer uma auscultação para saber o melhor para todos que utilização o Mercado.



Publicado por Tovi às 07:49
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Terça-feira, 21 de Junho de 2022
Salvar a Descentralização... por Rui Moreira

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Veja-se como o Estado quis manter sob a sua alçada as escolas reabilitadas do Parque Escolar, com transferências através de contrato-programa que, no caso do município do Porto, são 3,5 vezes maiores do que as que irão ser feitas para as outras escolas, que transferiu a 1 de Abril. É indesmentível que o processo de descentralização está a correr mal. À medida que as tarefas delegadas vão pesando no orçamento dos municípios, é evidente que os recursos disponibilizados pelo Estado central são insuficientes.
(Rui Moreira no Público de hoje - 21jun2022)



Publicado por Tovi às 09:29
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Terça-feira, 7 de Junho de 2022
Uma visita às memórias e ao futuro do Cinema Batalha

 
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A descoberta de frescos de Júlio Pomar na obra de requalificação do antigo Cinema Batalha, onde durante décadas estiveram ocultos por debaixo de sete camadas de tinta, foi pretexto para o presidente da Câmara do Porto visitar recentemente o espaço. Conduzido pela dupla de arquitetos Alexandre Alves Costa e Sérgio Fernandez, Rui Moreira, a equipa de vereação, os proprietários do edifício, e o diretor artístico do já quase pronto Batalha Centro de Cinema, Guilherme Blanc, vislumbraram o futuro do equipamento cultural dedicado à sétima arte. A gestão da obra é assumida pela empresa municipal GO Porto.
Margarida Neves Real, representante da família proprietária de um dos mais emblemáticos espaços da cidade, ficou maravilhada com o que via à medida que, entre andaimes, visitava as obras de recuperação do Cinema Batalha. “Está lindíssimo. Gostei muito. Emocionou-me. Trouxe-me recordações de infância, já que vinha aqui, sempre, ver as sessões do Cineclube. A minha filha veio ver o último grande êxito que passou aqui [o filme Titanic]”, revelou, acrescentando: “Nunca pensei que se conseguisse recuperar os frescos do artista Júlio Pomar. O resto sabia que estava em boas mãos, quer por parte do arquiteto quer por parte da Câmara. Estamos todos felizes por termos encontrado aqui uma nova vida”.
Já o arquiteto responsável, Alexandre Alves Costa, dizia-se reconhecido à família proprietária do edifício e, sobretudo, ao presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, que lhe permitiu recuar no tempo e trazer à memória os tempos ali passados.
Um dos rostos do Atelier 15 assume que esta foi uma recuperação muito difícil – “foi uma experiência muito dura para todos”, diz - porque “isto estava num estado de ruína completo. Estava tudo podre. A construção do edifício era muito fraca, com mistura de materiais, etc. Foi praticamente fazer um edifício novo. Do que cá estava pouco se aproveitou”.
Para além das explicações técnicas, Alexandre Alves Costa, sempre secundado pelo colega que com ele assumiu o desafio, Sérgio Fernandez, não deixou também de demonstrar alguma emoção pela recuperação do Cinema Batalha, sobretudo pelo reconhecimento feito pelo presidente da Câmara. “É a obra da minha vida. Tenho aqui a memória do meu pai muito próxima. Ele viveu o Batalha quotidianamente e eu vinha para aqui brincar, com quatro anos. O presidente da Câmara reconheceu isso e, por isso, estou-lhe muito grato”, confessou.
Quanto à requalificação, deixa antever que entre o que era e o que vai ser há muitos pontos de comparação: “Costumo dizer que isto é uma espécie de um edifício igual ao Batalha. Tentamos repor algumas coisas que tinham desaparecido, como, por exemplo, o Salão de Chá”.
Entre os passos dados na visita guiada que também juntou os administradores da GO Porto e da Ágora, o responsável pelo projeto de arquitetura não deixou de repartir o sucesso da recuperação por outras entidades: “tivemos uma relação maravilhosa com os funcionários da Câmara que acompanharam a obra, com a fiscalização e o construtor. Uma conjuntura feliz de quatro entidades, o que é muito raro acontecer numa obra”.
A empresa municipal GO Porto – Gestão e Obras do Porto, cuja presidência do conselho de administração é assumida pelo vereador do Urbanismo, Pedro Baganha, adianta que a empreitada geral ficará concluída no final do mês de julho, seguindo-se os ensaios e vistorias necessárias para o futuro funcionamento do edifício. No final do mês de agosto está previsto proceder à receção provisória da empreitada, confirma a administradora executiva Cátia Meirinhos, e a partir daí equipar o edifício e prepará-lo para “abrir portas” no último trimestre de 2022.
O decurso dos trabalhos conheceu algumas vicissitudes, já que o edifício apresentava uma maior degradação do que era esperada, fruto da sua não utilização, para além de algumas alterações ao projeto solicitadas pela Inspeção Geral das Atividades Culturais (IGAC), assim como algumas imprevisibilidades tais como necessidade de reforço de alguns elementos estruturais, aparecimento de fibrocimento nas coberturas e palco, descoberta de um poço enterrado que continha hidrocarbonetos, e falta de materiais, entre outros.
Mas as obras permitiram também pôr a descoberto os frescos do artista Júlio Pomar, gravados nos anos 1940 e, entretanto, escondidos pela polícia política do anterior regime. Trata-se da redescoberta e devolução ao público de uma obra de arte de referência, a nível nacional, e de indiscutível interesse e valor patrimonial.
Numa fase prévia, foi feito um estudo especializado às diversas camadas (entre seis a oito camadas de tinta) que cobriam os frescos. Identificada a técnica para remoção e destacamento das argamassas, através de um processo químico (ao contrário das sondagens que foram realizadas anteriormente por um processo mecânico e que destruíram parcialmente a obra), estão a ser desenvolvidas sondagens, por forma a verificar a existência, dimensão e estado da obra. Posteriormente, será ponderado e decidido qual a metodologia a aplicar no restauro propriamente dito. Estima-se que o restauro dos painéis possa demorar cerca de cinco meses (até outubro de 2022).
“Havia muito medo que não existisse lá nada. Quando apareceu foi uma emoção por parte de todos (conservadoras, fiscalização, etc). Desatou tudo com lágrima no olho. O espaço melhorou muito porque havia uma parede que fazia um limite. Dissolveu-se com a pintura. Parece agora que é um espaço aberto, infinito”, sublinhou Alexandre Alves Costa.
A descoberta foi, entretanto, comunicada à Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN), cumprindo a GO Porto todas as formalidades.

  Repor as condições originais com novos equipamentos à mistura
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Em termos cronológicos, o trabalho de requalificação do edifício histórico teve início a 18 novembro de 2019, depois de ter sido aprovada pelo Tribunal de Contas, a 31 de outubro do mesmo ano.
A intervenção, com assinatura do Atelier 15 (dos arquitetos Alexandre Alves Costa e Sérgio Fernandez), visa a reformulação e remodelação deste espaço cultural com uma filosofia de reposição das condições originais, mas com trabalhos profundos ao nível da estrutura, da reabilitação das superfícies (pavimentos, paredes e tetos) e das coberturas, assim como a instalação de novos equipamentos, acessos e redes.
A conhecida Sala Bebé dará lugar a uma sala polivalente com bar e outras valências sociais. Além da sala principal, com uma capacidade de 341 lugares (distribuídos por 187 na plateia, 112 na tribuna e 42 no balcão), também foi construída uma sala-estúdio na parte posterior do segundo balcão, com capacidade para 134 pessoas. Foi ainda instalado um elevador, por forma a garantir a acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida.
O Batalha foi arrendado pela Câmara do Porto por um período de 25 anos e vai ser devolvido à cidade mais de uma década após o seu encerramento, retomando a sua função cultural centrada no cinema.

 

  No JN - Opinião de "Capicua" (Ana Fernandes)
O fresco de Pomar
Setenta e cinco anos depois da PIDE mandar cobrir os frescos de Júlio Pomar no cinema Batalha, eles são recuperados, graças à ciência e seus infinitos recursos químicos. Um mural sobre o São João, que no mês de junho reaparece para repor à cidade o que sempre lhe pertenceu. Um mural que foi silenciado não por ter um conteúdo antifascista, mas por ter sido feito por um antifascista. Um exemplo do silenciamento violento e absurdo com que o Estado Novo impunha as suas arbitrariedades. Que em breve poderemos visitar no renovado cinema.
Foram sete camadas de tinta, uma por década, mas o fresco ressurgiu. Depois de várias tentativas falhadas de recuperação nos últimos anos, depois de se ter posto a hipótese do pintor (entretanto falecido) refazer a obra, ou até de se criar uma instalação, projetando o fresco na parede branca, para relembrar o seu apagamento pelo antigo regime, um autêntico milagre de São João aconteceu. Uma equipa especializada conseguiu trazer os desenhos à superfície. Figuras de músicos, populares em festa, um balão de ar quente, aquilo que parece ser um bailarico, em formas ora curvilíneas, ora angulosas, em tons quentes de amarelo e ocre, que as fotografias existentes não podiam representar por serem todas a preto e branco.
O que seria mais popular e portuense que o São João? A noite que, das cerimónias pagãs do solstício até aos dias de hoje, permite todas as fruições. A noite em que somos nós quem enche a noite de estrelas. A noite em que velhos e novos dançam a mesma música nas mesmas praças. A noite em que pobres e ricos comem sardinhas em pão. O que seria mais simbólico do que essa noite de liberdade? Representada, ainda por cima, num espaço público de cultura, pela profunda convicção humanista de que a arte deve existir para fruição de todos em grandes espaços coletivos e não apenas para usufruto exclusivo de uma elite, emoldurada nas paredes dos solares.
Ora, foi precisamente essa afirmação de democraticidade que a PIDE silenciou. Rejeitando também a subversiva elevação das festas populares a motivo de eternização em arte. Ainda por cima, pelas mãos de um jovem pintor antifascista, que inovava no estilo e na técnica, causando aliás grande polémica e um debate intenso entre colegas e críticos. O que é certo é que o tempo fez justiça a Pomar. O fresco venceu e, com isso, ganhámos todos. (É por estas e por outras que acredito muito em justiça poética).

 

  Mais alguma informação sobre a Requalificação do Cinema Batalha
Captura de ecrã 2022-06-07 164158.jpgEm setembro de 2019, numa sessão da Assembleia Municipal em que estive presente, foi validada a requalificação do Cinema Batalha, um equipamento de "grande relevância histórica e patrimonial para a cidade do Porto", como fez notar na altura Rui Moreira. O Autarca da Cidade Invicta lembrou que a Câmara do Porto fez uma tentativa de compra do imóvel, mas que os proprietários não quiseram vender e estavam no seu direito, mas como o equipamento "tem uma história de resistência ligada à cidade do Porto" o Executivo portuense optou por um contrato com os proprietários que prevê uma renda mensal de 10 mil euros e que permite desenvolver um projeto na estratégia cultural delineada para a cidade, assente nos valores da memória, conhecimento e inovação. E assim arrancou-se para a obra de requalificação, inicialmente orçada nos 2,5 milhões de euros, mas "quando se fizeram os primeiros furos nas paredes, verificou-se uma enorme degradação do betão, porque foi construído com materiais de baixa qualidade", e isto obrigou à reavaliação do projeto pelo arquiteto Alexandre Alves Costa e que, por esse motivo, "a obra vai custar mais". Mas as boas contas da Câmara do Porto conseguem suportar este aumento e a obra vai já num estado avançado.



Publicado por Tovi às 07:54
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Terça-feira, 31 de Maio de 2022
Câmara do Porto sai da ANMP

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Foi ontem à noite aprovada em sessão da Assembleia Municipal do Porto a desvinculação do Município portuense da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).
Votaram contra CDU, BE, PAN e PS; Votaram a favor RM, PSD e Chega.


JNA Assembleia Municipal aprovou a proposta do Executivo e o Porto sai mesmo da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), em protesto contra o alegado fracassso deste sindicato de concelhos nas negociações com o Governo para a descentralização e transferências de competências. Para que a deliberação lhe fosse favorável, Rui Moreira precisava um mínimo de seis abstenções entre os nove deputados social-democratas, mas o apoio laranja foi total. Miguel Côrte-Real, líder da bancada "laranja", explicou a tendência do voto: "O PSD não queria estar aqui a discutir a desvinculação. O PSD esteve no início deste processo, mas, depois, a lei foi feita pelo PS. O PSD, como fundador, tinha a expectativa de que a ANMP defendesse os municípios. Não é o que se verifica. Mas a responsabilidade por esta situação não é da ANMP. Os responsáveis por esta situação abusiva são o PS e o Governo".
Público
Rui Moreira diz que Governo vai ter de “negociar com os 307 municípios e com o Porto”.
Expresso
A Assembleia Municipal do Porto aprovou na noite desta segunda-feira a saída da autarquia da Associação Nacional de Municípios com os votos favoráveis dos independentes liderados por Rui Moreira, CHEGA e PSD e contra de BE, PS, CDU e PAN. O executivo municipal já tinha aprovado aquela desvinculação em reunião de câmara, com os votos a favor do movimento independente, a abstenção do vereador do PSD Alberto Machado e os votos contra do PS, BE, CDU e do social-democrata Vladimiro Feliz. A Câmara Municipal do Porto interpôs, em 25 de março, uma providência cautelar para travar a descentralização nas áreas da educação e da saúde. Em 04 de abril, o vereador da Educação da Câmara do Porto, Fernando Paulo, adiantou que a providência foi aceite, mas sem efeitos suspensivos, o que levou a autarquia a "acomodar" as competências. Após recurso, o Supremo Tribunal Administrativo (STA) declarou-se na sexta-feira “incompetente” para decidir sobre a providência cautelar interposta pela Câmara do Porto.
Observador
Câmara do Porto sai da Associação Nacional de Municípios Portugueses. Assembleia Municipal aprovou a saída da autarquia da Associação Nacional de Municípios Portugueses com votos a favor dos independentes liderados por Rui Moreira, Chega e PSD.
Correio da ManhãAs críticas ao processo de descentralização foram unânimes na Assembleia Municipal do Porto, que aprovou a saída da Associação Nacional de Municípios, mas PS, BE, PAN e CDU acusaram Rui Moreira de estar "a isolar" a autarquia. 
A saída do Porto da Associação Nacional de Municípios (ANMP) foi aprovada com 24 votos a favor dos deputados municipais independentes e do PSD, mais seis votos de presidentes de Juntas de Freguesia do município (30 no total) e com os votos contra dos oito deputados do PS, dos três da CDU, três do BE e um do PAN, além do voto do sétimo presidente de Junta (16 no total).
Porto.
Depois de aprovada pelo Executivo, em abril, a desvinculação do Porto da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), e a assunção de forma "independente e autónoma" das negociações com o Estado em relação à descentralização de competências, foi confirmada pela maioria na Assembleia Municipal, na noite desta segunda-feira, com os votos favoráveis do movimento Rui Moreira – Aqui Há Porto, do Partido Social Democrata (PSD) e do Chega. Apesar de reconhecidas críticas à atuação da ANMP durante as negociações do processo de descentralização de competências do estado central para as autarquias, todas as restantes forças políticas se opuseram à saída daquele organismo, com receio de que o Porto fique “isolado” na discussão. “Não sabemos se vamos ganhar ou perder. Sabemos que vamos passar a ter poder negocial”, considera Rui Moreira. O presidente da Câmara do Porto recusa a ideia de isolacionismo e reafirma a necessidade de “termos uma voz para dizer ‘não’, de ter “poder negocial, porque alguém usurpou o nosso direito de negociar”. “Queremos representar-nos a nós próprios”, sublinha o autarca, com a crença de que a aprovação por parte da assembleia é “um sinal claro e evidente de que nós temos soberania sobre a nossas contas, despesa, sobre o nosso território”. Rui Moreira partilhou, ainda, a preocupação com a flexibilização do “perímetro de endividamento dos municípios” depois de anunciada a retificação dos valores a transferir para as autarquias na área da educação. O presidente da Câmara do Porto acredita que a medida serve “para tentar convencer os municípios a aceitar um mau negócio”, mas diz que “o nosso voto não está à venda”. “Não queremos capacidade de endividamento, queremos que nos paguem aquilo a que temos direito”, reforçou.

 

  Parece que a coisa não vai ficar só pelo Porto - Câmara da Trofa está a "começar a encetar procedimentos" para sair da ANMP
O presidente da Câmara Municipal da Trofa, Sérgio Humberto, adiantou, esta terça-feira, que o município está a "começar a encetar os procedimentos" para, à semelhança do Porto, sair da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP).



Publicado por Tovi às 07:34
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