Depois desta entrevista, em que o presidente do Hospital de Santa Maria ficou visivelmente surpreendido, Carlos Martins determinou a suspensão, já a partir deste sábado, das cirurgias em programa adicional. Chamou ainda a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) para investigar e determinou a abertura de uma auditoria interna. O Ministério Público já pediu informações ao hospital sobre este caso.

  CNN Portugal às 20h34 de 6.ª feira 23mai2025 

  
José Lachado - É uma "rabaldaria" na saúde. Estão a destruir o SNS.
David Ribeiro - Realmente é o que parece, José Lachado. Aguardemos pelos inquéritos do IGAS e MP.
José Lachado - David Ribeiro deviam de ver também nas restantes especialidades. Quantos não serão que faltam nos dias que têm cirurgias programada, para depois fazerem no sábado?

  O que diz a imprensa portuguesa

A Inspeção-geral das Atividades em Saúde (IGAS) abriu um inquérito esta segunda-feira [26mai2025] ao serviço de dermatologia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Ao mesmo tempo, vai lançar uma auditoria às 39 unidades locais de saúde do país e aos três institutos portugueses de oncologia para avaliar a forma como controlam a atividade cirúrgica adicional, a classificação de doentes, entre outros aspectos. A IGAS refere que, na passada quarta-feira, o presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Santa Maria, Carlos Martins, informou a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde sobre “uma ocorrência relacionada com uma eventual ação irregular no Serviço de Dermatologia daquela entidade, no âmbito do sistema da atividade cirúrgica realizada em produção adicional”.
A ministra da Saúde considerou esta segunda-feira [26maio] que o caso do dermatologista que terá recebido 51 mil euros em apenas um dia de trabalho na Unidade Local de Saúde (ULS) Santa Maria, em Lisboa, “em nada abona na confiança dos portugueses”. “Até as averiguações serem feitas, reside sobre a instituição, neste caso o maior hospital do país (…) uma suspeita que em nada abona na confiança dos portugueses, sobretudo daqueles que aguardam numa lista de espera por ter uma cirurgia ou por ter uma consulta”, disse Ana Paula Martins. A ministra falava aos jornalistas à margem das comemorações do 80.º aniversário da rede de hospitais e clínicas CUF, no Convento do Beato, em Lisboa.

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