A democracia é isto, saber encontrar parcerias capazes de validarem um projeto governativo para a nossa Cidade.
Comunicado do Movimento Aqui Há Porto
O Movimento Aqui Há Porto, na sequência dos resultados eleitorais, deu início a uma reflexão no sentido de construir uma solução de governabilidade para a cidade.
O PSD, respeitando o princípio de que quem ganha as eleições autárquicas governa, mostrou disponibilidade para apoiar uma solução que incorpore algumas das suas principais propostas para a cidade, nomeadamente na redução da carga fiscal, na transferência de competências para as freguesias, na mobilidade, na criação de uma rede de creches e na redução da fatura da água.
Este acordo é feito com o objetivo de garantir a estabilidade governativa e acordar medidas para o futuro da Cidade.
O PSD não terá representação nos pelouros executivos, assim como nas empresas do universo municipal.
Na Assembleia Municipal, o PSD irá apresentar a candidatura do Prof. Sebastião Feyo de Azevedo, antigo reitor da Universidade do Porto, como candidato a Presidente da Mesa deste Órgão. Esta candidatura será subscrita e apoiada pelo Movimento Aqui Há Porto.
Francisco Ramos, Presidente do “Porto, O Nosso Movimento” refere “o Dr. Miguel Pereira Leite, empenhado, como sempre, numa solução de estabilidade e governabilidade não será recandidato ao cargo. O Movimento agradece e enaltece o trabalho que desenvolveu, ao serviço da Cidade, ao longo dos últimos 8 anos na liderança da Assembleia Municipal”.
Miguel Seabra, Presidente do PSD Porto, “enaltece a candidatura do Professor Sebastião Feyo de Azevedo, personalidade de reconhecido mérito na Cidade e no País, que muito prestigiará a Assembleia Municipal e o Porto”.
Na sequência das conversações que têm existido ao longo das últimas semanas na sequência dos resultados eleitorais do passado dia 26 de Setembro, algumas das quais que já vêm sendo objeto de vários comentários na Imprensa, foi alcançado um princípio de acordo que torna possível assegurar a governabilidade da Cidade ao longo dos próximos 4 anos.
Foi-me assegurado que esse acordo será formal, escrito, assinado e será tornado público – e, embora desconheça o seu teor em rigor, creio que os seus aspetos essenciais vos serão dados a conhecer de seguida.
Em conversações com o Dr. Rui Moreira, Presidente eleito da Câmara Municipal a quem saúdo, a última das quais teve lugar hoje, esta mesma manhã, foi-me transmitido que este Acordo lhe assegura as condições essenciais de Governabilidade da Cidade.
Os acordos – como bem sabem – têm sempre condições de parte a parte e, deste acordo, resulta a exigência pela outra parte de ser atribuído ao seu candidato o lugar de Presidente da Assembleia Municipal.
Mediante estes factos, mediante este acordo que, repito, será formal e público, tomei hoje mesmo a decisão de não apresentar a minha candidatura à Presidência da Assembleia Municipal do Porto.
Nas presentes circunstâncias, esta é uma decisão minha, pessoal e inalieável.
Quero que saibam que:
i) Tomei esta decisão por inabalável lealdade aos ideiais que me orientam no exercício da minha participação cívica e da minha ação política e que me / nos trouxeram até aqui e que convosco e com todos partilhei nesta última eleição – eleição essa que, nunca é demais recordá-lo, vencemos!
ii) Por lealdade, respeito, consideração e gratidão a todos os elementos – sem exceção ou esquecimento – de uma equipa que comigo cruzaram este caminho que nos trouxe até aqui, parte da qual se encontra aqui presente.
iii) Por lealdade a quem tem de assumir a gestão e a governação deste nosso Porto – o Dr. Rui Moreira, Presidente da Câmara eleito e líder aclamado deste nosso Movimento.
iv) Por uma inquebrantável lealdade à nossa cidade do Porto, aos nossos concidadãos, por quem somos eleitos para servir e que de nós esperam uma governação responsável! E que, pela minha parte, tudo farei para que existam condições para assegurar.
Nunca temi as eleições, mas também nunca estive agarrado a cargos ou lugares e esse foi sempre um valor que também nos uniu.
Agradeço reconhecidamente a confiança que em mim depositaram ao longo destes já longos anos de exercício destas funções.
Sabem que podem e poderão contar sempre comigo e a todos desejo um bom Mandato, unidos em redor do Presidente da Câmara eleito e dos princípios e valores que sempre nortearam esta nossa caminhada.
Miguel Pereira Leite,
13 de outubro de 2021
Tiago Barbosa Ribeiro, no Facebook em 13out2021
De forma não especialmente surpreendente, o PSD entregou-se a Rui Moreira para os próximos 4 anos. É quase cómico, mas a prometida "oposição" não sobreviveu sequer à tomada de posse, no próximo dia 20. Após este acordo de bastidores, o PSD passa a somar os seus eleitos a Rui Moreira/CDS/IL e defrauda quem votou nesse partido com a expectativa da alternativa que foi apresentada em campanha.
Ao fazê-lo, como é evidente, deixa para outros partidos o trabalho de escrutínio democrático e de construção da alternativa. E o PS não faltará ao Porto nem faltará com a sua palavra. Quando perdemos isso, perdemos quase tudo. O descrédito de parte da vida política resulta da falta de palavra, dos entendimentos contra-natura e opacos, da troca de apoios por lugares.
O PSD e Rui Moreira trocaram violentíssimas acusações durante a campanha e nos debates, bateram no peito uns contra os outros, por vezes raiando o insulto. Rui Moreira chamou a um dirigente do PSD "o Putin de Paranhos", menorizou o candidato do PSD à Câmara, afirmou que Rui Rio deveria ter sido expulso do PSD, chamou-lhe "complexado", diminuiu e atacou os seus candidatos. Vladimiro Feliz, por seu turno, acusou Moreira de se "transformar num autarca vulgar", enunciou divergências radicais com Rui Moreira, descreveu-o como um "autarca ferido com o caso Selminho", que foi abundantemente usado pelo PSD como arma de arremesso eleitoral (algo que o PS, respeitando a presunção de inocência, jamais fez) e garantiu que nunca existiria qualquer entendimento entre ambos. Depois de tudo isto e bastante mais, assinam um acordo. É o acordo do descrédito.
Eu disse durante a campanha - e reiterei na noite eleitoral - que o PS iria assumir o seu papel de oposição no Porto se fosse essa a vontade dos eleitores. E, recusando participar no leilão que se verificou em certas esferas da cidade nos últimos dias, é exactamente isso que faremos. Seremos oposição construtiva, apoiando as medidas positivas para a cidade independentemente da sua origem, e trabalhando para que várias das propostas que apresentámos à cidade sejam concretizadas. O PSD desistiu, mas o PS nunca faltará ao Porto. Nem com a sua palavra.
Vamos ao trabalho!
Expresso, 14out2021 às 12h16
CDU lança duras críticas ao independente Rui Moreira por deixar cair desamparado o seu candidato a líder da Assembleia Municipal, Miguel Pereira Leite, e deixa sério aviso ao CDS, despromovido relativamente ao agora parceiro de governação, o PSD.
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