Já não há dúvida que o último folhetim da telenovela “Privatização da TAP”, a que o Governo chamou “Reversão da Privatização”, não é mais do que a recompra de 11% da transportadora aérea nacional, mas continuando o consórcio Gateway a mandar na companhia, ou seja, uma verdadeira parceria público-privada em que todos os portugueses irão pagar uma TAP ao serviço da capital.
Rui Moreira no Correio da Manhã
T.A.P.P.P.
A TAP espera que todos nós, os "do Norte", viajemos para o estrangeiro a partir de Lisboa.
Depois de a Câmara Municipal do Porto ter divulgado as taxas de ocupação dos voos que a TAP irá extinguir – desmentindo especialistas que nada sabem e escribas exaltados a mando de outros interesses – a transportadora invoca, agora, que essas taxas elevadas não são suficientes para atingir o ‘break even’, ou seja, a rentabilidade.
Mais, refere que mesmo que a taxa de ocupação fosse de 100%, o ‘break even’ não seria atingido, o que seria inacreditável numa empresa gerida com competência. Desde logo, porque o preço das passagens aéreas varia em função da taxa de ocupação, razão pela qual a compra precoce de uma passagem aérea resulta numa tarifa mais baixa do que se for feita à última da hora, quando o voo já está repleto.
Poder-se-ia, pois, discutir se a majoração dos preços é mais adequada, questionar os critérios de imputação de custos, perguntar se o desinvestimento na base da TAP no Aeroporto Sá Carneiro e o consequente aumento de custos logísticos com deslocação e pernoita de tripulantes não foi um disparate. Mas esse é um caminho que não vale a pena seguir.
Porque já se percebeu qual é a estratégia: esvaziar o Aeroporto Sá Carneiro de voos de médio curso para a Europa, retirar-lhe o Hinterland com o reforço dos voos da Galiza (Corunha e Vigo) para Lisboa, diminuir a ocupação dos voos intercontinentais de tal forma que também estes passem a ter uma equação negativa que justificará, depois, o seu abandono.
A TAP espera que todos nós, os "do Norte", viajemos para o estrangeiro por Lisboa, utilizando a sua nova ponte aérea feita com aviões a hélice da White. Como estratégia privada, pode-se discordar. Mas é uma decisão dos donos.
Faltava saber o que o Governo, que prometera a reversão da privatização e controlo da empresa, iria fazer. Agora, sabemos. Optou por recomprar 11% da TAP aos privados para quem, assim, tudo fica mais barato. Mas continuam a mandar na companhia. Uma verdadeira parceria público-privada. Nós todos, do Minho a Faro, pagamos com os nossos impostos o custo e os prejuízos de uma empresa gerida por privados, que não nos presta serviço, e dedicada exclusivamente a servir a nossa capital.
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