O secretário-geral das Nações Unidas viajou ontem da Polónia para a Ucrânia, tendo chegado ao final da tarde a Kiev. António Guterres, ao contrário de outros líderes mundiais, fez a viagem de carro e não de comboio, devido aos mais recentes ataques russos terem destruído muitas das infraestruturas ferroviárias da Ucrânia.
Para o dia de hoje Guterres tem agendados encontros com o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros e de seguida com o presidente Zelensky.
Esta manhã, Guterres em Bucha e Irpin, na Ucrânia
"Imagino as minhas netas a fugir, e parte da minha família morta (...) O meu sentimento é de que nenhuma guerra pode ser aceite no século XXI (...) As pessoas a viver nestes prédios pagaram o preço mais alto de uma guerra para a qual não contribuíram. Onde quer que haja uma guerra, o preço mais alto é sempre pago pelos civis", afirmou o Secretário-Geral da ONU, que está a visitar Bucha e Irpin, locais muito afetados pela invasão russa.
Guterres já se encontrou com Zelensky
Declarações do presidente da Ucrânia, em conferência de imprensa conjunta com o Secretário-geral das Nações Unidas: "Estou grato pelo secretário-geral da ONU estar aqui". Volodymyr Zelensky disse também, após a reunião com António Guterres, que acredita que um "resultado bem-sucedido" é possível "em termos do desbloqueio da Azovstal, em Mariupol. "Acredito que a Ucrânia é uma prioridade", reiterou.
António Guterres afirmou que a situação em Mariupol "é uma crise dentro de uma crise". Em conferência de imprensa após o encontro com Volodymyr Zelensky, o Secretário-geral das Nações Unidas assegurou que "estamos a fazer todos os possíveis para retirar pessoas da Azovstal". Guterres lamentou a violação dos direitos humanos e reitera que a ONU" vai procurar responsabilização" pelo que aconteceu nos arredores de Kiev: "Presenciei violação de direitos humanos". "O Conselho de segurança falhou em prevenir a guerra", apontou o secretário-geral.
Durante a transmissão da conferência de imprensa conjunta entre António Guterres e Volodymyr Zelensky (transmitida em diferido por questões de segurança), foram ouvidas duas grandes explosões no centro da capital ucraniana, não muito longe do Palácio Presidencial. Reporteres presentes no local onde o secretário-geral da ONU e o presidente da Ucrânia estiveram reunidos, relatam diversas ambulâncias e viaturas de socorro a dirigirem-se para a zona das explosões.
Segundo indicou um conselheiro do ministro do Interior ucraniano, foram lançados dois mísseis, tendo um deles sido abatido e o outro terá atingido uma antiga fábrica de material militar, com o míssil acabando por atingir um prédio residencial, causando seis feridos, já encaminhados para o hospital. A mesma fonte não soube dizer qual a gravidade dos ferimentos nem se já foi apurado o número de mortos. Jornalistas portugueses no terreno identificam o alvo como uma fábrica estatal de mísseis em pleno funcionamento. A Al Jazeera, citando os serviços de emergência ucranianos, diz que pelo menos uma pessoa morreu e várias ficaram feridas neste ataque a Kiev, incluindo algumas que ficaram presas nos escombros depois de dois prédios terem sido atingidos.
Volodymyr Zelensky, na sua mensagem diária em vídeo, declarou, nesta quinta-feira: "Hoje, imediatamente após o fim das nossas conversas [com Guterres] em Kiev, mísseis russos voaram sobre a cidade, cinco mísseis. Isso diz muito sobre a verdadeira atitude da Rússia em relação às instituições mundiais, sobre os esforços da liderança russa para humilhar a ONU e tudo o que a organização representa. E, portanto, requer uma resposta apropriada e poderosa. (...) Os ataques com mísseis russos na Ucrânia - em Kiev, Fastiv, Odessa, Khmelnytskyi e outras cidades - provam mais uma vez que não se pode relaxar ainda, não se pode pensar que a guerra acabou. Ainda precisamos de lutar, precisamos de expulsar os ocupantes."
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