Já foram ao Café Majestic, na rua de Santa Catarina, em plena Cidade Invicta, tomar um café de saco, servido em chávena de meia de leite, e a acompanhar uma Rabanada?... É de chorar por mais.
Artur Manuel . Chegas ao fim deixas lá 20€
David Ribeiro - E depois, Artur Manuel?... Com um serviço daquela qualidade e num local histórico como aquele, que preço queria?
Gonçalo G. Moura - Custa um rim, mas dizem que a experiência é que conta...
Carlos Teixeira - Estive lá no início do mês,estava cheio, tive de esperar para entrar. Com pianista privativo e um serviço 5 estrelas, o café não pode custar 50 cêntimos.
Joao Rodrigues - Talvez mas os preços são proibitivos para k Português comum
As origens do Majestic remontam, com efeito, a 17 dezembro de 1921 quando foi constituída, por um conjunto de comerciantes do Porto, a Sociedade por Quotas Café Elite Limitada que, nesse mesmo dia, assina um contrato de aluguer do rés-do-chão do prédio sito na Rua de Stª Catarina nºs 110 ao 116 “destinado à montagem de um café, cervejaria”. Contrato este que teria início a 1 de Junho de 1922. Contudo, foi só quase um ano depois, a 2 de dezembro de 1922, que teve lugar a inauguração ao público do “feerico e deslumbrante conjunto do Majestic Café” de cuja autoria “(...) architectonica encarregou-se o architecto snr. José Pinto de Oliveira (...)". *in: Commércio do Porto, “Os grandes estabelecimentos do Porto. Inauguração do Majestic-Café”, 2 de dezembro de 1922. Mantendo desde a sua abertura o seu nome, Majestic Café, a 4 de dezembro de 1924, a Sociedade Café Elite Lda sua proprietária é substituída pela sociedade Majestic Café Lda. Em 30 de Julho de 1925, deu entrada na Câmara Municipal do Porto um pedido para “construção de um Bar (...) com frente para a Rua de Passos Manuel, onde seja posto à venda Vinho do Porto. Para isso escolheu-se o estilo regional da nossa arquitetura” **, projeto este, assinado pelo arquiteto João Queiroz. **in: Requerimento para licenciamento de obras, interposto pela empresa Majestic Café Lda e assinado pelo arquiteto João Queiroz, em 30 de julho de 1925. Carimbo de licença nº 1319 de 27 de setembro de 1925. Arquivo de Obras da Câmara Municipal do Porto. (...) Sob a égide dos Barrias, em 1992, o café foi encerrado para a execução de um projeto de recuperação que ficou a cargo da arquiteta Teresa Mano Mendes Pacheco. Em 1994, depois da substituição do pavimento interior e da reposição do mobiliário original, o Majestic foi reaberto. Fotografias encontradas por Fernando Barrias permitiram conservar a alma do local, transportando, com sensibilidade, um passado luminoso para o presente. Os inúmeros prémios e o reconhecimento internacional - "Prémio Especial de Café Creme" (1999), "Medalha de Prata de Mérito Turístico" (2000), "Medalha de Prata de Mérito Municipal - Porto" (2006), "Certificado do Prémio Mercúrio - O melhor do Comércio na área das empresas na categoria Lojas com História" (2011) e "Medalha Municipal Mérito - Grau Ouro" (2011), classificado pelo site cityguides como o sexto café mais belo do mundo e o Certificado de Excelência da TripAdvisor - surgiram com naturalidade, devolvendo-lhe, finalmente, a justa notoriedade que, durante tantos anos, havia sido esquecida. Nunca venho ao Porto sem dar ao menos um salto a este belo café Majestic, que não hesito em considerar como um dos que em toda a Europa melhor conservam a atmosfera dos começos do século e que, por isso mesmo, bem importa conservar, preservar, respeitar.
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