(Foto de Ana Isabel Pereira / Porto24)
Tardava o acabar com esta vergonha. Pelo que fui acompanhando nos últimos tempos a autarquia portuense conduziu muito bem todo este processo de demolição do que resta da Fábrica do Sabão em Lordelo do Ouro, tendo primeiro tomado posse administrativa do complexo e depois oferecendo alojamento para os sem-abrigo que por lá viviam. Mais fotos e vídeo aqui
Declaração de Rui Moreira à chegada às obras de demolição das antigas fábricas de Lordelo:
Hoje estamos aqui a cumprir o nosso programa eleitoral. Prometemos dar prioridade à coesão social e prometemos, dentro daquilo que são as nossas competências, contribuir para segurança de todos os cidadãos. E quando digo todos, digo todos. A começar pela gente boa, tr...abalhadora, honesta e cumpridora que existe nos Bairros Sociais do Porto, e que são os nossos inquilinos, os nossos munícipes e os nossos concidadãos.
Estamos por isso a cumprir o nosso programa e a cumprir uma promessa eleitoral.
Quando aqui vim por três vezes em campanha deixei uma promessa aos moradores, mesmo aqui à porta: a promessa de não esquecer o que vejo e não esquecer o que oiço. Aqui, neste lugar, eu não gostei do que vi. E o que ouvi foram pedidos para que mudasse.
Não podemos aceitar que por preconceito, por interesse de cartéis ou simplesmente por inércia se aceitem como factos consumados situações como as que aqui se vivviam. E aqui vivia-se na “subcave social”.
Um lugar indigno dos que, por doença ou desgraça caíram na toxicodependência, no crime ou na prostituição. Um lugar indigno dos que, nada tendo a ver com esta realidade, se viam obrigados a conviver, paredes meias, com ela. E um lugar indigno de uma cidade que tem carácter e que quer ser desenvolvida e respeitada.
Mas esta ação que aqui fizemos hoje não é importante apenas pelos resultados para a saúde pública, para a segurança e para a decência. O que aqui se passou hoje é também um sinal, um estímulo e um aviso. Um sinal para os que acreditam que pudemos mudar alguma coisa. Um estímulo aos que todos os dias trabalham na área social e é um aviso aos proprietários.
Numa cidade livre, ninguém é completamente dono do seu pedaço, pelo menos se não souber respeitar-se e respeitar os seus vizinhos. Cada um de nós – os privados também – tem que perceber que o Porto é um enorme condomínio, onde todos respiramos o mesmo ar, bebemos a mesma água e temos os mesmos direitos. Os mesmos direitos! Se por ação ou por inércia nos furtamos às nossas responsabilidades, estamos a afetar os nossos vizinhos e, nessa altura, temos que estar sujeitos às regras deste grande condomínio.
Hoje, a Câmara assumiu as suas responsabilidades. Mesmo aquelas que pareciam não ser as suas responsabilidades. Fê-lo dentro da Lei e trabalhando em rede. Desde logo dentro da própria Câmara, com o envolvimento de vários pelouros, mas também com a Junta de Freguesia de Lordelo e Massarelos, com a Polícia Municipal, com o Comando Metropolitano da PSP do Porto, com a Direção Nacional da PSP, com a Administração Regional de Saúde, com o Centro Distrital da Segurança Social do Porto, com os Bombeiros Sapadores do Porto, com a Fundação Porto Social e ouvindo as IPSS. Estamos a cumprir, também nesse aspeto, o nosso programa, trabalhando em rede num Porto onde cabem todos.
Quero, por isso, agradecer a todas as instituições pela forma como nos ajudaram nesta tarefa, pela coragem que tiveram todos os que aqui trabalharam durante dois meses e até pela forma discreta como o fizeram, respeitando a dignidade humana e a privacidade que, apesar de tudo, é um direito de todos.
O último agradecimento para a comunicação social que durante o dia de hoje, de uma forma geral, soube fazer o seu trabalho, colaborando connosco e tratando o assunto com responsabilidade social e com competência.
Bem sei que não mudámos o Mundo hoje. O Mundo não se muda com buldózeres e nem sequer com o trabalho social que aqui foi bem feito. Bem sei que hoje só movemos uma gota no oceano. Mas se cada um de nós, todos os dias, procurar cumprir a sua missão movendo uma gota, e se cada um de nós, na vida política, procurar cumprir o seu programa, então, estaremos mesmo a agitar o oceano e, quem sabe, não mudamos o Mundo.
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