Vá lá que só estamos perante notificações tendo em vista eventuais despejos de habitações sociais… Se fosse no tempo de Rui Rio íamos imediatamente para a demolição do bairro
Sim, eu sei que a coisa não é assim tão simples como eu quis fazer crer na forma galhofeira como iniciei este post, mas é tempo de se fazer uma grande reflexão sobre o tráfico de droga nos bairros sociais da Cidade Invicta. Venham daí os vossos bitaites sobre esta matéria… bitaites sérios e minimamente fundamentados, tendo em especial atenção que o Regulamento de Gestão do Parque Habitacional é bastante claro quando diz que não devem ter direito a habitação social e/ou estão sujeitos a despejo quem tem um comportamento ilícito ou desviante.
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«José Luis Moreira» >> Que se phodam os delinquentes que se escudam por detrás da família com idosos e crianças!...
«José Camilo» >> Primeiro, rever a justiça cá praticada. Um indivíduo que, com 16 anos, assalta uma farmácia à mão armada, é apanhado em flagrante e após julgamento a decisão é envia-lo para casa com obrigação bi-semanal de se apresentar numa esquadra de polícia, é evidente que com esta medida quem vai sofrer é quem habita com ele vir a correr o risco de ficar sem tecto por culpa de outrem, mesmo sendo familiar.
«Pedro Baptista» >> Ó Caríssimo David Ribeiro, não me diga que o tráfico de droga se centra nos bairros dos trabalhadores... Se assim fosse a coisa dava pouco... e extinguia-se por si... Deixemo-nos de estigmas de xenofobia social que fazem lembrar o ambiente dos pogroms anti-judeus dos nazis... As pessoas dos bairros sociais são como as outras... E os fascistas, mesmo quando se vestem de socialistas, são também muito parecidos... Sobretudo quando vêm mesmo do social-fascismo...
«Zé João G» >> Por acaso já se deram ao cuidado de se questionarem das razões do "trafico de droga" se situar em bairros camarários limitrofes e não nos de por exemplo Fernão Magalhaes ou Ameal? A marginalizaçao e desenraizamento de familias e laços de vizinhança não tera áum pouco a ver com isso? Medidas imediatas e marginais podem aparentemente resolver um problema a muito curo prazo agravando entretanto a marginalização e o estigma.
«Gonçalo Moreira» >> Pinheiro Torres é limítrofe? Aldoar é limítrofe? É um problema infelizmente transversal e muito complicado de resolver. Mas os bairros não podem ser antros de droga, marginalizados. Têm que ser locais dignos onde famílias desfavorecidas possam habitar até reconstruirem a sua vida. Mas para serem exactamente isto, muito vai ter que mudar. Um passo de cada vez.
«José Luis Moreira» >> O ploblema é complicado de resolver?.. Pois é! Mas deve-se falar também dos irresponsáveis que o ajudaram a criar ao acabarem com as 'ilhas' e 'barracas' para formar 'guetos' como «S. João de Deus» e o «Aleixo» sem terem tido o devido cuidado com o estudo da distribuição das famílias desalojadas.
«Jorge Veiga» >> E desculpam-se os que fazem tráfico de droga por causa dos condicionalismos sociais? E dizem que são beirros de trabalhadores? O terem sido feitas estas "Ilhas" verticais e terem enfiado lá um determinado de pessoas é que deu origem a isso. O resto são desculpas...
«Rui Moreira» >> As pessoas em causa têm o direito de se defenderem em juízo, perante a notificação. Essa é a grande diferença. Quem conhece os bairros, conhece a realidade. Não estamos a falar de consumo, de exclusão. Estamos a tratar de sintomas óbvios de tráfego. As pessoas dos bairros têm direitos como os outros. Direito ao sossego, à dignidade, ao descanso. A viver em tranquilidade. A não estarem sujeitos a poderes informais. Quanto a ondas de revolta, a última vez que estive na Pasteleira Nova fui abordado por moradores revoltados. Tudo foi presenciado pelos jornalistas, noticiado pelo Público. Estavam revoltados por não haver combate aos traficantes...
«Jorge Veiga» >> Não me parece que quem tutela as casas camarárias e os bairros tomem medidas indiferentes à justiça e à lei. Muitos têm direito a viver com tranquilidade, sim, mas outros perdem-na quando optam por viver à margem. Em tudo deve haver moderação e ponderação. Acho que o sr PC Rui Moreira já mostrou muitas vezes ter essas qualidades, mas também não pode ser refém de que lhe digam que é discriminador, pois que se o tem de ser, acho que deve tomar esse caminho. Todos os cidadãos "normais" estão fartos de aturar as aventuras de meia dúzia e a quem ajustiça não consegue retirá-los do circulo onde se meteram e nós não os queremos ter por perto.
«Rui Moreira» >> Jorge Veiga, a CMP é inquilino de cerca de 13000 habitações / 25000 cidadãos. A esmagadora maioria não tem nem quer ter problemas. Quer fazer a sua vida, com a normalidade possível. A Cmp não investiga tráfegos, como se compreende.
«David Ribeiro» >> Não há dúvida que Rui Moreira acabou de tocar naquilo que para mim é o cerne da questão: “Estavam (moradores da Pasteleira Nova) revoltados por não haver combate aos traficantes”. É confrangedor ver o à vontade com que se vende droga em alguns bairros sociais e para mim mais difícil de entender é a aparente passividade das forças policiais. Sei perfeitamente que não é unicamente com repressão que se combate um flagelo deste tipo, mas fechar os olhos ao tráfico não se pode admitir. Diz na notícia do P24: "As pessoas fazem fila à porta para comprar droga" (...) "a polícia encontrou 11 mil euros. Noutra havia 4 mil e tal euros e o inquilino tinha outra morada, onde foram encontrados mais 4 mil".
«Rui Moreira» >> Publico 1/4/2015
«Jorge Veiga» >> mas que eu saiba, as Câmaras fazem reuniões com as forças de segurança, podendo ser solicitado a estas que tomem as medidas necessárias para minimizar estas ocorrência, Se não o fazem (qual o motivo) e qual a resposta que a CMP (neste caso) tem. Se são poucos os que perturbam muitos, não o deveriam fazer e de certeza que há meios legais para o evitar.
«Rui Moreira» >> Sim, há articulação com as forcas de segurança, no âmbito da lei.
«Jorge Veiga» >> Pois só falta que a segurança actue.
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