Quer queiramos quer não e contra todas as expectativas, o conflito na Ucrânia fortaleceu a Rússia nalgumas áreas. Não ficou isolada diplomaticamente, continua a registar crescimento económico apesar das sanções e tem um exército maior do que no início da guerra. O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que o país cresceu 3% em 2023 e prevê um crescimento de 2,6% para 2024. A venda de petróleo e de gás natural continua a enriquecer os cofres do Kremlin, apesar de estarem a ser transacionados longe dos valores de 2022 e tudo indica que Moscovo vai continuar a redirecionar a sua economia para a Ásia, criando com isso uma maior resiliência. E para Kiev o futuro é sombrio, apesar do apoio financeiro e militar da União Europeia, Reino Unido e EUA.
Porta-voz do Kremlin na 6.ª feira 22mar2024
Dmitry Peskov afirmou que o conflito na Ucrânia deixou de ser uma "operação militar especial" da Rússia e "tornou-se uma guerra". Em causa está a "participação do Ocidente". Peskov recordou também o objetivo do Kremlin de conquistar completamente as quatro regiões ucranianas (Kherson, Donetsk, Lugansk e Zaporijjia) que Moscovo reivindica como território de anexação desde setembro de 2022.
Bombardeamentos russos na madrugada de sexta-feira 22mar2024
O prefeito de Kharkiv, Igor Terekhov, diz que um ataque com mísseis russos cortou “completamente” o fornecimento de eletricidade e calor. “A cidade está completamente sem energia e, como resultado, o abastecimento de água e aquecimento não funciona”, disse ele num vídeo publicado no Telegram. “Os engenheiros de serviços públicos e de energia precisam de tempo para lidar com os desafios colocados por este bombardeamento hostil… Peço a todos que mantenham a calma e sejam pacientes.” Outras áreas da Ucrânia também relataram apagões, incluindo pelo menos 200 mil na região ocidental de Khmelnytskyi e cerca de 260 mil na região sul de Odesa. A Força Aérea Ucraniana afirma ter derrubado 92 dos 151 mísseis e drones disparados pela Rússia, um ataque descrito por um oficial como o maior ataque à infraestrutura energética desde o início da guerra.
Miguel Castelo Branco - A magnitude do ataque russo desta madrugada [22mar2024], uma barragem de mísseis que terá ultrapassado em número e precisão todos os ataques realizados ao longo de dois anos, estropiou irreparavelmente grande parte das instalações hidroeléctricas responsáveis pela produção energética no S e Leste da Ucrânia, incluindo Kharkov. Desta última, há imagens de colunas a perder de vista de automóveis que abandonam a cidade. Há igualmente notícias de fortes bombardeamentos sobre Odessa e as fotos da resistência e informadores naquela cidade mostram colunas de fumo negro que se elevam a vários quilómetros de altura sobre o porto. Desde o início do conflito, os russos nunca desencadearam tamanho ataque, pelo que se alguns o enquadrarão na iminência da esperada arrancada russa, outros interpretam-no como o último e solene aviso do Kremlin a Zelensky para este pare de imediato a campanha terrorista que tem visado alvos civis em Belgorod e Kursk.
Ataque em sala de espetáculos de Moscovo
Um grupo de homens armados [entre três e cinco], vestindo uniformes militares, atacaram ontem [6.ª feira 22mar2024] a sala de espetáculos Crocus City Hall, nos subúrbios de Moscovo, causando pelo menos 62 mortos e cerca de 150 feridos. Os atacantes terão também detonado uma granada ou bomba no local, o que terá despoletado um enorme incêndio, acabando o telhado do edifício onde se localiza a sala de espetáculos por colapsar. O Estado Islâmico (ISIS-K, ramo afegão do Daesh) já reivindicou a autoria do atentado.
Ao início da manhã deste sábado, já tinham sido contabilizadas pelo menos 93 vítimas mortais e 107 feridos, incluindo cinco crianças, de acordo com o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB). O diretor do FSB, Aleksandr Bortnikov, informou o presidente do país, Vladimir Putin, da detenção de 11 pessoas, incluindo quatro homens que diz terem estado "diretamente envolvidos" no ataque e que estavam a caminho da fronteira com a Ucrânia quando foram detidos.
O número de mortos voltou a aumentar, tal como era esperado. De acordo com o Comité de Investigação da Rússia, citado pela agência RIA Novosti, há a lamentar pelo menos 115 vítimas mortais. No local do ataque terrorista na sala de espetáculo Crocus City Hall, quando os serviços de emergência retiraram os escombros, foram encontrados mais corpos.
Miguel Castelo Branco - Anoto, sem surpresa, a culpabilização da Rússia por esta ter sido ao longo das últimas quase quatro décadas o mais esforçado dos Estados no combate ao terrorismo jihadista: no Afeganistão , no Cáucaso e na Síria. Se há uma fisionomia espiritual e uma psicologia dos caracteres, e se há quem crie problemas e há quem os resolva, a Rússia estará certamente, sobretudo em matéria de terrorismo e terroristas, do lado certo: absolutamente limpa e de consciência tranquila em tudo o que se relacione com a guerra ao terrorismo. O discurso e os princípios por que se norteia são os mesmos de sempre. O mesmo não poderão reivindicar os norte-americanos, com a agravante de fazerem crer às nações que jamais promoveram, armaram e pagaram a terroristas. Se há quem ainda não se tenha libertado da caverna de Platão, importa que se desintoxiquem dos fumos ideológicos, sigam as conexões, os percursos e os efeitos do terrorismo para que se lhes revele quem lucra com as acções do terrorismo. Os criminosos responsáveis pela matança de ontem foram capturados quando se preparavam para passar a fronteira. Se pelo dedo se conhece o gigante, há que dar tempo ao tempo para que tudo se torne claro.
David Ribeiro - É curioso... os alegados terroristas jihadistas em fuga foram capturados quando se preparavam para passar a fronteira com a Ucrânia. Porque não optaram pela fronteira com a Letónia, Estónia ou mesmo com a Finlândia?
Paulo Cavaco - David Ribeiro porque por ali alguem lhes garantia a passagem livre... Só que os Russos não conseguem abortar todos os ataques terroristas, estes tiveram ajuda de uma Embaixada no Tajiquistão pronta para os receber e treinar! Mas vão vomitar tudo e mais alguma coisa, um já começou por ficar sem orelha na cabeça mas com ela dentro do estomago.
António Faria - David Ribeiro Porque possivelmente a Ucrânia é cúmplice. Um dos assassinos quando interrogado diz que o fez por dinheiro, não diz eu foi uma questão religiosa.
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