VOTAÇÃO: A favor 13; Abstenção 1 (Reino Unido); Veto dos EUA
Os Estados Unidos vetaram o projeto de resolução do Conselho de Segurança que exigiria um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza e a libertação imediata e incondicional de todos os reféns. Falando depois dos EUA vetaram a resolução, Riyad Mansour, diplomata palestiniano na ONU, classificou a medida como “além de lamentável”. “É desastroso”, disse ele. “O Conselho de Segurança foi novamente impedido de se levantar até este momento para defender as suas claras responsabilidades face a esta grave crise que ameaça vidas humanas e ameaça a paz e a segurança regional e internacional. “Em vez de permitir que este conselho cumpra o seu mandato, fazendo finalmente um apelo claro, após dois meses de massacres, de que as atrocidades devem acabar, os criminosos de guerra têm mais tempo para perpetuá-las”, disse Mansour. "Como isso pode ser justificado?"
Isabel Sousa Braga - Tão previsível
Agência Lusa - 6.ª feira 8dez2023
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal lamentou hoje a decisão dos Estados Unidos de rejeitar o apelo ao cessar-fogo em Gaza, lançado pelo secretário-geral da ONU, e insistiu na via do diálogo. “Naturalmente que lamentamos. Nós tínhamos precisamente apoiado a resolução que está ser vetada”, disse João Gomes Cravinho, à agência Lusa à margem da cerimónia de entrega dos prémios ‘Manuel António da Mota – Uma Vida em Angola’, que decorreu em Luanda. Cravinho sublinhou que esta é a posição que Portugal tem assumido e insistiu que é urgente haver um cessar-fogo humanitário. “É preciso que haja acesso da ajuda humanitária à população de Gaza, consideramos também fundamental que haja libertação sem condições dos reféns em Gaza e acreditamos que o cessar-fogo iria nesse sentido”, sublinhou. O chefe da diplomacia portuguesa afirmou que é preciso continuar a conversar, notando que tem havido evolução nas posições das Nações Unidas e dos próprios Estados Unidos, Israel e Gaza. “Acreditamos que, continuando o diálogo, encontraremos soluções que serão satisfatórias para todos. É fundamental que haja um cessar-fogo - e repito aqui este apelo - enquanto não for permanente, deve ser temporário, que permita acesso humanitário às populações, que permita começar a falar de um futuro mais estável, nomeadamente através da solução de dois Estados”, sublinhou o ministro.
Agência Lusa - sábado 9dez2023
A China expressou este sábado "profunda deceção" com o veto dos EUA a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU para um cessar-fogo imediato em Gaza, apresentada pelos Emirados Árabes Unidos e patrocinada por 97 países membros. A proposta "reflete o apelo universal da comunidade internacional e representa a direção certa para o restabelecimento da paz", afirmou o embaixador chinês na ONU, Zhang Jun, citado pela televisão estatal CGTN. "A China apoia totalmente esta iniciativa e juntou-se à pressão para a elaboração deste projeto de resolução", acrescentou Zhang, que acusou Washington de empregar "dois pesos e duas medidas" ao falar da proteção das mulheres, das crianças e dos direitos humanos, enquanto "consente" na continuação do conflito. Zhang apelou ainda a Israel para que ponha fim à "punição coletiva do povo de Gaza". Esta é a segunda vez, desde o início da guerra em Gaza, que os EUA vetam uma resolução no mesmo sentido - fizeram-no a 18 de outubro - alinhando assim com Israel, que argumenta que um cessar-fogo deste tipo ajudaria o Hamas a rearmar-se e a manter em cativeiro os 138 reféns na Faixa de Gaza.
Al Jazeera - sábado 9dez2023
O vice-embaixador dos Emirados Árabes Unidos na ONU, Mohamed Abushahab, perguntou ao CSNU: “Qual é a mensagem que estamos a enviar aos palestinianos se não pudermos unir-nos atrás de um apelo para parar o bombardeamento implacável de Gaza? Na verdade, qual é a mensagem que estamos a enviar aos civis de todo o mundo que podem encontrar-se em situações semelhantes?”
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Hossein Amirabdollahian, alertou para a ameaça de uma “explosão incontrolável” da situação no Médio Oriente, após o veto dos EUA, noticiou a agência de notícias AFP. “Enquanto a América apoiar os crimes do regime sionista (Israel) e a continuação da guerra… existe a possibilidade de uma explosão incontrolável na situação da região”, disse Amirabdollahian ao secretário-geral da ONU, António Guterres, num telefonema, de acordo com um comunicado do ministério.
O Embaixador russo na ONU, Dmitry Polyanskiy, disse: "Nossos colegas dos EUA emitiram literalmente diante de nossos olhos uma sentença de morte para milhares, senão dezenas de milhares de civis na Palestina e em Israel”.
O Embaixador francês na ONU, Nicolas de Riviere, disse no CSNU: “Infelizmente, mais uma vez este conselho falhou devido à falta de unidade e, ao recusar-se a comprometer-se com negociações, a crise em Gaza está a piorar e o conselho não está a completar o seu mandato. sob a carta.”
O Ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, disse que os EUA estão agora sozinhos na questão de Gaza depois de bloquearem a aprovação da resolução. “Nossos amigos mais uma vez expressaram que a América está agora sozinha nesta questão, especialmente na votação realizada hoje nas Nações Unidas… O sistema político americano está agora impotente em questões relacionadas a Israel”, disse ele à agência de notícias estatal Anadolu e à emissora nacional TRT em uma entrevista.
Sarah Corsino - Vou já dar-lhe a justificação: porque o Hamas - um grupo de animais terroristas - nunca iria entregar os reféns e apenas ganharia tempo para andarem de um lado para o outro entre as Entidades Públicas que utilizam como seus escudos. Se o Hamas se preocupasse com os Palestinianos e depois de dizerem que já morreram milhares deles, já teriam entregue os reféns todinhos de uma só vez. Só que não é essa a sua intenção. O problema é que as pessoas ditas civilizadas querem que estes animais terroristas tenham o mesmo comportamento/pensamento que elas. Mas não têm. São TERRORISTAS.
David Ribeiro - Sem dúvida, caríssima Sarah Corsino, que o Hamas praticou ações terroristas altamente condenáveis e das quais não nos devemos esquecer, mas nada justifica a sentença de morte imposta por Israel para milhares, senão dezenas de milhares de civis na Faixa de Gaza. Curiosamente toda a comunidade internacional, com excepção dos EUA, apoiava este projeto de resolução do Conselho de Segurança.
Sarah Corsino - David Ribeiro também não vejo nenhum país árabe, ao redor, a receber refugiados nos seus países (já que é tanta a preocupação). Até, em tempos, os expulsaram (porque será?). Também a Rússia vetou projeto de resolução de cessar-fogo com a Ucrânia e ninguém fez este alarde. Nem utilizaram o famoso artigo. Será que é por ser EUA/Israel? Eu diria que os Israelitas poderiam ser mais cuidadosos com os Palestinianos da Cisjordânia porque as relações são completamente diferentes dos da Faixa de Gaza. O que acontece é que os terroristas também já se mudaram para lá e o Fatah não consegue controlar nada. Não pense que eu não sinto angústia pelos Palestinianos inocentes, mas a maioria deles são reféns e cúmplices de terroristas
David Ribeiro - Há algo que aqui ainda não disse e é importante, Sarah Corsino... assim como não confundo Hamas com todo o povo palestiniano, também não coloco no mesmo saco Benjamin Netanyahu e os seus falcões, juntamente com todo o povo israelita.
Sarah Corsino - David Ribeiro aih sim. Esse homem não é "flor que se cheire"
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