...Vítor Catão em prisão domiciliária.

O juiz Pedro Miguel Vieira do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto aplicou as seguinte medidas de coação aos 12 detidos em 31jan2024 na "Operação Pretoriano":

Medidas de coação conhecidas
Fernando Madureira e Hugo ‘Polaco’
- Prisão preventiva; Proibição de contactos com envolvidos no processo, com exceção de familiares diretos; Proibição de contactos com elementos direção dos Super Dragões.
Vítor Catão
- Prisão domiciliária; Proibição de contactos com envolvidos no processo, com exceção de familiares diretos; Proibição de contactos com elementos direção dos Super Dragões.
Sandra Madureira, Hugo Loureiro, Vítor ‘Aleixo’, Vítor Bruno Oliveira, Carlos ‘Jamaica’ e José Pereira
- Termo de identidade e residência; Proibição de contactos com envolvidos no processo, com exceção dos familiares diretos; Proibição de contactos com elementos direção dos Super Dragões; Interdição de recintos desportivos onde jogue o FC Porto; Proibição de acesso à sede dos Super Dragões;  Apresentações às autoridades às 2ª, 4ª e 6ª feiras e sempre que a equipa de futebol do FC Porto jogue.
Os três outros arguidos ficam apenas proibidos de contactar com qualquer interveniente processual, à exceção de familiares diretos. A Fernando Saul, o oficial de ligação aos adeptos, foram aplicadas estas medidas de coação mais brandas e poderá continuar a trabalhar no clube, tal como o outro funcionário dos azuis e brancos, Tiago Aguiar.

  
Tudo indica que esta foi só a primeira operação que visa membros dos Super Dragões. Mesmo quem esta quarta-feira não ficou em prisão preventiva poderá vir a ser detido no âmbito de outros casos. O chefe dos Super Dragões não deu o código do seu telemóvel, mas ainda na semana passada foi encontrada no aparelho telefónico de Vítor Catão uma mensagem em áudio comprometedora. “Vamos partir os cornos a toda a gente”, dizia ‘Macaco’ a 12 de novembro de 2023. A investigação à venda de bilhetes também abre uma porta às suspeitas de envolvimento de responsáveis do clube que ganhariam com um esquema que lesava os interesses do FC Porto.
É convicção do Ministério Público que os arguidos “definiram o que deveria ser posto em prática para que lograssem a aprovação da alteração dos estatutos em benefício de todos os envolvidos e sem perda de regalias, designadamente vendo garantidos os seus ganhos com a bilhética para os jogos de futebol”. Para a investigação, a alteração dos estatutos era importante para os interesses da atual direção do clube e, consequentemente, para Madureira e restantes arguidos. A investigação da PSP também entende que, para garantir o objetivo, os suspeitos quiseram colocar no espaço reservado para a Assembleia Geral extraordinária uma “massa humana por si controlada”, que provocou agitação e constrangimento junto dos sócios que queriam exercer livremente o seu direito de voto.