Foi esta a conclusão a que chegaram uns "intelectuais", daqueles que mandam bitaites nas tv's nacionais, sobre os motivos porque o Norte foi mais castigado pelo COVID-19. Já não há paciência para tanta estupidez.
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David Ribeiro - Segundo os “intelectuais” que mandam bitaites na TVI sobre este assunto, seguramente que Espanhóis, Italianos, Belgas, Franceses, Holandeses, Britânicos, Suíços e Suecos têm uma “população menos educada, mais pobre, envelhecida e concentrada em lares” do que na Região Norte de Portugal (onde as mortes por milhão de habitantes são de 82,1).
Raul Almeida - Isto é a população do Norte. Agora imaginem como será quem escreve e quem permite que se publique uma coisa destas. Há alturas em que percebemos que o país tem problemas infinitamente maiores do que o COVID-19. Para o Covid é previsível que venha a haver cura ou vacina.
António Alves - Há quem ache que o Norte é uma realidade homogénea. Que o interior transmontano ou o Tãmega é igual ao Grande Porto e ao Litoral. Na Itália é precisamente a região mais rica e industrializada, a de Milão, a que tem mais casos. Em Portugal são igualmente os concelhos mais industrializados da Área Metropolitana do Porto e Norte Litoral os mais afectados. E também dos mais ricos do país, em poder de compra per capita - Porto, Matosinhos, Maia, Braga, Gaia -, depois de Lisboa e Oeiras. Como diz o meu amigo Pedro Sousa Chichorro, a falta que o futebol faz a muita gentinha.
Carlos Amadis - Porque é que a televisão está em decadência? Por isto. Para a TVI, a população do Norte é menos educada. No Sul as pessoas são mais educadas e formadas. Os lobbys não querem a Regionalização para poderem continuar a manter o status quo do País. Manter o "stablishment" nas pessoas de forma a intocar a Narrativa de um País a duas velocidades e a dois níveis civilizacionais. O problema não é Lisboa. Lisboa é linda. O problema são os saloios de Lisboa. Eu tenho nojo da Comunicação Social Portuguesa.
Rui Moreira - (...) O “Norte”, esse ponto cardeal que a TVI confunde com o Porto e vice-versa, e que imagina Viana do Castelo como uma freguesia da cidade Invicta e Braga como a sua periferia, não está provado que tenha gente mais mal-educada ou mais bem-educada do que Lisboa, da mesma forma que não se provou ainda que Lisboa tenha mais ou menos estúpidos que a Amadora, como na mesma lógica da TVI, seria apropriado dizer-se. (...)
Ana Alyia - Pela mesma lógica eu não apanho covid sendo que sou educada, não sou tão pobre ainda não sou velha e não vivo em lar. Já estou a imaginar o vírus a fazer uma seleção criteriosa "és educado? Ah ok então vou procurar outro para atacar". Valhamedeus nunca ouvi afirmação tão descabida.
Nuno Botelho - Há uma legitima indignação a respeito da peça de ontem da TVI sobre as razões da incidência do Covid19 no Norte. A própria TVI já veio apressar-se a pedir desculpas, reconhecendo a gravidade do disparate. A grande verdade é que o Norte é a região mais exportadora do país, com forte espírito empreendedor que a leva a sair de portas para fazer negócios e a procurar novos mercados, com um peso relevante da indústria (e não há indústria em tele-trabalho...). Como em Itália, também em Portugal houve um maior número de casos na região mais dinâmica e mais aberta ao mundo. Ao contrário de Lisboa, que centraliza Estado, despesa e funcionários, além de concentrar a quase totalidade das compras e dos fornecimentos públicos, como explica oestudo da Associação Comercial do Porto sobre o tema. O Norte pode não ser a Lombardia, mas Lisboa cai demasiadas vezes na tentação de um certo imperialismo romano.
Comunicado do Diretor de Informação da TVI, Sérgio Figueiredo
O Jornal das 8 de ontem emitiu uma peça que pretendia explicar os motivos que levam a Região Norte a constituir-se como a parte do território nacional onde a Covid-19 regista um número bastante superior de casos positivos e de óbitos devido à pandemia, face às outras regiões.
Desde o primeiro momento em que o assunto foi internamente discutido, logo na reunião da manhã de preparação do jornal – onde participou o editor habitual do Jornal das segundas-feiras, Miguel Sousa Tavares, o pivot José Alberto Carvalho, eu próprio e outros editores da TVI – a preocupação era legítima e construtiva: porquê e como responder àquelas populações particularmente afetadas?
Do ponto de vista jornalístico é normal que se questionem as razões que, numa só região, e segundo os dados oficiais, se registem 60% de todas as pessoas infetadas e 57% dos óbitos do país devido à doença. E do ponto de vista social consideramos que questionar é o primeiro passo para encontrar as respostas necessárias na resolução do flagelo.
Os nossos procedimentos foram os de sempre: à nossa jornalista destacada para a conferência de imprensa diária da DGS foi pedido que procurasse junto das Autoridades de Saúde uma explicação; o José Alberto Carvalho perguntaria sobre isso ao epidemiologista entrevistado em direto no Jornal (o que aconteceu) e a autora da reportagem recolheu a análise de vários especialistas, dois aceitaram ser entrevistados e entraram na peça.
Apesar de todas as redações que produzem jornalismo estarem a trabalhar em condições terríveis, em que nenhum de nós até hoje tinha vivido, a TVI fez o que estava certo: questionou algo relevante, falou com quem sabe e produziu uma reportagem com uma intenção genuinamente construtiva e socialmente relevante.
Isto não justifica, porém, a construção de uma frase infeliz no ecrã, nem a parte do texto que a suportava. Nomeadamente aquela que, entre as razões demográficas e sociológicas indagadas, sugeria níveis de educação abaixo da media nacional. Essa frase foi por muitos interpretada como uma ofensa às gentes do Norte – o que não era evidentemente o nosso propósito.
Nem é essa a tradição da TVI, que historicamente mantém uma relação de grande proximidade com as populações e de ligação à Região. No caso concreto da Informação, concentramos boa parte dos nossos recursos na redação do Porto e em duas delegações regionais que cobrem acontecimentos diários do litoral ao Interior.
Com a mesma humildade que a todos pedimos desculpas por um erro que somos os primeiros a lamentar, temos a convicção que a TVI não deve a ninguém, em esforço, em tempo de antena, em grandes eventos desportivos e culturais que promovemos ou patrocinamos, a relevância que o Norte merece e justifica na mancha de cobertura informativa que diariamente, semana após semana, anos a fio, aqui lhe temos dedicado e que continuaremos a fazê-lo.
Da mesma forma que um erro grosseiro – que não foi previamente detetado nestas difíceis condições em que a pandemia também coloca ao trabalho dos jornalistas e de uma televisão – não caracteriza todo um Jornal e, menos ainda, uma estação televisiva que todos os dias acorda guiada pela sua mais nobre missão que é servir os portugueses. Sem exceções e sem discriminações de natureza alguma.
Situação em Portugal e Região Norte
17448 casos confirmados (10302 na Região Norte)
567 mortos (321 na Região Norte)
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