Os detidos na "Operação Influencer" foram presentes ao juiz na última quarta-feira [8nov2023], mas os interrogatórios só começaram no dia seguinte. Nuno Mascarenhas, presidente da Câmara de Sines, foi o primeiro a prestar declarações, seguindo-se Rui Oliveira Neves, Afonso Salema, Vítor Escária, e, por último, Diogo Lacerda Machado.
Os “pecadores” e os seus “pecados” na Operação Influencer
João Galamba é suspeito de ter pressionado Vítor Escária, então chefe de gabinete do primeiro-ministro, para que este forçasse a alteração de uma Zona Especial de Conservação (ZEC), onde os administradores da Start Campus queriam construir um centro de dados.
A sociedade de advogados Morais Leitão criou uma comissão independente para fazer uma “averiguação rigorosa dos factos” relacionados com os sócios Rui Oliveira Neves e João Tiago Silveira [ex-secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e da Justiça do governo de Sócrates], respetivamente detido e arguido, na investigação do Ministério Público (MP) aos negócios do lítio, hidrogénio e cento de dados de Sines.
Os almoços, os jantares, os ministros e os suspeitos do costume a abrir a carteira. No total, Afonso Salema, CEO da Start Campus e arguido na “Operação Influencer”, pagou, com o cartão da empresa 2.231,97 euros.
O primeiro-ministro António Costa garantiu que Lacerda Machado não tinha qualquer mandato seu para agir como o Ministério Público acredita que o advogado agiu, no âmbito da Operação Influencer. Já sobre a apreensão de milhares de euros no gabinete de Vítor Escária em São Bento, disse: "Mais do que magoar pela confiança traída, envergonha-me perante os portugueses e aos portugueses peço desculpa".
Isabel Sousa Braga - O circo chegou há anos.
Albertina Pena Sousa - Um texto muito bem escrito e explicado.
Joaquim Figueiredo - E agora? Há ou não confusão de nomes?
David Ribeiro - Devo continuar a ser burro, Joaquim Figueiredo... o que é que eu escrevi que tenha a ver com confusão de nomes?
Durante as alegações no Tribunal Central de Instrução Criminal, o procurador João Paulo Centeno pediu a medida de coação mais gravosa para os detidos mais próximos de António Costa: Vítor Escária e Diogo Lacerda Machado. E Nuno Dias Costa, juíz no TCIC (conhecido na gíria comum como "ticão"), decidiu:
Os cinco detidos no âmbito da Operação Influencer vão sair em liberdade, depois de o juiz de instrução ter contrariado o pedido do Ministério Público, que queria prisão preventiva para Diogo Lacerda Machado e Vítor Escária. Os dois arguidos, melhor amigo e ex-chefe de gabinete de António Costa, respetivamente, ficam obrigados a não se ausentarem do país, além de terem de entregar o passaporte no prazo de 24 horas. Diogo Lacerda Machado fica ainda obrigado ao pagamento de uma caução de 150 mil euros, que deve ser entregue nos próximos 15 dias. Já o presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, e os dois administradores da Start Campus, Rui de Oliveira Neves e Afonso Salema, ficam com Termo de Identidade e Residência.
Jose Bandeira - Não consigo entender esta dualidade de critérios. Afinal existem ou não provas incriminatórias que sustentem um pedido de prisão preventiva? De um lado e de outro da barra do tribunal existem magistrados que conhecem a Lei; porquê decisões tão díspares?
David Ribeiro - Depois do que foi hoje decidido pelo juiz no TCIC não parece haver dúvida que o Ministério Público se precipitou e fez cair um Governo. E minutos depois de serem conhecidas as medidas de coação aplicadas aos cinco arguidos detidos no âmbito da Operação Influencer, João Galamba informou ter apresentado a sua demissão “ao senhor Primeiro-Ministro”, que resulta, escreve João Galamba, de uma “profunda reflexão pessoal e familiar, e por considerar que na minha qualidade de pai e de marido esta decisão é a única possível para assegurar à minha família a tranquilidade e discrição a que inequivocamente têm direito (...) apesar de entender que não estavam esgotadas as condições políticas de que dispunha para o exercício das minhas funções”.
Joaquim Figueiredo - A montanha pariu um rato...e tinham que lavar a face por tão suja que está. E ninguém se demite no MP e na PGR? A lama já foi atirada...
David Ribeiro - Lucília Gago, Procuradora-Geral da República, terá, no mínimo, de vir a público justificar toda esta "trapalhada".
Bernardo Sá Nogueira Mergulhão - Já não confio minimamente neste país, toda esta história é má demais... a partir de hoje democracia está em risco. Acabou a pouca confiança na justiça a dos politicos já acabou há muito, pelo menos alguns, cada vez mais diga-se.
David Ribeiro - Há muito que a credibilidade do Ministério Público anda pelas ruas da amargura. Um dia, que estas coisas têm que envelhecer como o Vinho do Porto, eu conto-vos as peripécias de uma minha constituição de arguido no seguimento de uma queixa sobre um texto que tornei público na qualidade de Deputado na Assembleia Municipal do Porto.
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