"Devido à velocidade da luz ser superior à do som, algumas pessoas parecem inteligentes até as ouvirmos."
Quarta-feira, 15 de Março de 2023
Militares recusam missão em navio da Marinha

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De acordo fonte oficial, a Marinha avançou com um processo interno de âmbito disciplinar aos 13 militares (quatro sargentos e 9 praças), que no passado sábado [11mar2023] se recusaram a embarcar no NRP Mondego, alegando razões de segurança, o que levou a Marinha a não cumprir uma missão de acompanhamento de um navio russo a norte da ilha de Porto Santo, na Madeira. Considerando que pode estar em causa matéria criminal, a Armada já passou informação à Polícia Judiciária Militar (PJM), que levará a cabo um processo, “externo à Marinha”, que tirará as respetivas conclusões. De acordo com um documento elaborado pelos 13 militares em questão, no sábado à noite o NRP Mondego recebeu ordem para “fazer o acompanhamento de um navio russo a norte do Porto Santo”, numa altura em que as previsões meteorológicas "apontavam para ondulação de 2,5 a 3 metros”. Segundo estes 13 militares, o próprio comandante do NRP Mondego “assumiu, perante a guarnição, que não se sentia confortável em largar com as limitações técnicas” do navio. Entre as várias limitações técnicas invocadas pelos militares constava o facto de um motor e um gerador de energia elétrica estarem inoperacionais. Esta ação levou a Marinha a considerar que os 13 operacionais “não cumpriram os seus deveres militares, usurparam funções, competências e responsabilidades não inerentes aos postos e cargos respetivos”. “Estes factos ainda estão a ser apurados em detalhe, e a disciplina e consequências resultantes serão aplicadas em função disso”, referiu a Marinha. Este ramo das Forças Armadas portuguesas confirmou também que o NRP Mondego estava com “uma avaria num dos motores”, mas referiu que a missão que ia desempenhar era “de curta duração e próxima da costa, com boas condições meteo-oceanográficas”. No que se refere às limitações técnicas, a Marinha referiu que os navios de guerra “podem operar em modo bastante degradado sem impacto na segurança”, uma vez que têm “sistemas muito complexos e muito redundantes”.

Aguardemos as conclusões de todos os processos instaurados... mas a coisa vai ser complicada, certamente.

  Joaquim FigueiredoSem palavras...

 

  O NRP Mondego, (ex-HDMS GLENTEN - P557​) esteve ao serviço da Marinha Real Dinamarquesa entre fevereiro de 1992 e outubro de 2010, tendo sido posteriormente vendido a Portugal em outubro de 2014 e rebatizado com o nome de NRP Mondego (P592). Após um período de reconfiguração e modernização com recurso à indústria nacional, nos estaleiros navais do Arsenal do Alfeite S.A., o NRP Mondego integrou o dispositivo naval do Sistema de Forças e encontra-se apto para desempenhar um vasto leque de missões e tarefas. Este tipo de navios, de patrulha costeira (NPC), têm como missão principal a de busca e salvamento marítimo e fiscalização marítima, com incidência na faixa costeira continental e do arquipélago da Madeira. Para além destas missões, o navio presta apoio a diversas entidades onde se inclui a Autoridade Marítima Nacional (AMN), bem como está apto a prestar apoio à população civil em situações de catástrofe, em articulação com as autoridades de proteção civil. Pode ainda integrar estruturas internacionais, como a agência europeia FRONTEX de controlo da fronteira externa da União Europeia.​ (in Marinha Portuguesa).

 

  Lusa 14mar2023
Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que aguarda os resultados da investigação sobre o episódio da recusa de militares da Marinha em embarcar no NRP Mondego e defendeu um reforço da manutenção nas Forças Armadas.
A Ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, disse: "É da competência da Marinha aferir as circunstâncias dos acontecimentos bem como a operacionalidade dos meios, e conduzir procedimentos do foro disciplinar de acordo com o Regulamento da Disciplina Militar. Todos esses processos estão em curso, dentro do quadro legal e do normal funcionamento institucional das Forças Armadas."



Publicado por Tovi às 08:00
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