O histórico Mercado do Bolhão tornou hoje a abrir as suas portas à cidade, colocando um ponto final na espera. O tão aguardado reencontro dos portuenses e visitantes com o mercado assinalou-se nesta quinta-feira, após mais de quatro anos de obras de renovação. Um trabalho de relojoaria que transformou o espaço por completo, mantendo contudo a “alma” de sempre. A tradição do Bolhão vai continuar a ser o que era: o mercado de frescos continuará a ser o protagonista deste edifício emblemático da cidade, que terá um total de 81 bancas, 38 lojas e 10 restaurantes, acomodando 87 comerciantes históricos.
Uma delícia... (fotos roubadas por aí)
O renovado Mercado do Bolhão... um agradecimento muito especial a Rui Moreira que não teve medo de arrancar para esta obra.
É verdade hoje é mais um dia histórico para a cidade do Porto.
Para um portuense a melhor notícia em anos. Agora o que mais anseio - antigo Matadouro.
Tenho a satisfação de estar no lado que se opôs à alteração do Mercado em centro comercial e, honra a Rui Moreira que compreendeu que descaracterizar o Bolhão seria descaracterizar a cidade.
Falando à modo do Porto... Obrigado Rui Moreira pela obra feita pois tudo o resto é lerolero.
Estive lá, gostei, felizmente desta vez mantiveram como era. Não é outro caso como o Museu Romântico.
Raul Almeida - Mais Porto que isto, é muito difícil. Aqui as elites gostam de quem usa o carago no elogio próximo que lhes dirige. Há tias e tios, mas partilham os nossos afectos com a senhora que há tantos anos nos fornece o peixinho do nosso mar fresquinho, com o Sr. Jorge que nos ensinou que para o tártaro cortado à mão, ao contrário dos grelhados, o vazio não é o melhor, com as floristas que dão mais amarelo às minhas rosas preferidas... O Pedro Abrunhosa, símbolo da cidade, como o Rui Reininho e tantos outros, sabe bem disto. Nunca antes teve tão nobre coro! O Rui Moreira sabe disto desde sempre, gosta disto desde sempre; sabe que esta cidade única se faz com todos e só resulta nesta magia com todos. O Bolhão é um símbolo maior deste carácter único que nos faz ser diferentes.
Foi com grande emoção que segui, pelas imagens televisivas, a reabertura do meu querido Mercado do Bolhão. Só razões de saúde (ou falta dela...) me impediram de viajar de Lisboa ao Porto para estar presente nesse momento. Julgo ser um dos mais antigos (se não o mais antigo) comerciantes do mercado ainda vivos. Aos 21 anos, estudante de Medicina, querendo ter uma fonte de rendimento que me permitisse casar, abri uma tenda de frangos e galinhas mortos e depenados, o que era uma novidade total na cidade. Descrevo essa aventura e as emoções do Mercado num livro de memórias a publicar, já pronto, com o título de "Crónicas de uma Vida Airada". Que saudades das queridas peixeiras, hortaliceiras e galinheiras, desbocadas, francas, amigas sinceras! A data no meu cartão não corresponde ao início da minha actividade, por razões que desconheço. A tenda, com o nome de "Galito", foi inaugurada em 1964. Obrigado a todos os que contribuíram para a recuperação do que pode ser considerado o coração da cidade do Porto.
O rosto visível da renovação do Mercado do Bolhão
Agora que reabriu o Bolhão nas condições fantásticas que todos podemos ver, é que eu gostaria de ouvir aqueles que não tinham dúvidas que as "soluções" de Rui Rio para o Bolhão é que eram boas.
Muitas vezes ouvi e li críticas por estas bandas. Agora estão calados...
Vale Dos Princípes - 4 longos anos a aguardar. Centenas de novas superfícies. Sem estacionamento. Estão irremediavelmente Condenados.
José Manuel Nero - o Rui Rio alguma vez soube apresentar soluções, mesmo más? O mais importante nesta obra não está à vista, refiro-me ao excelente parque subterrâneo e suas condições para descarga de produtos.
comigo estás mal..... nem o estilo mandão.... nem o estilo "ruizinho da foz"... com Bolhão ou sem Bolhão me convencerão.... o balanço político de um está feito há tempos.... o do outro será feito no final. .... com Bolhão ou sem... Tretas manipuladoras, nada mais.
Passado e presente do Bolhão. O que muda? (in JN)
Quando foi construído o Mercado do Bolhão? O mercado foi construído em 1914, através de um projeto desenhado pelo arquiteto Correia da Silva, num local onde existia um lameiro, atravessado por um regato que ali formava uma bolha de água, de que resultou o nome do mercado. Comércio, contudo, já se fazia no local desde 1839 após a aquisição dos terrenos por parte da Câmara do Porto ao cabido.
Quando surgiu a necessidade de intervenção? O edifício apenas sofreu intervenções pontuais ao longo dos anos. Por exemplo, na década de 40 foi colocada a ponte a unir as ruas de Alexandre Braga e Sá da Bandeira. No entanto, foi nos anos 80 que começou a ser equacionada a necessidade de uma reabilitação profunda.
Houve várias tentativas de restauro? A atual intervenção foi a quinta tentativa. Autarquia liderada por Rui Moreira apresentou em 22 de abril de 2015 o projeto de requalificação. Concurso público internacional é lançado no final do ano seguinte.
Que alterações foram realizadas? Os elementos decorativos e a imagem tradicional do Bolhão foram mantidos. Mas a reabilitação trouxe valias novas com a construção de uma cave logística e um acesso em túnel.
Quanto custou a requalificação? O valor inicial previsto para empreitada de restauro e modernização do Mercado do Bolhão, que foi adjudicada ao agrupamento Alberto Couto Alves S.A. e Lúcio da Silva Azevedo & Filhos S.A, era de 22,3 milhões de euros. Os trabalhos prolongaram-se por quatro anos (e não dois, como era esperado), e o custo da reabilitação aumentou 15%. Assim, a obra custou 25,7 milhões de euros. Mas a "Operação Bolhão", que envolveu o desvio da linha de água, compra de caves e indemnizações, ascendeu aos 50 milhões de euros. Só a criação do túnel de acesso à cave logística, por exemplo, cujo valor não está incluído no custo do restauro propriamente dito, ficou por 4,3 milhões de euros.
Porquê esta nova cor? A cor que o mercado apresenta após o restauro é original, do projeto inicial que procurava reproduzir o granito portuense exposto ao sol. Através da pesquisa histórica e das sondagens resultou a pintura atual do edifício: saibro granítico.
Como está reorganizado o “novo” mercado? A comercialização de produtos frescos vai manter-se no rés-do-chão do mercado que acomodará 81 bancas. O piso superior ficará reservado para a restauração, com espaço para dez estabelecimentos. No exterior continuarão as 38 lojas.
Quantos comerciantes estão no arranque do renovado Bolhão? No coração da cidade, o Bolhão apresenta-se com a sua alma de sempre, mas também com novidades. O mercado de frescos continuará a ser o principal protagonista deste edifício emblemático da cidade, que na data da abertura conta com 79 comerciantes. Além das tradicionais bancas de legumes e frutas, de flores, das peixarias e dos talhos, ou do ofício do amolador, haverá também espaço para o comércio de artesanato e alguns estabelecimentos de cafetaria, mencionando apenas alguns exemplos. A estes juntam-se a comercialização de novos produtos, como cogumelos e algas ou massas, temperos e especiarias.
Qual o horário de funcionamento? O mercado de frescos vai funcionar nos dias úteis da semana das 8 às 20 horas e aos sábados fecha às 18. A restauração funcionará de segunda a sábado das 8 às 24 horas.
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