Soldados tentam entrar no edifício da Assembleia Nacional em Seul
Depois do Presidente da Coreia do Sul ter proclamado a lei marcial e suspendido o parlamento e os partidos, o presidente da Assembleia Nacional, Woo Won-sik, apresentou uma resolução a pedir o levantamento da lei marcial. A resolução foi aprovada por todos os 190 deputados da Assembleia. Já há militares e blindados nas ruas de Seul e o exército tenta entrar no Parlamento. Foi também anunciada a introdução de controles sobre a comunicação social.
Isabel Sousa Braga - Está tudo doido
David Ribeiro - Não há dúvida que estamos num momento perigoso porque qualquer instabilidade na Coreia do Sul vai afetar o Indo-Pacífico do ponto de vista militar... e Kim Jong-un a rir-se, seguramente.
Lei marcial não durou meio dia: presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, considerado um "presidente impopular", levantou a ordem, já passava para lá das 4h da manhã (19h em Portugal Continental). Partidos foram proibidos de terem atividades, população não se pôde juntar na rua e os meios de comunicação tiveram de responder ao exército. Mas isso durou apenas nove horas.
Já não há ditadores como dantes... e ainda bem
Estávamos em 1979 quando foi pela primeira vez decretada a lei marcial na Coreia do Sul. A decisão foi tomada após o assassinato do então ditador Park Chung-hee. Esta terça-feira, 45 anos depois, o atual líder do país, Yoon Suk-yeol, anunciou de surpresa — para o país e para o mundo — a mesma decisão, alegando que a oposição está a adotar “claros comportamentos anti-Estado”. Mas, apenas cinco horas e meia depois, e sem apoio da Assembleia Nacional (nem do seu partido, nem da oposição e com muitos protestos nas ruas), Suk-yeol voltou atrás e levantou a medida.