As opiniões dividem-se entre os que pensam que o presidente russo viu a sua autoridade reforçada e os que veem no acordo com o líder dos mercenários um sinal de fragilidade. Para mim ainda há muito por conhecer acerca do motim que Yevgeny Prigozhin, líder do Grupo Wagner, levou a cabo contra as lideranças militares do Estado russo, mas partilho do que disseram David Petraeus, ex-diretor da CIA, e Paulo Portas, comentador da TVI/CNNPortugal: A revolta é um “sinal de que alguma coisa pode acontecer na Rússia” e vai resultar numa “guerra mais forte”. E não me parece díficil que Putin tenha ganho autoridade para tomar novas e sérias decisões, podendo ir até à instauração da lei marcial e mesmo decretar uma mobilização total. Aguardemos... mas não esqueçamos que tudo o que não nos destrói, torna-nos mais fortes.
Jorge Veiga - o que não destroi, enfraquece?
David Ribeiro - Jorge Veiga... normalmente sim, embora dependa das intenções.
Rui Lima - Putin está finito. Aquelas imagens dos cúmplices à mesa diz tudo. Está preso por arames. Tudo depende das Forças Armadas.
Raul Vaz Osorio - Discordo em absoluto. Também ainda estou a tentar perceber o que realmente se passou, mas nenhum autocrata sai reforçado de uma revolta em que os revoltosos desistem por si sós e levam palmadinhas nas costas. Quanto à situação militar, uma vez que a Wagner era quem, basicamente resolvia situações e atingia objectivos, parece-me que as forças russas ficam claramente enfraquecidas.
Mário Paiva - David, Preghozhin não vai p'rá Bielorrússia sózinho... estarão a ser montados lá 3 quartéis para 8000 militares do Wagner cada um, localizados estratégicamente... Aproximam-se as eleições na Bielorrússia...
Prigozhin justifica-se...
Nos seus primeiros comentários públicos desde a retirada de suas tropas, o líder de Wagner, Yevgeny Prigozhin, disse que os eventos do fim-de-semana foram planeados para protestar contra os comandantes militares russos, não para derrubar o governo. Prigozhin falou numa mensagem áudio de 11 minutos divulgada ontem [26jun2023] no Telegram, onde acrescentou que suas tropas não assinaram contratos com o Ministério da Defesa. No domingo, o Kremlin tinha dito que as tropas de Wagner poderiam assinar contratos com o ministério depois de retornar aos campos.
Rui Lima - E muito bem ......
Maria Vilar de Almeida - O busílis é quem vai pagar as indemnizações por cada guerrilheiro morto em combate...
Mário Paiva - Maria Vilar de Almeida, a quem?
Maria Vilar de Almeida - Mário Paiva por cada combatente da Wagner morto em combate a família tem direito a uma indemnização. Se começam a ser recrutados directamente pelo Governo Russo, o responsável da Wagner irá pagar essas indemnizações, como até aqui seria esperado?! ... já agora, abro um parêntesis e acrescento... a família de qualquer combatente MESMO em exército regular, deveria receber uma indemnização! É a minha opinião.
Carlos Almeida - Maria Vilar de Almeida Isso depende do contrato feito… Quando se trata duma empresa privada a trabalhar para o Estado. Pode fazer-se comparação com os grupos Blackwater e Mozart, com contratos com os EUA, e a Legião Estrangeira, a trabalhar para o governo francês.
Da Mota Veiga Suzette - Um poder dentro do poder!
Discurso de Putin ao Povo Russo - 2.ª feira 26jun2023
Era expectável um discurso destes... só quem não conhece Putin é que poderia esperar outras coisas. Mas o futuro próximo pode ainda dar-nos novidades.
Num discurso gravado, Vladimir Putin dirigiu-se ontem à noite ao povo russo para afirmar que “a tentativa de criar o caos interno falhou", muito porque “toda a sociedade mostrou ser responsável”. O Presidente russo garante que “foram tomadas desde o início todas as medidas para neutralizar" a rebelião do Grupo Wagner. “O levantamento militar seria de qualquer forma esmagado”, disse Putin. Defendeu também que os mercenários “compreenderam que tinham dado um passo criminoso” e voltou a insistir que o país enfrenta uma “forte ameaça do exterior”. “Os nazis de Kiev e do Ocidente queriam que os russos combatessem uns contra os outros”, acusou.
Putin disse, durante o seu discurso à nação, que ordenou “não fosse derramada uma gota de sangue” para travar a rebelião do Grupo Wagner, encabeçada por Prigozhin. “Sabemos que a grande maioria dos combatentes da Wagner são patriotas e fiéis à Rússia. Mostraram isso quando libertaram o Donbas e a Novorossiya”, frisou Vladimir Putin. “Tentaram usá-los para lutar contra o seu povo”, acrescentou. “Tomei a decisão de ordenar que não fosse derramada qualquer gota de sangue para permitir que aqueles que erraram compreendessem as consequências destrutivas dessa aventura em que foram envolvidos”, referiu o Presidente da Federação Russa. Putin agradeceu também a Lukashenko o papel que desempenhou para fazer recuar Prigozhin.
Vladimir Putin agradeceu a “todos os soldados e comandantes que tomaram a decisão certa: travar [a marcha para Moscovo] no último momento”. O Presidente russo garante que os combatentes do Grupo Wagner que participaram na rebelião “podem continuar a servir a pátria fazendo um contrato com o Ministério da Defesa". "Os que quiserem podem ir para casa e os que preferirem podem ir para a Bielorrússia. Cada um vai escolher”, disse Putin.
Segundo as últimas notícias um jato [Embraer Legacy 600, com o registo RA-02795 e número de série 14501008] muito utilizado pelo líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, aterrou esta terça-feira [27jun2023] pelas 7h40 locais na Base Aérea de Machulishchy, a sul de Minsk, após partir de Rostov. Não há ainda confirmação de quem estava a bordo, mas era esperado que Prigozhin se deslocasse para a Bielorrússia, como tinha ficado acordado com o fim da rebelião. Entretanto o presidente da Bielorússia confirmou a chegada neste dia de Yevgeny Prigozhin. Alexander Lukashenko disse também que a experiência de combate do grupo Wagner será útil, e ofereceu uma base militar abandonada aos mercenários que queiram juntar-se ao seu líder. Revelou ainda que convenceu Prigozhin a desistir da revolta no sábado, dizendo-lhe ao telefone que Vladirmir Putin nunca lhe entregaria o ministro da Defesa, e que ele e os seus mercenários seriam esmagados se continuassem a marcha para Moscovo.
Dois "rockets" russos atingiram no fim do dia de hoje [terça-feira 27jun2023] um restaurante em Kramatorsk, cidade situada no Oblast de Donetsk, muito frequentado por militares ucranianos. Há um número considerável de mortos e feridos.
Maria Vilar de Almeida - ENA Davidzinho... CREDO!
Jorge Veiga - mais alvos militares.
Rui Lima - Diz o assassino que a Rússia está sob ameaça do exterior.......
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