Jornal i – 12set2020
O que tramou António Joaquim?
O telemóvel de Rosa Grilo foi desligado no dia 15 de julho de 2018 às 19h42. António Joaquim desligou o seu três minutos antes, às 19h39. Os telemóveis só voltariam a ser ligados no dia seguinte, entre as 11h27 e as 13h06. Esse mesmo dia corresponde ao período em que o triatleta, Luís Grilo, foi morto. A troca de mensagens entre António Joaquim e Rosa Grilo era frequente, contrastando com a diminuição de contactos entre os dois durante três dias – antes, durante e depois da morte de Luís Grilo. Estes factos, sustentou o Ministério Público, evidenciam «uma perfeita sintonia» entre Rosa Grilo e António Joaquim.
A sintonia continuou quando os dois, já depois da morte do triatleta, viajaram para Benavila, no concelho de Avis, e mantiveram os telefones desligados durante cerca de 20 horas, «período de tempo necessário para embalarem o cadáver e transportá-lo até Benavila e regressarem às respetivas residências», lê-se no documento. Os dois trocavam mensagens regularmente, mas as conversas mantidas entre os dias 22 de junho e 28 de julho foram eliminadas. Ainda que apagadas, referiu o Ministério Público, foi possível recuperar uma delas: «Não te esqueças de apagar a conversa».
Esta é uma parte da história que o Ministério Público utilizou para recorrer da decisão tomada em março deste ano pelo Tribunal de Loures, que absolveu António Joaquim do crime de coautoria do homicídio. Esta terça-feira, o Tribunal da Relação de Lisboa condenou António Joaquim a 25 anos de prisão efetiva – 24 por homicídio qualificado e um ano e 10 meses pelo crime de profanação de cadáver. Além disso, foi suspenso do exercício de oficial de justiça.
Quase seis meses depois da decisão do Tribunal de Loures, o Tribunal da Relação de Lisboa considerou ser possível «afirmar com a necessária segurança que quem disparou foi o arguido António Joaquim», já que «sendo o arguido o dono da arma e quem sabia manejá-la com destreza, contrariamente à Rosa Grilo que é totalmente inexperiente nessa matéria (...) não faz qualquer sentido que tenha sido esta a efetuar tal disparo». Para o coletivo de juízes, «Rosa Grilo e António Joaquim agiram concertadamente e em conjugação de esforços na concretização do mesmo objetivo comum, que era tirarem a vida ao Luís Grilo e desfazerem-se do respetivo corpo, dando depois a entender às autoridades, falsamente, que desconheciam o seu paradeiro».
O Tribunal da Relação de Lisboa não aceitou a tese inicial de que Rosa Grilo terá transportado o corpo do marido sozinha, tendo «beneficiado da ajuda de outra pessoa para concretizar tal tarefa, a qual, mais uma vez, só pode ter sido o arguido António Joaquim».
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