Na manhã de ontem - terça feira, 28mar2023 - perto das 11 horas, no Centro Ismaili em Lisboa (*), um homem de nacionalidade afegã (**) esfaqueou mortalmente Mariana Jadaugy (***) e Farana Sadrudin (****). Um professor do centro ismaelita acabaria por ficar gravemente ferido pelo suspeito com uma facada no pescoço, mas o afegão foi rapidamente neutralizado pela polícia, que pouco demorou a chegar ao local. Segundo informação da PSP o atacante acabou por ser neutralizado com um tiro da polícia depois de ter desobedecido às ordens das autoridades para que cessasse o ataque e de ter “avançando na direção dos polícias, com a faca na mão”. “Face à ameaça grave e em execução, os polícias efetuaram recurso efetivo a arma de fogo contra pessoa, atingindo e neutralizando o agressor”. O atacante foi socorrido e conduzido ao Hospital de São José, em Lisboa, onde foi operado, encontrando-se vivo, detido e sob a custódia da polícia.
(*) O Centro Ismaelita de Lisboa foi fundado há mais de 20 anos, é a entidade supranacional que representa os ismaelitas, um ramo minoritário do xiismo, a única comunidade muçulmana liderada por um Imã vivo, com descendência direta do profeta Maomé, o príncipe Karim Aga Khan. Em todo o mundo, a comunidade ismaili conta com, aproximadamente, 15 milhões de pessoas. Em Portugal são cerca de 8 mil. As suas iniciativas não se esgotam na religião e vão desde o ensino até à integração de refugiados.
(**) Abdul Bashir, o suspeito do atentado ocorrido ontem no Centro Ismaili, em Lisboa, é refugiado afegão, terá 34 anos (sujeito a confirmação), é viúvo, com três filhos menores. Terá perdido a mulher, num campo de refugiados na Grécia, onde esteve antes de se estabelecer em Portugal há pouco mais de um ano. O pedido de asilo data de dezembro de 2021. Omed Taeri, da Associação da Comunidade Afegã em Portugal, revela que o suspeito contactou a associação por estar preocupado por não ter onde deixar os filhos de 9, 7 e 4 anos, no caso de arranjar trabalho. Taeri afirma ainda que o suspeito estava traumatizado pela perda da mulher. O homem estava a viver na zona de Odivelas e deslocava-se com frequência ao Centro Ismaili onde recebia apoio. O Centro presta apoio à comunidade de refugiados em Portugal.
(***) Mariana Jadaugy, de 24 anos, licenciada em Ciências Políticas e Relações Internacionais pela Universidade Nova de Lisboa e com mestrado na mesma área feito no Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa, era "apaixonada pelas relações internacionais, desenvolvimento e uma comunicadora alegre". Para além do seu trabalho na fundação FOCUS, trabalhou ainda como voluntária na ReFood duante um ano.
(****) Farana Sadrudin, de 49 anos, formada em Engenharia pela Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, era sobrinha do representante diplomático do Imamat Ismaili em Portugal, Nazim Ahmad, e foi também representante da comunidade ismaelita em Madrid. Para além disso, foi também membro do Conselho de Subsídios e Revisão e Membro do Conselho de Conciliação e Arbitragem por Portugal na Comunidade Ismaili. Trabalhava desde dezembro de 2021 na Fundação FOCUS - Assistência Humanitária, onde desempenhava funções de gestora de processo de integração orgânica dos refugiados.
Gonçalo G. Moura - Primeiro atentado islâmico em Portugal... é o que dá a política de portas abertas e sem qualquer modelo de integração...
Bernardo Sá Nogueira Mergulhão - Lá se começa a ir nosso melhor activo, segurança.
Gonçalo G. Moura - Bernardo Sá Nogueira Mergulhão onde esse já foi... só gangues de favelados a polícia já monitoriza algumas centenas...
David Ribeiro - Muito bem esteve a PSP perante este ataque hediondo nas instalações do Centro Ismaili em Lisboa.
Carlos Miguel Sousa - Um rapaz de 34 anos, com três filhos, perde a mulher num campo de refugiados na Grécia, é aceite em Portugal, e ninguém o acompanha... A preocupação de não ter a quem deixar os 3 filhos durante o dia, o impede de trabalhar, apesar de ser essa a sua vontade. O pobre veio parar à sociedade mais medíocre & hipócrita no sul da Europa. Os únicos que o ajudaram foram as suas vitimas. O resto é consequência.
Avelino Oliveira - ...é a terra deles ... o Afonso Henriques é que lhe a tirou...
13h36 de 28mar2023 - Embora ainda não sejam conhecidas as motivações do ataque desta terça-feira, o que é certo é que o ataque ocorreu em pleno Ramadão, um dos momentos mais importantes do ano para os muçulmanos. Este ano, o mês do Ramadão começou a 22 de março e prolonga-se até 21 de abril. Trata-se do nono mês do calendário islâmico e é marcado pelo jejum e pela oração.
14h11 de 28mar2023 - No Twitter, o primeiro-ministro António Costa, reitera o que já tinha dito, horas antes, aos jornalistas: além de manifestar “solidariedade e pesar” à comunidade ismaelita e às famílias das vítimas, salienta a resposta pronta da PSP. E volta a dizer que é “prematuro fazer qualquer interpretação sobre as motivações deste ato criminoso”. “Devemos aguardar pelo resultado das investigações”, acrescentou.
18h07 de 28mar2023
À saída do Centro Ismaili e após manifestar “as condolências do Estado português” à família das duas vítimas, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que ainda é “prematuro tirar conclusões” do ataque de hoje. Para o Presidente da República, é claro que este foi um “ato isolado” com motivações “psicologicamente isoladas”, “num determinado quadro pessoal e familiar”, de uma pessoa que era “apoiada” e “conhecida” no centro. “Não queria ir mais longe, mas há pessoas que, na vida, num determinado momento são determinadas por motivos pessoais e reagem de uma determinada maneira. Mas nada justifica um ato criminoso como este”, acrescentou, em declarações aos jornalistas. Elogiando a rápida atuação das autoridades, que dizem ter demorado um minuto a chegar ao local, Marcelo considerou que “podem ter poupado consequências de maior” — nomeadamente um maior número de vítimas mortais. O Presidente da República disse ainda que “de um ato isolado não é possível retirar generalizações” porque é “injusto e precipitado” para a comunidade Ismaili, que espera que continue a “ser tão generosa com portugueses e não portugueses e a prestar um serviço tão importante”.
Al Jazeera 28mar23023
18h54 de 28mar23023 - Uma fonte da Polícia Judiciária diz ao Expresso que ainda é cedo para se retirarem conclusões sobre as motivações do autor do ataque ao Centro Ismaelita, em Lisboa, porque o suspeito só há pouco saiu do bloco operatório do Hospital de São José, onde foi submetido a uma intervenção após ter sido ferido por um disparo de um agente da PSP.
23h03 de 28mar2023 - Crime de terrorismo afastado a 90%. PJ não detetou mensagens de ódio, mas suspeito tinha viagem marcada para esta quarta-feira com destino a Zurique. Em coma induzido após a operação, só será levado à presença do juiz após alta clínica.
10h25 de 29mar2023
O diretor nacional da Polícia Judiciária, Luís Neves, garantiu esta quarta-feira que "não há um único indício" de terrorismo, no ataque cometido no Centro Ismaili, em Lisboa. Luís Neves aponta a um "momento de surto psicótico" por parte do cidadão afegão, que acabou por matar duas pessoas nesta terça-feira, em Lisboa. "Logo após o conhecimento destes factos, foi ativada a unidade de coordenação anti-terrorista, na perspetiva de aportar mais e melhor informação. Relativamente aos factos, ainda não passaram 24 horas, o que podemos dizer é que estão afastadas todos os sinais de que possamos estar aqui perante um crime terrorista, está praticamente afastado. Estamos a falar de dois crimes graves. No dia de ontem e toda a noite, a PJ trabalhou na perspetiva de poder dizer se estávamos perante um facto de natureza terrorista ou de crime comum, pois isto mudava tudo. Mas estamos perante a prática de um crime de natureza comum, sustentamos isto com o mapeamento da vida desta pessoa, quer no seu território de origem, na Grécia, ou entre nós, onde está desde 2021. De tudo o que foi recolhido, não há o mínimo indício ou sinal que estamos perante a radicalização de uma pessoa", disse Luís Neves, que salientou ainda haver "respostas por dar". "Vamos continuar a trabalhar, mas no essencial o que queremos dizer é que não há indícios que aponte para terrorismo e todos os indícios apontam para um crime de natureza comum e o que pode estar aqui é um momento de surto psicótico, mas isso só uma perícia psiquiátrica poderá avaliar", salientou, confirmando que as autoridades já falaram com Abdul Bashir. "Já falámos com o autor da prática destes factos e já temos bastante informação, que vai ao encontro do que referi. Não posso falar muito mais sobre este assunto, mas posso dizer que passou por um momento psicótico, é por aí", referiu.
Isabel Sousa Braga - Surto psicótico? Onde foi arranjar a faca?
Helder Ferreira - Agora quando se mata em Portugal é sempre por um surto psicótico... Portugal está a ser um porto de abrigo para todo tipo de raças que gostam de matar outros... Porque razão é que só depois de um telefonema é que veio o dito surto??? E já trazia a faca de casa porquê??? Portugal tem de abrir os olhos e não confiar nos políticos... Olho por olho... dente por dente... Viva PORTUGAL antes do 25 de Abril...
Isabel Vieira Santos - Se tivesse levado um balazio certeiro, acabava se o surto psicótico e despesa para o hierárquico público. Tenho muita pena das vítimas e respectivas familias e dos filhos que agora também são vítimas.
11h19 de 29mar2023 - Abdul Bashir foi transferido do hospital de São José para o hospital Curry Cabral, em Lisboa, por questões de segurança. O atacante do centro ismaelita está sob custódia policial e vai ter de ficar num quarto de isolamento que apenas está disponível na unidade hospitalar para a qual foi transferido. A PSP é responsável pela guarda do arguido no hospital e tomou esta decisão para garantir que não há contacto com outras pessoas.
15h46 de 29mar2023 - Há que minimizar o sofrimento destes três inocentes... de nada têm culpa. Os três filhos menores de Abdul Bashir (com 9, 7 e 4 anos de idade), que na terça-feira assassinou duas mulheres no Centro Ismaili, estão provisoriamente numa instituição, mantendo o contacto com a comunidade e as rotinas escolares, segundo fonte do centro ismaelita. “As crianças estiveram ontem a ser acompanhadas no Centro Ismaili por pessoas que as conhecem, por equipa de psicólogos e pela segurança social. A comunidade ofereceu-se para os acolher em famílias”, avança o Centro Ismaili. "A opção provisória para já foi colocá-las numa instituição onde continuam em contacto com a comunidade e a frequentar o centro mantendo rotinas escolares. A decisão definitiva será tomada mais tarde”.
Este sismo no Afeganistão fez, até ao momento, pelo menos 1.000 mortos e 1.600 feridos. As autoridades prevêem que o número venha a aumentar, sobretudo nas zonas mais remotas, onde a ajuda demora mais tempo a chegar. O abalo, sentido no leste do país - quatro distritos da província de Paktika, na zona da fronteira do Afeganistão com o Paquistão - teve uma magnitude de 6,1 na escala de Richter e é o mais letal desde 2002. Porta-voz do governo Talibã pediu a todas as agências humanitárias que enviem ajuda para a área para "evitar mais catástrofes".
Segundo João Duarte Fonseca, sismólogo e professor auxiliar do Instituto Superior Técnico, este sismo do Afeganistão - magnitude 6,1 na escala de Richter - "não é habitual" e "é um tipo de sismo muito perigoso", visto que ocorreu "no interior de uma placa tectónica".
O Afeganistão está entre os níveis mais altos de insegurança alimentar em todo o mundo. Pelo menos 37,7 milhões de sua população de 40 milhões de pessoas – 93% – não tem comida suficiente. Um recorde de 23 milhões de afegãos enfrenta fome aguda, com quase 9 milhões a um passo da fome, de acordo com o Programa Alimentar Mundial (PAM). Duas em cada cinco crianças (38%) com menos de cinco anos de idade enfrentam desnutrição crónica – ou seja, nutrição inadequada por um longo período de tempo – o que levou a um crescimento atrofiado. Até 1 milhão de crianças menores de cinco anos correm o risco de morrer de desnutrição. Desde a tomada de Cabul pelos Talibã em 15 de agosto, uma economia já devastada pela guerra, antes sustentada apenas por doações internacionais, está agora à beira do colapso. Em janeiro, a ONU pediu aos doadores 4,4 mil milhões de US$ em ajuda humanitária para 2022, o maior apelo já feito para um único país. O Programa de Desenvolvimento da ONU alertou que 97% da população pode cair abaixo da linha da pobreza até meados de 2022.
E para ajudar à desgraça, o presidente norte-americano vai apreender reservas do banco central afegão e doar metade às vítimas do 11 de setembro.
Al Jazeera, 17fev2022
Equipas de resgate no Afeganistão estão a lutar para alcançar um menino de nove anos preso há dois dias num poço no sul da província de Zabul. Autoridades locais disseram que o menino apareceu preso cerca de 10 metros abaixo do poço de 25 metros. “Uma equipa está lá com uma ambulância, oxigénio e outras coisas necessárias”, escreveu no Twitter Abdullah Azzam, secretário do vice-primeiro-ministro, mulá Abdul Ghani Baradar, no governo Talibã.
As autoridades Talibã comunicaram, esta sexta-feira [18fev2022], que morreu o rapaz de nove anos que estava preso desde terça-feira num poço seco com 25 metros de profundidade, numa vila na província de Zabul, no Afeganistão.
As tensões sobre a demarcação de fronteiras e a violência do Tehreek-e-Taliban Paquistão (TTP) podem prejudicar as relações entre Islamabad e Cabul. Quando os Talibã assumiram o poder na capital afegã, Cabul, em agosto do ano passado, em Islamabad muitos aplaudiram. O colapso do governo afegão apoiado pelo Ocidente foi visto como uma oportunidade para restabelecer as relações entre os dois países, que se tornaram tensas sob a presidência afegã de Ashraf Ghani. Após a formação do governo Talibã, Islamabad tornou-se um de seus principais apoiantes no cenário internacional, pedindo o seu reconhecimento e assistência financeira urgente. Nos últimos meses, no entanto, surgiram sinais de quebras significativas nas relações amigáveis entre os dois. Os desacordos sobre a demarcação da fronteira Afeganistão-Paquistão e o apoio dos Talibã afegão ao TTP causaram tensões. Se nenhuma resolução for alcançada sobre essas questões, isso poderá causar uma rutura nas relações com consequências significativas tanto para a segurança nacional do Paquistão quanto para a estabilidade regional.
Diz-nos José Manuel Neto Simões, Capitão-de-fragata na reforma, num dos seus vários artigos de opinião publicados no DN sob o título “Reflexões sobre a derrota do Ocidente no Afeganistão”:
“A retirada dos EUA e dos seus aliados do Afeganistão materializou a derrota do Ocidente em declínio.” (…) “…a debilidade do acordo de Doha, promovido por Trump, foi explorada pelos talibãs, de forma exímia, empregando uma estratégia bem delineada com o apoio da maioria étnica (pashtun) e dos serviços secretos paquistaneses. O foco foi mantido na subversão das instituições e da população, com uma campanha comunicacional sofisticada. Foram ainda decisivas a escolha do período do ano favorável à ofensiva associada à deficiente transferência de autoridade para as forças afegãs.” (...) “…a forma como o processo foi conduzido gerou animosidade nos aliados com reflexos no futuro da NATO e na política de defesa europeia numa fase da dissonância transatlântica.” (…) "A perda de influência do Ocidente corresponderá ao aumento da influência das potências regionais - China e Rússia com interesses divergentes -, que vão determinar o equilíbrio na sua esfera de influência e na relação de forças entre a Índia, o Irão e o Paquistão.”
“É verdade que o regime talibã regressou ao poder, mas dizer que tudo voltou ao mesmo é fazer tábua rasa do que se passou ao longo destas duas décadas. Nem os ‘estudantes de teologia’, divididos em diversas tendências e ideários, são os mesmos (alguns nem nascidos seriam quando os EUA invadiram o país em 2001), nem a sociedade afegã o é. Cabul deixou de ser uma cidadezinha e cresceu para 4 milhões de habitantes. Tirando os que fugiram em agosto, há muita população urbanizada e educada, a começar pelas mulheres, bem como quadros técnicos, dos quais o novo regime precisa para reconstruir o país e o Estado. Sinal da necessidade desesperada de reconhecimento internacional (e de acesso a recursos financeiros e à ajuda externa), o recente anúncio de que vão voltar a ser emitidos passaportes, proporcionando (teórica) liberdade de deslocações ao estrangeiro.” (Rui Cardoso, in Expresso – 31dez2021)
Acontecimento nacional 2021
Escolha dos leitores do JN
Acontecimento internacional 2021
O ministro das Relações Exteriores do Catar reiterou a posição de seu país sobre como lidar com a situação no Afeganistão, dizendo que Doha continuará a trabalhar para aumentar os esforços humanitários e económicos no país devastado pela guerra. Numa conferência de imprensa conjunta com seu homólogo turco na capital do Catar, Doha, na passada segunda-feira [06dez2021], o xeque Mohammed bin Abdulrahman Al Thani disse que o Catar trabalhará com autoridades aliadas da Turquia e dos Talibã para garantir que o aeroporto internacional de Cabul, o local de cenas caóticas após os primeiros dias do novo poder afegão, continue a funcionar. Catar e Turquia têm um relacionamento forte e estratégico a nível político, económico e militar.
"As televisões devem evitar exibir telenovelas e séries em que as mulheres sejam protagonistas", diz um documento do ministério enviado à comunicação social. As novas diretrizes são também para que as televisões garantam que as jornalistas usam "o véu islâmico", sem especificar se se trata de um simples lenço na cabeça, já habitualmente usado na televisão afegã, ou um véu mais completo. Esta é a primeira vez que o ministério, responsável por garantir o respeito diário da população pelos "valores islâmicos", tenta regular a televisão afegã desde que os Talibã voltaram ao poder em meados de agosto.
A tensão na fronteira da Bielorrússia com a Polónia está diariamente a agravar-se, não sendo no entanto fácil de resolver o problema gravíssimo dos milhares de migrantes que tentam entrar na Europa, um "el dorado" para quem foge á miséria que se vive nos seus países de origem. A União Europeia vai ter mais uma vez de resolver uma crise migratória... mas é dificil de saber como.
A esmagadora maioria dos migrantes que se encontram na fronteira da Bielorrússia com a Polónia têm como origem a Síria, o Iraque e o Afeganistão. O destino é atravessarem a Polónia em direção à Alemanha.
Rodrigues Pereira - E sem a Senhora Merkel, vai ser mais complicado ainda ...
No dia de hoje [13nov2021] o Ministério da Defesa do Reino Unido acaba de confirmar que Londres enviou tropas de engenharia para a Polónia, tendo em vista cooperar no fortalecimento da segurança na fronteira com a Bielorrússia. E a Rússia iniciou ontem manobras militares conjuntas com a Bielorrússia junto à fronteira.
Um grupo de cerca de 50 migrantes rompeu as defesas na fronteira da Bielorrússia e entrou na Polónia perto da vila de Starzyna, informou a polícia no domingo [14nov2021], confirmando que a situação na fronteira torna-se cada vez mais tensa. Vários grupos de direitos humanos condenaram o governo da Polónia por continuar a proibir jornalistas, advogados e trabalhadores humanitários de ter acesso à fronteira do país com a Bielorrússia, onde milhares de migrantes e refugiados se reúnem do lado bielorrusso na esperança de entrar na Polónia. Já na passada segunda-feira [08nov2021] Vladimir Putin, presidente da Rússia, tinha criticado a posição dos países europeus, os quais, disse, são responsáveis pelas "centenas de milhares de pessoas" que pretendem chegar ao continente, referindo-se a uma multidão de migrantes, principalmente curdos, incluindo uma quantidade significativa de mulheres e crianças, que se dirigiram à fronteira entre Bielorrússia e a Polónia, criado um acampamento improvisado perto do posto de controle Bruzgi, na região de Grodno. Vários migrantes têm tentado subir as cercas, mas os policias polacos não os têm deixado entrar. Apesar disso, há relatos de dezenas de ilegais entrando no país da União Europeia.
O Afeganistão dos anos 1960 apresenta um forte contraste com a região devastada pela guerra que conhecemos hoje. Dê uma olhada em como o Afeganistão era... e como poderá vir a ser novamente.
By | Checked By Published August2021
(Tropas da União Soviética a chegarem a Cabul, em dezembro de 1979)
Al Jazeera, 13out2021
Os G20 concordam em ajuda para evitar crise humanitária no Afeganistão. Mas os Talibã precisarão de se envolverem na assistência e o ‘Grupo dos 20’ enfatiza que isso não significa o reconhecimento de seu governo.
Al Jazeera, 25out2021
ONU alerta sobre crise ‘aguda’ de alimentos no Afeganistão. Mais da metade da população de 39 milhões do Afeganistão enfrenta insegurança alimentar aguda e "marcha para a fome, com muitas crianças a morrerem”.
Al Jazeera, 29out2021
Enquanto os EUA congelam os fundos, um inverno rigoroso aguarda os afegãos sem dinheiro. Com 9,5 mil milhões de US$ em ativos e empréstimos congelados e limites impostos aos saques bancários, uma crise humanitária desenrola-se no Afeganistão.
Ataque a hospital militar em Cabul
No dia de ontem fontes do Ministério do Interior afegão disseram à Al Jazeeraa que duas explosões, seguidas de tiros, aconteceram no maior hospital militar do Afeganistão na capital Cabul. Hoje soube-se que nestas duas explosões morreram pelo menos 25 pessoas e ficaram feridas outras 50. Um destacado comandante Talibã, Hamdullah Mokhlis, membro da rede Haqqani e oficial das forças especiais Badri, foi um dos mortos durante este ataque, segundo a agência de notícias AFP.
BBC/Getty Images - Mulheres em Cabul em 1979, durante o governo comunista apoiado pelos soviéticos
Uma questão de vida ou morte no Afeganistão
Religião, família, violência e cultura ancestral pesam sobre as mulheres afegãs para chegarem ao casamento virgens, um teste que os pais e as autoridades podem pedir. Notícia completa aqui
Mulheres afegãs protestam em Cabul
Um grupo de mulheres marchou desde o Ministério da Educação até ao Ministério das Finanças na capital afegã, empunhando cartazes com os seguintes dizeres: “Não temos direito a estudar e trabalhar” e “Desemprego, pobreza, fome”. [Fotos de FarsNews Agency – 23out2021]
Kaveh Kazemi ficou célebre pelas suas imagens da revolução iraniana de 1979 e da guerra que opôs o Iraque ao Irão. O fotojornalista iraniano voltou pela quarta vez ao Afeganistão, a 14 de setembro e ficou no país 12 dias. Esteve em Herat, Cabul e Kandahar. Falou ao Expresso a partir de Teerão, contando que há elementos dos Talibã a desertar por não lhes pagarem há meses. Não têm dinheiro para enviar às famílias nas aldeias remotas de onde vieram. A economia está parada, não há dinheiro nem empregos, mas algumas mulheres voltaram ao trabalho.
"A ascensão do Daesh (ISIL) e de outros grupos terroristas Takfiri, após uma mudança de governo no Afeganistão, é perigosa", disse Amir Abdollahian [Ministro das Relações Exteriores do Irão] durante uma reunião na capital iraniana. Em 8 e 15 de outubro, os terroristas do ISIL atacaram mesquitas xiitas nas cidades afegãs de Kunduz e Kandahar, respetivamente, matando e ferindo centenas de fiéis inocentes que compareciam às orações de sexta-feira. Os ataques terroristas aconteceram quase dois meses depois que os Talibã assumiram o controle do Afeganistão depois de avanços rápidos no terreno, que muitos atribuem a uma retirada apressada das forças estrangeiras lideradas pelos EUA. O ministro das Relações Exteriores iraniano, por sua vez, pediu à União Europeia que adote “uma abordagem mais responsável” na proteção dos direitos dos afegãos deslocados pela violência. Nos seus comentários, Amir Abdollahian [Secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores austríaco] referiu-se às antigas relações do Irão com a Áustria e expressou a esperança de um crescimento nos laços económicos e comerciais entre os dois países, tendo também denunciado os últimos atos terroristas no Afeganistão, dizendo que o Irão e a Áustria têm preocupações comuns em relação ao ISIL. [FARS News Agency, 17out2021]
A ativista e cineasta afegã Sahraa Karimi partilhou no Twitter, na passada terça-feira [19out2021], a trágica notícia do assassinato pelos Talibã da jogadora da seleção de juniores de voleibol do Afeganistão, Mahjabin Hakimi. Apesar desta jovem ter sido decapitada pelos extremistas no início de outubro, os pais da atleta não noticiaram a sua morte devido a ameaças por parte dos novos senhores de Cabul.
Não tarda muito estão no Conselho de Segurança da ONU
Por onde eu ando...
Nova Crítca - vinho & gastronomia
PINN (Portuguese Independent News Network)
Meus amigos...
A Baixa do Porto (Tiago Azevedo Fernandes)
Antes Que Me Passe a Vontade (Nanda Costa)
Caderno de Exercícios (Celina Rodrigues)
Cerâmica é talento (Pataxó Lima)
Clozinha/and/so/on (Maria Morais)
Do Corvo para o Mundo!!! (Fernando Pimentel)
Douro de ouro, meu... (Jorge Carvalho)
Douro e Trás-os-Montes (António Barroso)
Escrita Fotográfica (António Campos Leal)
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Matéria em Espaço de Escrita com Sentido (Mário de Sousa)
Meditação na Pastelaria (Ana Cristina Leonardo)
Memórias... (Boaventura Eira-Velha)
Mente Despenteada (Carla Teixeira)
Nortadas (Francisco Sousa Fialho, João Anacoreta Correia e outros)
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