Um novo contrato de centenas de milhares de munições à Rheinmettall, num valor superior a 1,2 mil milhões de euros.
Jose Pinto Pais - David Ribeiro já agora ? e dos contratos de compra de Drones ao Irão, não há nada para a Paz ? E da visita do ministro da defesa da Russia as fabricas de armamento também não há nada para a paz ? Ainda bem que a Ucrania continua a ter apoio.
David Ribeiro - Caríssimo Jose Pinto Pais... da Rússia já todos sabemos o que aquela malta gasta e quem são os seus "amigos", agora o que é preciso saber é porque nós os europeus estamos a apertar o cinto para apoiar os senhores de Kiev que não merecem confiança nenhuma. A "guerra" por aqueles lados é do interesse dos EUA que nos têm vindo a arrastar para um conflito que nunca mais acaba e que pode ter consequências desastrosas para os europeus.
Jose Pinto Pais - David Ribeiro meu caro, não diga isso, está a chamar burros a todos os Europeus
David Ribeiro - Jose Pinto Pais o que eu não quero é que os europeus sejam novamente burros, como aconteceu com o Iraque. Lembra-se da famosa reunião entre Bush, Blair, Aznar e Durão nos Açores? Eu, e muitos outros europeus, não esquecemos.
Jose Pinto Pais - David Ribeiro e Na reconstrução da Alemanha, do Plano Marshal, da entrada na IIWW para salvar a Europa, tudo sempre do interesse dos USA, não foi ? Ingleses, Alemães, Franceses, italianos .... agora , actualmente é tudo fantoches a soldo dos USA ? Ou estão todos do lado da liberdade ?
David Ribeiro - Mas onde está a liberdade na Ucrânia, meu amigo Jose Pinto Pais ?... De março a abril (leia-se Rússia - Ucrânia) venha o diabo e escolha. No "reino" de Volodymyr Zelensky não há liberdade de imprensa, os partidos políticos foram expulsos do parlamento, a corrupção está em todo o lado, até no governo. Um amigo (não digo o nome nem dele nem da empresa porque ele me pediu para não o fazer) enviou da empresa onde tem um alto cargo, quantidades enormes de produtos alimentares para os militares ucranianos, mas o que se veio a constatar foi que depois de serem entregues em Leviv tudo foi vendido aos rebeldes pró-russos do Donbass.
Jose Pinto Pais - David Ribeiro meu caro, vamos lá a ver se eu percebi bem o que escreveu, pelos meses do ano, são iguais, mas do lado de cá são corruptos, não teem liberdade de imprensa .... essas coisas, poderia ter dito ao contrário do Lado da Russia, são um bando de ladrões que saqueram o país, não existem liberdades, os opositores são presos, para fazerem trabalhos sujos, contrataram e financiaram mercenários enquanto lhes deu jeito e estes santinhos, que invadiram a Crimeia a Geogia e outros, com o silêncio do ocidente, incluindo os USA, agora teem o direito de invadir os corruptos fascistas antidemocraticos ucranianos, matarem civis, destruirem infraestruras, mentirem descaradamente nos orgaos sociais (atencao órgãos sociais nao controlados pelo ocidente) e a Europa verga-se aos interesses capitalistas dos USA (que até se governam a vender produtos alimentares revendidos para o Donbass) . Presume-se que a Europa devia olhar para o lado e cuspir para cima perante esta acção humanitária e libertadora por parte da Russia
David Ribeiro - É exatamente como diz, Jose Pinto Pais , são ambos farinha do mesmo saco. O que a Europa devia há muito deixar de fazer era deixar de ser "patrocinadora" deste conflito. A Rússia não quer invadir a Europa, mas como há no Kremlin gente tola, há que saber negociar, que é a única forma de se chegar à PAZ.
Jose Pinto Pais - David Ribeiro resumindo e concluindo, na sua opinião Europa nao devia apoiar a Ucrania e devia deixar a Russia prosseguir os seus intentos de anexar a Ucrania. Percebi
David Ribeiro - Não foi isso que eu disse, Jose Pinto Pais e se isso percebeu foi porque eu não me soube fazer entender. O que nós europeus devíamos promover era negociações, coisa que ninguém quer, preferindo subsidiar um dos lados da barricada.
Jose Pinto Pais - David Ribeiro presumo que essa seja a vontade da esmagadora maioria dos europeus a paz. Para isso retirada da Russia dos territorios ocupados e pagar a reconstrução da Ucrânia
David Ribeiro - Isso é uma hipótese, Jose Pinto Pais , mas não é aos "tiros, bombas e murros nas trombas" que se conseguirá. Só em conversações de paz algo será possível atingir. E quem fala de conversações de paz?... não tenho ouvido/lido nada.
Jose Pinto Pais - David Ribeiro tenha calma que a paz vai chegar, quando o regime de Moscovo cair de podre, e já esteve perto disso. Os grandes gatunos russos que sacaram para si toda a riqueza da Russia, não devem estar muito contentes em ver as suas fortunas a voar e nao vão ser esses que vao financiar o Putin, antes pelo contrário
David Ribeiro - Pois eu tenho receio, Jose Pinto Pais , que após uma hipotética queda de Putin, entre no Kremlin a linha mais dura do tempo soviético.
Jose Pinto Pais - David Ribeiro pior do que esta, não acredito
Al Jazeera - Notícias desta manhã, quarta-feira 19jul2023
A Rússia lançou um ataque aéreo maciço à cidade portuária ucraniana de Odessa, um dos principais portos de exportação de cereais da Ucrânia, pela segunda noite consecutiva. Ataques também foram relatados na capital, Kiev, informou a administração militar da cidade no canal Telegram. Mais de 2.000 pessoas da área perto da base militar de Kirovske, na Crimeia, serão evacuadas temporariamente após um incêndio na base, disse o governador da Crimeia instalado pela Rússia, sem fornecer qualquer motivo para o incêndio. O chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA diz que, embora a contra-ofensiva da Ucrânia contra a Rússia esteja longe de ser um fracasso, "ainda falta muito combate". As Nações Unidas disseram que havia “uma série de ideias sendo lançadas” para ajudar a levar cereais e fertilizantes ucranianos e russos aos mercados globais depois que Moscovo desistiu do acordo de exportação de cereais.
Carlos Almeida - A grande maioria dos cereais exportados pelo Mar Negro até agora foram levados para a Europa, e não para países pobres e com fome! Esses continuaram pobres e com fome!
David Ribeiro - [in CNN Portugal às 13h46 de 19jul2023] - Bulgária, Hungria, Polónia, Roménia e Eslováquia sobre cereais ucranianos: “Solidariedade é importante, mas é preciso proteger os mercados nacionais”. Cinco dos países que compõem a Europa Central querem que a proibição de venda de cereais ucranianos no seu mercado doméstico, permitida por Bruxelas, seja alargada pelo menos até ao fim do ano. Bulgária, Hungria, Polónia, Roménia e Eslováquia defendem que é preciso proteger os mercados nacionais. Esta medida deverá terminar a 15 de setembro deste ano. “Solidariedade com a Ucrânia é importante, mas também queremos proteger os mercados nacionais”, reiterou o ministro da agricultura da Eslováquia.
José Pinto Pais - Não vejo que daí venha mal ao mundo, aliás a ideia de fundo não passa por esses países.
Os planos de contraofensiva da Ucrânia foram retardados pela falta de poder de fogo adequado, de caças modernos e munições para armas de artilharia, disse o comandante-em-chefe militar da Ucrânia, Valery Zaluzhny. Reclamando da lentidão nas entregas de armas prometidas pelo Ocidente, Zaluzhny disse em entrevista ao Washington Post publicada ontem [sexta-feira 30jun2023] que os apoiantes ocidentais de Kiev não lançariam eles próprios uma ofensiva sem superioridade aérea, mas a Ucrânia ainda aguarda os caças F-16 prometidos pelos seus aliados.
A Hungria não deixa de ter razão ao rejeitar os planos da Comissão Europeia para conceder mais dinheiro à Ucrânia. “Uma coisa é certa: nós, húngaros, não vamos dar mais dinheiro à Ucrânia enquanto não disserem para onde foram os cerca de 70 mil milhões de euros de fundos anteriores”, declarou Viktor Orbán.
Maria Vilar de Almeida - A Ucrânia é dos países mais corruptos, todos sabem!
Carlos Almeida - Tem toda a razão!
Isabel Gentil Quina - A Hungria é um país lindo, onde a vida era acessível, agora insuportável para eles
Jorge Veiga - politicamente e neste caso, está certo.
Quem vai ao mar prepara-se em terra... e ambos os lados da barricada parece estarem à espera de qualquer coisa grave na Central Nuclear de Zaporizhzhia. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou que a Ucrânia estava a preparar-se para cometer um ataque "terrorista" na maior central nuclear da Europa. Do outro lado da barricada a Agência de Inteligência Militar da Ucrânia diz que a Rússia está a reduzir o número de funcionários na Central Nuclear de Zaporizhzhia, com três funcionários da empresa nuclear estatal russa Rosatom, que estavam “encarregados das atividades dos russos”, a serem os primeiros a deixar as instalações.
Contextualizando... Plano de ação da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), para tentar resguardar a segurança da Central Nuclear de Zaporizhzhia, aprovado pelo Conselho Diretor em 5jun2023.
1. Não pode haver nenhum ataque contra Zaporizhzhia, em particular aos reatores, a combustíveis utilizados, à infraestrutura crítica do local ou aos funcionários da instalação.
2. A central não deve ser usada como local de armazenamento ou base para armas pesadas incluindo lançadores de foguetes, sistemas de artilharia e munições e tanques, ou militares que possam ser usados para ataques a partir da central.
3. A energia fora da central não pode ser colocada sob risco. Todos os esforços devem ser feitos para garantir que a energia segue segura e à disposição em todo o tempo.
4. Todas as estruturas, sistemas e componentes essenciais para o funcionamento seguro da Central de Zaporizhzhia devem ser protegidos de ataques e atos de sabotagem.
5. Nenhuma ação deve ser tomada para minar estes princípios.
O líder da República da Chechénia (*), Ramzan Kadyrov (**), anunciou nesta quinta-feira [1jun2023] que as unidades das forças especiais "Akhmat" iniciaram uma ofensiva nas regiões de Donetsk, Zaporijia e Kherson, no leste e sul da Ucrânia. "Sem esperar pela ofensiva da Ucrânia e da NATO, a ofensiva das unidades Akhmat começou. Ficamos entediados por esperar. Os satanistas receberão a sua merecida punição", declarou Kadirov na rede social Telegram. O líder checheno indicou que recebeu a ordem para colocar as suas tropas na autoproclamada República Popular de Donetsk, cujo território passa a ser a sua área de responsabilidade. "De acordo com a ordem, os combatentes das unidades chechenas devem começar a agir e libertar várias cidades", acrescentou.
(*) Localizada a norte das montanhas do Cáucaso a Chechénia é uma região europeia de maioria muçulmana e é uma das vinte e duas repúblicas da Federação da Rússia. A ligação com a Rússia tem origem na anexação da Chechénia pelo império russo em 1859 e, mais tarde a integração na República Autónoma Socialista Soviética da Checheno-Inguchétia (1936-1991) aquando da revolução soviética. O conflito pela independência da Chechénia foi um dos mais sangrentos na Europa depois da 2.ª Guerra Mundial. Após a conclusão da 1.ª guerra da Chechénia o status quo, no qual o governo checheno ganhara autonomia, não satisfazia o sentimento vivenciado na região. Este último aspeto levou a uma serie de ataques a apartamentos russos na república do Daguestão e o retomar de Jihad chechena. Depois de combates em grande escala, com mais de 25 mil civis mortos, o conflito termina com vitória russa e o retomar do controlo da região pela Rússia.
(**) Ramzan Akhmadovich Kadyrov (Tsentoroi, Chechénia, 5 de outubro de 1976) é um político checheno que atualmente atua como chefe da República da Chechénia. Ramzan é filho de Akhmad Kadyrov, o antigo Mufti da República Chechena da Ichkeria. A família Kadyrov lutou contra a Rússia durante a Primeira Guerra da Chechénia. Entretanto, Akhmad desertou para o lado russo durante a Segunda Guerra na Chechénia e foi declarado Presidente da Chechénia pelos russos. Em 2004 Akhmad foi assassinado e Ramzan o sucedeu como Presidente.
Xavier Cortez - Está na altura de nova jihad na região. Até porque estes gajos, como comprava o seu comportamento anterior, são assassinos profissionais que não querem saber da convenção de Geneva.
A AFP avança que a Rússia anunciou esta quarta-feira ter destruído o último grande navio de guerra das forças navais ucranianas, que estava no porto de Odessa. "No dia 29 de maio, um ataque de alta precisão da Força Aérea russa a um navio ancorado no porto de Odessa destruiu o último navio de guerra da Marinha ucraniana, o Yuri Olefirenko", referiu fonte militar de Moscovo, no seu briefing diário. A Ucrânia recusou-se a comentar a notícia de que a Rússia destruiu "o último navio de guerra da marinha ucraniana". Oleh Chalyk, porta-voz da marinha ucraniana, disse que não responderia a nenhuma afirmação feita pela Rússia. A marinha ucraniana não divulgará nenhuma informação sobre perdas durante a guerra, acrescentou, citada pela Reuters.
Cimeira da Comunidade Política Europeia
Zelensky disse ontem [quinta-feira 1jun2023], na reunião da Comunidade Política Europeia na Moldávia, que todos os países que fazem fronteira com a Rússia devem ser membros plenos de ambas as organizações [NATO e União Europeia], já que Moscovo “tenta engolir apenas aqueles que estão fora do espaço de segurança comum”. Por isso pediu mais apoio europeu no terreno, que disse estar salvando vidas e “literalmente acelerando a paz”. Mas, ao que parece, os líderes da aliança militar ainda estão divididos sobre a entrada da Ucrânia na NATO, havendo no entanto a promessa de o assunto vir a ser discutido em julho na cimeira de Vilnius. Mas o chefe do governo alemão, Olaf Scholz, descartou, sem dizer explicitamente, que na próxima cimeira da NATO em Vilnius vá estar em cima da mesa oferecer garantias de segurança à Ucrânia.
Isabel Sousa Braga - Não deixou o nib da conta?
Armas, armas e mais armas
Enquanto o parlamento suíço recusou a transferência indireta de armas e munições suíças para a Ucrânia, o Reino Unido mostrou-se preocupado com a falta de armamento para enviar à Ucrânia. O ministro da Defesa britânico alertou que a comunidade internacional "está a ficar sem armas”.
Albertino Amaral - Aquela guerra vai terminar por falta de armamento... Outrora, as espadas e os escudos, não esgotavam...
Vladimir Putin garantiu que a Rússia está a produzir tantos mísseis antiaéreos como todos os países do mundo juntos, em resposta à alegada escassez de munições no Exército russo.
O New York Times divulgou esta terça-feira [24fev2023] que o Pentágono está empenhado numa corrida para aumentar a sua produção de ‘rockets’ de artilharia em 500% nos próximos dois anos, promovendo níveis de fabrico de munições para registos semelhantes aos da Guerra da Coreia (1950- 1953).
“É evidente que estamos a assistir a uma tendência de rearmamento a nível mundial, estamos a assistir não à redução, mas ao aumento das despesas militares. E esse é mais um fator que está a limitar a capacidade de apoiar financeiramente os países em desenvolvimento, e espero que esta moda possa terminar em breve”, afirmou António Guterres após reunir-se no Mindelo, ilha de São Vicente, com o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, no sábado 21jan2023.
De um lado Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, do outro a China e a Rússia, pelo meio a Coreia do Norte e Taiwan. Com cada um a querer estar um passo à frente dos outros, todos são apanhados num círculo vicioso que está a girar fora de controlo. É uma corrida ao armamento maior do que tudo o que a Ásia alguma vez viu – três grandes potências nucleares e uma em rápido desenvolvimento, as três maiores economias do mundo e alianças de décadas, todas a lutar por uma vantagem em algumas das áreas terrestres e marítimas mais disputadas do mundo.
Quando estive a trabalhar em Luanda (1985-86) era este o modelo utilizado pelas forças policias angolanas.
Acho bem... e já agora os alunos também, começando já na pré-primária ou mesmo no berçário
Segundo as melhores teorias da conspiração o naufrágio do Bolama em 4 de Dezembro de 1991 teria sido obra da Mossad, serviços secretos israelitas, para impedir que a carga de urânio e armas vinda de uma ex-república soviética, que o navio transportava de forma dissimulada, chegasse à Líbia. A verdade é que um quarto de século depois o arrastão continua afundado a 130 metros de profundidade, entre o cabo Raso e o cabo Espichel, mas o caso ganhou agora novos contornos na justiça portuguesa, como nos relata o jornal Público de hoje, num trabalho de Ana Henriques.
Bolama: Ministério Público descartou hipótese de sabotagem - Estado português teve de pagar a família que fez queixa no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. (...) Quando foi comprado por uma sociedade luso-guineense de que fazia parte o empresário Salvador Caetano, no início dos anos 90, o arrastão já levava 22 anos de vida no mar e sofrera alterações de vulto em estaleiros navais, incluindo no do Seixal. Foi precisamente para testar algumas delas que naquela manhã saiu da barra de Lisboa, em direcção a um local próximo, onde esperava encontrar pesca. Com a tripulação seguiam alguns convidados: o genro de Salvador Caetano convidara na véspera António Alegria para uma almoçarada a bordo. Aos convivas tinha-se juntado ainda um dinamarquês das suas relações.
Apesar de as condições meteorológicas e do mar serem boas a saída não foi pacífica, como relata o jornalista Jorge Almeida num dos dois livros que dedicou ao assunto, intitulado O Mistério do Bolama – Acidente ou Sabotagem?: a Polícia Marítima intercepta o navio por não ter sido entregue na capitania nem o rol dos tripulantes nem outra documentação da praxe. O arrastão acaba por seguir viagem “em situação irregular”.
“A última comunicação do Bolama terá sido efectuada cerca das 13h30. Depois só existe silêncio. Um estranho e absoluto silêncio”, descreve Jorge Almeida. Nunca foi recebido nenhum pedido de socorro e nenhum dos meios de salvamento existentes a bordo – “duas balsas salva-vidas, um bote de borracha e várias bóias” – foi encontrado, descreve o jornalista. Todos os passageiros desapareceram, mas apenas foram encontrados os corpos de oito deles – e sem os coletes insufláveis vestidos.
Após dez dias de buscas infrutíferas em águas portuguesas, um avião da Força Aérea e uma fragata da Marinha rumam a Cabo Verde. A filha de Salvador Caetano havia de contar mais tarde que fora uma vidente russa que consultou quem lhe assegurou que era aí que se encontrava o Bolama, tendo transmitido essa informação às autoridades. Foi por esta altura que começaram a surgir as notícias que davam conta da carga secreta.
Oficialmente, o porão iria cheio de electrodomésticos dos pescadores, que teriam Bissau como destino. Mas ainda hoje há quem continue a acreditar que aquilo que lá havia eram armas e urânio, como Joaquim Piló. Dirigente de um sindicato de pescadores, foi dos que mais se bateram para que as famílias das vítimas fossem indemnizadas. Ainda se recorda dos telefonemas anónimos que recebeu na altura por causa disso: “Diziam: ‘Põe-te à tabela’”.
Só dois meses após ter desaparecido o navio foi encontrado, pousado direitinho no fundo do mar. Contraditórias entre si, as peritagens efectuadas nunca permitiram apurar o que se passou ao certo. Apesar de tudo, provou-se que o Bolama tinha perdido estabilidade para navegar depois de todas as modificações em estaleiro a que havia sido sujeito. Avançou-se ainda que teria havido uma avaria nas válvulas do fundo do arrastão, que não estariam bem fechadas. Trata-se de um mecanismo que, quando se abre, permite a entrada instantânea da água.
Nas circunstâncias em que se afundou, sem tempo para um aviso de socorro, sem ninguém ter visto um abalroamento, e tendo caído a direito no fundo do mar, só pode ter sido uma coisa repentina, como um problema nas válvulas de fundo", aventou o almirante que participou nas tarefas de localização e identificação do arrastão, 15 anos mais tarde.
Depois havia a intrigante questão do buraco oval e picotado no casco do barco, captado por câmaras subaquáticas. “É até hoje uma das principais bandeiras daqueles que defendem que por detrás do naufrágio existiu uma acção criminosa. Mas a minha investigação concluiu que a abertura já existia pelo menos nove meses antes do naufrágio”, escreve Jorge Almeida no seu livro.
O facto de nunca ter havido esforços, por parte do Governo, para resgatar o Bolama – o que poderá ser explicado pelo menos em parte com os custos que isso implicaria, muito embora os dinamarqueses se tenham oferecido para ajudar a custear a operação – contribuiu para adensar um mistério que criou uma incomodidade diplomática: iniciadas quando Durão Barroso tinha a pasta dos Negócios Estrangeiros e repetidas quando António Vitorino assumiu a pasta da Defesa, as tentativas do Estado dinamarquês para serem efectuadas mais diligências no sentido de apurar o sucedido foram infrutíferas. António Guterres chegou a prometer, na campanha eleitoral para primeiro-ministro, o apuramento das circunstâncias em que se deu o naufrágio. Na realidade, ninguém o conseguiu fazer cabalmente até hoje.
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