"Devido à velocidade da luz ser superior à do som, algumas pessoas parecem inteligentes até as ouvirmos."

Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Encerramento da Feira do Cerco

Acompanhei com muito interesse este debate na sessão de ontem à noite da Assembleia Municipal do Porto e estou de acordo com o encerramento da Feira do Cerco a partir de 1 de janeiro de 2022, pois, como disse o vereador Ricardo Valente, em "200 feirantes, só 25 estavam legais" e que os restantes "175 não pagavam taxa, nem estavam registados", além da feira ser, segundo a ASAE, “um dos maiores centros de contrafação do Norte do país". Mas há que se ser célere na escolha de um novo local – feiródromo - onde os feirantes sérios e cumpridores possam exercer a sua atividade e os clientes tenham segurança e as mínimas comodidades.

 

  (Notícia do JN aqui)
Captura de ecrã 2021-12-07 191715.jpg

 

 Raúl Almeida, deputado do grupo municipal 'Rui Moreira: Aqui Há Porto' afirmou na sua intervenção: “Aquela feira é um corredor de contrafação e só por contrafação intelectual se pode defender a continuidade de algo que é a negação do Estado de direito”. .../... O cenário naquele mercado “não é digno” e “o ‘feiródromo’ não é um castigo. Pôr ordem é estigmatizar? Só por má-fé estamos aqui a dizer que não há soluções”. Raúl Almeida não tem dúvida de que “quem não quer respeitar as leis não pode ter lugar na cidade do Porto”. “O Cerco, Campanhã, merecem respeito e que o que surja não tenha nada a ver com o que agora existe”, defendeu, com a certeza de que “o Porto faz-se com todos, no respeito da dignidade de todos, sem anátemas, sem ideias de ‘guetização’.”
Captura de ecrã 2021-12-06 225349.jpg



Publicado por Tovi às 09:19
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Quinta-feira, 9 de Março de 2017
ASAE fechou a Conserveira Belamar

belamar aa.jpg
A Belamar, uma das empresas do portefólio de Valentim Loureiro, funcionava em Vila do Conde de forma ilegal e sem “condições de higiene”. Ao que apurei há já dois anos que não fabricava, tendo a maior parte dos seus funcionários sido na altura absorvido por outras empresas do ramo. Ao que parece agora só embalava conservas, mas mesmo para isso é preciso ter um mínimo de qualidade e a fazer fé nas notícias da comunicação social a ASAE não considerou que isso acontecesse e apreendeu nesta operação 300 mil embalagens de conservas de peixe e 450 mil embalagens vazias, 16 bidões de molho de tomate, 9.900 caixas de cartão, 24.730 rótulos diversos e 700 quilos de sal, tudo avaliado em mais de 200 mil euros.



Publicado por Tovi às 07:44
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Quinta-feira, 17 de Novembro de 2016
Barracão de venda de fruta na Trindade

Estação de Metro da Trindade Nov2016 aa.jpg

Há já algum tempo que foi instalado um barracão de venda de fruta na envolvência da Estação de Metro da Trindade e eu, que até nem tenho pretensões de ser arquitecto paisagista, considero aquilo uma aberração, tendo em conta que esta principal estação da rede do Metro do Porto está localizada no centro da cidade, junto à Câmara Municipal. E ainda por cima os “empreendedores” deste posto de venda de fruta usam o passeio da rua de Camões contiguo ao barracão para “cargas e descargas” e “estacionamento prolongado”, dificultando enormemente a circulação de pessoas, como se pode ver nesta foto. Ainda há dois ou três dias vi uma senhora preocupadíssima a tentar ajudar um invisual que se dirigia para a estação por aquele passeio e que não encontrava local para passar.
Haja quem ponha fim a isto… não acham?

 

  Comentários no Facebook

«Antonio Jose Fonseca» >> Tem toda a razão.

«Judite Sousa» >> Sempre atento

«Jose Riobom» >> Impossível....i sso deve render uns milhares a alguem em licenças e rendas.... e essa gente é habitualmente pior que o Diabo (sim esse o do Trampa Tuga) por almas no que diz respeito a €'s.....

«Carlos Wehdorn» >> O que me parece mal é de facto o barraco. A venda de fruta podia ser feita em todas as estações do metro... utilizando pequenos veículos móveis... o street food da fruta... dos gelados... do vinho a copo... é o que se faz lá fora por todo o lado

«Jovita Fonseca» >> E com obrigação de limpeza no espaço envolvente! Nada de deixar lixo...como no final das feiras!

«Isabel Branco Martins» >> Acho sim David, concordo consigo    

«David Ribeiro» >> Outra coisa: O gerador a funcionar no passeio continuamente durante as “horas de expediente” também não me parece nada bem.

«José Camilo» >> É estranha a ASAE.

«Gonçalo Lavadinho» >> Por mim só se faziam carga e descargas, no centro da cidade com veículos motorizados, antes das 7 da manhã. Mas eu sou maluco.

«Nuno Santos» >> Caro David Ribeiro Estou solidário contigo. Mas deves endereçar a tua queixa à Metro. Esse espaço, por incrível que te pareça, é da única responsabilidade da Matro e a Câmara, mesmo que queira e quer, nada pode fazer. Coisas que vêm do passado. Aberrações, concordo

«Albertino Amaral» >> Bom, tem toda a razão, David Ribeiro, sem dúvida, assim como a recomendação de Nuno Santos, está correcta. Contudo, será que ninguém da CMP se apercebeu de tal transgressão, ali mesmo ao lado ? Se aberrações existem e são reconhecidas pela própria Câmara, então que se ponha cobro imediato a tal.....

«Nuno Santos» >> Não pode Albertino. Podemos, e já fizemos, chegar o nosso desagrado à Metro. Não podemos por cobro. Não é espaço público nem municipal. É da empresa e gerido pela empresa

«David Ribeiro» >> Mas o estacionamento em cima do passeio da rua de Camões é competência da Polícia Municipal, não é verdade Nuno Santos?

«Gonçalo Lavadinho» >> Eu vi o Rui Rio apagar grafites em propriedades privadas sem consentimentos dos moradores.

«Alexandra Magalhães» >> Concordo com um comentário que foi feito anteriormente. Se até 2015 era proibido os pequenos veículos móveis em determinadas zonas do Porto, agora já não é, já existem autorizações e legislação para tal... esta venda de fruta poderia perfeitamente passar para dentro das instalações do Metro... (evitava também estar ali ao sol, mas isso já são outras questões que me parece que ASAE não anda atenta). Esse espaço da venda de fruta pode estar dentro do espaço do metro, mas a carrinha está em cima de um passeio público que pertence à CMP... Haverá mesmo autorização para permanecer ali estacionado tantas horas ao fim da tarde?!

«Dario Silva» >> Não é obrigação legal a solidariedade entre organismos públicos? [o Metro é-o, não?]. A bem dos cidadãos, claro.

«Jovita Fonseca» >> Há que pôr ordem! Cada coisa no local certo...

 

  21Nov2016 - Resposta da Metro do Porto à minha reclamação

Bom dia David,
A situação foi reencaminhada para o departamento responsável para que tratassem de sensibilizar os vendedores.
Cumprimentos.



Publicado por Tovi às 09:41
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Sábado, 19 de Dezembro de 2009
Produtos "particulares", "caseiros" ou "feitos à moda antiga"

«Reboredo» in ViriatoWeb ► (...) Existem quintas em que se podem comprar directamente os legumes, as frutas, o queijo, a manteiga, as compotas, o leite, os iogurtes, os tuberculos, a carne, os enchidos e as aves. (...)

...e também se pode, quase certo, apanhar um grande caganeira. Meus caros amigos, eu ando todos os dias por este País fora (principalmente no Norte) e tudo o que tem a ver com “particular”, “caseiro” ou “feito à moda antiga”, só me faz lembrar que há já muitos anos que a ASAE deveria estar no terreno.

«Viriato» in Viriatoweb ► tens razão a 1000%!

«Scalabis» in ViriatoWeb ► (...) basta-me fazer meia duzia (6) de kms (reais) e consigo arranjar tudo com uma qualidade que muito provavelmente a maioria das pessoas que vive sempre numa grande cidade nunca comeu ou chegará a comer, no entanto a ASAE é capaz de chegar ao local e confiscar tudo em 5 minutos. A razão é simples em relação aos produtos horticulas, ou porque estão colocados numa caixa de madeira e deveriam estar num tabuleiro de aluminio todo bonito e bem regados com agua, apenas para abrir o olho a quem não sabe ver se uma alface é do dia ou se já tem 15 dias de armazém, é confiscado, mas o problema é que nas grandes cidades o que não se vende acaba nas bancas no dia a seguir, aqui dá-se ás galinhas e aos coelhos porque as folhas ficam murchas e velhas. O queijo fresco é todos os dias do dia, o que se faz vende-se todo porque se faz a contar com isso, embalado dá normalmente para 3/4 dias, no entanto a ASAE confisca os queijos se forem feitos artesanalmente por causa da higiene, nem que as fábricas destes compostos sejam mais limpos que a Ti Rita que os faz. O pão caseiro feito á moda antiga com a devida reza que á maioria das pessoas nunca passa no estreito é feito em forno de lenha, a ASAE encerra, o fumo intoxica o pão... mas comer pão de plástico com carradas de sal e fermento para dar mais qu€ntid€de é muito bom. Como muito mais coisas que a ASAE manda para o lixo e quem dera que vocês as comessem também, mas claro a minha realidade de provincia será sempre diferente da vossa, "nós ainda não vivemos no mesmo mundo" há diferenças e quem manda tem generalizado e na minha opinião não pode ser. Eu ainda como uma galinha de cabidela feita á minha frente, e vocês? "(...) eu ando todos os dias por este País fora (principalmente no Norte) e tudo o que tem a ver com “particular”, “caseiro” ou “feito à moda antiga”, só me faz lembrar que há já muitos anos que a ASAE deveria estar no terreno (...) - Não sei se a tua zona de trabalho é só o norte, mas a trabalhares principalmente no norte nunca poderás falar dessa forma tão abrangente, é claro que a ASAE faz falta, contentores e contentores de peixe ou carne com anos de frio e muitas vezes podre é um crime, aí sim a ASAE faz falta, agora tirarem-me o que de bom posso comer só por causa de uma lei idiota? No outro dia matou-se o porco para uma festa de aldeia, a ASAE disse que não se podia fazer e que obedecia a que tivesse presente um veterinário, o porco virou feveras e toucinho para assar e os gajos da ASAE se não saissem de lá tão depressa eram postos a assar também. Isto é o povo com os seus usos e costumes, eu também vou ao Belmiro e fico muito contente com os filmes que eles fabricam, mas nunca será a mesma coisa comprar num hipermercado ou na loja de provincia.

O que eu disse não tem nada a ver com "tirar-te o que de bom podes comer"... e também não há assim tantas "leis idiotas". O que eu digo, e sei muito bem o que digo, é que à custa da "moda" de que o que é "caseiro" é que é bom, há muita gente a vender "gato por lebre", já para não falar na eventualidade (muito mais real do que podem pensar) de esses tais "particulares" ganharem dinheiro sem pagarem impostos como todos nós temos que pagar.

«Scalabis» in ViriatoWeb ► O que eu li e percebi é que se a ASAE metesse a mão em tudo o que é "particular" "caseiro" ou "feito á moda antiga" todos estavamos muito melhor porque estes produtos são de um maneira geral maus para serem vendidos, e que a ASAE tardou em chegar, logo a mim particularmente estariam a tirar-me o que de bom eu posso comer. Se não foi isso que quiseste dizer as minhas desculpas, mas foi de facto o que percebi. E Tovi não estou nada preocupado se pagam impostos ou não, a maior parte das pessoas que fazem estes produtos não o fazem para enriquecer, fazem-no para sobreviver.

Eu também não trabalho para enriquecer... e tenho que pagar impostos.


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Quinta-feira, 20 de Dezembro de 2007
ASAE vs Tradicional

Aurora Neto Martins (Engª. Agrónoma da DRAALG) e Maria Priscila Soares (Presidente da Associação In Loco) no prólogo do livro Aguardentes de Frutos e Licores do Algarve - História, técnicas de produção e logística (Edições Colibri, Lisboa, Junho de 2007) dizem:

... os autores constatam que as exigências legais que têm vindo a recair sobre as bebidas alcoólicas têm contribuido para o progressivo abandono da actividade, por parte de alguns produtores ligados à produção puramente tradicional e artesanal de aguardentes de frutos. Note-se, no entanto, que a actividade ligada à produção artesanal, mas que aderiu à introdução de melhorias tecnológicas, tem tido algum sucesso nos últimos anos, tanto na produção de aguardentes de frutos, como na produção de licores, onde se tem enquadrado o "modo de fazer" tradicional, com os novos requisitos exigíveis. Nas entrelinhas do que é dito, lê-se a importância de um encontro essencial para a manutenção e valorização dos produtos locais, de tecnologia artesanal, e, naturalmente, das aguardentes e licores do Algarve: o encontro entre produtores empenhados em melhorar a qualidade dos seus produtos e técnicos dispostos a pôr o seu saber científico e capacidade institucional ao serviço do apuramento das tecnologias tradicionais. (Os sublinhados são meus).



Publicado por Tovi às 18:48
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Sábado, 3 de Novembro de 2007
ASAE (IV)

Ainda sobre a actuação da ASAE…

Não é verdade que a fiscalização da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica actue “a matar”. Ainda não há muito tempo um cliente meu de Trás-os-Montes telefonou-me a meio da tarde, implorando-me que lhe levasse com urgência um certo equipamento a Vila Real. Como não me apetecia sair do Porto às quatro da tarde para fazer o IP4, lá lhe perguntei se não poderia ficar para o dia seguinte. Que não, que tinha que ser nesse dia, pois os fiscais da ASAE estavam lá e encerravam as instalações se não vissem o tal equipamento que até já devia estar instalado. É evidente que lá fui até Vila Real e a verdade é que os tais fiscais, depois de verem o equipamento, mesmo sem estar montado, assinaram os papéis de garantia de conformidade e foram embora. Achei muito estranha uma atitude tão “severa” por parte da ASAE ao exigir a colocação naquele próprio dia de uma simples cortina de lamelas para separar duas zonas, uma de fabrico, outra de armazenagem, e por isso comentei com o meu cliente: “Bolas!... Os gajos são uns chatos do caraças…”. E o meu cliente confidenciou-me: “Pois!... Mas eles já estiveram cá há mais de quatro meses… Nós é que não ligamos nenhuma.”


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Publicado por Tovi às 13:04
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Quinta-feira, 1 de Novembro de 2007
ASAE (III)

Continuando a falar sobre a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica no fórum da "NovaCrítica-vinho":

«Spice Girl»Certamente que é necessário fazer alguma coisa e haver exigências de higiene, segurança...
Eu não entendo muito deste assunto mas há umas quantas questões que eu gostava de entender. Certamente aqui haverá quem me possa esclarecer.

1) As leis são iguais cá e no resto da comunidade?
Por exemplo cá não há mercados de rua, na generalidade dos países a que tenho ido há. às vezes comento isso e dizem-me que cá não é permitido. Nesses mercados nem tudo está embalado...
Isto são imagens recentes do Borough Market em Londres:
 
  

Isto seria permitido cá?

2) A exigência de determinadas características em unidades de produção, por exemplo de queijo, impedirão a produção de queijo com um padrão de qualidade idêntico ao "tradicional" com personalidade própria... Pois os microorganismos que "viviam" nesses locais foram eliminados.
É necessário? É aceitável levar as coisas a este extremo?

3) Há tempo numa foto de uma cozinha de um restaurante nos USA o Luís Camisão referia que via n coisas que fariam com que a ASAE fechasse o restaurante (um restaurante de topo).
São necessárias leis tão rigorosas?
São rigorosas demais?

4) É necessário que tudo seja tão asséptico? O que não mata engorda... e ajuda a ganhar resistências. Estamos cá e as coisas nunca foram tão assépticas. Claro que é necessário prevenir determinadas coisas, mas não estaremos a exagerar?

Sinceramente não tenho respostas. Mas gostava de saber opiniões de quem tem uma opinião mais fundamentada sobre este assunto.
 

Eu também não tenho respostas para as suas perguntas, caríssima «Spice Girl», mas gostaria de ver a sua cara se assistisse ao fabrico, por exemplo, das chamadas “alheiras de caça caseiras”… Tenho a certeza que nunca mais comia nem caseiras nem industriais. E não me venha dizer que o que não mata engorda.

«alentejano»Bem com essa agora é que fiquei tocado... então não me diga que apanham os bocadinhos do chão... ?  Aquilo deve ser tudo menos caça... é como as empadas de perdiz de determinado sítio onde a perdiz se chama galinha mas o preço é igual, e diz quem come que são das melhores.

Quantos caçadores a caçar bem é que seriam necessários para tanta alheira de caça?... Confused

«alentejano»É isso e o porco preto que mora em toda a lista de restaurante deste Portugal.

«Spice Girl»Tovi... Eu não disse que estava tudo bem. Acredito que não esteja e sei que é preciso fazer muita coisa.
A minha questão é se a muitos 8 não estamos a responder apenas com 80?
E se é esse o caminho mais desejável?
Sem dúvida há que acabar com os 8. Mas há muitas formas de o fazer.

Eu não disse que estava tudo bem. Acredito que não esteja... - E não está mesmo... Há ainda muito a fazer.
Amanhã vou para Trás-os-Montes... E se chegar a horas decentes, conto-vos umas coisitas mais sobre as visitas da ASAE.

«Spice Girl»Boa viagem. Ficamos à espera!

«Margarida Rodrigues»A minha questão é se a muitos 8 não estamos a responder apenas com 80? E se é esse o caminho mais desejável? - Entre a negligência e o excesso de zelo, sempre preferi o último.
Uma das coisas que me marcou, há uns anos, quando visitei o Japão foi a extraordinária higiene daquele povo. Por exemplo ainda cá não se falava em ASAE, nem em luvas nem em cuidados de higiene considerados hoje básicos, já no Japão, nas cozinhas que vi, as luvas e as máscaras sobre o nariz e boca (iguais às utilizadas em cirurgia e em estomatologia) eram omnipresentes, não havia só o cuidado de não tocar directamente nos alimentos, mas também de não respirar nem falar para cima deles...

Sem dúvida há que acabar com os 8. Mas há muitas formas de o fazer - Parece-me que está a ser feito da forma correcta, inicialmente com muito rigor para educar e informar as pessoas, depois mais tarde quando houver mais conhecimento e consciencialização de muitas regras, de saúde pública inclusivé, já poderemos pensar em usufruir de produtos avulso em que possamos ter confiança, claro que sempre com controle mas acho que estamos no caminho certo.

«jacunhasilva»Ainda há dias estive numa feira de delicatessen, gourmet e vinhos em Espanha e a única expositora que usava luvas para manuseamento dos produtos era uma portuguesa num stand de fumados e enchidos nacionais. O resto nada...


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Publicado por Tovi às 08:35
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Terça-feira, 30 de Outubro de 2007
ASAE (II)

Nem de propósito… Vejam esta notícia da "SIC Online" (30Out2007 – 7:47h):


Inspecção a hiper e supermercados
ASAE suspendeu actividade de nove estabelecimentos

(Catarina Lúcia Carvalho - Jornalista)

Por incumprimento das regras de higiene, da qualidade e segurança alimentar, os inspectores da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) decidiram penalizar hipermercados e supermercados de todo o país.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica inspeccionou hipermercados e supermercados de todo o país e suspendeu a actividade de nove estabelecimentos.
Durante a operação, foram ainda instaurados 100 processos de contra-ordenação e dois processos-crime.
A ASAE fiscalizou o cumprimento das regras de higiene, a qualidade e segurança alimentar e as regras de concorrência e preços.
Os inspectores deram especial atenção ao licenciamento comercial e ao controlo de produtos alimentares, como a carne, o peixe e o pão.
A operação de fiscalização decorreu entre os dias 22 e 26 deste mês, a nível nacional, nas principais cadeias de hiper e supermercados.


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Publicado por Tovi às 19:33
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Segunda-feira, 29 de Outubro de 2007
ASAE
O meu amigo «mlpaiva» abriu à discussão no “NovaCrítica-vinho” um assunto muito interessante e actual – ASAE. Vejamos o que por lá se tem dito:
«mlpaiva» ⇒ Para começar, e com a devida vénia, um excerto da entrevista ao Sol de Bernardo Reina, o dono do Gigi:
Sente que algum do investimento tem contribuído para melhorar a qualidade do turismo?
Tem havido melhorias. Até a ASAE [Autoridade de Segurança Alimentar e Económica] é útil e importante. Só é pena quando o justo paga pelo pecador. Mas a ASAE cumpre as leis e a culpa das leis não é da ASAE. Talvez seja dos comissários europeus que não souberam defender as nossas tradições. Para Portugal a Europa parece uma casa de correcção quando deveria funcionar como um liceu ou uma universidade.
Mas a ASAE, por vezes, não é mais papista que o papa?
Não. A ASAE cumpre as leis. Grécia, Espanha e França souberam defender as suas tradições, nós não. Devemos ser o único país da Europa em que não se pode usar colheres de madeira na sangria...
«Margarida Rodrigues»Bernardo Reina, o dono do Gigi - O dono e o próprio Very Happy. Ainda há pouco tempo lhe dei o endereço da NovaCritica, tenho que lhe perguntar se já deu alguma espreitadela Cool
Quanto ao papel da ASAE, IMO quanto mais rigorosos melhor. Se manter a tradição pode significar menos higiene, eu voto pela higiene...
«JTMB»A ASAE cumpre as leis. Grécia, Espanha e França souberam defender as suas tradições, nós não - Aqui é que está o grave problema, não na ASAE que se limita e bem a cumprir a sua missão.
«jacunhasilva»Mas que haja uniformidade de critérios! Há algum tempo Sousa Tavares no Expresso escrevia acerca do atentado às tradições gastronómicas portuguesas e exemplificava com o fim dos grelhadores no exterior dos restaurantes numa localidade do Algarve, presumo que era em Albufeira, não me recordo bem. Pois bem, em Matosinhos, Leça e outras localidades os grelhadores lá continuam, cá fora. Isto para não falar de um célebre encerramento de equipamentos de utilização pública propriedade de um município que foram encerrados de manhã e à tarde já estavam reabertos... E até hoje lá continuam a funcionar, esses mesmos que foram encerrados de manhã e reabertos à tarde, por ordem superior...
«paulo»Para quem não sabe, hoje em Itália  pode-se fazer as Pizzas no forno a lenha, pode-se utilizar o açúcar para o café ou outra bebida retirando-o manualmente com uma colher de uma taça comum a todos os clientes de um balcão de um café, de manha qualquer pessoa retira o seu “brioche” (com a mão) de uma prateleira com abertura para o exterior do balcão, é normal servirem a agua lisa ou gasocarbonica desde frascos de água pousados na mesa, o empregado de mesa pode ralar manualmente para cima da pasta o queijo, pode-se muitas e muitas outras coisas... quando digo pode-se quero dizer faz-se … mas não sei se se pode … Itália, país estranho …
«Paulo Rodrigues»É só mais um problema do nosso país. Como diz o povo "paga o justo, pelo pecador" . Como as entidades competentes não conseguem controlar os prevaricadores, fazem-se leis, de forma a limitar as possibilidades de se poder prevaricar. Só que estas leis tocam a todos, prevaricadores e não só, limitando muitas vezes as possibilidades de quem cumpre.
«jacunhasilva»Na Galiza continua a servir-se o pulpo a la feria na tábua circular, como nada se passasse. Dizem-me que em França a manteiga e os queijos avulsos continuam presentes nos mercados...
«Filipe de Mello»Quando lá vivi, comprava o leite, a manteiga e outros produtos nos mercados, a vulso. Muitos deste produtos inclusivamente eram de origem modesta e dúvido que fossem sequer pastorizados. Cheguei a ver no mercado do 7º aroondissement, leite e natas vendidos ao litro dentro das suas cubas de Inox ou mesmo ferro. O cliente trazia a vazilha e o comerciante tirava o leite da cuba com uma medida. Mas existem tambem os restaurantes que trazem para a mesa produtos como o queijo, a manteiga e às veses um pouco de foi gras ou de patés em tabuas de madeira. Os que servem fondues de queijo, aconpanham sempre com um colher de pau, Etc...
«jacunhasilva»Pois por cá, nem uma tábua de queijos um restaurante se pode atrever a servir. E que bem ficaria, o serra, o da ilha, Azeitão, Palhais, Nisa...em cima de um tabuinha...Só em casa.
«alentejano»Em Portugal os pastéis de nata comem-se à mão... incrível Laughing
«Filipe de Mello»Não esquecer da chávena de café para colocar a beata do cigarro!!!
«Rui Duarte» ⇒ Caros Amigos, ASAE é de facto uma instituição fiscalizadora que cumpre e faz cumprir as leis, algumas erradas, mas por outro lado a verdade é que tudo ou quase tudo (pelo menos nos Açores) encontra-se fora da legalidade quer seja em termos de higiene quer seja em termos de funcionamento e NOS por cá temos pena de não podermos contar com a ASAE para que de alguma forma a concorrencia fosse saudavel e equilibrada...
Ainda bem que o «mlpaiva» abriu este tópico.
Como provavelmente todos os que por aqui andam já sabem, a minha actividade profissional está na área da refrigeração industrial, numa empresa líder de mercado em Portugal e que faz parte do universo de empresas do maior grupo económico português. E isso permite-me ter uma visão muito concreta do “estado da Nação” no sector alimentar, principalmente no Norte de Portugal.
E posso-vos dizer que os únicos sectores que estão muito bem em qualidade são: O sector das carnes (matadouros, fábricas de transformação, enchidos, …), o sector dos produtos lácteos (leite, iogurtes, queijos e manteigas) e o das águas e refrigerantes. Todos os outros, frutas e legumes, peixe, azeite e vinho, ainda sofrem de grandes deficiências. Como é óbvio o que acabo de dizer não é uma generalização, mas é um facto que os sectores em que a ASAE iniciou a fiscalização são os que apresentam melhor qualidade.
Voltarei brevemente ao tema.
«alentejano»Deve ser pelo sector do peixe ser mau que no outro dia no Continente de Loures me venderam 2 postas de peixe espada estragado... Evil or Very Mad
Não tenha dúvidas que o peixe, muito mais o fresco que o congelado, é um dos produtos alimentar mais mal tratado no nosso país e dos que mais dores de cabeça dão ao controle de qualidade nos hipermercados. Estou à vontade para dizer isto, pois eu até só trabalho para as superfícies comerciais não pertencentes ao grupo da minha entidade patronal.

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Publicado por Tovi às 21:37
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