"Devido à velocidade da luz ser superior à do som, algumas pessoas parecem inteligentes até as ouvirmos."

Quinta-feira, 2 de Maio de 2024
Cidades da Ucrânia caem para a Rússia

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Nas últimas semanas, as forças ucranianas, em menor número e mal abastecidas, têm perdido terreno na região oriental de Donetsk, que tem sido contestada desde 2014 entre Kiev e separatistas apoiados por Moscovo e que se tornou o ponto principal da guerra. Até já os comentadores do grupo "Rogeiro, Milhazes & C.ª Lda." afirmam que a contra-ofensiva ucraniana do passado verão foi um erro brutal, para logo distribuirem culpas por ucranianos e ocidentais para explicar aquele desastre. Tudo indica não haver salvação possível para uma Ucrânia à beira do precipício.

 


Captura de ecrã 2024-04-30 095644.pngO líder dos serviços secretos militares ucraniano, Kyrylo Budanov, avisou a população que, nos próximos meses, a situação no campo de batalha vai tornar-se extremamente difícil para a Ucrânia. “A meio de maio, princípios de junho”, tudo vai piorar, mas “não será o fim do mundo”. Para os especialistas os sinais são claros, estamos prestes a assistir a uma ofensiva de grandes dimensões que vai testar ao máximo a determinação ucraniana.
  
O que se tem ouvido por cá...
Major-general Isidro Morais Pereira em 22abr - "Pacote americano chegará em 24 a 36 horas à Ucrânia e prevê-se que conseguirá suster o avanço russo".
Major-general Agostinho Costa em 29abr - Guerra na Ucrânia num "ponto de cisão e de grande dúvida": Kiev com mais baixas do que novos soldados e Ocidente fornece mais armas do que produz.
Major-general Carlos Branco em 30abr - "Falamos muito na falta de meios, mas o elemento crucial é a falta de recursos humanos ucranianos".
Azeredo Lopes em 30abr - "Os mais de 60 mil milhões de dólares de apoio não garantem que a Ucrânia ganhe a guerra, mas impedem que ela a perca".
Tiago André Lopes em 30abr - Para a Rússia interessa aproveitar a atual "janela de oportunidade" pois a Ucrânia está à espera da ajuda ocidental. A missão é reforçar, do ponto de vista ofensivo, "as posições que tem no Donbass" e, do ponto de vista defensivo, "a perceção" do contra-ataque ucraniano.
Comandante João Fonseca Ribeiro em 30abr - "Está para breve uma grande ofensiva russa" na Ucrânia, tendo em conta a concentração de forças e de logística no Donbass.

  A guerra no seu 797.º dia (1mai2024)
Um míssil russo atingiu a cidade portuária ucraniana de Odesa na manhã desta quarta-feira [1abr2024].
A Rússia atingiu uma linha ferroviária com uma bomba teleguiada danificando edifícios residenciais próximos, no último ataque à segunda maior cidade da Ucrânia.
A Ucrânia atacou a Crimeia, que a Rússia invadiu e anexou da Ucrânia em 2014, com Sistemas de Mísseis Táticos do Exército (ATACMS). O Ministério da Defesa russo disse que seis dos mísseis foram abatidos, juntamente com 10 drones e duas bombas guiadas. Não foi informado onde as armas foram derrubadas ou se houve algum dano. A Ucrânia não comentou.
Andrzej Szejna, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, disse que a Polónia não “protegeria” os homens ucranianos no seu território que tivessem escapado ao recrutamento. Dezenas de milhares de homens ucranianos em idade militar vivem no país, segundo dados da ONU.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, disse que a Ucrânia precisa de “uma aceleração significativa” nas entregas de armamento dos seus parceiros, especialmente dos Estados Unidos, para permitir que as suas tropas enfrentem o avanço das forças russas ao longo de vários sectores da linha da frente. O principal comandante ucraniano, Oleksandr Syrskii, disse que os russos pretendem tomar a cidade de Chasiv Yar para coincidir com a comemoração, em 9 de maio, da vitória soviética na Segunda Guerra Mundial.

  
Jorge Veiga
David Ribeiro Pena é que os Russos (os de Putin) só saibam impor o seu modo de pensamento, destruindo tudo por onde passam. E nem precisam de declarar guerra...
David Ribeiro
Jorge Veiga, dizem que quem pressente a derrota se agarra a fantasias e espera por milagres, mas a história militar é clara a respeito de delírios. Os dados estão há muito lançados e a sorte daquela guerra decidida. Está na hora de Zelensky resolver negociar a paz.
Jorge Veiga
David Ribeiro Pode-se ganhar uma guerra no campo de batalha, mas perdê-la na moralidade.

  'Castelo do Harry Potter' é destruído em ataque russo na Ucrânia
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O prédio da Academia de Direito de Odessa ganhou este apelido por ser muito parecido com castelo retratado nos filmes.

  Ó b v i o ! . . .
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  Albertino AmaralMas também é "óbvio", que a Rússia, não é muito acessível a ideias e atitudes sobre a Paz. Em concreto, não é um país que "ame ou goste sequer" da PAZ...... Convenhamos......



Publicado por Tovi às 07:13
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Sábado, 22 de Outubro de 2022
Quem irá suceder a Liz Truss?...

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Liz Truss renunciou na quinta-feira ao cargo de Primeira-Ministra britânica após um desastroso mandato de seis semanas, mas assegurou que dentro de uma semana o Partido Conservador terá novo líder. A eleição do sucessor é só o último grande desafio na história recente do Partido Conservador, que vive um dos anos mais difíceis de sempre. Depois do escândalo das festas de Boris Johnson durante a pandemia — que provocou uma onda de indignação entre britânicos de todas as simpatias políticas dada a severidade das medidas restritivas que o ex-primeiro-ministro impôs ao país mas não a si mesmo —, passando pela aprovação de um plano económico apoiado em mais empréstimos e, por isso, mais dívida que os mercados rejeitaram assim que Truss o anunciou, a confiança dos britânicos numa liderança conservadora pode ter saído profundamente abalada. 

 

  Azeredo Lopes na CNN Portugal em 20out2022 às 17h21
Caiu Theresa May mesmo antes do Brexit, caiu Boris Johnson depois, caiu Liz Truss agora, e a cada queda o que mais se discute é se vai ser mais rápida do que a do antecessor. Caiu o crédito do país nos mercados, subiram as taxas de juro, faleceu a Rainha e subiu ao trono o filho, a Escócia quer novo referendo para a independência já para o ano e, como se tudo isto não fosse amplamente suficiente, Ronaldo não tem jogado e ontem até foi irritado para os balneários antes do fim do jogo, quando compreendeu que já não ia entrar. (...) Mal chegou a Primeira-Ministra, Liz Struss cometeu o pecado capital de apresentar um plano económico que correspondia, ponto por ponto, ao que prometera como candidata à liderança do Partido Conservador. Sim senhora, cumprira aquilo que anunciara. Simplesmente, o plano era tão mau que os “mercados” decretaram que aquilo que se propunha fazer era um disparate, como o jogador compulsivo que, no casino, pede um empréstimo milionário para recuperar a fortuna que perdeu na roleta. (...) O certo é que, desde o Brexit, o Reino Unido está pior, mais instável, e de nenhum modo se confirmaram os eldorados que foram prometidos quando da decisão. Perdeu as almofadas institucionais que a União lhe garantia. Sim, a UE tem muitos defeitos. Mas, por estas bandas, ainda ninguém inventou melhor, e muito menos o Reino Unido. (...) Quem está a rir é Vladimir Putin. Depois de Mario Draghi, dois a zero (Boris Johnson e Liz Truss), e ainda aqui estou, deve estar a dizer para com os seus botões.  [Notícia completa aqui]

 

  EuronewsO provérbio português "Atrás de mim virá, quem de mim bom fará" assenta que nem uma luva a Boris Johnson que, apenas seis semanas depois de ter sido obrigado a demitir-se, volta a ser uma hipótese a considerar pelos tories na chefia do governo. A corrida está de novo aberta e Boris Johnson, que estava de férias nas Caraíbas, está de regresso a Londres para uma fim de semana que se prevê bastante movimentado na busca de apoios. Rishi Sunak, que tinha sido derrotado por Truss e Penny Mordaunt, líder da câmara dos comuns também aspiram à chefia do partido e do governo. Todos eles terão de assegurar até à próxima segunda-feira o apoio de pelo menos 100 deputados conservadores. Se só um conseguir será automaticamente nomeado primeiro-ministro. Se não, o voto online é lançado na sexta-feira, 28 de outubro, para que os tories escolham.

 


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Publicado por Tovi às 07:41
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Quarta-feira, 20 de Abril de 2022
Entretanto... em Moscovo estamos assim

  Frida Ghitis, colunista de assuntos mundiais na CNN, é capaz de ter razão nesta sua previsão
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  Em Moscovo acontecem coisas estranhas... alegadamente
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1024.jpgA Rússia já começou a "nova fase" da invasão à Ucrânia, admitiu o ministro dos Negócios Estrangeiros numa entrevista ao canal India Today, citada pela agência Tass, sem no entanto se referir a uma guerra mas sim a uma "operação especial" para "libertar" Donetsk e Lugansk", "A operação no leste da Ucrânia visa - como foi anunciado anteriormente - a libertação completa das repúblicas de Donetsk e Lugansk. Esta operação vai continuar. A próxima fase desta operação especial começa agora. E, parece-me, vai ser um momento importante durante esta operação especial", afirmou Sergei Lavrov. Lavrov disse ainda que a operação da Rússia na Ucrânia decorre do desejo do Ocidente de dominar o mundo e que foi o Ocidente que criou um "trampolim" na Ucrânia contra a Rússia ao colocar armas no país e a dizer que Kiev se pode juntar à NATO. 

 


img_900x561$2022_02_20_13_21_42_422432.jpgA Rússia vai avançar para os tribunais para recuperar os 300 mil milhões de dólares em reservas denominadas em moeda estrangeira, congelados pelo Ocidente em resposta à invasão do Kremlin à Ucrânia. "Este é um congelamento [de ativos] sem precedentes, por isso estamos a preparar [a entrega] de processos judiciais", assegurou Elvira Nabiullina, governadora do Banco Central da Rússia, citada pela Interfax. Atualmente, a instituição russa não consegue aceder a quase metade das suas reversas de 609,4 mil milhões de dólares, tendo por isso imposto restrições financeiras e monetárias à economia russa, obrigando o pagamento de gás russo em rublo e dando ordens às empresas exportadoras do país para converterem as receitas angariadas no estrangeiro em rublos.

 


Captura de ecrã 2022-04-19 221745.jpgNana Grinstein fugiu da Rússia porque as novas leis do Kremlin que punem as críticas à chamada “operação especial na Ucrânia” podem levá-la à prisão. Grinstein, dramaturga, seu marido Viktor, editor de vídeo, e sua filha de 14 anos, Tonya, deixaram para trás a histeria na Rússia causada pela guerra na Ucrânia e a perseguição de quem se atreve a dizer que a “operação especial” do presidente Vladimir Putin é, de facto, uma guerra. “O mundo que construímos há anos, que parecia inabalável, importante e relevante, desmoronou diante dos meus olhos como se fosse feito de papelão”, disse Grinstein à Al Jazeera de um apartamento alugado na capital arménia, Yerevan. Chegando à Arménia no início de março, a família descobriu que dezenas de milhares de outros russos fizeram a viagem antes deles e testemunharam a chegada de muitos mais desde então.

 


Captura de ecrã 2022-04-20 085101.jpgSancionado pelo Reino Unido, o oligarca russo Oleg Tinkov garante que “90% dos russos são contra a guerra” na Ucrânia, acredita que “os funcionários do Kremlin estão em choque“ por não poderem “ir ao Mediterrâneo este verão” e arrasa o exército russo. Ao Ocidente, pede que encontrem uma saída para Putin evitar um massacre. Oleg Tinkov é um empresário e milionário russo que em 2014 foi classificado como a 15.ª pessoa mais rica da Rússia, com um património líquido estimado em 8,2 mil milhões de US$.

 

  Como eu entendo Azeredo Lopes
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Defendi que se deve ter algum cuidado (ia dizer, pudor) com a utilização da palavra genocídio para descrever a atual situação na Ucrânia. Defendi, portanto, que me parece pouco avisado o anúncio público do convite feito pelo Presidente da Ucrânia a Emmanuel Macron para que visite o seu País para confirmar (uma vez que tem dúvidas) que na Ucrânia “está” a acontecer um genocídio. Defendi que é importante que, o mais rapidamente possível, a Ucrânia ratifique, sem reservas, o Estatuto do Tribunal Penal Internacional, para dessa forma ganhar uma legitimidade intocável para exigir, até ao fim, a responsabilização de todos os que possam ter cometido crimes internacionais em território ucraniano. Defendi que é estranho e incoerente ver alguns Estados a invocarem alto e bom som a prática pela Rússia de crimes internacionais (coisa que, tudo indica, é verdade), e a sua responsabilização pelo TPI ou por um tribunal internacional ad hoc, constituído para o efeito, para julgar, além de Vladimir Putin, todos os que tiverem cometido crimes internacionais, sem, por outro lado, aceitarem a jurisdição do TPI ou, até, a combaterem ferozmente. Isto foi o suficiente para, de imediato, ser apodado de putinista.
Não há pachorra.

 

  “A fama da Rússia agora é aquela que sempre teve durante a Guerra Fria: uma potência pesada e antiquada, narcisista, megalómana e petulante, com um complexo de inferioridade galopante, sentindo-se injustamente desrespeitada e ostracizada pela Europa de que faz parte”.
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Publicado por Tovi às 08:46
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Segunda-feira, 4 de Abril de 2022
Uns querem a GUERRA... outros a PAZ

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Os EUA + Reino Unido + Polónia querem a GUERRA… A esmagadora maioria dos países da União Europeia são pela PAZ… e enquanto isto não se resolve quem se lixa é o Povo Ucraniano.

Como muito bem dizia Azeredo Lopes num recente artigo de opinião… “O erro da análise é consequência de uma hiperbolização, que vive obcecada com uma referência simples ao bem, e uma referência simples ao mal. Vladimir Putin é o mal absoluto, Zelenskii um herói. E pronto, para além disto é provocação. (…) É uma cruzada, que só parará quando estivermos outra vez dentro das muralhas de Jerusalém e virmos ao longe a Sodoma e Gomorra moscovita. A arder. Menos do que isso é pouco.”

Isto tudo sem renegarmos a grande "filha-da-putice" que está a ser a invasão da Ucrânia pelas tropas de Putin.


Chico GouveiaEste artigo do Azeredo Lopes é uma das maiores imbecilidades que li ultimamente. Mas, dele, há muito que não espero muito mais.
Jorge SaraivaO quê?! Francamente.
Paulo Barros ValeQuerem a guerra ? O que é isso ? O Azeredo não vale um charuto ! Nunca valeu !
Joaquim Pinto da SilvaA estratégia dos "compagnons de route" de Putin, mais ou menos disfarçados, é a de tentar dividir o campo das democracias ocidentais. As "divergências" que aparecem são apenas formais e não demonstram nenhuma cedência na questão essencial: obter a paz pela retirada das tropas russas, pela condenação da Rússia e pela liberdade para a Ucrânia. Liberdade total, longe das exigências de "neutralidade" que lhe querem impor.
Paulo Barros Vale
Joaquim Pinto da Silva... absolutamente !!!!!
Carlos Miguel SousaÉ o que penso também. Mas pelo meio a Rússia expôs enormes fraquezas militares e isso pode não ser bom a curto prazo...

 


Stop-Putin-banner-800x450.jpgSegundo disse Paolo Gentiloni, comissário europeu da Economia, está-se a trabalhar em novas sanções à Rússia, mas quaisquer medidas adicionais não deverão afetar o setor da energia. E também afirmou que os 27 Estados-membros vão seguramente enfrentar uma desaceleração do crescimento causada pela guerra na Ucrânia, mas não uma recessão, dizendo que a previsão de crescimento de 4% era muito otimista e que a UE não a alcançará.

 


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"Pesadas batalhas" estarão para breve na Ucrânia, em particular nas regiões do Sul e de Leste, bem como na cidade de Mariupol, disse este sábado Oleksiy Arestovych, conselheiro presidencial de Volodymyr Zelensky.

Chico Gouveiaainda não entendi (se calhar sou eu e mais uns milhões) o que é que Putin, realmente e definitivamente, quer. Isto em termos de geoestratégia política e, consequentemente, militar. Mas mesmo admitindo que o que pretende é, somente, uma ligação aos Mares de Azov e Negro, não entendo como é que, neste séc. XXI, não se obtém isto pacificamente, por negociação, como zona de circulação franca, sem necessidade de anexar e poupando os custos de sustentabilidade daquela área. Sob este aspecto, pelo menos há que aprender uma coisa com os chineses (que já o perceberam há muito): pode ser-se dono do que se quiser sem se disparar um tiro. Por estas e por outras me convenço que, nesta guerra, há muito de pessoal. Putin é um primário: não consegue distinguir a política dos ódios pessoais. Primário perigoso, traiçoeiro e implacável. Mas a Europa, e especialmente a Srª Merkel, deviam ter percebido isto há muito.
David Ribeiro
Sim, Chico Gouveia, é por tudo isso que dizes mas também será por aquilo que muitas vezes nos esquecemos ou queremos acreditar não existir: Putin não quer a NATO nas suas fronteiras.
Chico Gouveia
David Ribeiro... talvez. Mas se o Zerensky já lhe assegurou a neutralidade, com revisão Constitucional na Ucrânia, então? Bastava que Putin colocasse na mesa as garantias como, por exemplo: a fiscalização da neutralidade a cargo da China, Índia, etc., os seus aliados. Para mim, há uma questão pessoal insanável contra Zerensky. São as pequenas histórias pessoais que fazem as complicações da História. E pode haver outro problema: mais tarde ou mais cedo, a democratização da Rússia, que não deve demorar depois da queda de Putin, vai trazer a Rússia para o seio da União Europeia. A corrente política europeísta política é muito forte na Rússia. É essa que Putin combate prendendo e depois eliminando, os seus opositores políticos. Mas, como todos os ditadores, Putin não quer sair da História sem uma tremenda mancha de sangue.
David Ribeiro
Chico Gouveia ... Também sou da opinião que é "por dentro" que os russos vão acabar com Putin e seus lacaios. Daí eu ser favorável a mais e mais duras sanções... malgrado ser o povo que vai sofrer com tudo isto.
Carlos Miguel Sousa
Putin está longe de ser um primário. É um tipo frio, calculista e muito inteligente. O Objectivo é ficar com toda a costa do mar negro, para dessa forma ter sempre a Ucrânia, na mão.

 


Odessa 3abr2022.jpgFumo negro eleva-se no ar após ataques por mísseis navais e terrestres de alta precisão no porto estratégico de Odessa, na manhã deste domingo [3abr2022]. Confirma-se aquilo que se esperava: As tropas de Putin estão a tentar consolidar o seu poderio militar no sudoeste da Ucrânia, para controle efetivo do Mar Negro. As últimas notícias relatam que ataques de mísseis destruíram a refinaria de petróleo Kremenchug na região de Odesa. Dmytro Lunin, governador da região de Poltava, na Ucrânia, disse na televisão que “o fogo na refinaria foi extinto, mas a instalação foi completamente destruída e não pode mais funcionar”.
  Contextualizando...
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Odessa é uma cidade costeira ucraniana situada nas margens do Mar Negro, a noroeste da Península da Crimeia. É a quarta maior cidade do país, contando com pouco mais de um milhão de habitantes (dados de 2021). A cidade tem dois grandes portos, um na cidade propriamente dita e outro nos subúrbios - o Yuzhny (terminal petrolífero importante em termos internacionais). Nos tempos da União Soviética, Odessa era o porto comercial mais importante do país e igualmente base naval. Seu porto, porém, tem pouco valor militar, pois é a Turquia (membro da NATO) que controla o tráfego entre o Mar Negro e o Mar Mediterrâneo.
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Mariupol é uma cidade da Ucrânia localizada no leste do país, na província (Oblast) de Donetsk. Chegou a ter mais de 500 mil habitantes em 2007, mas em 2013 o número era já de menos de 460 mil pessoas. É um importante porto do Mar de Azov, o segundo maior do país atrás apenas de Odessa. Na Segunda Guerra Mundial a cidade esteve ocupada pelos alemães entre 1941 e 1943 e ficou praticamente destruída, sendo depois reconstruída no típico estilo soviético. No começo da Guerra Civil no Leste da Ucrânia, em março de 2014, tanto o governo central em Kiev quanto os separatistas da República Popular de Donetsk tentaram exercer controle sobre a região, mas com apoio militar russo, os separatistas assumiram o comando de Mariupol e colocaram a cidade como o centro administrativo do Oblast de Donetsk. O governo ucraniano, contudo, começou uma grande ofensiva terrestre e em meados de junho de 2014 Mariupol já estava novamente sob controle das tropas da Ucrânia. Desde então, os rebeldes separatistas tentaram várias vezes retomar a cidade, submetendo-a a bombardeamentos esporádicos de artilharia. Em fevereiro de 2022, a cidade foi cercada por tropas da Rússia no contexto da invasão russa da Ucrânia.


  Reflexões de um fim de tarde
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Captura de ecrã 2022-04-04 094454.jpgO governo ucraniano, que acusa Putin de genocídio, está a documentar crimes de guerra cometidos pelo Kremlin.
O Presidente do Comité de Investigação da Federação Russa, Alexander Bastrykin, ordenou à sua principal unidade de investigação analisar as "informações disseminadas pelo Ministério da Defesa da Ucrânia sobre o assassinato de cidadãos em Bucha, na região de Kiev", avança a agência Tass, citando um comunicado da organização. O Comité apelidou este episódio de "provocação" e acusou a Ucrânia de "disseminar falsidades".
Antonio Guterres, "profundamente chocado" com as imagens de civis mortos na cidade ucraniana de Bucha, pede uma investigação independente. Sim!... porque a verdade, nua e crua, é que os corpos de civis mortos estão nas ruas de Bucha.

 


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De ontem para hoje o panorama de tropas no terreno alterou-se substancialmente na região nordeste de Kiev.

 

  Escrevi eu por aqui: “Os EUA + Reino Unido + Polónia querem a GUERRA… A esmagadora maioria dos países da União Europeia são pela PAZ… e enquanto isto não se resolve quem se lixa é o Povo Ucraniano”. E logo fui acusado de defender a “estratégia dos ‘compagnons de route’ de Putin”. Mas parece que eu tinha razão, pois o presidente polaco Andrzej Duda, após o horror da descoberta de corpos em áreas anteriormente ocupadas por tropas russas, logo veio pedir novamente aos aliados ocidentais que forneçam mais armas à Ucrânia. Escreveu Duda no Twitter: “Na verdade, os Defensores da Ucrânia precisam de três coisas acima de tudo: armas, armas e mais armas”. Como se “mais armas” fossem a solução para se atingir a PAZ na martirizada Ucrânia.

Pingus Vinicus - Então o que se faz?
Joaquim Pinto da Silva - Pois, mais armas é que se deve pedir enquanto a Rússia não abandonar a Ucrânia Ou então faz-se o quê? E isto é tudo menos ser contra a paz. Esta só pode ser conquistada pela retirada/derrota russa, ou há outro meio? E ainda: não é ser contra as conversações, pelo contrário, estas devem prosseguir, mas enquanto houver russos armados na Ucrânia o dever da Europa, sobretudo, é apoiar (com armas também) a Ucrânia. A contradição é daqueles que querem "desarmar" a Ucrânia já, acreditando que a paz virá por si.
David Ribeiro - Teremos que cada vez mais implementar sanções económicas que levem Putin a repensar a forma de estar no Mundo. Mas sanções sérias e dolorosas, começando pela recusa em comprar-lhe gás e petróleo. Ainda hoje o ministro da Defesa da Alemanha disse que a UE deve discutir rapidamente a proibição da importação de gás russo. É certo que o povo russo irá sofrer (e os europeus também)... mas pode ser que a coisa "rebente por dentro". 
Da Mota Veiga Suzette - Para dizer a verdade, já não sei o que será a melhor opção? Deve-se conseguir convencer os russos que para eles a guerra não compensa. Mas, Putin nunca vai resignar! Na mentalidade do Putin, nunca recuar ir para frente até uma vitoria a vista. Assim, tudo se torna incerto!
Paulo Teixeira - Entendo-te bem David Ribeiro. Mas de facto esta história raia o impossível. Podemos crer no que vemos? Só vemos porque é no nosso quintal? Não foi já assim feito por nós na Sérvia? Qual o sentido e objectivo do senhor Putin? Confesso que já nem sei o que te diga e as vezes isto parece uma casa de loucos.
Paulo Barros Vale - Sem armas é impossível resistir. Se queres a paz prepara te para a Guerra. Se tivéssemos feito isso mais cedo talvez se tivesse evitado a guerra.
Jorge Saraiva
Ah, então não foi distração. Lamento saber.

 


Captura de ecrã 2022-04-04 153221.jpgO Expresso está a noticiar...
"A Lituânia anunciou esta segunda-feira que decidiu expulsar o embaixador russo no país, criticando os 'crimes de guerra hediondos' que foram cometidos nas últimas semanas em território ucraniano. É o primeiro país da UE a tomar esta decisão. A decisão foi anunciada por Gabrielius Landsbergis, ministro dos negócios estrangeiros lituano, que disse ainda que o embaixador da Lituânia na Ucrânia vai voltar para Kiev nos próximos dias. 'Todos os crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos pelas forças armadas russas na Ucrânia não serão esquecidos', disse o governante. Este fim-de-semana, a Lituânia já se tinha tornado o primeiro estado-membro da UE a parar completamente com a compra de gás à Rússia".
Estas medidas são importantíssimas... isolar o Governo de Moscovo é uma forma de combater Putin.



Publicado por Tovi às 07:30
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Sexta-feira, 7 de Janeiro de 2022
Acórdão do assalto ao paiol de Tancos

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Na madrugada de 28 para 29 de junho de 2017, um grupo de homens liderados pelo ex-fuzileiro João Paulino entrou nos paióis de Tancos e levou armas e munições. O desaparecimento do material de guerra causou estrondo na hierarquia militar e no Governo, e depressa se percebeu que as instalações militares estavam degradadas e com pouca vigilância. Assustado com a repercussão que o caso tomou na comunicação social, e percebendo que já não poderia fazer negócio com o produto do roubo, Paulino contactou um amigo de infância, que era militar na GNR de Loulé. Nos meses seguintes, um grupo da GNR de Loulé e da Polícia Judiciária Militar, liderado pelo major Vasco Brazão, montou uma operação ilegal para a recuperação do arsenal, à revelia da PJ civil que detinha o inquérito do caso. 
O Ministério Público acreditava que a operação clandestina era do conhecimento do então número um da PJM, o coronel Luís Vieira, e que este reportava tudo ao então ministro da Defesa Azeredo Lopes. O falso achamento das armas pela GNR de Loulé e PJM deu-se a 18 de outubro daquele ano num baldio da Chamusca. A PJ e a PJM entraram em rota de colisão e a investigação levou a à operação Húbris. O caso fez 23 acusados (nove pelo assalto e 14 pela operação de encobrimento) e viria causar a demissão de Azeredo Lopes e do chefe de Estado Maior do Exército, Rovisco Duarte.  
O julgamento no tribunal de Santarém veio suavizar as suspeitas que recaíam sobre três destas quatro figuras centrais do processo. Quanto ao ex-ministro da Defesa, acusado de quatro crimes (denegação de justiça e prevaricação, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder e denegação de justiça) o procurador Manuel Ferrão considerou nas alegações finais, a 7 de julho do ano passado, que não havia afinal provas suficientes que os tenha cometido. E considerou que a conduta do ex-ministro se caracterizou por uma “omissão do ponto de vista ético”, a não ter levantado um processo disciplinar ao grupo sob suspeita da Polícia Judiciária Militar.  Já sobre o coronel Luís Vieira, que era acusado de cinco crimes, o Ministério Público retirou os de associação criminosa, tráfico e mediação de armas e denegação de justiça e prevaricação. Continuaram os de falsificação ou contrafação de documentos e favorecimento pessoal praticado por funcionário. O MP pediu 5 anos de pena suspensa. Uma pena semelhante à que foi pedida a Vasco Brazão, o ex-porta voz da PJM. Também caíram os crimes de associação criminosa, tráfico e mediação de armas e denegação de justiça. Mantiveram-se os de falsificação ou contrafação de documentos e de favorecimento pessoal praticado por funcionário. Pelo contrário, o MP, que pediu a condenação de 12 dos acusados, não pretende livrar João Paulino de uma pena de prisão efetiva. Manuel Ferrão enfatizou que o líder do assalto deverá cumprir uma pena de nove a dez anos de cadeia, por se ter provado que o ex-fuzileiro pretendia vender as armas roubadas ao crime organizado ou a grupos terroristas. Também salientou o facto de Paulino ter na sua posse 14 quilos de droga, com o valor superior a 90 mil euros. 

 

  Quatro ano e meio depois do assalto a Tancos, o juiz Nelson Barra decidiu hoje quem foi culpado e inocente neste caso com 23 acusados.
O juiz começa por revelar que os crimes de associação criminosa e tráfico de armas não foram dados como provados.
O crime de tráfico de droga também cai para grande parte dos arguidos. Hugo Santos, que vendeu cocaína e haxixe a “pelo menos dez pessoas” vai ser condenado por este crime. João Paulino, o mentor do assalto e que assumiu este crime em tribunal, também é condenado por tráfico pela posse de haxixe e cocaína.
Valter Abreu, Pedro Marques e Filipe Sousa são absolvidos pelo assalto. O tribunal não deu como provado que tenham participado no roubo de junho de 2017, apesar de terem participado nos preparativos.
O tribunal entende que ficou provado que só três arguidos devem ser condenados pelo assalto: João Paulino, Hugo Santos e João País. Deverão ser condenados por terrorismo.
O ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes é ilibado do crime de favorecimento pessoal. O MP já tinha pedido a sua absolvição.
Em relação à recuperação do material furtado por João Paulino, o tribunal considera que Vasco Brazão e os outros responsáveis da PJ Militar cometeram um crime de favorecimento pessoal.
Vasco Brazão, ex-porta voz da PJ Militar é condenado por um crime de falsificação de documentos. O tribunal entende que passou informação falsa na operação que permitiu a recuperação do material furtado.
Azeredo Lopes é absolvido também do crime de abuso de poder, de que estava acusado. O tribunal considera que o ex-ministro da Defesa não agiu com dolo quando omitiu informação à PGR de então, Joana Marques Vidal.

 

  Condenações
João Paulino é condenado a oito anos de prisão por terrorismo e tráfico de droga.
João País também é condenado por terrorismo em coautoria com João Paulino, e é condenado a cinco anos.
Hugo Santos é igualmente condenado a 4 anos por terrorismo e seis anos e meio por tráfico. No total, vai cumprir sete anos e meio de prisão.
Luis Vieira é condenado por favorecimento pessoal. O ex-número 1 da PJ Militar é condenado a 4 anos de prisão com pena suspensa.
Vasco Brazão é condenado por favorecimento e falsificação a cinco anos de prisão com pena suspensa.
Brazão e Vieira ficam ainda impedidos de desempenhar funções públicas durante dois e três anos, respetivamente.
Roberto Carlos Pinto da Costa é condenado a cinco anos com pena suspensa e afastado durante dois anos.
Lima Santos é condenado a cinco anos de prisão com pena suspensa e está proibido de desempenhar funções públicas durante dois anos.
Bruno Ataíde, da GNR de Loulé, é condenado a três anos de prisão com pena suspensa. Foi este militar que recebeu a dica de onde estava o material roubado. O tribunal entende que não deve suspendê-lo de funções.
Onze dos 23 acusados foram condenados. Só três – os autores do assalto – foram condenados a penas de prisão efetiva.
Os elementos da PJ Militar e da GNR condenados a penas suspensas e afastamento dos cargos são censurados pelo coletivo: “esperava-se outro comportamento”.

 


Rui Lopes A. D'Orey - E o ministro???? Claro que nada.
David Ribeiro - O Azeredo Lopes, que conheço bem, foi nisto tudo "comido de cebolada" pelos militares, em quem confiou. Foi esse, no meu entender, o seu grande erro.
Rui Lopes A. D'Orey - David Ribeiro e por isso ignora-se? Certo?
David Ribeiro - Não, não se ignora. Foi constituído arguido, depois julgado e inocentado de tudo que vinha acusado. Curiosamente até o próprio Ministério Público deixou cair a acusação inicial e pediu a sua absolvição. Isto foi a Justiça a funcionar.
Rui Lopes A. D'Orey - Inocentado criminalmente. Politicamente nunca o será.
David Ribeiro - Certo. Por isso pediu a demissão de ministro.
David Almeida - David Ribeiro e, pelo que o conheço, tão cedo não se mete noutra!!!
Adao Fernando Batista Bastos - A Justiça a funcionar, ok. Agora devem seguir-se os costumeiros recursos para tribunais superiores. Só se espera que prolonguem demasiado o epílogo deste triste caso.
David Ribeiro - Adao Fernando Batista Bastos ... Isso vai ser certo como o destino. Mas quanto mais recursos fizerem mais dinheiro vão meter nos bolsos dos advogados... e isso já é uma forma de "condenação".



Publicado por Tovi às 11:30
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Quinta-feira, 22 de Julho de 2021
Do lodaçal para o lamaçal

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Eu, a falar com os meus botões, depois de ler o artigo de Daniel Oliveira no Expresso:

Não renego que também eu me convenci que “A participação de Azeredo Lopes [no Processo Tancos] foi essencial a toda a engrenagem …/… Todo este lodaçal tem de ser julgado”, como disse o juiz Carlos Alexandre, em junho de 2020. Mas perante o facto deste mês o próprio Ministério Público ter pedido a absolvição do antigo ministro da Defesa, lembro-me também do que foi dito sobre Miguel Macedo, o ministro de Passos Coelho que foi envolvido no caso dos vistos gold - as provas eram “arrasadoras” e o “lamaçal” total – e afinal o ex-ministro acabou absolvido em tribunal (duas vezes) de todas as acusações. Querendo eu acreditar na JUSTIÇA creio ser a altura de se revogar completamente os procedimentos nas detenções para serem ouvidos pelo juiz, sem flagrante delito.



Publicado por Tovi às 07:11
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Sexta-feira, 27 de Setembro de 2019
Tiago Barbosa Ribeiro esteve mal

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Tanto é ladrão o que vai à vinha como o que fica à porta... alegadamente.

 


Começamos agora a conhecer o que está no meio milhar de páginas da acusação deduzida pelo Ministério Público no TANCOSGATE. Está lá escrito que “foi dois meses antes da encenação da recuperação do armamento furtado em Tancos que o ex-ministro da Defesa soube da investigação secreta e ilegal da Polícia Judiciária Militar (PJM). Foi informado que esta polícia até estava a negociar a entrega do material com um dos suspeitos do assalto.”
António Costa tem razão quando diz “à Justiça o que é da Justiça e à Política o que é da Política”… mas o TANCOSGATE também é Política.



Publicado por Tovi às 09:07
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Sexta-feira, 30 de Junho de 2017
Assaltaram os Paióis de Tancos

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Na passada quarta-feira, ao final do dia, uma ronda móvel de patrulha aos Paióis Nacionais de Tancos detectou um corte na rede que circunda esta instalação militar e o arrombamento de dois paiolins donde foi furtado “material de guerra, especificamente granadas de mão ofensivas e munições de calibre 9 milímetros”, informou em comunicado o Exército Português. Azeredo Lopes, Ministro da Defesa, já admitiu que este incidente é “grave” e que não ficará “nada por levantar” nas averiguações a esta acção criminosa.
Eu estou convicto que se tratou de um roubo para “abastecer” o mercado negro destes artefactos militares e que não é ainda para fazer “a revolução”, pois primeiro e antes de tudo precisamos de “revolucionários” e só depois de material de guerra.

 

   Comentários no Facebook

«Carlos Wehdorn»Foi um "bai-me à loja" encomendado

«Adao Fernando Batista Bastos»Incrivel a falta de segurança! E o PSD já critica esquecendo-se que esteve no Governo quatro anos e, que fez para alterar, melhorar estas situações. localização dos paios, etc.!? E também acho que provavelmente foi roubo por encomenda com implicados conhecedores do terreno.

«Jota Caeiro» - AAAA o amigo não está a gostar do quê afinal? Tente apreciar 'intensivamente'. veja pelo prisma da magnitude, do magnânime! da eficiência do esgotamento dos 'sistemas': pense que o animal que monta um campo de concentração e paradas militares para os queimados e quejandos, pode ver serem-lhe trucidadas algumas galinhas do galinheiro... e assim se vai o império e a 'fortuna' pessoal... eu também nunca morei na Rua de Diu...

«Duarte Leal»Vejam o que saiu hoje no Diário da República:
Despacho n.º 5717/2017
Considerando que, nos termos do disposto no n.º 3 do Despacho n.º 3718/2014, de 25 de fevereiro, de Sua Excelência o Ministro da Defesa Nacional, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 49, de 11 de março de 2014, estão sujeitas a prévia concordância as autorizações de despesas superiores a (euro) 299.278,74, relativas a Construções e Grandes Reparações.
Considerando que no âmbito da Reforma da «Defesa 2020», aprovada pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 26/2013, de 11 de abril, resultam diretrizes assentes no princípio orientador da concentração, visando a economia de meios, a rentabilização do apoio logístico e limitando o número de infraestruturas, aproveitando ao máximo as que se mostrarem mais adequadas, com vista ao redimensionamento do dispositivo territorial.
Considerando que com a concentração das funções logísticas numa mesma infraestrutura e a consequente rentabilização de sinergias, se torna fundamental o lançamento do procedimento pré-contratual que permita a execução da empreitada de obra pública com a designação PM 001/VNBarquinha - Polígono de Tancos (UAGME) - «Reconstrução da Vedação Periférica Exterior no Perímetro Norte, Sul e Este dos Paióis Nacionais de Tancos».
Assim, atento ao anteriormente exposto:
Manifesto a minha prévia concordância para a autorização do lançamento da empreitada de obras públicas com a designação PM 001/VNBarquinha - Polígono de Tancos (UAGME) - «Reconstrução da Vedação Periférica Exterior no Perímetro Norte, Sul e Este dos Paióis Nacionais de Tancos», com o preço base de (euro) 316.000,00 (trezentos e dezasseis mil euros), ao qual acresce o IVA à taxa legal em vigor.
5 de junho de 2017
O Ministro da Defesa Nacional
José Alberto de Azeredo Ferreira Lopes

«Manuel Carvalho» - Que estranho... a 5 de junho. Premonição, coincidência ou outra coisa qualquer?

David Ribeiro» - Há coisas do caraças, não há?... Mas o importante é que vamos ter um RIGOROSO INQUÉRITO e assim fica tudo resolvido.

«Fernando Duarte»será que é mesmo a falta de revolucionários ou a falta de vontade de fazer algo a favor de bois-mansos que não se preocupam nada de ser espezinhados e que não se importam de rastejar toda a vida ?

«David Ribeiro» - Durante dois anos do meu serviço militar fiz parte de uma companhia de sapadores do Batalhão de Engenharia n 3, em Santa Margarida, que assegurava a guarda e proteção contra incêndios dos paióis deste Campo de Instrução Militar, pelo que tenho muita dificuldade em entender o que aconteceu agora em Tancos.

«Vitor Soares» - Dada a dimensão do roubo, é difícil acreditar que não seja trabalho interno... Quando é que foi realizado o último inventário? Será que o material não desapareceu durante estes 2 anos de falha na vídeo vigilância?

«David Ribeiro» - Durante o dia de hoje o Exército revelou que entre o material de guerra roubado na quarta-feira dos Paióis Nacionais de Tancos, para além das granadas de mão ofensivas e das munições de 9mm, foram também detectadas as faltas de granadas foguete anticarro, granadas de gás lacrimogéneo, explosivos e material diverso de sapadores, como bobines de arame, disparadores e iniciadores. E já agora: Não será melhor ir contar os submarinos... e os F-16 ?

 

   20h36 de 1Jul2017

O chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, decidiu exonerar os cinco comandantes das unidades que dão forças à segurança física e militar dos Paióis de Tancos: O Comandante da Unidade de Apoio da Brigada de Reação Rápida, o Comandante do Regimento de Infantaria 15, o Comandante do Regimento de Paraquedistas, o Comandante do Regimento de Engenharia 1 e o Comandante da Unidade de Apoios Geral do Material do Exército.



Publicado por Tovi às 09:44
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Sexta-feira, 18 de Novembro de 2016
Presos sete militares dos Comandos

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No dia de ontem foram enviados para o Estabelecimento Prisional Militar, em Tomar, um Tenente Coronel (director da prova), um Capitão (médico) e cinco instrutores (três tenentes e dois sargentos), todos detidos no âmbito dos inquéritos aos trágicos acontecimentos do 127º Curso de Comandos em que os militares Hugo Abreu e Dylan Silva perderam a vida.

 

  COMUNICADO Nº 40/2016 - 7Nov2016

EXÉRCITO PORTUGUÊS - DETENÇÃO DE MILITARES

Informa-se que, em 17 de novembro de 2016, a Polícia Judiciária Militar apresentou ao Comando do Exército mandados de detenção relativamente a sete militares, no âmbito do processo de inquérito instaurado pelo Ministério Público na sequência dos factos ocorridos durante o 127º Curso de Comandos.
Informa-se ainda que a apresentação dos mandados ao Comando do Exército decorre do previsto na lei quanto à detenção de militares no ativo e na efetividade de serviço.
Informa-se, por último, que Sua Excelência o Ministro da Defesa Nacional continua a acompanhar o assunto, em estreita ligação com Sua Excelência o General Chefe do Estado-Maior do Exército.

 

  Nota para a Comunicação Social - 17Nov2016

PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

Gabinete da Procuradora-Geral da República

Curso de Comandos - Detenções

No âmbito do inquérito, dirigido pelo Ministério Público, onde se investigam as circunstâncias do treino que levaram à morte de alunos do curso de Comandos, estão em curso diligências, tendo sido emitidos mandados de detenção relativamente ao diretor da prova, ao médico e a cinco instrutores.
Estes militares são suspeitos da prática de crimes de abuso de autoridade por ofensa à integridade física (art.º 93.º do Código de Justiça Militar). Na sequência das detenções serão presentes ao juiz de Instrução Criminal para aplicação de medidas de coação.
Para além dos sete visados pelos mandados de detenção, o processo tem dois outros arguidos constituídos, também estes militares.
As investigações prosseguem, estando causa em factos susceptíveis de integrarem os já referidos crimes de abuso de autoridade por ofensa à integridade física (art.º 93.º do Código de Justiça de Militar) bem como de crimes de omissão de auxílio (art.º 200.º do Código Penal).
Nesta investigação, que corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, o Ministério Público é coadjuvado pela Polícia Judiciária Militar.

 

 Despacho do Ministério Público

Cândida Vilar, procuradora titular do caso das mortes no 127.º curso dos Comandos, considera que os militares indiciados trataram “os instruendos como pessoas descartáveis”. No documento é referido que face aos indícios da prática dos crimes de abuso de autoridade por ofensa à integridade física, “à personalidade dos suspeitos, movidos por ódio patológico, irracional contra os instruendos, que consideram inferiores por ainda não fazerem parte do Grupo de Comandos, cuja supremacia apregoam, à gravidade e natureza dos ilícitos”, o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa entende que existe “perigos de continuação da atividade criminosa e de perturbação do inquérito”.

 

  Declarações do Ministro da Defesa

Azeredo Lopes reagiu à inédita detenção de sete militares dos Comandos, reafirmando a sua determinação em que a investigação do Ministério Público seja levada até às últimas consequências. “Não concebo que pudesse ser de outra forma”, disse o ministro, sublinhando não estar “a presumir rigorosamente nada”.

 

  21h00 – Campus da Justiça em Lisboa

Os cinco oficiais e dois sargentos dos comandos que foram detidos pela Polícia Judiciária Militar por suspeitas de abuso de autoridade, que levou à morte de Dylan Silva e Hugo Abreu, ficarão em liberdade a aguardar a acusação. A decisão é da juíza de instrução, depois de a procuradora Cândida Vilar, do DIAP de Lisboa, não ter pedido prisão preventiva para qualquer dos arguidos.



Publicado por Tovi às 07:52
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Quarta-feira, 2 de Novembro de 2016
Relatório do acidente com o C-130 da FAP

Azeredo-Lopes-ministro-da-Defesa-2016.jpgO relatório de averiguações da Força Aérea Portuguesa ao acidente com um avião C-130 na Base Aérea do Montijo, que a 11 e Julho deste ano causou três mortos, diz expressamente que o acidente "ocorreu devido à impossibilidade da tripulação em controlar eficazmente a aeronave no decurso de uma manobra que visava treinar a interrupção da respetiva corrida de descolagem -- manobra designada de «aborto à descolagem»" e por isso a FAP considerou o acidente como ERRO HUMANO. Mas o ministro da tutela, Azeredo Lopes, já afirmou, e muito bem, que “não posso falar em erro humano, posso falar quando muito num fator humano envolvido no acidente mas em que daí não resulta um qualquer juízo de censura perante o que aconteceu. Estamos a testar situações limite e, nessas situações, a hipótese de não correr bem é uma hipótese que tem que se considerar como natural". Uma forma simples e clarividente de acabar com a mania das culpas serem sempre do “electricista” ou da “senhora da limpeza”.



Publicado por Tovi às 07:59
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Quinta-feira, 27 de Outubro de 2016
As relações tensas da NATO com a Rússia

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Azeredo Lopes, Ministro da Defesa Nacional, está por estes dias na reunião do Conselho do Atlântico Norte em Bruxelas, juntamente com os outros 28 Ministros da Defesa da Aliança, para discussão do dossier das relações NATO-UE e onde se equaciona o actual ambiente de segurança internacional. Esta reunião é de importância primordial numa altura em que as relações de Moscovo com os Países da Aliança Atlântica estão tensas e que continuam a deteriorar-se desde Março de 2014, após a reintegração da Crimeia à Rússia.



Publicado por Tovi às 09:53
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Sábado, 10 de Setembro de 2016
Militar morre em exercício no curso de Comandos

Exército Comandos.jpg

No passado dia 4 deste mês e de acordo com uma nota do Exército português, faleceu um militar que frequentava o 127º Curso de Comandos, após ter-se sentido “indisposto durante uma prova de tiro (tiro reactivo)” tendo sido de imediato assistido pelo médico que acompanhava a instrução e que lhe diagnosticou “um golpe de calor”. Três outros militares encontram-se no Hospital das Forças Armadas, dois deles no serviço de Medicina, sendo a sua situação clínica estável, não levantando cuidados de maior. O terceiro militar está na Unidade de Tratamentos Intensivos diagnosticado com “golpe de calor”. Um quarto foi transferido do Hospital do Barreiro para o Curry Cabral, em Lisboa, devido a complicações hepáticas. Na última quinta-feira o Chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte, comunicou ao ministro da Defesa, Azeredo Lopes, a decisão de suspender os cursos de comandos até conclusão do inquérito técnico às causas dos acidentes, face à quantidade e gravidade dos acontecimentos que tem marcado a formação, tendo este membro do Governo divulgado publicamente esta resolução.

E em face disto tudo eu cá tenho muita dificuldade em entender a "qualidade" do médico militar que demora tanto tempo (mais de cinco horas) a mandar para um hospital instruendos em situação tão crítica.

 

  Comentários no Facebook

«Jose Riobom» >> Este sitio do FB começa a fazer concorrência desleal à crónica policial do" Você na TV "... só falta o Goucha e os "especialistas".... VIVA A DENÚNCIA SOCIAL.... FIM AOS DESAVERGONHADOS QUE POR AÍ PULULAM !!! - ...só para quem entende as minhas ironias....

«Raul Vaz Osorio» >> Claro, a culpa tinha que ser do médico 😛

«Jose Riobom» >> ....é sempre.... nem que não seja.. [Emoji wink;-)]

«Mario Ferreira Dos Reis» >> Raul, os medicos militares que conheci no meu tempo de militar nao me inspiravam confiança nenhuma ... So faziam o que hierarquia lhes dizia para fazer. Parece-me tambem que saiam das escolas médicas e iam directamente para o exercito sem fazerem o tempo de internos nos hospitais universitarios e nem todos os medicos estao ao mesmo nivel de formaçAo e capacidades profissionais. Eu acho que o David aqui tem razao que o rapaz nao teve uma assistencia atempada nao teve nao.

«Raul Vaz Osorio» >> Eu não sei se teve ou não. Não tenho elementos para avaliar isso. Tirar conclusões, a menos que se tenha acesso a informação que não está disponível ao público, parece-me francamente imprudente. Dou o desconto da silly season.

«David Ribeiro» >> Seguramente que não sou eu que dirá quem são os "culpados", mas diga-me lá, Raul Vaz Osorio, se para si que até é médico, lhe parece razoável que se demore tanto tempo a decidir enviar para um hospital alguém com sintomas de um grave golpe de calor.

«Raul Vaz Osorio» >> David, se há coisa que aprendi na vida é que, no que diz respeito a notícias sobre questões médicas, a única certeza que se pode ter é que o que lá vem não é verdade. A partir daí, podemos começar a tentar perceber.

«David Ribeiro» >> Então vamos lá começar a tentar perceber, esquecendo se isto já foi ou não noticiado... Detetar "golpe de calor" é elementar, não é?... Seis horas para evacuação é muito, não é?... Qualquer profissional de saúde sabe a gravidade de temperatura corporal muito elevada por tempo demasiado, não sabe?

«Raul Vaz Osorio» >> Não é assim. Até é algo difícil de diagnosticar, porque não tem um quadro típico, porque é essencialmente um diagnóstico de exclusão, porque é habitualmente um diagnóstico feito em velhos. Mas como disse, não tenho quaisquer elementos concretos que me permitam avaliar. Se me der uma cronologia razoavelmente rigorosa, posso começar a tentar formar uma opinião.

«Jose Riobom» >> Oh amigo... essa dos velhos é p'ra mim ? [Emoji wink;-)]

«Jorge Veiga» >> Jose Riobom acho que é!!! Kkkkk

 

 11h13 – Notícia de última hora

O militar dos Comandos transferido para Hospital Curry Cabral devido a problemas hepáticos morreu esta manhã, acaba de informar o Ministro da Defesa, Azeredo Lopes.



Publicado por Tovi às 09:21
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Segunda-feira, 11 de Abril de 2016
Militares furiosos com Azeredo Lopes

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No meu entender esteve bem Azeredo Lopes, Ministro da Defesa do XXI Governo Constitucional, neste caso das declarações do subdirector do Colégio Militar sobre a discriminação de alunos homossexuais, até porque já é tempo dos chefes militares deixarem de ser endeusados e saberem ser CIDADÃOS como é exigido a um qualquer director de serviço do Estado.

 

  Comentários no Facebook

«Carlos Mota Freitas» >> Na minha terra diz-se: Metam rolhas! Os Srs. Militares andavam muito mal habituados...

«Celestino Neves» >> A Instituição militar de Portugal ainda não consegue fazer a auto-regulação necessária para evitar estes 'tiros nos pés' que depois tenta disfarçar com estas 'imolações pseudo-heróicas'. Azeredo Lopes é o Ministro da Defesa e os militares, até pela proximidade do 25 de Abril, deveriam lembrar-se do seu compromisso de 1974 e que é o de se submeterem ao poder político democrático! Ah! E Azeredo Lopes neste caso esteve (muito) bem!

«Jose Bandeira» >> Todas as instituições têm o seu código de ética. Se bem que ética seja um conceito cada vez mais vazio de conteúdo, certo é que sem ela não existe sustentabilidade social. Eu detesto o termo "Praça Pública" quando é referido por muitas entidades em defesa do tratamento sigiloso que acham devido a temas cujo esclarecimento é em boa verdade devido por quem ocupa cargos públicos perante os cidadãos. Mas estas manifestações de sobranceria bacoca por parte de governantes, aí sim na "Praça Pública", tentando com elas exibir um tipo de poder característico de incapazes arvorados em líderes, pouco têm de recomendável.

«David Ribeiro» >> É bom recordar o que diz a Constituição: “As Forças Armadas obedecem aos órgãos de soberania competentes, nos termos da Constituição e da lei; As Forças Armadas estão ao serviço do povo português, são rigorosamente apartidárias e os seus elementos não podem aproveitar-se da sua arma, do seu posto ou da sua função para qualquer intervenção política”. E também diz: “Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei; Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual”.

«Jose Bandeira» >> Quanto a isso estamos perfeitamente de acordo, mas também os órgãos de soberania, eleitos ou não, devem estar ao serviço do povo português.

«David Ribeiro» >> Sem dúvida… Mas quer nos órgãos de soberania quer na instituição militar, há bons e maus… e devem-se expurgar os maus, num lado e noutro.

«Jorge Oliveira E Sousa» >> E não existe (pelo menos já existiu) um artigo no código de Justiça Militar que se refere aos homossexuais e a incompatibilidade destes para servirem as Forças Armadas?

«David Ribeiro» >> Desconheço se existiu ou se ainda existe… mas a ter existido deve ser anterior à entrada de mulheres nas fileiras das forças armadas, pois a aberração do “machismo” castrense morreu, e muito bem, nessa altura.

«Jorge Oliveira E Sousa» >> No tempo em que existia esse artigo no CJM já havia mulheres paraquedistas enfermeiras enquadradas nas Forças Armadas. Vou procurar o artigo.

«David Ribeiro» >> O estatuto de "enfermeira paraquedista" era muito especial e em nada se pode comparar ao das actuais militares nos três ramos das forças armadas.

«Jorge Oliveira E Sousa» >> Mas eram militares, com incorporação, recruta, posto, direitos e deveres. Isso não o pode negar ou acha que eram "militares convidadas"?

«David Ribeiro» >> As diferenças para as militares de hoje são enormes... a começar na possibilidade de evolução na carreira, podendo hoje em dia chegarem ao generalato.

«Jorge Oliveira E Sousa» >> O que diz não colide com o que eu disse. E ainda bem que é assim.

«Jose Bandeira» >> Eu cá detesto o politicamente correcto. A homossexualidade é para mim um não assunto; é da esfera pessoal de cada um e discuti-la tem o mesmo valor que discutir o tamanho do pénis. Como em tudo na vida cada um é vítima de si próprio e da forma como gere a sua relação com os outros, embora exista muito boa gente a tentar varrer o lixo para debaixo da carpete responsabilizando terceiros pela sua incapacidade em gerir os seus próprios preconceitos.

«Maria Manuela Pinto Ramos» >> A homossexualidade é absolutamente normal, não deve ser impeditiva a qualquer cargo. Todos seres humanos.

«Victor Neves» >> Há situações que, por tão absurdas, são perfeitamente incompreensíveis. A conduta do Professor José Alberto Azeredo Lopes, com um passado irrepreensível, é um exemplo de cidadania, que deveria ser reconhecido por todos os portugueses. Atualmente, apesar de estar no início do desempenho das missões de governo para que foi indigitado (Ministro da Defesa Nacional), tem demonstrado o seu empenhamento na valorização das forças armadas e tem defendido, com toda a isenção, os mais elementares princípios da democracia. Por estes factos tem que se reconhecer ser, de total injustiça e irresponsabilidade, as leituras enviesadas que estão a ser feitas por gente e entidades a quem se exigia ser mais respeitadoras.

 

 

Para toda aquela tropa fandanga que anda por aí muito pesarosa por Azeredo Lopes não ter usado gravata num certo e determinado momento em que passou revista às tropas… Vejam as fotos e leiam o texto.

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Comentário esclarecedor de Rui Bebiano no mural de Eduardo Pitta: "Só agora soube que o episódio com Azeredo Lopes foi há quatro meses e no Kosovo. Tal como aquele que aparece nesta imagem (a do ministro PAF). Em teatro de operações é internacionalmente consensual o uso de traje ligeiro, militar ou "desportivo", não o fato e gravata." Lamentavelmente alinham neste charivari alguns militares de Abril.

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«Jorge Oliveira E Sousa» >> Há muita diferença entre o "desataviado" ministro Azarado Lopes e a presença e o modo de vestir de Aguiar-Branco em situações similares. Diz-se que o ministro Azarado Lopes tem medo de visitar a Marinha pois enjoa no mar e não pode fazer nenhuma viagem numa fragata..

«João Castro Lemos» >> A diferença é que um é laranjinha e o outro é do PS, eu adoro o "diz-se" na net e nomeadamente no Facebook.

«José Camilo» >> Quando for uma mulher neste cargo pode ir vestida à minhota?

«Vanda Salvador» >> Preocupem-se com coisas mais importantes para o País, como a aplicação da justiça.

«Jorge Oliveira E Sousa» >> Vai ir dando para gozar...

«António Magalhães» >> De facto, quando este é o assunto do momento na nação, está tudo dito!



Publicado por Tovi às 07:56
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Terça-feira, 24 de Novembro de 2015
António Costa foi indigitado Primeiro-Ministro

Cavaco Silva vs António Costa 24Nov2015 aa.jpg

Agora queremos saber quem vão ser os ministros... e depois vamos acompanhar com interesse a discussão do Programa do Governo.

 

  Os nomes do Governo de António Costa

O rol completo dos nomes do próximo Governo já está em Belém. Na lista que o primeiro-ministro indigitado disse (e cumpriu) estar em condições de apresentar “imediatamente” ao Presidente da República constam:

Mário Centeno na pasta das Finanças, devendo levar consigo para a secretaria de Estado das Finanças ou do Orçamento Ricardo Felix Mourinho - que nos últimos tempos tem surgido como seu braço-direito.

Manuel Caldeira Cabral, o académico da Universidade do Minho que também integrou o grupo de economistas que redigiu o cenário macroeconómico (e encabeçou a lista de deputados por Braga), na pasta da Economia.

Augusto Santos Silva nos Negócios Estrangeiros. O professor na Faculdade de Economia da Universidade do Porto já ocupou várias pastas nos Governos socialistas: a Educação e a Cultura, com António Guterres; os Assuntos Parlamentares e a Defesa com José Sócrates.

A Justiça será entregue Francisca Van Dunem.

Pedro Marques (antigo secretário de Estado da Segurança Social com Vieira da Silva) é o titular do Ministério do Planeamento e Infraestruturas (nova designação para as Obras Públicas).

Maria Manuel Leitão Marques terá a tutela da Presidência e da Modernização Administrativa - levando consigo, para esta última, como secretária de Estado, Graça Fonseca. Ambas são colaboradoras de sempre de António Costa.

Não haverá ministro dos Assuntos Parlamentares - Carlos César será um “super” líder parlamentar. A ligação institucional entre o Palácio de São Bento e a residência oficial do primeiro-ministro caberá ao secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos.

Vieira da Silva volta à Segurança Social, Capoulas Santos à Agricultura e Adalberto Fernandes será ministro da Saúde. Tiago Brandão Rodrigues, investigador bioquímico, cabeça de lista por Viana de Castelo, ocupa a pasta da Educação. Manuel Heitor, professor catedrático do Técnico, antigo secretário de Estado de Mariano Gago, fica com a Inovação, Ciência e Ensino Superior.

O Ambiente (renomeado Ministério do Ambiente e Mobilidade) será entregue a João Matos Fernandes, que ocupava até aqui a presidência das Águas do Porto.

Para a Cultura, Costa convidou João Soares.

Constança Urbano de Sousa será ministra da Administração Interna. Eduardo Cabrita fica como ministro adjunto. A Defesa foi entregue a Azeredo Lopes, que liderou a ERC.

Ana Paula Vitorino será ministra do Mar, Miguel Prata Roque secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e Mariana Vieira da Silva secretária de Estado Adjunta do primeiro-ministro. Margarida Marques será secretária de Estado dos Assuntos Europeus - Costa desistiu de criar um ministério com esta designação.

 

  Comentários no Facebook

«Diogo Quental» >> Fico contente com a Francisca Van Dunem na Justiça e João Soares na Cultura. Receio Centeno, que me parece precisar de maturar, e Santos Silva (que é, na prática, ter o Sócrates no governo).

«António Magalhães» >> Difícil compreender como é que se aceita uma antiga responsável pelos transportes que garantiu o não encerramento de várias linhas de caminho de ferro para ministra do Mar... E as linhas foram a do Tua, do Corgo e do Tâmega! à atenção do PCP e BE!

«David Ribeiro» >> Dos membros do grupo «Um novo norte para o Norte» já há um que vai para ministro… e é para a Defesa. Lá vai ficar o Presidente da Câmara do Porto sem Chefe de Gabinete [smile emoticon]. Em nome de todos os membros deste grupo desejo as maiores felicidades a José Alberto Azeredo Lopes nestas suas novas funções.

Resposta de Azeredo Lopes

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«Manuel Almeida» >> Não há problema. É por pouco tempo.

«David Ribeiro» >> Para quem não sabe o agora Ministro da Defesa – José Alberto Azeredo Lopes – é um grande Boavisteiro, doutorado em Relações Internacionais, professor da Escola de Direito da Universidade Católica do Porto e ocupou até agora o lugar de Chefe de Gabinete de Rui Moreira na autarquia portuense.

«Pedro Simões» >> 17 ministros? De facto ja acabou a austeridade para eles...

«David Ribeiro» >> Francisca Van Dunem na Justiça é capaz de ser uma má notícia para muita gente em Portugal e em Luanda… e ainda bem [wink emoticon]. 

«António Magalhães» >> E sobre a vice-presidente da Assembleia Municipal do Porto, não há nenhuma apreciação do nosso amigo David Ribeiro?

«David Ribeiro» >> Confesso que não sei das capacidades de Ana Paula Vitorino para as coisas do Mar… onde há tanto a fazer de importante e urgente.



Publicado por Tovi às 12:23
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Terça-feira, 29 de Setembro de 2015
As sondagens “assassinas"

A opinião de José Alberto Azeredo Lopes, que além de ser um grande Boavisteiro é também alguém que prezo como Cidadão:

Azeredo Lopes RR 28Set2015.jpg

[RR, 28Set2015 08h25] - A maior e mais notável lição que se retirará destas eleições é que pela última vez será intelectualmente legítimo falar na votação “da” esquerda. A esquerda não existe (se calhar, nunca existiu) como conceito unitário em Portugal, essa esquerda morreu de morte morrida matada. E é hoje, isso sim, um notável, fascinante, incongruente saco de gatos.

Foi interessante verificar como, perante a sucessão recente de sondagens e “tracking poll” desfavoráveis para o PS, se animaram as hostes de Portas e Passos Coelho, se animaram as hostes do sector comunista e do Bloco de Esquerda e... desabou o ânimo socialista.

Compreende-se a actual euforia do PAF (sempre educadamente dissimulada), não se compreende menos a alegria da esquerda “hard” (evitei o hardcore!), mais dificuldade haverá em alcançar que o PS tenha estado à beira do suicídio e só agora tenha descido do banco em que se tinha pendurado para colocar a corda ao pescoço.

Que fique claro, nesta coisa das sondagens e outros estudos de opinião, não insinuo uma conspiração nem insinuo que estes estudos de opinião influenciam em muito a percepção do “vencedor” e por isso têm um efeito directo na votação. Porque é claro que não há conspiração. E é igualmente límpido que estes estudos de opinião influenciam os eleitores indecisos, pelo que neste caso não insinuo: afirmo.

O que parece, no entanto, é que a direita estaria aqui a discutir coisas semelhantes se estivesse “atrás” naquele campeonato diário. E que, por conseguinte, a questão em geral só poderia resolver-se com medidas proibitivas, do género “vamos proteger a livre autodeterminação dos nossos queridos e frágeis cidadãos eleitores, proíba-se a divulgação das sondagens e outras tracking não sei o quê”.

Ora, além de um absurdo, a medida seria uma tolice tão grande que nem valerá a pena gastar as teclas do computador a falar do assunto. São novas realidades, a que depressa nos habituámos. E espera-se, por isso, que os partidos igualmente estejam já habituados, apreciem ou não os “resultados” e as “tendências”.

Estando o PAF à frente, percebeu. Ficou mais doce, humilde, muito franciscano: “isto não conta nada, é animador, claro, mas o importante é dia 4, todos têm que ir votar”. Continuando para a tentativa de bingo: “Pedimos uma maioria para governar”.

O Bloco e a CDU também perceberam a benesse, que retira das suas costas a pressão do voto útil. Se o PS está em segundo, para que serve dar-lhes o voto da esquerda?

O PS, depois de algum desnorte, está outra vez a arrepiar caminho e a fazer pela vida, mas o seu tempo encurtou, sendo os próximos dois ou três dias decisivos: sim, ou sopas.

Porém, a maior e mais notável lição que se retirará destas eleições é que pela última vez será intelectualmente legítimo falar na votação “da” esquerda. A esquerda não existe (se calhar, nunca existiu) como conceito unitário em Portugal, essa esquerda morreu de morte morrida matada. E é hoje, isso sim, um notável, fascinante, incongruente saco de gatos.

Para lá da questão formal e terminológica, a conclusão empírica é sociologicamente muito importante. E vai resultar - a afirmação é convicta - em alterações muito relevantes das estratégias futuras político-partidária.

Mas, logo se verá.



Publicado por Tovi às 09:06
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