Artigo publicado em 1nov2023 por Kimberly Halkett, jornalista da Al Jazeera acreditada na Casa Branca:
Membros da administração Biden ‘não se sentem confortáveis’ com a política do presidente dos EUA para Israel. Há uma pressão enorme [sobre Biden para controlar Israel] e é ao mesmo tempo visível e… invisível, em termos de estar a acontecer dentro do governo onde o público não consegue ver. É claro que todos estamos a assistir aos protestos públicos que estão a acontecer à escala global, sejam as greves, as manifestações encenadas, as cartas abertas que estão a ser divulgadas nos jornais. Mas o que também ouvimos e [o que] está a ser relatado aqui nos Estados Unidos é que há membros da administração Biden que não estão confortáveis com a política do presidente em relação a Israel e estão a tornar-se cada vez mais expressivos. Na verdade, sabemos que o Departamento de Estado está agora a oferecer sessões de esclarecimento para alguns membros do [departamento] que sentem que as suas crenças pessoais não estão alinhadas com a política do presidente e com o que está a acontecer no terreno em Gaza. E o que nos dizem é que o presidente não está a ouvir os especialistas, mas sim a alinhar-se com um círculo muito unido de conselheiros, que essencialmente lhe dão conselhos sobre como proceder.
Grande atividade diplomática no Médio Oriente
Segundo um comunicado do Departamento de Estado dos EUA, Antony Blinken e o príncipe Khalid bin Salman Al Saud, ministro da Defesa saudita, encontraram-se esta 4.ª feira [1nov2023] para falar sobre a situação humanitária em Gaza e sobre a necessidade de reforçar a estabilidade da região. “O secretário afirmou a importância de atender às necessidades humanitárias em Gaza, evitando uma maior propagação do conflito e reforçando a estabilidade e segurança regionais, incluindo no Iémen (...) Também enfatizou a importância de trabalhar em prol de uma paz sustentável entre israelitas e palestinianos, uma prioridade compartilhada tanto pelos Estados Unidos quanto pela Arábia Saudita”, explica o comunicado.
O parlamento do Bahrain anunciou esta 5.ª feira [2nov2023] que ordenou o regresso do embaixador em Telavive e vai cortar as relações económicas com Israel. Do lado de Israel, a decisão do Bahrain ainda está a ser analisada, noticia o Haaretz [jornal diário israelita]. Contudo, o embaixador israelita em Manama já abandonou o país. A embaixada de Israel esteve assim aberta durante menos de dois meses, uma vez que só tinha reaberta no início de setembro, três anos após os dois países terem normalizado relações. Na altura, o chefe da diplomacia do Bahrain - citado pela Reuters - tinha apontado que a reabertura da embaixada como “sinal do compromisso partilhado para com a segurança e prosperidade de todos os povos da região”. O anúncio chega um dia após a Jordânia ter chamado o seu embaixador em Israel em protesto contra a “catástrofe” decorrente dos ataques de Israel à Faixa de Gaza, nota a Al Jazeera. Também esta semana, a Bolívia cortou relações e o Chile e a Colômbia já tinham chamado os seus embaixadores.
Durante a tarde de 5.ª feira [2out2023], funcionários da Casa Branca têm dito que o secretário de Estado, Antony Blinken, quando chegar a Israel, apresentará ao primeiro-ministro israelita um pedido de “breve cessação das hostilidades”, como se diz, para permitir duas coisas: tirar as pessoas capturadas e também levar [suprimentos] humanitários. Os responsáveis dizem que estas pausas, pausas humanitárias como são descritas - e usam o plural - serão limitadas pela duração e pelo local. Também é muito interessante que funcionários da Casa Branca revelaram que o Presidente Biden pediu ao primeiro-ministro israelita uma pausa nas hostilidades no dia 20 de Outubro para libertar dois americanos que tinham sido mantidos em cativeiro. Citam isso como exemplo de que isso pode ser feito e que os esforços do secretário de Estado para conseguir que o primeiro-ministro israelita concorde com estas “breves cessações de hostilidade” são algo que tem um precedente.
O principal diplomata dos EUA irá reunir-se hoje [6.ª feira 3nov2023] com vários líderes israelitas: Antony Blinken conversará primeiro com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Irá também reunir-se com membros do gabinete de guerra do país. Depois, o secretário de Estado deverá reunir-se com o presidente Isaac Herzog. Finalmente, espera-se que ele se encontre com o líder da oposição, Yair Lapid.
Estamos a correr o risco do antissemitismo se alastrar por todo o mundo e para isto não acontecer as críticas à brutal e desproporcionada resposta militar de Israel ao terrível e inesperado ataque do Hamas em 7 de outubro não devem repercutir-se contra os judeus, pois a maioria deles opõem-se claramente à linha dura deste governo de Benjamin Netanyahu.
Sarah Corsino - Só que em tempo de guerra não se limpam armas. Quando a guerra terminar que Netanyauh se demita e haja novas eleições. Eu também não gosto rigorosamente nada dele.
David Ribeiro - Os israelitas exigem, e com toda a razão, que se investigue rapidamente como foi possível os tão propalados "melhores serviços de Inteligência e de Operações Especiais do mundo", não terem previsto e acautelado os acontecimentos de 7 de outubro. Terá sido unicamente "ganha fama e deita-te na cama" ou algo mais terá acontecido?
Sarah Corsino - David Ribeiro não vou escrever aqui o que penso apenas porque seria longo. Mas acredito mais na 2ª hipótese. Eles eram atacados cerca de 200 dias por ano. Devem ter achado que era mais uma.... E nada é a 100%. Nem sequer o Iron Dome
Isabel Sousa Braga - David Ribeiro realmente eu também queria saber. Se eles conseguem ouvir as conversas telefónicas entre os fulanos em Gaza ( no caso do hospital ) não detectaram /ouviram o planeamento de 7 de Outubro? Não deve ter sido um telefonema simples daqueles como o outro fazia " preciso de umas fotocópias".
Mário Paiva - ...mas é tudo tão simples... uma cambada de vilões muito maus de um lado combatidos por anjos e santinhos do outro... For years, Netanyahu propped up Hamas. Now it’s blown up in our faces
David Ribeiro - Pois é, Mário Paiva... mas os Falcões israelitas dizem-nos que isso agora não interessa nada.
Marcelo... uma no cravo outra na ferradura
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse esta sexta-feira ao chefe da missão diplomática da Palestina em Portugal que alguns palestinianos "não deviam ter começado" esta guerra com Israel e aconselhou-os a serem moderados e pacíficos. "Desta vez foi alguém do vosso lado que começou. Não deviam", considerou o chefe de Estado português, num diálogo com Nabil Abuznaid, em inglês, durante uma visita ao Bazar Diplomático, no Centro de Congressos de Lisboa.
Uma hora depois da conversa pública com o embaixador palestiniano, o Presidente da República voltou atrás para criticar Israel na questão dos colonatos ilegais e da morte de civis e dizer que o ataque terroristas do Hamas serviu de “pretexto” à reação israelita.
Rui Lopes A. D'Orey - homenzinho pequeno e mesquinho. Sem espinha dorsal
Jorge Veiga - Rui Lopes A. D'Orey conheço piores.
Rui Lopes A. D'Orey - Jorge Veiga verdade
António Vilar Ribeiro - É um tonto
Isabel Sousa Braga - Ahahahah
Mário Paiva - ...é no que dá querer ficar bem em todas as fotos... depois queixam-se dos fotógrafos, claro...
Bahrein, Egipto, Arábia Saudita, Iémen e Emirados Árabes Unidos anunciaram hoje a suspensão das relações diplomáticas e o fim de ligações aéreas e marítimas com o Qatar, acusando o país de apoiar o terrorismo. Isto é certamente um terramoto político que poderá ter réplicas das quais ainda não temos muito bem noção do que poderá atingir.
Comentários no Facebook
«Gianpiero Zignoni» - Diz o roto ao nu......
«Joaquim Figueiredo» - Por alguma razão Trump vendeu 110 MM$ de armamento à Arábia Saudita. Para alimentar a guerra na zona? ou para alimentar os grupos terroristas?
«Jovita Fonseca» - Eles lá têm as suas razões...
«Raul Vaz Osorio» - A discussão deve ser na base do "para de apoiar os meus terroristas, arranja os teus"
«David Ribeiro» - Todos devemos estar preocupados com o eventual surgimento de um novo foco de tensões no mundo árabe, principalmente porque tudo ainda está demasiado nublado neste caso em que o Qatar, um emirado absolutista e hereditário actualmente comandado por Tamim bin Hamad Al Thani, é acusado pelos outros países do oriente médio de prestar assistência aos grupos terroristas na região e aos rebeldes houthis no Iémen. Recordamos que este país, cuja capital é Doha, foi um protectorado britânico até 1971, quando obteve a independência. Desde então, tornou-se um dos estados mais ricos da região, devido às receitas oriundas do petróleo e do gás natural (possui a terceira maior reserva mundial de gás). A sua área total é de 11.437 km2 (12% do território português) e tem uma população (censo de 2016) de 2.545.603 habitantes.
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