As opiniões dividem-se entre os que pensam que o presidente russo viu a sua autoridade reforçada e os que veem no acordo com o líder dos mercenários um sinal de fragilidade. Para mim ainda há muito por conhecer acerca do motim que Yevgeny Prigozhin, líder do Grupo Wagner, levou a cabo contra as lideranças militares do Estado russo, mas partilho do que disseram David Petraeus, ex-diretor da CIA, e Paulo Portas, comentador da TVI/CNNPortugal: A revolta é um “sinal de que alguma coisa pode acontecer na Rússia” e vai resultar numa “guerra mais forte”. E não me parece díficil que Putin tenha ganho autoridade para tomar novas e sérias decisões, podendo ir até à instauração da lei marcial e mesmo decretar uma mobilização total. Aguardemos... mas não esqueçamos que tudo o que não nos destrói, torna-nos mais fortes.
Jorge Veiga - o que não destroi, enfraquece?
David Ribeiro - Jorge Veiga... normalmente sim, embora dependa das intenções.
Rui Lima - Putin está finito. Aquelas imagens dos cúmplices à mesa diz tudo. Está preso por arames. Tudo depende das Forças Armadas.
Raul Vaz Osorio - Discordo em absoluto. Também ainda estou a tentar perceber o que realmente se passou, mas nenhum autocrata sai reforçado de uma revolta em que os revoltosos desistem por si sós e levam palmadinhas nas costas. Quanto à situação militar, uma vez que a Wagner era quem, basicamente resolvia situações e atingia objectivos, parece-me que as forças russas ficam claramente enfraquecidas.
Mário Paiva - David, Preghozhin não vai p'rá Bielorrússia sózinho... estarão a ser montados lá 3 quartéis para 8000 militares do Wagner cada um, localizados estratégicamente... Aproximam-se as eleições na Bielorrússia...
Prigozhin justifica-se...
Nos seus primeiros comentários públicos desde a retirada de suas tropas, o líder de Wagner, Yevgeny Prigozhin, disse que os eventos do fim-de-semana foram planeados para protestar contra os comandantes militares russos, não para derrubar o governo. Prigozhin falou numa mensagem áudio de 11 minutos divulgada ontem [26jun2023] no Telegram, onde acrescentou que suas tropas não assinaram contratos com o Ministério da Defesa. No domingo, o Kremlin tinha dito que as tropas de Wagner poderiam assinar contratos com o ministério depois de retornar aos campos.
Rui Lima - E muito bem ......
Maria Vilar de Almeida - O busílis é quem vai pagar as indemnizações por cada guerrilheiro morto em combate...
Mário Paiva - Maria Vilar de Almeida, a quem?
Maria Vilar de Almeida - Mário Paiva por cada combatente da Wagner morto em combate a família tem direito a uma indemnização. Se começam a ser recrutados directamente pelo Governo Russo, o responsável da Wagner irá pagar essas indemnizações, como até aqui seria esperado?! ... já agora, abro um parêntesis e acrescento... a família de qualquer combatente MESMO em exército regular, deveria receber uma indemnização! É a minha opinião.
Carlos Almeida - Maria Vilar de Almeida Isso depende do contrato feito… Quando se trata duma empresa privada a trabalhar para o Estado. Pode fazer-se comparação com os grupos Blackwater e Mozart, com contratos com os EUA, e a Legião Estrangeira, a trabalhar para o governo francês.
Da Mota Veiga Suzette - Um poder dentro do poder!
Discurso de Putin ao Povo Russo - 2.ª feira 26jun2023
Era expectável um discurso destes... só quem não conhece Putin é que poderia esperar outras coisas. Mas o futuro próximo pode ainda dar-nos novidades.
Num discurso gravado, Vladimir Putin dirigiu-se ontem à noite ao povo russo para afirmar que “a tentativa de criar o caos interno falhou", muito porque “toda a sociedade mostrou ser responsável”. O Presidente russo garante que “foram tomadas desde o início todas as medidas para neutralizar" a rebelião do Grupo Wagner. “O levantamento militar seria de qualquer forma esmagado”, disse Putin. Defendeu também que os mercenários “compreenderam que tinham dado um passo criminoso” e voltou a insistir que o país enfrenta uma “forte ameaça do exterior”. “Os nazis de Kiev e do Ocidente queriam que os russos combatessem uns contra os outros”, acusou.
Putin disse, durante o seu discurso à nação, que ordenou “não fosse derramada uma gota de sangue” para travar a rebelião do Grupo Wagner, encabeçada por Prigozhin. “Sabemos que a grande maioria dos combatentes da Wagner são patriotas e fiéis à Rússia. Mostraram isso quando libertaram o Donbas e a Novorossiya”, frisou Vladimir Putin. “Tentaram usá-los para lutar contra o seu povo”, acrescentou. “Tomei a decisão de ordenar que não fosse derramada qualquer gota de sangue para permitir que aqueles que erraram compreendessem as consequências destrutivas dessa aventura em que foram envolvidos”, referiu o Presidente da Federação Russa. Putin agradeceu também a Lukashenko o papel que desempenhou para fazer recuar Prigozhin.
Vladimir Putin agradeceu a “todos os soldados e comandantes que tomaram a decisão certa: travar [a marcha para Moscovo] no último momento”. O Presidente russo garante que os combatentes do Grupo Wagner que participaram na rebelião “podem continuar a servir a pátria fazendo um contrato com o Ministério da Defesa". "Os que quiserem podem ir para casa e os que preferirem podem ir para a Bielorrússia. Cada um vai escolher”, disse Putin.
Segundo as últimas notícias um jato [Embraer Legacy 600, com o registo RA-02795 e número de série 14501008] muito utilizado pelo líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, aterrou esta terça-feira [27jun2023] pelas 7h40 locais na Base Aérea de Machulishchy, a sul de Minsk, após partir de Rostov. Não há ainda confirmação de quem estava a bordo, mas era esperado que Prigozhin se deslocasse para a Bielorrússia, como tinha ficado acordado com o fim da rebelião. Entretanto o presidente da Bielorússia confirmou a chegada neste dia de Yevgeny Prigozhin. Alexander Lukashenko disse também que a experiência de combate do grupo Wagner será útil, e ofereceu uma base militar abandonada aos mercenários que queiram juntar-se ao seu líder. Revelou ainda que convenceu Prigozhin a desistir da revolta no sábado, dizendo-lhe ao telefone que Vladirmir Putin nunca lhe entregaria o ministro da Defesa, e que ele e os seus mercenários seriam esmagados se continuassem a marcha para Moscovo.
Dois "rockets" russos atingiram no fim do dia de hoje [terça-feira 27jun2023] um restaurante em Kramatorsk, cidade situada no Oblast de Donetsk, muito frequentado por militares ucranianos. Há um número considerável de mortos e feridos.
Maria Vilar de Almeida - ENA Davidzinho... CREDO!
Jorge Veiga - mais alvos militares.
Rui Lima - Diz o assassino que a Rússia está sob ameaça do exterior.......
Às primeiras horas deste último sábado o Grupo Wagner iniciou um ato de rebelião do qual ainda é cedo para se perceber qual será o desfecho. Putin já apelou a estes mercenários para desobedecerem a Prigozhin, mas estes, ao que consta, continuam na sua marcha sobre Moscovo.
(Tropas do Grupo Wagner na cidade fronteiriça russa de Rostov-on-Don)
O presidente russo, Vladimir Putin, diz que um “motim armado” do Grupo Wagner é uma traição, acrescentando que “ações decisivas” serão tomadas contra eles.
As autoridades de Moscovo e arredores dizem que declararam estado de emergência de “contraterrorismo” depois que o chefe de Wagner, Yevgeny Prigozhin, afirmou que suas forças estavam no controle de instalações militares em Rostov.
Anteriormente, Prigozhin acusou a alta liderança militar da Rússia de ordenar um ataque com foguetes aos campos de Wagner na Ucrânia, onde "um grande número" de seus combatentes foi morto.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, diz que “a fraqueza da Rússia é óbvia” e que quanto mais Moscovo mantiver suas tropas e mercenários na Ucrânia, mais caos atrairá para casa.
Jorge Veiga - está confuso... A ser verdade, os Ucranianos ainda bebem ums bejecas...
Vale Dos Princípes - Uma ideia Traduzir para português Já não há paciência para brazuquês
Notícias da tarde de ontem [sábado 24jun2023]
Os mercenários do Grupo Wagner já controlam as instalações militares e o aeroporto da cidade de Rostov. Em Voronezh, há relatos de um bloqueio de uma importante ligação com Moscovo (a autoestrada M4). Já na capital, foram aplicadas medidas antiterroristas anunciadas pelo presidente da Câmara de Moscovo.
O presidente eleito da Letónia disse que o Estado báltico reforçou sua segurança nas fronteiras em resposta ao motim em andamento na Rússia e não admitiria russos.
Os mercenários russos amotinados do Grupo Wagner estavam “se movendo” pela região de Lipetsk, cerca de 400 quilómetros ao sul de Moscovo, disse o governador Igor Artamonov, a caminho da capital russa, depois de prometer derrubar a liderança militar do Kremlin. “O hardware do grupo mercenário Wagner está se movendo pelo território da região de Lipetsk”, disse o governador no Telegram. “Relembro que é vivamente recomendado aos residentes que não saiam de casa nem façam deslocações em qualquer meio de transporte.”
Governos de todo o mundo estão observando de perto os eventos que se desenrolam rapidamente na Rússia, onde um motim do grupo mercenário Wagner representou o mais sério desafio ao longo governo do presidente Vladimir Putin.
Prigozhin ordena "marcha-atrás" [18h30 de 24jun2023]
O anúncio foi feito pelo Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, na rede social Telegram. Minutos depois, o próprio líder do grupo Wagner confirmou a paragem da marcha rumo a Moscovo. As colunas do grupo Wagner estavam a cerca de 200 quilómetros de Moscovo.
As negociações continuaram ao longo do dia. Os soldados do Wagner receberam garantias de segurança e imunidade, ou seja, não haverá represálias, nem para Prigozhin nem para os outros mercenários. Prigozhin irá para a Bielorrússia e o caso aberto pela procuradora-geral russa será retirado. "Evitar um derramamento de sangue era mais importante do que castigar as pessoas", afirmou o Kremlin na sua primeira reação ao acordo com os revoltosos.
Carlos Almeida - O cozinheiro mercenário foi exilado na Bielorrússia. De lá seguirá o seu destino.
David Ribeiro - Ao que parece, e só o futuro dirá se assim será, o facto de não ter havido qualquer tipo de resultado prático de condenação dos atos do Grupo Wagner revela as intenções de Vladimir Putin se preservar à frente dos destinos da federação russa. Também é estranho que após aquilo que pareceu "um golpe de Estado" o cabecilha do golpe vá passar férias para a Bielorrússia. Será interessante acompanhar o futuro próximo de Sergei Shoigu e de Valery Gerasimov, respetivamente Ministro da Defesa da Rússia e chefe do Estado-Maior das tropas de Putin.
Jorge Veiga - David Ribeiro o Perigoso (hehe) vai para a Bielorússia só ou com o exército dele por companhia???
David Ribeiro - Jorge Veiga, ao que consta as tropas que o queiram fazer, serão incorporadas no exército russo.
Jorge Veiga - David Ribeiro ...e as que o não queram fazer? Vão para casa ou acompanham o "cozinheiro"?.
David Ribeiro - Jorge Veiga, fazem o que bem entenderem, sendo que Putin já lhes prometeu imunidade legal.
Jorge Veiga - David Ribeiro a questão é se acompanham o chefe, não virão a entrar na Ucránia pelo norte??? Daquela gente, espero de tudo até teatro, para fazerem uma ofensiva diferente, já que a do Sul nada deu de concreto.
Vladimir Putin só se pode culpar a si mesmo pelo facto de que, em vez de realizar seu sonho de restabelecer a Rússia como uma grande potência mundial, o monstro mercenário que ele ajudou a criar enfraqueceu seu regime. (Con Coughlin in The Telegraph)
Tenho cá um "feeling" que num futuro muito próximo Sergey Surovikin, o atual comandante das forças russas na Ucrânia, vai ser o novo chefe do Estado-Maior das tropas de Putin ou mesmo Ministro da Defesa. Pouco se tem falado sobre o apelo por ele feito aos combatentes mercenários de Wagner na noite de sexta-feira a “parar” e “obedecer à vontade” do presidente Vladimir Putin. “Somos do mesmo sangue. Somos guerreiros. Peço que parem (...) não podem fazer o jogo do inimigo neste momento difícil para o país (...) por favor, obedeçam à vontade e às ordens do presidente da Federação Russa que foi eleito pelas massas”, disse Surovikin num vídeo postado no Telegram por um repórter da mídia estatal russa.
Paulo Barreira - Isso é o que diz na comunicação social , pocha
David Ribeiro - Exatamente, Paulo Barreira... até porque eu não tenho o dom da adivinhação.
Cada um toca a música que lhe interessa
A crise da Rússia envolvendo a revolta abortada do Grupo Wagner contra o Kremlin expôs "rachaduras reais" na autoridade do presidente Vladimir Putin, disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.
A China diz que apoia a Rússia na “proteção da estabilidade nacional”, nas primeiras observações oficiais de Pequim sobre o levantamento armado de curta duração.
Mas para mim e para mais alguns comentadores da nossa praça, tudo o que se passou poderá ter sido uma movimentação por parte dos que defendem uma linha dura, ou seja, um avanço ainda mais determinado na Ucrânia. Há também quem coloque a hipótese de tudo ter sido uma encenação de forma a permitir que Putin posicione forças, altere chefias e integre o grupo Wagner no exército, o que me parece hipótese demasiado rebuscada, mas não impossível.
Do meu amigo Mário Paiva
Pedro Ferreira - Se o povo russo tivesse "tomates" já podiam ter feito uma revolta.
David Ribeiro - Tanto quanto me é dado saber a "contestação" a Putin é só nas grandes cidades (Moscovo, São Petersburgo e pouco mais)... e a Rússia é muito grande.
Pedro Ferreira - David Ribeiro E mesmo assim pouco fazem.
Faz lembrar outros tempos... Uma mulher caminha perto de um prédio residencial que abriga a filial local do partido do governo russo - Rússia Unida - com o urso no seu emblema, num mural patriótico na parede da cidade de Chekhov, perto de Moscovo.
A Ucrânia, esta sexta-feira 17fev2023, disse ser imprescindível os cerca de seis mil civis, que segundo as autoridades de Kiev ainda se encontram em Bakhmut, abandonarem "imediatamente" a cidade, alvo de ataques das forças russas.
Conferência de Segurança de Munique
A Conferência de Segurança de Munique é uma conferência de segurança internacional, realizada desde 1963 e visitado anualmente por políticos de segurança e defesa, militares e industriais de defesa. Ao longo das últimas décadas a Conferência de Segurança de Munique tornou-se a mais importante nesta área. Todos os anos proporciona a participantes de alto nível de todo o mundo um fórum para a discussão intensa sobre os desafios atuais e futuros, no âmbito da política de segurança.
Olaf Scholz garantiu que a Alemanha vai continuar a ser o maior fornecedor de armas do continente europeu à Ucrânia. A garantia foi feita esta sexta-feira [17fev2023] na Conferência de Segurança, que decorre em Munique, onde o chanceler fez um apelo para que os aliados que possam enviar carros de combate à Ucrânia, nomeadamente os Leopard 2, devem fazê-lo agora.
Emmanuel Macron argumentou esta sexta-feira [17fev2023] que "este não é o momento para o diálogo", com a Rússia. "O momento para o diálogo ainda não chegou, porque a Rússia escolheu a guerra. A Rússia escolheu atingir infraestruturas civis e cometer crimes de guerra. O ataque da Rússia tem de falhar", declarou Macron, durante a Conferência da Segurança, que decorre em Munique, na Alemanha. O presidente francês falou ainda do grupo Wagner, um grupo de mercenários da Rússia, para recordar uma conversa que teve com Putin há um ano, na qual "quase" acreditou no presidente russo quando disse não ter qualquer relação com aquele grupo. Porém, para o chefe de Estado francês, é agora claro que o grupo atua como uma ferramenta da "máfia" para cometer crimes.
O presidente Volodymyr Zelensky, quando se dirigia à Conferência de Segurança de Munique via vídeo, disse que não deve haver atrasos na entrega de armas para ajudar a Ucrânia a lutar contra a Rússia. É “óbvio” que a Ucrânia não será a última parada na invasão de Putin, diz Zelensky. “Ele vai continuar seu movimento até o fim, …incluindo todos os outros estados que em algum momento fizeram parte do bloco soviético”, disse o presidente da Ucrânia.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, encontrou-se com o chanceler alemão Olaf Scholz à margem da Conferência de Segurança em Munique, e discutiram as necessidades militares da Ucrânia. "O primeiro-ministro sublinhou a necessidade de os aliados pensarem não só em garantir a paz a curto prazo, mas também em reforçar as defesas da Ucrânia a longo prazo", pode ler-se num comunicado emitido por Downing Street. Sunak congratulou Scholz pelo esforço feito pela Alemanha para reduzir a dependência energética da Rússia, bem como pelo reforço das forças armadas ao serviço de Berlim. "Os líderes também debateram a importância de reforçar a NATO, e expressaram o seu apoio à adesão da Suécia e da Finlândia", conclui a nota.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou este sábado [18fev2023] que o país tem um “profundo interesse” numa paz “justa e duradoura” na Ucrânia. “Qualquer paz deve ser consistente com os princípios da Carta das Nações Unidas”, disse Blinken durante um painel de discussão na Conferência de Segurança de Munique. E é do interesse dos países em todo o mundo garantir que o resultado não valide de alguma forma a invasão levada a cabo pela Rússia. "Se fizermos isso, abriremos uma caixa de Pandora em todo o mundo, e todo o pretenso invasor concluirá que 'se a Rússia se safar, nós também nos podemos safar'", disse Blinken. "Essa é uma receita para um mundo de conflito."
A Presidente da Moldávia, Maia Sandu, descartou este sábado [18fev2023] uma “ameaça militar iminente” da Rússia contra o país, mas alertou para a 'guerra híbrida' de Moscovo através da desinformação e pediu ajuda para combatê-la. "Sabemos que não há ameaça militar iminente à Moldávia", disse Maia Sandu, durante a Conferência de Segurança de Munique, que começou na sexta-feira na Alemanha e irá decorrer até domingo.
O diplomata chinês Wang Yi anunciou hoje [19fev2023], em Munique, estar a finalizar os preparativos para uma “iniciativa de paz” que acabe com a guerra na Ucrânia de acordo com a Carta das Nações Unidas. Num discurso realizado na Conferência de Segurança de Munique, o diretor do Gabinete da Comissão de Negócios Estrangeiros do Partido Comunista da China declarou que o seu país, que rejeitou a invasão russa por atentar contra a integridade territorial da Ucrânia, mas nunca apoiou as sanções contra Moscovo, defenderá sempre a “paz e o diálogo” na “resolução política da crise”.
Encontro entre Putin e Lukashenko
Enquanto os líderes mundiais estão reunidos na Conferência de Segurança, em Munique, sem qualquer representantes da Rússia, Vladimir Putin encontrou-se com o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko. Antes da reunião, e de acordo com a agência Tass, Lukashenko adiantou que planeia abordar questões como a segurança e a defesa. Do lado do Kremlin, o encontro serviria para debater "o desenvolvimento futuro da parceria e aliança estratégica entre os dois países". Este encontro entre os líderes russo e bielorrusso surge um dia depois de Lukashenko ter admitido que poderia entrar na guerra da Ucrânia ao lado da Rússia caso a Bielorrússia venha a ser atacada.
"Será que (...) a possibilidade do futuro da Ucrânia se poder encontrar condicionado pela campanha eleitoral para as presidenciais norte-americanas, que se perspetiva venha a acelerar no segundo semestre deste ano? E, à semelhança do que aconteceu em 1995, será que o presidente Joe Biden precisa de resolver o problema ucraniano até ao final do verão, e assim esvaziar as críticas que lhe possam vir a ser feitas pelos seus opositores?" - Questão muito bem equacionada pelo Major-General (na reserva) Carlos Branco no Diário de Notícias de hoje, 19fev2023.
E já agora: Quem vai pagar essas "mais armas"?
“Esses dois temas – a instabilidade interna da Rússia e a guerra na Ucrânia – estão fundamentalmente interligados. Ao travar uma guerra na Ucrânia, Putin evita o confronto com sua própria população e mantém a oposição sob controle. Ele essencialmente terceirizou seu conflito doméstico para a Ucrânia, vizinha da Rússia.” (Notícia da Al Jazeera aqui)
Dois indicadores que mostram que as sanções não estão a dar frutos são a estabilidade da moeda russa, o rublo, e as previsões que o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou na segunda-feira [30jan2023], indicando que a economia russa vai crescer este ano em 0,3%, bem acima da contração de -2,3% das previsões anteriores. Outro dado importante é o tráfego comercial entre a China e a Rússia, que atingiu valores recorde em dezembro, após um período de ajustamento imediatamente após a invasão. A Rússia também encontrou várias formas de contornar as condições e limitações impostas às suas exportações de petróleo, a principal das quais é usar intermediários sediados em países como os Emirados Árabes Unidos, Índia, Paquistão, Indonésia ou Malásia que compram carregamentos de petróleo russo que depois revendem.
NATO e Japão reafirmam apoio a Kiev através de sanções à Rússia
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, e o ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, Yoshimasa Hayashi, reafirmaram ontem [1fev2023] o seu compromisso em apoiar a Ucrânia através de sanções contra a Rússia. Stoltenberg e Hayashi afirmaram que países "com ideias semelhantes e valores comuns devem juntar-se e continuar a impor sanções à Rússia e a apoiar a Ucrânia".
Opinião do Major-General Carlos Branco
Muitos no Ocidente apostaram na derrota militar da Rússia, na expulsão das suas tropas do território ucraniano e na adesão da Ucrânia à NATO. Contudo, a entrega de equipamento militar a Kiev não conseguiu, até agora, que esses objetivos fossem atingidos.
Volvido quase um ano sobre o início da operação militar russa na Ucrânia justifica-se uma reflexão sobre o seu futuro. Até agora, nenhuma das partes prevaleceu no campo de batalha, encontrando-se a contenda num impasse. Para tal, muito contribuiu o apoio prestado pelo Ocidente às forças ucranianas, com os EUA à cabeça, assim como o da NATO em matéria de intelligence.São várias as estimativas sobre a dimensão desse apoio. Algumas fontes referem um montante superior a 110 mil milhões de dólares apenas em nove meses.Ao contrário daquilo que muitos vaticinaram, a Rússia não claudicou, e os seus paióis não ficaram vazios de munições. A economia resistiu consideravelmente bem às sanções que lhe foram impostas (o rublo valorizou-se e o PIB caiu apenas cerca de 2%). Por outro lado, o conflito trouxe à tona de água o estado calamitoso em que se encontra a base industrial de defesa e as forças europeias, em particular as alemãs, inglesas e francesas.Afinal, os europeus não dispunham das munições insistentemente pedidas pelos ucranianos, assim como dos equipamentos militares por estes exigidos. O apoio à Ucrânia serviu, em muitos casos, para libertar material já não utilizado e em depósito.Perante estes desenvolvimentos, coloca-se, pois, uma questão incontornável. Quais são os objetivos estratégicos a atingir pelos EUA neste conflito, e como o reiterado fornecimento de equipamento militar à Ucrânia pode ajudar a atingi-los? E precisamos perceber qual o end state que a Casa Branca pretende obter. A ausência de uma resposta esclarecida a esta pergunta pode conduzir-nos àquilo que conhecemos por mission creep, ou seja, a um resultado que pode vir a comprometer o objetivo inicial.Muitos no Ocidente apostaram na derrota militar da Rússia, na expulsão das suas tropas do território ucraniano e na adesão da Ucrânia à NATO. Contudo, a entrega de equipamento militar a Kiev não conseguiu, até agora, que esses objetivos fossem atingidos. O aumento da sua letalidade não levou à vitória ucraniana no campo de batalha, tendo servido apenas para evitar a sua derrota e prolongar o conflito.A interpretação errada dos desenvolvimentos militares no outono de 2022, isto é, a recuperação pelas tropas de Kiev dos territórios situados na região a Leste da cidade de Kharkiv, e mais tarde a retirada das forças russas dos territórios de Kherson, situados na margem direita do rio Dniepre, criaram a perceção de que a vitória militar ucraniana era possível e estava ao alcance.Contudo, por muito que possa custar, começou a ser evidente para muitos analistas insuspeitos, nomeadamente para o Chefe de Estado-Maior-General norte-americano Mark Milley, que esse cenário otimista é altamente improvável de concretizar. Assim, poderá ser mais realista considerar como ponto de partida para se iniciarem negociações o statu quo resultante da campanha militar em curso, em vez da reversão ao statu quo ante de 1991, proposto pelo lado ucraniano.Os fortes indícios de que prevalecerá a primeira situação sugerem que poderá fazer pouco sentido prolongar a guerra, uma vez que as consequências desse prolongamento agravarão uma situação já extremamente penosa para Kiev e aumentarão significativamente a probabilidade de uma confrontação militar com a Rússia.Será que o Ocidente está disponível para correr esse risco? Nesta matéria, como noutras, os EUA têm responsabilidades acrescidas.
No dia de hoje [3fev2023], em que Kiev recebe a 24.ª Cimeira União Europeia (UE) – Ucrânia, um alerta vermelho foi ativado em toda o território ucraniano cerca das 8h30 (10h30 locais). Poucos minutos antes tinha descolado da Bielorrússia um AWACS A-50U e um MiG-31K, de acordo com o canal Hajun BY, que monitoriza a atividade militar no país. Um segundo MiG-31K descolou da Bielorrússia às 10h44 (hora local).
Líderes da União Europeia realizaram hoje uma cimeira em Kiev enquanto os alertas de ataque aéreo soaram em toda a Ucrânia. A reunião é uma forte demonstração de solidariedade, mas os líderes da UE dizem que não há um cronograma rígido para a adesão de Kiev ao bloco e que provavelmente levará anos.
Sol/Sapo 3fev2023 às 14h55
O chefe do Governo recusou o envio para a Ucrânia de carros de combate Leopard 2, do Exército português, mostrando-se apenas disponível para Portugal dar formação a ucranianos nesse domínio. A maioria dos 37 veículos existentes em Portugal – estacionados no campo militar de Santa Margarida – não estão operacionais por falta de peças sobressalentes. É que, apesar de terem sido adquiridos em segunda mão aos Países Baixos, pertencem à gama mais avançada de Leopard 2 (o modelo A6), sendo tecnologicamente muito complexos. Além disso, o Exército não tem nem nunca teve uma única munição real para os blindados dispararem, mas apenas munições de treino.
A Rússia está a aumentar as suas forças na Ucrânia, mas as tropas de Kiev lutam ferozmente pelo controle da cidade de Soledar, no leste. O grupo Wagner diz ter capturado toda a cidade de mineração de sal de Soledar após intensos combates. A Ucrânia nega que a cidade tenha caído e diz que os combates continuam.
Al Jazeera 13jan2023 - Batalha de 'alta intensidade' em Soledar
A vice-ministra da Defesa, Hanna Malyar, disse que as forças ucranianas estão resistindo após uma noite de batalhas de “alta intensidade” na cidade de Soledar, no leste, onde cerca de 500 civis estão presos. O presidente Volodymyr Zelensky disse que as tropas que defendem Bakhmut e Soledar estariam armadas com tudo o que precisam para manter as tropas russas afastadas.
Jose Bandeira - Não é tempo de permitir avanços russos (nem mesmo de mercenários Wagnerianos)... A Europa, a mesma Europa que soçobrou perante Hitler e que agora tem em Zelensky o guardião da liberdade que Churchill assumiu na 2.a Grande Guerra, tem obrigação de parar a carnificina!
Wikipédia
Soledar é uma cidade da Ucrânia, situada no Oblast de Donetsk. Tem 14,10 km² de área e sua população em 2020 foi estimada em 10.867 habitantes.
Artyomsol, é a maior empresa de extração e comercialização de sal de cozinha (NaCl) da Europa Central e do leste Europeu, fundada em 1881, e localiza-se no município, antes da invasão russa fornecia mais de 90% das necessidades de sal de mesa da Ucrânia (os produtos ali produzidos eram comprados por mais de 50 mil compradores atacadistas na Ucrânia, Rússia e outros países da Europa e África). As minas de sal da cidade também costumavam ser uma importante fonte turística, que ao atrair grande número de turistas geravam empregos e renda para o município. Haviam tours a até 300 metros de profundidade nos túneis, os quais possuem um comprimento estimado em cerca de 300 km. Um túnel em especial impressiona por possuir 30 metros de altura, 14 de largura, se estendendo por 1 km. Abaixo da superfície de Soledar, é possível encontrar um museu, uma igreja, um sala de concertos, um campo de futebol, esculturas de cristais de sal e um hospital para até 100 pacientes que sofram de problemas respiratórios. Para além das minas de sal, a zona em torno de Soledar é rica em gesso, mineral muito utilizado como fertilizante, como também na fabricação de cimento e na medicina. Tal facto atraiu empresas que se instalaram no local para processamento do minério, como a empresa alemã Knauf que mantém desde 2006 uma fábrica de placas de gesso no município. Também se destaca a existência na cidade do único viveiro da Ucrânia para o cultivo industrial de abetos azuis e prateados.
CNNPortugal às 11h09 de hoje - Rússia anuncia conquista de Soledar
O Ministério da Defesa da Rússia anunciou esta sexta-feira a conquista de Soledar. "Na noite de 12 de janeiro, foi concluída a 'libertação' da cidade de Soledar, o que é importante para a continuação das operações ofensivas bem-sucedidas na direção de Donetsk", disse Igor Konashenkov, porta-voz da instituição, citado pela TASS. "O estabelecimento de controlo total sobre Soledar torna possível cortar as rotas de abastecimento das tropas ucranianas na cidade de Artemovsk [Bakhmut], no sudoeste", continuou. Konashenkov salientou que a conquista da pequena cidade da região de Donetsk foi possível devido ao "constante fogo de artilharia e ataques aéreos" lançados pelas forças russas. "A captura de Soledar foi possível devido à destruição do inimigo pelo constante fogo de artilharia, ataques aéreos e lançamento de mísseis. Realizámos continuamente ataques direcionados às posições das forças armadas ucranianas na cidade, impedindo o reforço de efetivos e fornecimento de munições, bem como as tentativas do inimigo recuar para outras linhas de defesa", explicou.
Contudo, já na manhã desta sexta-feira, a vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Malyar, afirmou que as tropas de Kiev ainda continuam a defender "corajosamente" a cidade. "O inimigo enviou quase todas as forças principais para a direção de Donetsk e mantém uma elevada intensidade na sua ofensiva. Esta é uma fase difícil, mas vamos ganhar esta guerra. Não há dúvida", escreveu a governante no Telegram.
As informações avançadas pelos dois governos não foram confirmadas por fontes independentes.
Al Jazeera - 13jan2023 - Exercícios militares da Bielorrússia
Um funcionário do Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que os exercícios militares conjuntos entre a Rússia e seu aliado próximo, a Bielorrússia, foram projetados para impedir "oponentes em potencial de uma escalada e provocações". A Rússia usou a Bielorrússia como trampolim para invadir a Ucrânia em fevereiro de 2022, e o envio de um grupo de tropas conjuntas para a Bielorrússia em outubro levantou temores em Kiev de que a Rússia pudesse estar se preparando para lançar uma nova ofensiva de seu vizinho do norte este ano.
Expresso às 13h35 de 13jan2023
Alemanha diz que não recebeu pedido de re-exportação da Polónia
A Alemanha não recebeu pedidos oficiais da Polónia nem da Finlândia para a re-exportação dos tanques Leopard, de forma a poderem ser enviados para a Ucrânia, escreveu a CNN internacional. “Não há nenhuma questão à qual tenhamos de dizer não. Mas estamos a dizer que estamos em constante diálogo sobre o que é a atuação certa em cada momento e como se pode apoiar melhor a Ucrânia”, disse esta sexta-feira a porta-voz do governo alemão Christiane Hoffmann. A comunicação está em curso com os Estados Unidos, França, Reino Unido, Polónia e Espanha. Hoffmann disse ainda não haver preocupação governamental com os relatos de que a Polónia está a planear entregar tanques Leopard sem autorização prévia para re-exportação. “Não creio que seja uma assunção realista”, comentou.
E enquanto não resolvem sentar-se à mesa das negociações...
Estes tipos de armas [sistemas Iskander e S-400] estão em serviço de combate a partir de hoje e totalmente preparados para executar tarefas para o propósito pretendido.
Armas de destruição em massa no século XXI... ou táticas do século XX com armas do século XXI.
Al Jazeera - 26dez2022 18h23 GMT
JN de 27dez2022 às 00h40
Já em finais de outubro deste ano eu me perguntava o que teriam ido fazer para a Bielorrússia um número muito considerável de tropas de Putin... de férias não acredito que tenham ido.
Paulo Teixeira - Não sei se vai. mas pobre Ucrânia
David Ribeiro - Eu diria, meu querido amigo Paulo Teixeira: Pobres ucranianos, que além das "diabruras" de Putin, ainda têm que gramar os seus tontos dirigentes.
O Presidente da Rússia realiza hoje “uma visita de trabalho” à Bielorrússia, país aliado no conflito na Ucrânia. Vladimir Putin vai reunir-se com o homólogo, Aleksandr Lukashenko, em Minsk, para debater questões como "a integração russo-bielorrussa", depois de ambos os países terem concluído vários acordos de cooperação económica e militar.
Citado pela Reuters, o governador regional de Kiev, Oleksiy Kuleba, afirmou que o ataque russo desta segunda-feira à região provocou "danos substanciais". Esta madrugada, a Rússia atacou a capital ucraniana com mais de 20 drones. As autoridades do país afirmam ter abatido pelo menos 15 deles.
A segunda ronda de conversações entre a Ucrânia e a Rússia só vai acontecer no dia de hoje. A notícia foi ontem avançada pela AFP, que citava o negociador russo Vladimir Medinsky. Na agenda está o possível “cessar-fogo” da guerra, disse a mesma fonte. As negociações vão decorrer na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia e o exército russo providenciou um corredor de segurança para a delegação ucraniana, adiantou a agência de notícias estatal russa Tass, citando Medinsky.
02h00 de 03mar2022 - As estimativas mais recentes das Nações Unidas indicam que mais de um milhão de refugiados já fugiu da Ucrânia. É esse o número indicado por Filippo Grandi, chefe da agência da ONU para os refugiados, num tweet publicado na madrugada desta quinta-feira: "Em apenas sete dias, assistimos ao êxodo de um milhão de refugiados da Ucrânia para os países vizinhos."
07h23 de 03mar2022 - Tropas russas invadiram a sede do governo da cidade portuária de Kherson, no sul do país, o maior centro urbano capturado pelas forças russas desde que a invasão começou, a 24 de fevereiro. Em apenas uma semana, mais de um milhão de refugiados fugiu da Ucrânia. Na noite em que se assinala uma semana desde o início da invasão, algumas das cidades mais estratégicas, como Kiev, Kharkiv, Kherson ou Mariupol, foram cercadas ou alvo de bombardeamentos das tropas russas. Ao início da madrugada, voltaram a tocar as sirenes em Kiev, e, logo depois, quatro explosões foram ouvidas na capital ucraniana. Também esta madrugada, soaram as sirenes em Lviv.
09h57 de 03mar2022 - A Toyota Motor anunciou que a produção na fábrica em São Petersburgo vai ser suspensa, bem como a importação de veículos "devido a perturbações na cadeia de abastecimento", a partir de sexta-feira e até novo aviso. O fabricante esclareceu, em comunicado, que as restantes operações de produção e venda no resto da Europa "não vão ser afetadas".
10h22 de 03mar2022 - Segundo Vladimir Medinsky, conselheiro de Putin e líder da delegação russa, citado pela Sputnik News, as conversas entre os dois países vão ser retomadas esta quinta-feira às 15h locais (13h em Portugal continental). De acordo com a mesma fonte, estarão neste momento a aguardar a chegada da delegação ucraniana.
10h17 de 03mar2022 - O hospital de São João vai disponibilizar 138 camas para suprir as necessidades médicas que possam surgir do conflito na Ucrânia, revelou, esta quinta-feira, o diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva daquele centro hospitalar. Para Nelson Pereira, Portugal tem o dever de ajudar a Ucrânia numa altura em que se prevê que o número de feridos da guerra venha a aumentar significativamente. "Temos de estar disponíveis para dar a resposta que se exige de um país que neste momento tem de ser solidário", defendeu.
12h20 de 03mar2022 - O Grupo Ikea interrompeu as exportações e importações na Rússia e Bielorrússia, suspendeu a produção na Rússia e decidiu paralisar ainda as operações de venda, uma medida que afeta 15 mil trabalhadores.
17h14 de 03mar2022 - Num discurso televisivo transmitido há instantes, Vladimir Putin adiantou que a invasão russa na Ucrânia está a decorrer “de acordo com o plano e de acordo com o previsto. Todos os objetivos estabelecidos por nós estão a ser alcançados”, afirmou. O presidente da Rússia deixou, mais uma vez, bem clara “a convicção de que os russos e os ucranianos são um só povo”. Ainda assim, “a forma como a batalha está a decorrer mostra que estamos a combater neonazis”. Putin disse ainda que a Ucrânia está a utilizar civis e estrangeiros como “escudos humanos”, enquanto os soldados russos estão a “agir corajosamente” e como “verdadeiros heróis”.
18h14 de 03mar2022 - Um conjunto de tanques russos entraram, esta quinta-feira, na cidade de Zaporizhzhia, avança a Reuters, que cita o assessor do ministro do Interior ucraniano. Perto desta cidade encontra-se a maior central nuclear da Europa. Na quarta-feira, havia imagens de tropas ucranianas a criar muros improvisados que cortavam a estrada que dava acesso direto a esta central.
Mais uma da série "Rússia invadiu Ucrânia"
Negociações de Paz entre Ucrânia e Rússia
Ainda não há acordo para um cessar-fogo. Ucrânia e Rússia apenas chegaram a entendimento quanto à criação de corredores humanitários para retirar civis. Os negociadores acordaram em realizar uma terceira ronda de conversações em breve.
Luiz Paiva - Os "estadistas" de gravata e os "guerrilheiros" de farda... 😎
Carlos Miguel Sousa - Os Russos andam a entretê-los...
David Almeida - Lamentavelmente, ocorre o que mais temia, a comitiva da Rússia anda a entreter os ucranianos enquanto o Putin vai brincando com toda a gente e fazendo o que já tinha planeado, desde o início, aniquilar a Ucrânia!!!
Albertino Amaral - Encetarem-se negociações de Paz, mantendo a guerra em "funcionamento", só para atrasados mentais...
O "reinado" de Putin a caminhar para a bancarrota
A Standard & Poor's cortou o rating russo de BB+ para CCC-, dois níveis, faltando apenas mais dois passos até chegar à classe D (default, incumprimento).
PELA PAZ, CONTRA A INVASÃO
(Em frente ao Consulado da Rússia no Porto - 27fev2022)
Eu estive lá!
JN, 17h24 de 27fev2022
Seguramente que a invasão russa à Ucrânia já provocou mortes, muitas mortes mesmo, mas não podemos esquecer a TRAGÉDIA dos mais de 368 mil refugiados (de acordo com um novo balanço da agência das Nações Unidas para os refugiados - ACNUR) , na sua esmagadora maioria mulheres e crianças.
Outras da série "Rússia invadiu Ucrânia"
Ontem foi assim
19h21 - Imagens de satélite mostram tropas russas a cerca de 60 quilómetros de Kiev, segundo informação avançada pela agência Reuters.
21h18 - As forças russas entraram e tomaram o controlo da cidade de Berdyansk, avança o autarca local, Oleksandr Svidlo. Berdyansk, que tem uma pequena base naval, tem uma população de cerca de 100.000 habitantes. “Há poucas horas, testemunhámos como os soldados armados com artilharia pesada entraram na cidade e começaram a avançar pela nossa cidade natal. Assim que soube do ocorrido, tentei informar todos os residentes da cidade para que tenham a oportunidade de se refugiarem em abrigos", escreveu o autarca, no Facebook.
22h12 - O aeroporto internacional Nikolaev foi atingido, de acordo com informação do presidente da administração estatal regional de Nikolaev, Vitaly Kim.
23h42 - O Estado-Maior General das Forças Armadas da Ucrânia afirma que "a Rússia continua a bombardear praticamente em todas as direções. A guarnição de aviação em Vasylkiv está a defender-se heroicamente, resistindo a bombardeamentos maciços e ataques inimigos. Os soldados da Força Aérea repelem com bravura o agressor noutras cidades e guarnições militares".
A partir de 1 de março de 2022, e até segunda ordem, a Federação Cinológica Russa (RKF) não será autorizada a realizar - no Território Russo - qualquer evento em que sejam atribuídos títulos ou prémios da FCI (shows CACIB, provas CACIT, competições CACIAG, etc.).
O Clube Português de Canicultura une-se à comunidade internacional no seu completo repúdio pelo terrível conflito que neste momento ocorre na Ucrânia após a invasão do exército russo, que está em curso. (...) A Direção do CPC une-se de imediato ao movimento internacional de apoio aos canicultores ucranianos, de forma concreta e real, apoiando em pleno a iniciativa solidária que foi oficialmente anunciada hoje pelo Comité da FCI.
Será em Gomel, na Bielorrússia que as delegações de Zelensky e de Putin vão estar frente a frente para NEGOCIAR A PAZ, ainda que a madrugada desta segunda-feira (28fev2022) tenha sido marcada por violentos combates em Kiev, Kharkiv, Kherson e Chernihiv.
08h40 de 28fev2022 - A delegação ucraniana já chegou ao local da fronteira onde vai decorrer a reunião com os representantes russos, avança o gabinete oficial da presidência da Ucrânia. A delegação da Ucrânia vai exigir um cessar-fogo "imediato" e a retirada das tropas russas. Na imagem chegada da delegação ucraniana à fronteira com a Bielorrússia, com o ministro da Defesa Oleksii Reznikov (segundo a contar da esquerda).
10h41 de 28fev2022 - O dono do Chelsea, Roman Abramovich, um dos oligarcas russos mais próximos de Vladimir Putin, está na Bielorrússia a pedido da Ucrânia para participar nas conversações de paz, avança o The Jerusalem Post.
17h07 de 28fev2022 - As delegações ucraniana e russa terminaram as conversações que realizaram ao longo do dia desta segunda-feira na Bielorrússia e admitiram um novo encontro “em breve”. "As partes estabeleceram uma série de prioridades e questões que requerem determinadas decisões" antes de uma segunda ronda de conversações, disse Mikhailo Podoliak, um dos negociadores ucranianos, citado pela agência AFP. O seu homólogo russo, Vladimir Medinsky, disse que o novo encontro terá lugar "em breve" na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinou esta segunda-feira o pedido formal de adesão à União Europeia. "Este é um momento histórico!", pode ler-se na publicação partilhada pela página da presidência ucraniana.
O ministro ucraniano do Interior, Denys Monastyrsky afirmou à BBC que a situação na capital ucraniana é "séria, mas estável". O governante revelou que todos os dias a Rússia envia cada vez mais soldados, mas que as forças ucranianas têm feito todos os esforços para bloquear o seu avanço e mantê-los afastados de Kiev. "Sim, de fato, a cada dia o inimigo envia mais e mais forças. Mas nossas gloriosas forças armadas estão basicamente a destruir tudo o que chega a Kiev. Kiev continua a ser o local da principal ofensiva", revelou. Perante as câmaras da televisão britânica, Monastyrsky revelou que as autoridades ucranianas estão a preparar-se para "todos os cenários", incluindo em Kiev. (Na foto um T-90M russo a arder)
Apelando à solidariedade dos portuenses e em conjunto com todas as juntas de freguesia e uniões de freguesias, que prontamente se disponibilizaram para se assumirem como pontos de recolha, o Município do Porto irá lançar a campanha, denominada “SOMOS TODOS UCRÂNIA”, de recolha de bens – essencialmente roupa quente, calçado, bens alimentares não perecíveis, medicamentos ou produtos de higiene – para fazer chegar à fronteira da Polónia com a Ucrânia.
Hoje, às 21 horas, a CNN Portugal inicia as suas emissões de televisão. Nuno Santos assume a direção deste novo canal televisivo, órgão que conta também com Pedro Santos Guerreiro e Frederico Roque de Pinho como diretores executivos. Do elenco de pivôs estão anunciados nomes como Diana Bouça-Nova, Ana Guedes Rodrigues, José Carlos Araújo, Pedro Bello Moraes, Judite Sousa e Júlio Magalhães. As espectativas são altas e seguramente não será “mais um”, mas antes será “muito relevante”, como anunciou o grupo Media Capital.
A primeira emissão
Cenários de Governabilidade, com a comentadora Mafalda Anjos
Crise migratória na fronteira da Bielorrúsia com a polónia
Rendeiro à CNN Portugal: “Sou um poderoso fraco. Só volto a Portugal se for ilibado ou com indulto do Presidente”.
Algumas das declarações de Rendeiro na entrevista à CNN Portugal:
"Em comparação com os 60 crimes do Dr. Ricardo Salgado" os meus "não são muitos".
Deveria ser eu próprio o fiel depositário dos quadros e que isso se tratou de um "lapso do advogado" que não seguiu as instruções que lhe foram dadas.
“A Maria gosta da sua conchinha e dos seus grandes amores, as cadelinhas” e por isso ficou em Portugal.
“O meu motorista, pelos vistos não tem direito a ser uma pessoa normal”… como se comprar um apartamento de luxo na Quinta Patino e posteriormente dá-lo em usufruto à mulher do patrão fosse uma coisa normal.
A porta-voz da Guarda de Fronteira da Polónia, Anna Michalska, declarou na terça-feira (16nov2021) que os policias não hesitarão em usar armas na fronteira, caso seja necessário. No entanto, destacou que os guardas fronteiriços farão o possível para evitar o uso de armas. A porta-voz também explicou que o serviço é "uma estrutura de força, que recebe capacitação para, caso haja necessidade, usar estas armas". No dia de hoje um policia polaco ficou gravemente ferido, provavelmente com uma fratura crânio-encefálica, durante os incidentes na fronteira com a Bielorrússia.
Na quatra-feira (17nov2021) a Comissão Europeia informou que vai financiar com 700 mil euros a assistência de emergência aos migrantes na fronteira polaca-bielorrussa, através do Comité Internacional da Cruz Vermelha e destinada à compra de alimentos, cobertores, medicamentos e produtos de higiene. No entanto, neste mesmo dia o porta-voz do Ministério do Interior alemão, Steve Alter, voltou a afirmar que o país não pretende acolher migrantes que se encontram na fronteira entre a Bielorrússia e a Polónia.
Aumentou nas últimas semanas a tensão ao longo da fronteira Bielorrússia-Polónia, à medida que milhares de requerentes de asilo tentam entrar na Polónia. O processo de vistos fáceis na Bielorrússia atraiu muitas pessoas de países devastados pela guerra no Oriente Médio na esperança de chegar ao território da União Europeia. Quando a Polónia implantou militares na fronteira para impedir a entrada de requerentes de asilo, milhares de homens, mulheres e crianças ficaram presos no frio no lado bielorrusso da fronteira e se tornaram uma bola de futebol política entre a Bielorrússia e a Polónia, servindo aos governos de ambas as partes na busca das suas agendas internas e externas. É já claro que o desastre humanitário na fronteira foi fabricado pelo presidente da Bielorrússia, Aleksander Lukashenko, que está sob sanções e em isolamento pela UE desde as eleições presidenciais do ano passado. Mas não são apenas os seus vizinhos a oeste que Minsk tenta pressionar. A crise da fronteira é parte de sua estratégia mais ampla de chantagear o Ocidente e a Rússia com a perspetiva de um conflito global total. Bielorrússia é o aliado mais próximo da Rússia e oficialmente parte de uma entidade conhecida como União da Rússia e Bielorrússia, que só existe em grande parte no papel, mas prevê uma política de defesa comum e a livre circulação entre os dois países, o que significa que a fronteira bielorrussa com a Polónia é efetivamente a fronteira externa da Rússia, separando sua zona de segurança do reino da NATO. Portanto, qualquer conflito nesta fronteira, por extensão, torna-se um conflito entre a Rússia e a NATO, que é exatamente como o governo de extrema-direita na Polónia está agora tentando enquadrá-lo.
A coisa está cada vez mais complicada… Perante a crise migratória na fronteira Bielorrússia-Polónia, a República Checa prometeu ajuda à Polónia em caso de necessidade. A promessa foi feita pelo ministro das Relações Exteriores checo Jakub Kulhanek. O diplomata afirmou que conversou com seu homólogo polaco, Zbigniew Rau, e "expressou solidariedade" à Polónia. Na conversa, Kulhanek frisou que a República Checa está pronta para prestar ajuda à Polónia, enquanto a União Europeia, bloco do qual ambos os países fazem parte, planeja novas sanções contra a Bielorrússia. Detalhes sobre qual seria o tipo de ajuda não foram anunciados.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, já denunciou o que classificou como uma "atitude cínica" da Rússia em relação à pressão migratória nas fronteiras da Polónia e de outros países membros da Aliança Atlântica. O apoio que tem sido dado à Polónia e às repúblicas bálticas que sofrem a pressão migratória é "uma mensagem clara" de que a NATO está pronta para "defender todos os aliados".
A tensão na fronteira da Bielorrússia com a Polónia está diariamente a agravar-se, não sendo no entanto fácil de resolver o problema gravíssimo dos milhares de migrantes que tentam entrar na Europa, um "el dorado" para quem foge á miséria que se vive nos seus países de origem. A União Europeia vai ter mais uma vez de resolver uma crise migratória... mas é dificil de saber como.
A esmagadora maioria dos migrantes que se encontram na fronteira da Bielorrússia com a Polónia têm como origem a Síria, o Iraque e o Afeganistão. O destino é atravessarem a Polónia em direção à Alemanha.
Rodrigues Pereira - E sem a Senhora Merkel, vai ser mais complicado ainda ...
No dia de hoje [13nov2021] o Ministério da Defesa do Reino Unido acaba de confirmar que Londres enviou tropas de engenharia para a Polónia, tendo em vista cooperar no fortalecimento da segurança na fronteira com a Bielorrússia. E a Rússia iniciou ontem manobras militares conjuntas com a Bielorrússia junto à fronteira.
Um grupo de cerca de 50 migrantes rompeu as defesas na fronteira da Bielorrússia e entrou na Polónia perto da vila de Starzyna, informou a polícia no domingo [14nov2021], confirmando que a situação na fronteira torna-se cada vez mais tensa. Vários grupos de direitos humanos condenaram o governo da Polónia por continuar a proibir jornalistas, advogados e trabalhadores humanitários de ter acesso à fronteira do país com a Bielorrússia, onde milhares de migrantes e refugiados se reúnem do lado bielorrusso na esperança de entrar na Polónia. Já na passada segunda-feira [08nov2021] Vladimir Putin, presidente da Rússia, tinha criticado a posição dos países europeus, os quais, disse, são responsáveis pelas "centenas de milhares de pessoas" que pretendem chegar ao continente, referindo-se a uma multidão de migrantes, principalmente curdos, incluindo uma quantidade significativa de mulheres e crianças, que se dirigiram à fronteira entre Bielorrússia e a Polónia, criado um acampamento improvisado perto do posto de controle Bruzgi, na região de Grodno. Vários migrantes têm tentado subir as cercas, mas os policias polacos não os têm deixado entrar. Apesar disso, há relatos de dezenas de ilegais entrando no país da União Europeia.
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Nova Crítca - vinho & gastronomia
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A Baixa do Porto (Tiago Azevedo Fernandes)
Antes Que Me Passe a Vontade (Nanda Costa)
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Cerâmica é talento (Pataxó Lima)
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Douro de ouro, meu... (Jorge Carvalho)
Douro e Trás-os-Montes (António Barroso)
Escrita Fotográfica (António Campos Leal)
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Matéria em Espaço de Escrita com Sentido (Mário de Sousa)
Meditação na Pastelaria (Ana Cristina Leonardo)
Memórias... (Boaventura Eira-Velha)
Mente Despenteada (Carla Teixeira)
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Que é que se come por aqui (Ricardo Moreira)
Servir o Porto (Pedro Baptista)
Um Rapaz Mal Desenhado (Renato Seara)
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