Um evento com os constrangimentos inevitáveis... mas está a ser bom.
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Nuno Vieira e Brito (Professor do Ensino Superior, ex-DG de Alimentação e Veterinária, ex-Secretario de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar) tem toda a razão. Artigo completo aqui.
Ontem… no Observador.
Na sequência da morte de dezenas de cães e gatos em Santo Tirso, a tutela do bem-estar dos animais de companhia passa da alçada de veterinários para os ambientalistas. Faz todo o sentido, claro...
Estamos na época de fogos rurais, onde é recorrente que os noticiários e capas de jornais deem destaque aos prejuízos ambientais, económicos, sociais e, infelizmente, também de vidas humanas que se perdem. Mas nos últimos dias tem sido diferente: após o incidente dos canis ilegais de Santo Tirso, as redes sociais, os meios de comunicação e parte dos políticos inundam-nos todos os dias com o triste episódio da morte de dezenas de cães e gatos, que passou a ser o tema do momento…
O tema, e o referido episódio, têm assoberbado telejornais e jornais com uma força díspar, quando comparamos com os tristes episódios do falecimento de vários bombeiros no decorrer desta época de fogos. É óbvio que não podemos ficar indiferentes ao caso de Santo Tirso, mas a demanda política e social atingiu laivos difíceis de compreender. A crescente humanização dos animais de companhia começa a atingir proporções que custam a entender numa sociedade onde muito falta, mas de que pouco se fala, ou incomoda tanto, como a morte de cães e gatos num fogo florestal, num canil ilegal. Poucos são os casos que tenham tido tanta ação política como este, do canil de Santo Tirso.
O assunto ganha ainda mais foco mediático, quando o próprio Primeiro-Ministro, no decorrer do discurso do Estado da Nação, chama a si os holofotes deste episódio, mas escolhe como campo de batalha um dos seus próprios organismos, a Direção Geral de Alimentação e Veterinária – DGAV. Atacando-a, como se a mesma não estivesse sob a tutela do seu próprio Governo, como se a mesma não tivesse vindo a ser depauperada dos seus recursos financeiros e humanos ao longo dos diversos governos dos últimos tempos, em relação à qual, o próprio Primeiro-Ministro deveria assumir as culpas da incapacidade de fiscalização.
Mas não! Entendeu o Primeiro-Ministro usar os microfones do Parlamento para “cortar cabeças” e, pura e simplesmente, incendiar totalmente uma entidade tutelada pelo seu Ministério da Agricultura. Tal como em Santo Tirso, deu-se início a um fogo em que não foi permitido que se atuasse e se analisasse a melhor forma de reestruturar um organismo, que, em conjunto com o Ministério da Agricultura, tutela os animais de companhia há mais de 100 anos, e, num ápice (estranho como tudo foi organizado tão depressa…), anuncia-se a mudança da tutela do bem-estar dos animais de companhia, da Agricultura para o Ambiente e da DGAV para o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
E aqui levantam-se inúmeras questões: quais as competências do Ambiente para com os animais de companhia? Qual a razão de ser de se passar a coordenação da realidade dos animais de companhia, como os cães e os gatos, de um organismo de índole veterinária, para um organismo que tem a alçada das florestas e da conservação da natureza? Faz sentido? Nenhum. E se analisarmos a mudança com base na capacidade de um organismo perante o outro, em termos financeiros e de recursos humanos, então batemos no fundo, pois se a realidade, bem conhecida de todos, da incapacidade do Estado em fornecer condições financeiras à DGAV é um facto, então a realidade que paira sobre o ICNF é exatamente a mesma, ou pior.
Fica no ar, a ideia que o Governo anda a empurrar o problema com a barriga, sem pensar nas consequências, sendo algo que já vimos recentemente com a aprovação da lei do Fim dos Abates em Canis, em 2016, onde é cada vez mais óbvio que se legislou sem pensar e sem se conhecer a realidade no terreno.
A mudança é errada, confusa e, certamente, pouco prática. É pena, pois da minha parte teria o maior dos gostos em ver o Estado a fornecer as condições para a mitigação do problema dos animais errantes, mas estou em crer que esta mudança não foi mais do que uma ação de charme para agradar a uma franja minoritária do Parlamento e para puxar para o Primeiro-Ministro os “likes” das redes sociais.
Acontece que o problema irá persistir. Mudam-se apenas as cadeiras e dá-se um balão de oxigénio a um partido que recentemente passou pelo pior momento da sua história com a debandada dos próprios deputados e membros da sua equipa, exatamente por se ter desviado da defesa dos cães e gatos. E que, face a este episódio de Santo Tirso, agiu como sempre tem agido nestes momentos, no aproveitamento político de tragédias.
O Primeiro-Ministro, no entanto, nesta senda de querer agradar a uns, não deveria ter-se esquecido que o problema é muito simples e direto, face à aprovação da Lei de 2016, ou seja, investimento! Dinheiro, recursos, orçamentos! De onde virá o dinheiro para garantir a resolução deste problema?Tendo em conta, como referido na carta aberta subscrita por um grupo de trabalhadores da DGAV, onde se estima de modo muito conciso e real, um valor de 100 milhões de euros anuais para resolver o problema dos animais errantes em Portugal — o mesmo que o Estado dedicou ao reforço do SNS na sequência da pandemia de Covid-19 –, será que acresce um reforço no Orçamento do Estado para o ICNF assumir estas funções? O que ficará para trás, em Portugal, enquanto assistimos a este jogo de cadeiras políticas?
Infelizmente, creio que tudo não passará de uma jogada política e de holofotes, que em nada ajuda a resolver o problema em causa, e dentro de uns meses voltaremos, certamente, a assistir a mais espetáculos políticos em redor deste tema.
Até lá, o bem-estar dos animais de companhia passa dos veterinários para os ambientalistas. Faz todo o sentido, claro…
Muito já se disse e ainda muito mais se dirá sobre o trágico acontecimento na Serra da Agrela, em que 52 cães e dois gatos morreram num incêndio que atingiu um abrigo que acolhia inúmeros animais. A lei em vigor (n.º 8 de 2017) é um absurdo e é tempo de se legislar com pés e cabeça, até porque os animais o merecem.
Clube Português de Canicultura
COMUNICADO - Incendio no canil em Santo Tirso
O Clube Português de Canicultura lamenta profundamente a tragédia ocorrida na Serra da Agrela, Sto Tirso, que afectou a espécie que tanto acarinhamos, dum modo inaceitável.
O CPC espera que todos os contornos desta tragédia sejam apurados e que os responsáveis sejam exemplarmente punidos.
Situação em Portugal
...como não poderia deixar de ser.
Proposta do PAN para a Estratégia Nacional de Animais Errantes (já aprovada na AR) para resolver este grave problema... alguém acredita que é a solução?
- Uma rede pública de apoio veterinário
- A construção de parques para matilhas
- Apoios às Câmaras Municipais, associações e famílias carenciadas para esterilizações
- Apoios às Câmaras Municipais para construção ou remodelação de Centros de Recolha Oficial
- Apoios para campanhas de identificação eletrónica de animais
- Contratação de Médicos Veterinários Municipais para todos os municípios
- Estabelecimento de metas para cumprimento de objetivos do controlo de população de animais
Bebiana Cunha no Facebook
Meu caro, quando há vontade política, resolve-se sim. Os bons exemplos estão por aí. Agora empurrar com a barriga ou lavar as mãos, não costuma resolver. É tão fácil culpar quem tenta resolver e não está nos executivos, de que âmbito forem. Mas ao menos, não nos podem acusar de não apresentarmos soluções, agora que não as queiram aceitar, é a democracia, faz parte, mas quem sofre é aquele que não tem voz.
Resposta de David Ribeiro no Facebook
Com toda a consideração e simpatia que tenho por si, e a Bebiana sabe que as tenho, a verdade é que as intenções, por mais válidas que sejam, têm que ser exequíveis senão corremos o risco de não passarem de “boas intenções”… e, como diz o Povo, “de boas intenções o inferno já está cheio”.
Comentário de Carla Afonso Leitão no Facebook
Um cão que se encontrava abandonado num contentor junto à Rotunda de Francos foi resgatado, na manhã de ontem [quinta-feira, 25jul2019], por uma equipa da Porto Ambiente. Segundo a edição online do "Jornal de Notícias", o animal encontra-se agora no canil e, depois do período de quarentena, poderá ser adotado.
Tenho dificuldade em entender como o legislador não viu o óbvio.
Comentários no Facebook
«Jose Antonio Salcedo» - É o que resulta quando as leis são feitas em resposta a ideologias e não às necessidades da sociedade.
«Carla Molinari» - Vamos voltar aos anos 60 em que se viam matilhas de cães nas ruas...
«Jorge Veiga» - O legislador impôs uma ideia política pré concebida de determinada área política, não se interessando sobre a capacidade de resposta dos municípios. Não existem planos de castração, vacinação, adopção, etc. Proíbe-se a eutanásia de animais abandonados e o resto vai às malvas...
Os números não mentem: no primeiro semestre de 2018 foram recolhidos nos canis 13.897 animais abandonados, mas houve apenas 5.300 adopções. Um problema gravíssimo.
A associação IRA (Intervenção Resgate Animal) tem vindo a espalhar nas redes sociais o texto que abaixo transcrevo, mas a verdade não é esta, mas sim a que o médico veterinário Nuno Paixão nos diz. Já agora: A imagem não é de Monchique mas sim de uma lixeira a céu aberto numa favela brasileira.
IRA (Intervenção Resgate Animal)
**VERGONHA NACIONAL EM MONCHIQUE**
(FOTO ILUISTRATIVA)
(Noticia VERDADEIRA e relatada por amigos meus que estão no terreno! Nos arrancamos de Viana do Castelo este fim de semana para Monchique).
ANIMAIS PRIVADOS DE RESGATE SÃO DEIXADOS PARA MORRER E NÃO POR FALTA DE RECURSOS
"Um enorme grupo de associações, particulares e médicos veterinários voluntários montaram uma mega operação de intervenção e resgate de animais vítimas de incêndio para a qual tinham as devidas autorizações.
Montaram as tendas e iniciaram o trabalho que depressa deu frutos pois resgataram dezenas de animais entre os quais burros, ovelhas, galinhas, gatos e cães em articulação com as restantes entidades envolvidas.
Tudo corria bem até ao momento em que a segunda comandante operacional nacional da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) Patrícia Gaspar, recusa toda e qualquer ajuda veterinária na zona, e inclusive deu ordens para desmontar a tenda de apoio veterinário.
Qual não é o nosso espanto quando voluntários da Guarda chegam à Vila de Monchique e se deparam com um centro de operações onde impera a confusão. A Protecção Civil foi peremptória e diz que os animais não são prioridade e não passa ninguém. As poucas e reduzidas equipas que se encontram no terreno a resgatar animais fizeram-no sem autorização da Protecção Civil.
O mais caricato e que revela bem as prioridades neste país à beira mar plantado é o facto de o Veterinário Municipal andar no terreno a enterrar cadáveres de animais. Os vivos já nos deixaram claro que não são prioridade.
No centro de operações amontoam-se donativos. Não se permite sequer levar água e alimento aos animais da área afectada quanto mais resgatá-los.
No centro de operações existem alguns cães trazidos pelos donos ou que conseguiram chegar sozinhos ao Centro.
Os cães trazidos pelos donos ficaram no centro de operações porque evacuaram os donos de autocarro e não os permitiram fazer-se acompanhar do seu cão... pior do que isso foi nem sequer terem ficado com os dados dos detentores para que depois se lhes possa fazer chegar o animal. Tantos locais se ofereceram para acolher os animais e ninguém tem o cuidado de identificar os detentores. Os animais são duplas vítimas deste tipo de calamidade. Vitimas do incêndio e vítimas da indiferença!
Achámos que íamos encontrar equipas apoiadas para abeberamento, alimentação e resgate dos animais vítimas de incêndio. Afinal são voluntários preparados para ajudar.
Há veterinários de todo o país interessados em participar em intervenção e resgate animal em caso de incêndio mas para o Estado eles não são uma prioridade.
Sabemos que Joao Ferreira está no terreno e que um veterinário está a tratar de burocracias que lhe permitam entrar em propriedade privada para o resgate de alguns animais pois neste momento só podem resgatar os que conseguirem chegar até eles 😞
A equipa IRA - Intervenção e Resgate Animal está a organizar-se para seguir para o terreno para fazerem aquilo a que se propõem há muitos anos e não aceitam um não como resposta.
E nós também não! Afinal somos portugueses e os animais são nossos! Vamos apoiar o IRA e fazer chegar-lhes todos os donativos que fazem falta no terreno. Entre na página e informe-se acerca dos pormenores."
Médico veterinário Nuno Paixão / ANAFS (Associação Nacional dos Alistados das Formações Sanitárias)
ESCLARECIMENTO IMPORTANTE:
Corre nas redes sociais, uma informação de que a nossa 2.ª Comandante Operacional Nacional, da ANPC, Patrícia Gaspar. foi contraria e antagonista ao salvamento de animais. É MENTIRA, É MENTIRA!!!!
Se houve antagonismo ou repressão de alguns grupos de voluntário, de CERTEZA que não foram de Patrícia Gaspar. Pessoa competente, capaz, eficaz, comunicadora nata e dotada de uma grande sensibilidade humana e sensibilidade para com os animais e seu sofrimento.
A colaboração com a ANAFS, em concreto, foi maravilhosa e sempre cooperante. Houve uma altura que realmente, devido ao afluxo de grande numero de voluntários, foi necessário, por questões organizacionais e de segurança, impor algumas regras, normas e protocolos mas em momento algum o socorro a animais foi proibido.
A ANAFS nunca foi bloqueada, teve acesso a todas as áreas, cumprindo normas de segurança, com cooperação, colaboração e integração nos sistemas que actuavam no momento e no local.
Como em todas as situações desta natureza, há muito a melhorar, óbvio que sim, mas do ponto de vista de socorro animal, esta operação, foi a que maior apoio institucional tivemos. A cooperação, articulação, integração e inter ajuda, entre ANAFS, Sistemas de Protecção Civil e Médica Veteinária Municipal de Monchique, Dra. Ana Silva, foi EXCELENTE.
Espero que este post, seja tão partilhado ou mais do que o post injusto, difamatório e mesmo prejudicial para uma medicina veterinária de catástrofe séria, competente e eficaz que tanto lutamos desde 2007.
Se houve bloqueios aos grupos de voluntários, não digo que não possam ter havido, não foram da responsabilidade da nossa Comandante Operacional Adjunta, Patricia Gaspar, de quem só podemos afirmar que tivemos apoio, compreensão e ajuda institucional.
Obrigado a todos por tudo
Por onde eu ando...
Nova Crítca - vinho & gastronomia
PINN (Portuguese Independent News Network)
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A Baixa do Porto (Tiago Azevedo Fernandes)
Antes Que Me Passe a Vontade (Nanda Costa)
Caderno de Exercícios (Celina Rodrigues)
Cerâmica é talento (Pataxó Lima)
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Do Corvo para o Mundo!!! (Fernando Pimentel)
Douro de ouro, meu... (Jorge Carvalho)
Douro e Trás-os-Montes (António Barroso)
Escrita Fotográfica (António Campos Leal)
Let s Do Porto (José Carlos Ferraz Alves)
Life of a Mother Artist (Angela Ferreira)
Marafações de uma Louletana (Lígia Laginha)
Matéria em Espaço de Escrita com Sentido (Mário de Sousa)
Meditação na Pastelaria (Ana Cristina Leonardo)
Memórias... (Boaventura Eira-Velha)
Mente Despenteada (Carla Teixeira)
Nortadas (Francisco Sousa Fialho, João Anacoreta Correia e outros)
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Os meus apontamentos (Vitor Silva)
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