"Devido à velocidade da luz ser superior à do som, algumas pessoas parecem inteligentes até as ouvirmos."

Domingo, 19 de Agosto de 2012
Casa Christina

Fui ontem de manhã à Casa Christina comprar café Lote Palace Hotel.

{#emotions_dlg.star} Durante o período conturbado das invasões francesas um comerciante portuense – José Iria Carvalhal - montou uma pequena fábrica de chocolates e torrefacção de café ali para os lados da Cancela Velha (onde hoje está o edifício conhecido como “Palácio dos Correios”, junto da Câmara Municipal do Porto), tendo rapidamente atingido um volume apreciável de vendas, fruto da alta qualidade dos seus produtos. Em 1813 Carvalhal casa com Christina Ribeiro e resolve baptizar o seu estabelecimento de Casa Christina. Após o falecimento deste casal em 1855 o negócio passa para Rosa Guilhermina de Carvalho e seu marido Augusto de Carvalho, continuando estes a desenvolver um ritmo de produção e vendas de cafés e chocolates que fizeram da Casa Christina um das mais prestigiados estabelecimentos comerciais da cidade do Porto no início do século XIX. Em 1920 Victor H. França adquire todos os direitos sobre a marca, instalações e equipamentos, iniciando uma nova era de expansão da marca “Christina”, procedendo a novas e grandes transformações técnicas na torrefacção e transferindo a sede da empresa para a Rua de Sá da Bandeira nº 401, onde ainda hoje funciona o estabelecimento de venda a púbico. Durante o período da II Guerra Mundial e após a morte de Victor França, os seus herdeiros reformularam o pacto social e entraram para a sociedade o consagrado escritor Heitor Campos Monteiro e o comerciante Manuel Almeida, assumindo este a gerência. Em 1967, por morte de seu tio, Manuel Dias Pinheiro assume o leme da “Casa Christina”, onde já trabalhava desde os 14 anos de idade, continuando a desenvolver e expandir a empresa, tendo mandado construir na Rua Engenheiro Ferreira Dias uma nova unidade fabril nos anos oitenta do século passado. Em 1987 a Casa Christina é adquirida pela Nestlé Portugal que continuou até hoje a honesta divisa do seu fundador: “produzir cada vez melhor”.


«Luís Paiva» in Facebook >> Bem como à Brasileira em Sá da Bandeira, fui imensas vezes (nos anos 70/80) comprar café à Casa Christina. Gostava do rosa/rosa choque, das velhas balanças nas montras... Certamente que constará da excelente obra "Lojas do Porto" de Luís Aguiar Branco. Verei logo, quando chegar a casa. ;-)

«Isabel Oliveira» in Facebook >> Adoro este café, para mim um dos melhores (tb é o que minha cunhada serve aqui em Nogueira do Cravo)

«José Silva» in Facebook >> Eu tenho registados cafés, confeitarias e pequenos restaurantes e tascas que têm café Christina. e por vezes desloco-me propositadamente para tomar, ou melhor, apreciar a excelência desse café. E tiro o chapéu ao bom gosto da Nestlé que manteve o perfil dum café tão antigo e com história. Claro que, estando na baixa, lá vou à belissima loja de Sá da Bandeira tomar um café. De caminho, passo pelo Bolhão a ver a barbárie a que foi submetido tão belo espaço pela Câmara da minha cidade, dirigida por quem mete água por todos os lados, ou não se chamasse Rio. Resta-me a consolação do paladar do café Christina que se vai manter na minha boca por algum tempo...

«Teresa Canavarro» in Facebook >> Bom dia David: Aprendo sempre imenso consigo! Bom Domingo!

«Luís Paiva» in Facebook >> Confirma-se o que referi: consta do livro que citei, e que ilustra as fachadas original, anterior e a actual que evolui da original.



Publicado por Tovi às 07:51
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