By Mansur Mirovalev / Al Jazeera – 30mar2022
Abramovich é um dos mais excêntricos oligarcas pós-soviéticos que dificilmente parece apto para ser um negociador de paz no conflito Rússia – Ucrânia. O multimilionário de 55 anos com barba por fazer, mas cuidadosamente cuidada, enriqueceu durante a transição da Rússia para o capitalismo na década de 1990 e exerceu um enorme poder por trás do trono do Kremlin de Boris Yeltsin, o primeiro presidente pós-soviético da Rússia que escolheu a dedo Vladimir Putin como seu primeiro-ministro e sucessor em 2000. Durante os primeiros mandatos de Putin, Abramovich governou Chukotka, uma região siberiana coberta de permafrost [tipo de solo encontrado na região do Ártico, constituído por terra, rochas e gelo permanentemente] cuja população de menos de 50.000 habitantes poderia caber facilmente num dos estádios onde o seu Chelsea joga. (…) Na terça-feira [29mar2022], Abramovich foi visto em Istambul a participar de negociações de paz entre Moscovo e Kiev, mais de um mês depois da Rússia ter invadido a Ucrânia, onde se encontrou com o presidente Recep Tayyip Erdogan. (…) Sobre o seu papel como corretor financeiro, Gennady Gudkov, um líder da oposição russa exilado que cumpriu três mandatos na Duma, a câmara baixa do parlamento russo, disse à Al Jazeera: “Ele tem um talento fantástico para ver o futuro, ele tem a capacidade de prever”. A Ucrânia também tem uma visão positiva de Abramovich. O Wall Street Journal informou em 23 de março que Zelensky pediu especificamente ao presidente dos EUA, Joe Biden, para não adicionar Abramovich à lista de oligarcas russos sancionados porque ele “pode ser importante como intermediário com a Rússia para ajudar a negociar a paz”. (…) A resposta pode estar na decisão que ele tomou nos finais dos anos 2000, quando terminou o seu mandato como governador de Chukotka. Abramovich optou por se dissociar do Kremlin e de um punhado de bilionários que permaneceram na Rússia e se envolveram nos projetos económicos de Putin para transformar a economia por meio de um controle governamental mais rígido.
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Da série "Rússia invade Ucrânia"
Expliquem-me por favor - que bem explicado eu percebo tudo – como é que num clima de verdadeira guerra é possível passar tanto gás pela Ucrânia e todo ele com origem no país invasor e com destino aos apoiantes do invadido.
Carlos Miguel Sousa - Como diria alguém em tempos em bom inglês, e obviamente sem ofensa para o autor do post; «É a €economia, estúpido !!»
Jorge De Freitas Monteiro - E com os invadidos a receberem as rendas dos transporte…
Jorge Veiga - ...e nem uma bombinha acertou neles!
João Greno Brògueira - Quando a água bate na rocha quem se lixa é o mexilhão.
Francisco Bismarck - Da mesma maneira que os americanos durante a IIWW vendiam motores GM e coca-cola sob o nome de fanta à Alemanha....
Da Mota Veiga Suzette - Quando é para ganhar, o dinheiro fala mais alto!
A empresa pública de energia nuclear ucraniana, Energoatom, revelou ontem [31mar2022] que as forças militares russas estão a abandonar as instalações de Chernobyl, depois de terem assumido o controle da central em 24 de fevereiro. Apesar de ainda haver alguns militares no local, a maioria está a dirigir-se para a fronteira bielorrussa.
Adao Fernando Batista Bastos - Pois, parece que estão a sentir sintomas de radioactividade...
David Ribeiro - É oficial: já não há tropas russas na central nuclear desativada de Chernobyl. A confirmação foi dada ao final de quinta-feira pela agência estatal da Ucrânia responsável pela Zona de Exclusão de Chernobyl. A Energoatom publicou uma atualização revelando que todos os russos abandonaram o local, e que o controlo da central voltou a estar nas mãos dos responsáveis e técnicos ucranianos. De acordo com o pessoal da central nuclear, não há atualmente no local pessoas de fora da equipa de Chernobyl. As forças de ocupação russas também abandonaram a cidade satélite de Slavutych.
Na Rússia estão suspensas nos próximos seis meses as transferências para o exterior de contas bancárias de não residentes, pessoas físicas ou jurídicas de países que impuseram sanções contra a Rússia por causa da invasão da Ucrânia. No entanto o banco central da Rússia vai “suavizar” para os residentes estas restrições às transferências de fundos: “Dentro de um mês, os indivíduos têm o direito de transferir não mais que 10.000 dólares americanos ou o equivalente em outra moeda da Federação Russa de sua conta num banco russo para sua conta ou para outra pessoa no exterior”, disse o banco em comunicado.
Danos colaterais da guerra Rússia–Ucrânia
O que vai começar a ter efeitos na carteira dos portugueses já a partir do início deste mês de abril: comprar pão, acender a luz, ligar o esquentador ou mesmo um aquecedor encareceu.
O preço do trigo nos mercados internacionais aumentou porque a Ucrânia é um dos maiores exportadores. Em conjunto, a Ucrânia e a Rússia representam cerca de 30% do mercado global de cereais. O cereal que Portugal mais importa da Ucrânia é o milho. Apesar de também ser utilizado na nossa alimentação, a maioria do milho importado é utilizado para alimentar animais. Por isso, um aumento do custo deste cereal pode significar um aumento do preço final da carne, do leite ou dos ovos.
O custo do gás também aumentou porque a Rússia é o maior exportador de gás natural do mundo. E alguns comercializadores de energia já anunciaram que os preços da eletricidade e do gás vão ficar mais caros a partir deste mês de abril.
37.º dia da invasão russa da Ucrânia
O mayor de Kiev diz que batalhas “enormes” estão a ser travadas a norte e leste da capital da Ucrânia e alerta as pessoas que não devem retornar à cidade por enquanto.
No sudeste do país forças russas bloqueiam o esforço ucraniano para entregar ajuda à cidade portuária sitiada de Mariupol, disse uma autoridade local.
Funcionários da defesa dos EUA são da opinião que a reorientação da Rússia no que se refere aos seus esforços militares na região leste de Donbass pode anunciar um “conflito mais longo e prolongado”, já que as forças ucranianas oferecem resistência feroz.
Antes da invasão da Ucrânia a Rússia tinha mais de 200 mil sodados ao longo da fronteira e tudo parecia ir ser uma campanha rápida até o governo em Kiev ser substituído por um ”fantoche” qualquer ao serviço de Vladimir Putin. Mas passado quase um mês a campanha militar da Rússia na Ucrânia estagnou em todas as frentes e resume-se praticamente a devastadores bombardeamentos, muitos dos quais contra edifícios civis habitados ou mesmo serviços hospitalares. Tudo isto será não só o resultado de um mau planeamento, uma fraca moral das tropas e má logística do Kremlin, mas também e seguramente devido a uma forte resistência das forças ucranianas, que permanecem firmes e bem coordenadas, com a grande maioria do território em mãos fieis ao governo de Volodymyr Zelensky. Tudo leva a crer que o plano original de Putin falhou, mas ainda vamos ter tempos sombrios pela frente. Tiago Mergulhão Gomes - A ajuda do Ocidente, sob a forma de armas anti-tanque e mísseis antiaéreos também tem mostrado o seu valor.
O primeiro-ministro António Costa despediu-se ontem das tropas portuguesas que vão para a Roménia no âmbito da NATO e garantiu que Portugal vai estar presente naquilo que for solicitado para defender a paz nos territórios da organização.
Juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal tomou a decisão de permitir que Mário Machado deixe de ser obrigado a comparecer regularmente à polícia e ir combater voluntariamente na Ucrânia. O Ministério Público discorda e vai recorrer desta decisão judicial. Rui Moreira - A grande preocupação do PCP e do BE é o senhor Mário Machado. Pessoa pouco recomendável mas irrelevante. Claro que há uma decisão judicial invulgar. Mas isso sucede todos os dias. Contextualizemos, ainda assim: A minha preocupação é o senhor Putin, e a 5a coluna portuguesa. Do BE ao PCP, colaboracionistas de facto. E é isto, o caso Machado, que preenche o espaço mediático, com um tema irrelevante. Eu acho que o Bernardino, a Catarina e quejandos devem ir lutar pelas suas convicções. O Bernardino Soares é livre de ir combater ao lado dos russos. A Catarina também porque o Trotsky não se importa. Tenham juízo. Todos. Se puderem, tenham vergonha.
Expresso - Adido militar da Embaixada da Ucrânia em França diz que Mário Machado não pode "entrar nas forças armadas” ucranianas devido aos “crimes mencionados no cadastro”. Um dos critérios para a aceitação de candidatos na Legião Internacional de Defesa Territorial das Forças Armadas da Ucrânia é a “ausência de condenação por crimes, comprovada através do registo criminal”, garante o coronel Sergii Malyk, adido militar da Embaixada da Ucrânia em França ao “Diário de Notícias”. Quando questionado sobre Mário Machado, o militar diz que “a pessoa que refere não pode ser aceite".
Público - O militante neonazi Mário Machado regressa esta sexta-feira [25mar2022] a Portugal, depois de ter estado praticamente uma semana na Ucrânia, e volta a estar sujeito a apresentações periódicas às autoridades, confirmou esta quinta-feira o seu advogado. Em declarações à Lusa, José Manuel Castro explicou que o antigo dirigente de extrema-direita fez “distribuição de bens alimentares e material sanitário” em solo ucraniano e que “não chegou a combater”, apesar de ter estado num “cenário de guerra”. O mandatário adiantou também que Mário Machado trouxe alguns refugiados até à Alemanha e integrou algumas das cerca de 20 pessoas que viajaram consigo nos “meios de defesa” ucranianos.
As outras guerras a que não estamos a prestar atenção (in Expresso)
Conflitos ativos em 2022
Iémen: uma das maiores crises humanitárias do mundo. Cerca de 377 mil pessoas terão morrido devido à guerra até ao final do ano passado, há mais de 20 milhões a precisar de ajuda humanitária.
República Centro Africana: em guerra civil há quase 13 anos. Já morreram milhares de pessoas, há mais de 500 mil refugiados e 581 mil deslocados internos, e cerca de 2,9 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária.
Nigéria: a ganhar terreno ao extremismo devagar. O grupo fundamentalista Boko Haram e mais recentemente o ISWAP têm feito milhares de vítimas desde 2009: as últimas estimativas apontam para 350 mil mortes.
Líbia: uma nação entre estados paralelos. No total, a guerra civil já causou pelo menos mil mortes. Cerca de 217 mil pessoas foram obrigadas a fugir das suas casas, e há 1,3 milhões a precisar de assistência humanitária.
Myanmar: a perseguição contra os Rohingya, um povo sem voz. Há 1,3 milhões de Rohingya em Myanmar: mais de 700 mil já fugiram para o Bangladesh desde 2017 e outros 129 mil foram forçados a deixar as suas casas no país para não perderem a vida. O número de desaparecidos é elevado, o número de violações e torturas também, e não se sabe ao certo quantos milhares de pessoas já foram mortas.
Israel: o "apartheid" ao povo palestiniano. É difícil fixar o número de vítimas ao longo dos anos, mas estima-se que mais de 14 mil pessoas perderam a vida desde 1987. A esmagadora maioria são cidadãos palestinianos.
Síria: um país encurralado entre várias guerras. A ONU diz que já morreram pelo menos 400 mil pessoas. Há ainda cerca de 5,6 milhões de refugiados e 6,2 milhões de deslocados internos.
Caxemira: uma disputa longa e violenta entre Índia e Paquistão. Caxemira é uma região tripartida: a Índia controla cerca de 43% do território, o Paquistão 37% e a China 20%. O risco de um confronto militar sério entre Índia e Paquistão permanece elevado — ambas as potências têm armas nucleares e isso é uma preocupação acrescida.
República Democrática do Congo: em transição para a paz que não chega. O Congo é sinónimo de violência há décadas e continua a sofrer as consequências do genocídio do Ruanda, em 1994. As tensões entre a etnias Hutu e Tutsi continuam até hoje, e a política tem sido incapaz de trazer a paz. Há mais de 5,5 milhões de deslocados internos e mais de 800 mil refugiados noutros países.
As primeiras notícias deste 28.º dia da invasão da Ucrânia pelos russos dizem-nos que o Laboratório Central Analítico de Chernobyl foi saqueado e arrasado durante esta noite pelas tropas de Vladimir Putin. Eram instalações "sem comparação na Europa", com "o mais moderno e sofisticado equipamento analítico [de desperdícios radioativos]”, segundo a Agência Estatal Ucraniana para a Gestão da Zona de Exclusão [da Central Nuclear de Chernobyl].
A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, disse hoje que, após vários atrasos nas entregas, mais fornecimentos de mísseis Strela estão a caminho da Ucrânia. “Posso dizer claramente que mais entregas do Strela estão a caminho”, disse Baerbock à câmara baixa do parlamento do Bundestag, citando os mísseis que historicamente estavam nos inventários do ex-exército comunista da Alemanha Oriental. “Somos um dos maiores fornecedores de armas nesta situação, isso não nos deixa orgulhosos, mas é o que devemos fazer para ajudar a Ucrânia”, acrescentou.
Também no dia de hoje o ministro da Defesa da Suécia, Peter Hultqvist, disse que o país vai fornecer à Ucrânia cinco mil armas antitanque adicionais, avança a Reuters, que cita a agência TT. Estas armas são destinadas para a destruição de carros de combate ou outros veículos blindados.
Um primeiro carregamento de um novo pacote de armas dos EUA de US$ 800 milhões para a Ucrânia será enviado nos próximos dias e não demorará muito para chegar aos ucranianos, disse um alto funcionário da defesa dos EUA. Não foram especificados quais sistemas serão incluídos nos primeiros carregamentos, mas será dada prioridade aos tipos de armas defensivas já usadas pelas tropas ucranianas.
Dados oficiais da NATO (21mar2022)
Reforço de presença defensiva na parte oriental da Aliança com mais tropas, aviões e navios. Jorge De Freitas Monteiro - Nos dias pares o exército russo é incapaz de dar conta da Ucrânia. Já nos ímpares prepara-se para invadir mais oito países. Não é espantoso?
Por onde eu ando...
Nova Crítca - vinho & gastronomia
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A Baixa do Porto (Tiago Azevedo Fernandes)
Antes Que Me Passe a Vontade (Nanda Costa)
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Douro e Trás-os-Montes (António Barroso)
Escrita Fotográfica (António Campos Leal)
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Marafações de uma Louletana (Lígia Laginha)
Matéria em Espaço de Escrita com Sentido (Mário de Sousa)
Meditação na Pastelaria (Ana Cristina Leonardo)
Memórias... (Boaventura Eira-Velha)
Mente Despenteada (Carla Teixeira)
Nortadas (Francisco Sousa Fialho, João Anacoreta Correia e outros)
O Portugal Futuro (Tiago Barbosa Ribeiro)
O Porto em Conversa (Vitor Silva)
Os meus apontamentos (Vitor Silva)
Renovar o Porto (Rui Farinas e Rui Valente)
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Que é que se come por aqui (Ricardo Moreira)
Servir o Porto (Pedro Baptista)
Um Rapaz Mal Desenhado (Renato Seara)
Vai de Rastos (Luís Alexandre)
(IN)TRANSMISSÍVEL (Vicente Ferreira da Silva)
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Site de Prova de Vinhos (Raul Sousa Carvalho)