Parece não haver dúvidas que a incursão ucraniana em Kursk (*) já colocou o exército ucraniano a controlar 1.000 quilómetros quadrados daquela região russa. Putin diz que a Ucrânia "receberá uma resposta digna" sobre esta incursão em Kursk. E a agência de notícias ucraniana Ukrinform, citando John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, diz que a Casa Branca já recomendou a Vladimir Putin que retire as suas tropas da Ucrânia se está preocupado com a situação na região de Kursk. Ou seja, está para durar este conflito, quando chegamos aos 900 dias de combates... e o sangue de muitos mortos e feridos continuarão a manchar o solo da fronteira Ucrânia - Rússia. (*) O oblast de Kursk é uma divisão federal da Federação da Rússia com 29.800 km2 e que de acordo com o censo populacional de 2010, tinha 1.127.081 habitantes. O seu centro administrativo é a cidade de Kursk.
Adao Fernando Batista Bastos - Quem com ferros mata com ferros morre! Hipócrita e inconcebível a reação de Putin. Acha- se no direito de matar cicvs na Ucrânia, zanga-se e ameaça quando recebe da mesma moeda. Quem sofre são as populacões de ambos os lados Liberto Miguel Matias Rocha - A mellhor defesa é o ataque mas não se trata de um jogo de futebol... Jorge De Freitas Monteiro - Atenção, o mapa transmite uma ideia falsa da dimensão da ofensiva de Kiev em território russo ao apresentar na mesma cor os territórios das novas repúblicas da Federação Russa (que a Rússia efectivamente controla na sua quase totalidade) e a totalidadedo território do oblast de Kurst (do qual as tropas de Kiev só controlam uma pequena parte). Dito isto a ofensiva de Kiev substancialmente traduz-se apenas na abertura de uma segunda frente. Passado o efeito surpresa e os efeitos propagandisticos o que é que vai ficar? Provavelmente um novo sorvedouro de homens e de equipamentos para um regime que já não tem nem homens nem equipamentos suficientes para resistir na frente leste. E um pretexto para Putin impor condições mais duras nas futuras negociações de paz. Mário Paiva - Jorge De Freitas Monteiro, a investida ainda não criou condições para se poder considerar "ocupação"... segundo boa parte da comunicação social (mesmo a ocidental) trata-se ainda de instalação muito móvel, com baixas consideráveis e muito com aspecto de temporária... Jorge De Freitas Monteiro - Mário Paiva, também creio que os russos vão rapidamente esvaziar o abcesso mas ficará a nova frente; pelo contrário não creio, salvo se entretanto se iniciarem negociações de paz, que os russos, depois de expulsarem as tropas de Kiev do seu território, parem na fronteira. David Ribeiro - Para já e de acordo com o ‘The Kyiv Independent’, a ocupação por parte das forças ucranianas não vai além de 28 localidades russas, ou seja, um pouco menos do que 3,4% da área do oblast de Kursk. Jorge De Freitas Monteiro - David Ribeiro, acabei de mencionar isso num comentário. David Ribeiro - Ainda não tinha lido o teu comentário,Jorge De Freitas Monteiro, que diz qual a dimensão real do território russo ocupado pelas tropas ucranianas. Não há dúvida que Zelensky está a utilizar esta sua "ofensiva" em Kursk como propaganda... e cada um que reflita sobre o que está a acontecer e tire as suas conclusões. Jose Pinto Pais -
Notícias desta manhã - 4.ª feira 14ago2024
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, disse que as suas forças continuam a avançar em Kursk e que ordenou aos seus generais que desenvolvessem os próximos “passos-chave” na operação que já permitiu à Ucrânia controlar pelo menos 1.000 km² da Rússia. Moscovo insiste que a área real é cerca de metade da indicada por Kiev. No entanto, o que está claro é que, ao trazer a guerra para a Rússia, a Ucrânia provocou alarme. Quase 200 mil pessoas foram forçadas a evacuar regiões de fronteira. O governador da região de Belgorod declarou estado de emergência na quarta-feira, culpando o bombardeamento implacável da Ucrânia. (Na imagem: Segurança reforçada em Belgorod desde a incursão ucraniana em Kursk)
08h54 de 4.ª feira - O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, adianta que a Ucrânia continua a fazer avanços na região de Kursk, "apesar das difíceis e intensas batalhas" na região. "Apesar das difíceis e intensas batalhas, as nossas forças continuam a avançar na região de Kursk e o 'fundo cambial' do nosso Estado está a crescer", escreveu, numa publicação na rede social X. Na mesma publicação, Zelensky refere que "74 comunidades estão sob controlo ucraniano, onde estão a ser realizadas inspeções e medidas de estabilização". Ali, o presidente ucraniano garante que estão a ser estudadas "soluções humanitárias" para a população residente.
09h13 de 4.ª feira - A Rússia atacou as instalações de energia no norte e sul da Ucrânia esta quarta-feira, avança a operadora de rede nacional, Ukrenergo. Os ataques provocaram cortes temporários na rede de energia em várias zonas da região de Chernihiv. 09h37 de 4.ª feira - O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo assinalou há instantes que as negociações de paz com a Ucrânia foram colocadas em suspenso na sequência da incursão ucraniana em Kursk, avança a agência estatal russa TASS.
João Fernandes - Estes russos são uns cómicos
Pois!... É como diz o meu amigo Jorge de Freitas Monteiro
Ainda somos todos do tempo em que nos garantiam sem margem para dúvidas que o Putin tinha rebentado o North Stream e os que duvidavam eram putinistas. Agora, tiram sozinhos mais este barrete que entusiasticamente enfiaram ou precisam de ajuda?
Tio Sam a fazer a folha ao Zelensky
Pedro Boa-Nova - Não será desinformação? Jorge Veiga - David as Secretas Russas dizem que...?????? David Ribeiro - A credebilidade das secretas russas é muito pouca, mas os jornais de referência nos EUA dizem mais ou menos o mesmo. Jorge Veiga - David RibeiroNão li, mas a nossa CS nã faz referência e a ser, já tinham feito um telejornal de um dia inteiro, só com isso. Jorge Saraiva - Estão assim tão aflitos, depois de pela primeira vez a Rússia/União Soviética ter território ocupado, desde a IIGG?
Escreveu hoje o meu amigoMiguel Castelo Brancona sua página do Facebook: Tem sido ultimamente muito citado o discurso que em Maio de 1962 o Visconde de El Alamein, Marechal Bernard Montgomery, proferiu na Câmara dos Lordes. O vencedor da Campanha do Deserto e depois Vice-Comandante Supremo Aliado advertiu então da impossibilidade de se vencer militarmente a Rússia e a China: «A próxima guerra em terra será muito diferente da anterior [i.e. da 2ª Guerra Mundial], na medida em que teremos de combatê-la de uma forma diferente. A regra 1, na página 1 do livro da guerra, diz-nos que não marchemos sobre Moscou. Alguns tentaram-no, nomeadamente Napoleão e Hitler, e nada conseguiram. Essa é a primeira regra. Não sei se Vossas Senhorias conhecerão a regra 2 da guerra, a qual nos diz que não lutemos com forças terrestres na China. É um país vasto e sem objectivos claramente definidos [para um invasor].
(Na imagem o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, o primeiro-ministro da Bélgica, Alexander De Croo, e a ministra da Defesa da Bélgica, Ludivine Dedonder, perto de um F-16 na base aérea de Melsbroek, perto de Bruxelas, em 28 de maio de 2024)
Primeiro foram os "invenciveis" tanques Leopard de que já há muito não se ouve falar... agora são os 60 aviões de combate F-16 "oferecidos" aos senhores de Kiev pela Bélgica, Dinamarca, Países Baixos e Noruega, mas que poderão levar vários anos até que todos sejam entregues. A primeira aeronave deverá ser entregue até ao fim deste ano, se até lá os pilotos ucranianos terminarem os treinos que estão a receber pelos aliados ocidentais. E a última "novidade", segundo afirmou Serhii Holubtsov, oficial no comando da força aérea das forças armadas ucranianas, “há um número [de F-16] que irá para a Ucrânia e há um certo número de aeronaves que serão armazenadas em bases aéreas seguras, fora da Ucrânia, para que não sejam alvo aqui”. Se não fosse trágica esta guerra era um opereta.
Jorge Veiga - Ouvir o Sr Putin dizer que foi o Ocidente a começar a guerra, nem Opereta é. Parece um filme do Mr Bean. Adriano Marques - Opereta é ter um Ditador comunista a ameaçar o mundo David Ribeiro - Adriano Marques, o comunismo há muito acabou na Rússia. Que Putin é um ditador, lá isso é verdade. Adriano Marques - David Ribeiroo Kremlin é do CHEGA Isabel Sousa Braga - Adriano Marquesquem é comunista? Adriano Marques - Isabel Sousa Bragaeu não sou de certeza... Luis Barata - Portanto, acha mesmo que é uma opereta!?... Só isso. Por a ridículo planos de defesa de um país, uma nação invadida, mais uma série de países limítrofes e a própria Europa, o Mundo, e assim fácil para si... Já a estratégia da Rússia, ameaçadora, sempre na origem de todos os conflitos mundiais, é uma bela ópera, uma ode majestosa e triunfal!? Que tipo de comentário lhe sobra? David Ribeiro - OLuis Barataainda acredita na vitória dos senhores no poder em Kiev?... O que gostaríamos que acontecesse é uma coisa, mas infelizmente muito diferente da realidade no terreno.inação num processo de Paz sequente à guerra, em condições de justiça e equidade. "Never surrender", diz-lhe alguma coisa? David Ribeiroisso dos "senhores do poder em Kiev" significa o quê? David Ribeiro - Luis Barata... Eu não vivo estados de alma nesta guerra, nem noutras guerras quaisquer. Analiso a situação no terreno com base no que me é dado conhecer e assim construo o meu parecer, tendo sempre como objectivo a PAZ. Quanto aos senhores no poder emKiev são Zelensky e todos os corruptos que o rodeiam. Luis Barata - David Ribeiroa culpa é do sr. Zelenski!? Um Lord of the War, ele!? Temos aqui um prisma um bocado marado... Mário Paiva - Luis Barata, no meio da confusão gostei do "sempre na orígem de todos os conflitos mundiais"... se calhar é porque não deixam que lhes comam as papás na cabeça... Luis Barata - Mário Paivaok... recordo-lhe a guerra que instigaram, promoveram e alimentaram nas nossas províncias ultramarinas... Os Portugueses queriam comer as papas na cabeça dos russos!?... É triste existirem pessoas como você, a pensar dessa maneira. Mário Paiva - Luis Barata, e, já agora, o 25 de Abril... que chatice... Luis Barata - Mário Paivapode crer. Perfeitamente escusado. Á conta disso morreram mais uns milhões de pessoas... Mário Paiva - Quase garantia que oLuis Baratanão chegou a tempo de ir defender "as províncias ultramarinas"... Luis Barata - Mário Paivapois não. Ainda era liceal. Mas lá estiveram muitos da minha família e muitos amigos, vieram sem nadinha e outros ás postas... Mas cá estamos todos contra os traidores à Pátria e contra quem apoia os russos. Mário Paiva - Luis Barata, eu também estive lá e não gostei, também não me lembro de ter por lá encontrado os meninos dos DDT, os únicos beneficiarios do nacionalismo que nos venderam... aliás estes continuam por lá, como sempre a sacar o que podem, nenhum veio às postas... Luis Barata, mas, olhe, boas notícias para a sua causa... Ukraine's Controversial Azov Brigade Boasts It's "More Dangerous" As US Lifts Weapons, Training Ban Luis Barata - Mário PaivaOs seus namorados russos são meiguinhos, portanto... Estes da azov dão-lhes um bocado de trabalho, pelos vistos! Mário Paiva - UI! Que fino.... O problema dos fundamentalistas é verem tudo maniqueistamente a preto e branco e acharem que quem não lhes apara as causas e desejos tem de estar obrigatóriamente do outro lado do muro... valha-vos a CS monoteísta e controladinha para vos manter felizes...
Corrupção!... um obstáculo sistémico na Ucrânia
Cimeira da Paz na Suíça Cerca de 90 países e organizações vão participar na Cimeira da Paz na Suíça no fim-de-semana de 15 e 16 de junho, onde Zelensky tentará "impor o seu conceito de paz justa". Com a ausência da Rússia, por não ter sido convidada, está cá a parecer-me que, bem espremidinha, pouco sumo se conseguirá desta tentativa de resolução do conflito.
Jorge De Freitas Monteiro - É como fazer cozido à portuguesa sem carne. David Ribeiro - Também a China não parece que vá participar nesta cimeira, pelo que não pode ser, no entender do Governo chinês, um esforço sério no sentido de encontrar consensos. “A China sempre insistiu que uma conferência internacional de paz deveria ser apoiada tanto pela Rússia como pela Ucrânia, com a participação igualitária de todas as partes, e que todas as propostas de paz deveriam ser discutidas de forma justa e igualitária. Caso contrário, será difícil para a China desempenhar um papel importante no restabelecimento da paz”, disse um representante do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. A Índia também não irá enviar representantes de alto nível e a Arábia Saudita já disse que não participará, apresentando como justificação a mesma razão que a China. Luis Barata - David Ribeirotodos a cuidar dos seus interesses. Esta é a verdadeira hipocrisia. E, portanto, 90 estarão errados!?... David Ribeiro - Uns estarão errados,Luis Barata, e outros a prestar vassalagem aos seus "senhores". Curiosamente quem tem peso político na geoestratégia mundial não deverá estar presente e até Joe Biden não vai comparecer, segundo as últimas notícias.
O sistema monetário global não é a minha praia, mas pelo que tenho lido e depois da Rússia ter lançado a famigerada "operação especial na Ucrânia", os países da União Europeia e do G7 congelaram quase metade das reservas cambiais russas no valor de cerca de 300 mil milhões de euros. E o "nosso" Banco Central Europeu (BCE) alertou que isso poderia representar riscos para a reputação da moeda europeia a longo prazo e apelou a "olhar para além deste conflito isolado" e procurar outras formas de financiar Kiev. "É importante para o fundo que quaisquer ações tomadas tenham uma base jurídica suficiente e não prejudiquem o funcionamento do sistema monetário internacional", disse Julie Kozak, diretora de comunicações do Fundo Monetário Internacional (FMI) quando questionada sobre os planos do Ocidente de usar os ativos.
Carlos Miguel Sousa - Na minha opinião esta decisão não é apenas errada, é um precedente mortal. Mas os políticos hoje brincam com o que é sagrado.
Entretanto... A amizade sem limites de Xi e Putin. O Presidente russo, em visita de Estado à China, uniu a sua voz à de Xi Jinping: “Somos bons exemplos para garantir a paz, estabilidade e prosperidade no mundo”. Em 2022, pouco antes da invasão russa da Ucrânia, estiveram os dois também juntos em Pequim e de lá proclamaram “uma amizade sem limites”.
A China reagiu ao aviso dos EUA que ameaçaram responsabilizar Pequim se Moscovo continuar com avanços russos na Ucrânia. "Não aceitamos críticas ou pressões internacionais devido às nossas relações bilaterais com a Rússia", garantiu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim e a "cooperação entre os países não deve ser afetada pelo contexto internacional", defendeu a mesma fonte. E também na passada terça-feira [9abr2024] o Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou: "China e Rússia uniram-se para forjar um novo caminho de coexistência e cooperação, que beneficiou ambos os países e contribuiu de forma sábia e poderosa para a igualdade e justiça internacionais”.
Parece não haver dúvidas que grande parte da pressão sobre os defensores ucranianos provém das bombas planadoras russas – enormes munições capazes de criar uma cratera de 6 metros de profundidade e 20 metros de largura, com um raio destrutivo de centenas de metros de diâmetro. O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse recentemente que a Rússia utilizou 700 destas em apenas uma semana e que a única forma de os combater era abater o avião que os transportava. O Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), com sede em Londres, também sobre estas bombas afirmou: “A Rússia está a utilizar bombas planadoras, juntamente com munições de ataque direto, em grande volume para sobrecarregar a defesa aérea ucraniana”.
"Durante a noite [4.ª para 5.ª feira 10-11abr2024], a Rússia disparou mais de 40 mísseis e 40 drones contra a Ucrânia visando infraestruturas essenciais (...) Alguns mísseis e drones Shahed foram abatidos com sucesso. Infelizmente, apenas alguns deles", escreveu Volodymyr Zelensky na rede social X (antigo Twitter).
VOTAÇÃO: A favor 13; Abstenção 1 (Reino Unido); Veto dos EUA
Os Estados Unidos vetaram o projeto de resolução do Conselho de Segurança que exigiria um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza e a libertação imediata e incondicional de todos os reféns. Falando depois dos EUA vetaram a resolução, Riyad Mansour, diplomata palestiniano na ONU, classificou a medida como “além de lamentável”. “É desastroso”, disse ele. “O Conselho de Segurança foi novamente impedido de se levantar até este momento para defender as suas claras responsabilidades face a esta grave crise que ameaça vidas humanas e ameaça a paz e a segurança regional e internacional. “Em vez de permitir que este conselho cumpra o seu mandato, fazendo finalmente um apelo claro, após dois meses de massacres, de que as atrocidades devem acabar, os criminosos de guerra têm mais tempo para perpetuá-las”, disse Mansour. "Como isso pode ser justificado?"
Isabel Sousa Braga - Tão previsível
Agência Lusa - 6.ª feira 8dez2023 O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal lamentou hoje a decisão dos Estados Unidos de rejeitar o apelo ao cessar-fogo em Gaza, lançado pelo secretário-geral da ONU, e insistiu na via do diálogo. “Naturalmente que lamentamos. Nós tínhamos precisamente apoiado a resolução que está ser vetada”, disse João Gomes Cravinho, à agência Lusa à margem da cerimónia de entrega dos prémios ‘Manuel António da Mota – Uma Vida em Angola’, que decorreu em Luanda. Cravinho sublinhou que esta é a posição que Portugal tem assumido e insistiu que é urgente haver um cessar-fogo humanitário. “É preciso que haja acesso da ajuda humanitária à população de Gaza, consideramos também fundamental que haja libertação sem condições dos reféns em Gaza e acreditamos que o cessar-fogo iria nesse sentido”, sublinhou. O chefe da diplomacia portuguesa afirmou que é preciso continuar a conversar, notando que tem havido evolução nas posições das Nações Unidas e dos próprios Estados Unidos, Israel e Gaza. “Acreditamos que, continuando o diálogo, encontraremos soluções que serão satisfatórias para todos. É fundamental que haja um cessar-fogo - e repito aqui este apelo - enquanto não for permanente, deve ser temporário, que permita acesso humanitário às populações, que permita começar a falar de um futuro mais estável, nomeadamente através da solução de dois Estados”, sublinhou o ministro.
Agência Lusa - sábado 9dez2023 A China expressou este sábado "profunda deceção" com o veto dos EUA a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU para um cessar-fogo imediato em Gaza, apresentada pelos Emirados Árabes Unidos e patrocinada por 97 países membros. A proposta "reflete o apelo universal da comunidade internacional e representa a direção certa para o restabelecimento da paz", afirmou o embaixador chinês na ONU, Zhang Jun, citado pela televisão estatal CGTN. "A China apoia totalmente esta iniciativa e juntou-se à pressão para a elaboração deste projeto de resolução", acrescentou Zhang, que acusou Washington de empregar "dois pesos e duas medidas" ao falar da proteção das mulheres, das crianças e dos direitos humanos, enquanto "consente" na continuação do conflito. Zhang apelou ainda a Israel para que ponha fim à "punição coletiva do povo de Gaza". Esta é a segunda vez, desde o início da guerra em Gaza, que os EUA vetam uma resolução no mesmo sentido - fizeram-no a 18 de outubro - alinhando assim com Israel, que argumenta que um cessar-fogo deste tipo ajudaria o Hamas a rearmar-se e a manter em cativeiro os 138 reféns na Faixa de Gaza.
Al Jazeera - sábado 9dez2023 O vice-embaixador dos Emirados Árabes Unidos na ONU, Mohamed Abushahab, perguntou ao CSNU: “Qual é a mensagem que estamos a enviar aos palestinianos se não pudermos unir-nos atrás de um apelo para parar o bombardeamento implacável de Gaza? Na verdade, qual é a mensagem que estamos a enviar aos civis de todo o mundo que podem encontrar-se em situações semelhantes?” O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Hossein Amirabdollahian, alertou para a ameaça de uma “explosão incontrolável” da situação no Médio Oriente, após o veto dos EUA, noticiou a agência de notícias AFP. “Enquanto a América apoiar os crimes do regime sionista (Israel) e a continuação da guerra… existe a possibilidade de uma explosão incontrolável na situação da região”, disse Amirabdollahian ao secretário-geral da ONU, António Guterres, num telefonema, de acordo com um comunicado do ministério. O Embaixador russo na ONU, Dmitry Polyanskiy, disse: "Nossos colegas dos EUA emitiram literalmente diante de nossos olhos uma sentença de morte para milhares, senão dezenas de milhares de civis na Palestina e em Israel”. O Embaixador francês na ONU, Nicolas de Riviere, disse no CSNU: “Infelizmente, mais uma vez este conselho falhou devido à falta de unidade e, ao recusar-se a comprometer-se com negociações, a crise em Gaza está a piorar e o conselho não está a completar o seu mandato. sob a carta.” O Ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, disse que os EUA estão agora sozinhos na questão de Gaza depois de bloquearem a aprovação da resolução. “Nossos amigos mais uma vez expressaram que a América está agora sozinha nesta questão, especialmente na votação realizada hoje nas Nações Unidas… O sistema político americano está agora impotente em questões relacionadas a Israel”, disse ele à agência de notícias estatal Anadolu e à emissora nacional TRT em uma entrevista.
Sarah Corsino - Vou já dar-lhe a justificação: porque o Hamas - um grupo de animais terroristas - nunca iria entregar os reféns e apenas ganharia tempo para andarem de um lado para o outro entre as Entidades Públicas que utilizam como seus escudos. Se o Hamas se preocupasse com os Palestinianos e depois de dizerem que já morreram milhares deles, já teriam entregue os reféns todinhos de uma só vez. Só que não é essa a sua intenção. O problema é que as pessoas ditas civilizadas querem que estes animais terroristas tenham o mesmo comportamento/pensamento que elas. Mas não têm. São TERRORISTAS. David Ribeiro - Sem dúvida, caríssimaSarah Corsino, que o Hamas praticou ações terroristas altamente condenáveis e das quais não nos devemos esquecer, mas nada justifica a sentença de morte imposta por Israel para milhares, senão dezenas de milhares de civis na Faixa de Gaza. Curiosamente toda a comunidade internacional, com excepção dos EUA, apoiava este projeto de resolução do Conselho de Segurança. Sarah Corsino - David Ribeirotambém não vejo nenhum país árabe, ao redor, a receber refugiados nos seus países (já que é tanta a preocupação). Até, em tempos, os expulsaram (porque será?). Também a Rússia vetou projeto de resolução de cessar-fogo com a Ucrânia e ninguém fez este alarde. Nem utilizaram o famoso artigo. Será que é por ser EUA/Israel? Eu diria que os Israelitas poderiam ser mais cuidadosos com os Palestinianos da Cisjordânia porque as relações são completamente diferentes dos da Faixa de Gaza. O que acontece é que os terroristas também já se mudaram para lá e o Fatah não consegue controlar nada. Não pense que eu não sinto angústia pelos Palestinianos inocentes, mas a maioria deles são reféns e cúmplices de terroristas David Ribeiro - Há algo que aqui ainda não disse e é importante,Sarah Corsino... assim como não confundo Hamas com todo o povo palestiniano, também não coloco no mesmo saco Benjamin Netanyahu e os seus falcões, juntamente com todo o povo israelita. Sarah Corsino - David Ribeiroaih sim. Esse homem não é "flor que se cheire"
Miguel Castelo Branco na sua página do Facebook - 26jul2023
Anuncia-se nos EUA mais um pacote de ajuda militar à Ucrânia, cujo exército já é maior do que a soma dos exércitos francês, britânico e alemão. Há quem julgue que inundar um país de material de guerra resolve os problemas e evita a inapelável derrota. Nada mais falso, pois que os sistemas de armamentos requerem meses, mesmo anos, de treino e exigem guarnições com especial aptidão técnica para um desempenho regular em situação de guerra. Ora, tal como aconteceu no Vietname e no Camboja de Lon Nol, os EUA estão a cometer o erro de enviar milhares de toneladas para um país exangue em recursos humanos, presumindo que aqueles homens de meia idade e outros quase-crianças estarão capacitados após brevíssimas recrutas para defrontarem um exército eficiente, moderno e agora muito motivado. Tal só vai criar mais dezenas ou centenas de milhares de perdas e a destruição física da Ucrânia. Lamentável que não façam sentar as duas partes para negociações sérias e que se queira levar avante a loucura dos círculos do complexo militar-industrial.
Serafim Nunes - Os que morrem não são americanos…por isso não faz mal (para eles). Além do mais alguém vai pagar as armas. Jorge Veiga - Li ali ...um exército eficiente, moderno e agora muito motivado. A qual o autor se refere? David Ribeiro - Jorge Veiga... tanto quanto parece refere-se ao russo, só não sei se inclui os mercenários. Jorge Veiga - David RibeiroQe se saiba um exército remendado na liderança e cheio de maçaricos armados e mal, tidos como carne para canhão, é um exército como é dito? Não acredito. David Ribeiro - Jorge Veiga... Segundo a Firepower (um portal analítico de 145 forças militares ao redor do mundo, baseado em dados como quantidade de soldados, reservistas, força aérea, equipamentos, orçamento anual militar, entre outros) os Estados Unidos, a Rússia e a China são os países com os exércitos mais poderosos do mundo nos dias de hoje. Jorge Veiga - David RibeiroMuita gente só faz uma multidão. Carlos Miguel Sousa - Não fosse oMiguel Castelo Branco, quem é e eu até comentaria este texto, pois logo na primeira leitura me saltam aos olhos , dois erros crassos de análise. Infelizmente um texto altamente tendencioso e parcial, para quem sabe fazer melhor, diria mesmo muito melhor, mas como foge ao contraditório, tem vindo a perder qualidades. É natural, acontece sempre que nos rodeamos apenas daqueles que pensam como nós.
Assim estamos ao 518.º dia (26jul2023) do conflito Rússia-Ucrânia
Notícia do The Guardian - Uma flotilha naval chinesa partiu neste domingo [16jul2023] para se juntar às forças navais e aéreas russas no Mar do Japão num exercício destinado a “salvaguardar a segurança de hidrovias estratégicas”.
Adao Fernando Batista Bastos - Provocadores...
E o conflito Rússia-Ucrânia está assim... O Kremlin informou que a Rússia interrompeu a sua participação no acordo de cereais do Mar Negro. O pacto mediado pelas Nações Unidas e pela Turquia visava aliviar uma crise alimentar global, permitindo que os cereais ucranianos bloqueados pelo conflito Rússia-Ucrânia fossem exportados com segurança. Este acordo havia sido prorrogado várias vezes, mas deveria expirar nesta segunda-feira. A Rússia vinha dizendo há meses que as condições para sua extensão não haviam sido cumpridas. “Na verdade, os acordos do Mar Negro deixaram de ser válidos hoje”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres. “Infelizmente, a parte desses acordos do Mar Negro em relação à Rússia não foi implementada até agora, então seu efeito foi encerrado”, acrescentou. De acordo com a agência de notícias estatal russa RIA Novosti, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, disse a repórteres que Moscovo já notificou a Ucrânia, a Turquia e a ONU de que é contra a extensão do acordo de cereais. Segundo António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas (ONU), a decisão “vai atingir gravemente pessoas carenciadas em toda a parte” mas “não vai travar” os esforços da ONU em permitir acesso dos bens alimentares e fertilizantes ucranianos e russos ao mercado global. Manuel Rocha - Só falta ao assassino putin ir ao acordo do brics na África do Sul.
A Ucrânia atacou a Ponte da Crimeia durante a noite usando drones não tripulados na superfície da água, disse o Comitê Nacional Antiterrorismo da Rússia nesta segunda-feira [17jul2023], de acordo com a mídia estatal. “Quaisquer estruturas ilegais usadas para entregar instrumentos russos de assassínio em massa são necessariamente de vida curta, independentemente das razões para a destruição”, escreveu o conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak.
A relação de “coordenação e cooperação” entre China, Índia e Rússia só se tornará mais robusta. Quem o assegura é o ministro dos Negócios Estrangeiros da China. Índia e China deverão registar cerca de 50% do crescimento global em 2023. É esta a previsão do Fundo Monetário Internacional. (...) Estes dois países são os principais amigos da Rússia e têm vindo a reforçar a cooperação energética com o Kremlin. Para contornar as sanções, Moscovo tem aumentado consideravelmente a sua relação comercial com Nova Deli e Pequim e exporta agora mais petróleo e gás para a Ásia do que nunca. (...) Os russos conseguiram o feito espantoso de ultrapassar a Arábia Saudita no ranking dos maiores exportadores de petróleo para a China. O quadro é idêntico em relação ao gás. (...) A Coreia do Norte, por exemplo, entrará a breve trecho nesta equação. O presidente chinês veio agora declarar que quer reforçar as relações bilaterais com a Coreia do Norte. Pyongyang não enjeitará o pedido. (...) O Ocidente requer unidade e liderança reforçadas. Os Estados Unidos estão a perder fulgor. A hegemonia norte-americana desvanece a olhos vistos. (...)
Mário Paiva - ...e o Paquistão fez-se de morto e recebeu ontem o primeiro carregamento de petróleo russo a bom preço, mesmo com risco de chatearem o patrão... Cada um sabe de si e do que lhe convém, menos os europeus que parecemos estar à espera de instruções p'ra sabermos o que nos é conveniente... Jose Bandeira - A Europa é a grande vítima da globalização e aousadia de Putin é apenas a constatação desse facto. Estás pois a confundir as causas com os efeitos: a Europa está num processo de autodestruição que se acelerou exponencialmente no Século XXI. Quanto aos EUA serão sempre os EUA... a dimensão interna e capacidade de empreendedorismo nascida da vontade dos emigrantes europeus desencantados com a Sempre Velha Europa, que são a base da sua estrutura genética, continuarão a fazer o que sempre fizeram.
Fiquei um pouco confuso ao ler esta notícia... mas concordo que a Ucrânia "em vez de visar pessoalmente os oligarcas" deverá preferencialmente efetuar "o reforço da legislação em domínios como a concorrência, a corrupção, a transparência dos mercados públicos, a concentração dos media e o branqueamento de capitais". (JN/Agências em 13jun2023 às 16h00)
Observadores militares americanos e europeus na Ucrânia descreveram os esforços do Exército da Ucrânia nos últimos dois dias como uma “missão suicida” que violou as regras básicas das táticas militares. “Se você quer conduzir uma ofensiva e tem uma dúzia de brigadas e algumas dezenas de tanques, você os concentra e tenta romper. Os ucranianos estão correndo em cinco direções diferentes”, reclamou um alto oficial europeu. (by David P. Goldman in Asia Times 10jun2023)
É assim que estamos ao 476.º dia do conflito
A Ucrânia relata avanços incrementais contra as forças russas em combates “extremamente ferozes”. O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, diz que ainda é cedo na contraofensiva da Ucrânia e muito cedo para saber se será um “ponto de viragem na guerra”. A Ucrânia diz que um ataque de míssil russo durante a noite matou três pessoas em Odesa e três na região de Donetsk, enquanto a Rússia intensifica sua ofensiva. A Rússia diz ter repelido forças ucranianas nas linhas de frente ao sul de Donetsk, Zaporizhzhia e Donetsk nas últimas 24 horas e alvejado armazéns de armas ucranianos. A vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Maliar, disse que as tropas obtiveram um sucesso "parcial" em sua contraofensiva, mas as tropas estão envolvidas em batalhas "extremamente ferozes" com as forças russas.
A disputa entre EUA e China na região Ásia-Pacífico
A guerra e as suas repercussões na região Ásia-Pacífico - bem como a crescente disputa entre os Estados Unidos e a China - serão os temas principais da cimeira de segurança, que desde há muito serve de plataforma para que responsáveis de topo pela segurança se encontrem pessoalmente. Entre os participantes contam-se o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, o ministro da Defesa chinês, Li Shangfu, o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, e o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov. Os chefes da defesa dos EUA e da China não deverão reunir-se este ano - um sinal da profundidade da fratura nas relações entre os dois países.
Reunião de defesa do Diálogo de Shangri-La Não sei se se o plano de paz proposto pela Indonésia para acabar com a guerra na Ucrânia e que foi rejeitado por Kiev, seria a solução, mas continuar com "tiros, bombas e murros nas trombas" é que nunca resolverá nada. O ministro indonésio da Defesa apelou aos responsáveis militares de todo o mundo que emitissem uma declaração a apelar ao fim das hostilidades, à margem da reunião de defesa do Diálogo de Shangri-La. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia negou a possibilidade de um cessar-fogo, com o porta-voz, Oleg Nikolenko, a afirmar que a Rússia cometeu uma agressão, e que uma suspensão da guerra permitiria a Moscovo reagrupar e reforçar as suas forças. A proposta indonésia, anunciada por Prabowo Subianto, incluía ainda o estabelecimento de uma zona desmilitarizada e a realização de um referendo sobre aquilo que Jacarta entende serem territórios disputados. Francisco Bismarck - O plano de Paz que proponho: fuzilamento, forca com corda curta tb dá, de Putin, Zelensky e Biden. Acho que mais nada era preciso. Ameacaram nao publicar o meu comentário que, no entanto, está absolutamente de acordo com a jurisprudencia definida pelo tribunal de Tóquio Xavier Cortez - Francisco Bismarck ????? Francisco Bismarck - Xavier Cortez porquê essas interrogações todas? 3 mortos nao é um preco razoavel pela paragem da carnificina actual Xavier Cortez - Francisco Bismarck é que inicialmente o teu comentário estava indisponível, ao contrário deste momento, pelo que eu não sabia o que tinhas dito Francisco Bismarck - Xavier Cortez agora nao o vejo pelo que deduzo que a cennnsura do faccebook agiu. Puta que os pariu Xavier Cortez - Francisco Bismarck "O plano de Paz que proponho:fuzilamento, forca com corda curta tb dá, de Putin, Zelensky e Biden. Acho que mais nada era preciso." Era isto? Está cá David Ribeiro - Francisco Bismarck... não houve nenhuma censura, pelo que comentários com palavrões não fazem sentido nesta minha página. Francisco Bismarck - David Ribeirotem razao, peco desculpa. Mas houve ameaca de censura em mensagem que me foi dirigida e depois apagada.
Refletindo sobre a entrevista de Zelensky ao Wall Street Journal Era uma vez um jovem pastor que costumava levar o seu rebanho de ovelhas para a serra a pastar e como estava sozinho durante todo o dia, aborrecia-se muito. Então, pensou numa maneira de ter companhia e de se divertir um pouco. Voltou-se na direção da aldeia e gritou: "Lobo! Lobo!". Os camponeses correram em seu auxílio. Não gostaram da graça, mas alguns deles acabaram por ficar junto do pastor por algum tempo. O rapaz ficou tão contente que repetiu várias vezes a façanha. Alguns dias depois, um lobo saiu da floresta e atacou o rebanho. O pastorzinho pediu ajuda, gritando ainda mais alto do que costumava fazer: "Lobo! Lobo!". Como os camponeses já tinham sido enganados várias vezes, pensaram que era mais uma brincadeira e não o foram ajudar. O lobo pôde encher a barriga à vontade porque ninguém o impediu. Quando regressou à aldeia, o rapaz queixou-se amargamente, mas o homem mais velho e sábio da aldeia respondeu-lhe: "Na boca do mentiroso, o certo é duvidoso."
Uma amiga minha - Ana Cristina Pereira Leonardo - avisou que "não é preciso ser putinista para perceber que isto tem mesmo graça ".
Laura Sarmento - Espectacular!!!! Levo!!!! Jorge Saraiva - Já o autocrata russo tem incomparavelmente menos oportunidades para aparecer acompanhado. Nuno Solla Lacerda - Cartoon a tentar passar uma mensagem errada e até falsa de um Presidente que na verdade é corajoso , como se a guerra Rússia/Ucrânia fosse alguma frivolidade. Raul Vaz Osorio - Nuno Solla Lacerdameu, tira lá o pau desse sítio. Relaxa, o cartoon tem graça, o resto é treta. Mário Paiva -
Há quem considere a posição de Pequim, no conflito Rússia-Ucrânia, estar cheia de ambivalências e omissões, com Xi Jinping a ser o único líder global a manter laços amigáveis com Putin, usando também o assento da China no Conselho de Segurança das Nações Unidas para repelir ataques diplomáticos ao Kremlin. Mas a verdade é que poucos "metem os pés ao caminho", como está a fazer Li Hui, representante especial do governo chinês para assuntos da Eurásia, em périplo pela Ucrânia, Polónia, França, Alemanha e Rússia, visando "falar com todas as partes sobre uma solução política para a ‘crise’ na Ucrânia".
Lusa/DN em Segundo um comunicado das autoridades de Kiev o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse a Li Hui que a Ucrânia não aceitará um plano de paz que resulte na perda de territórios. Na reunião, ambas as partes abordaram as relações bilaterais entre Ucrânia e China, bem como os meios para deter a agressão russa, de acordo com o comunicado ucraniano. O ministro também ressaltou a importância da participação da China na "Fórmula da Paz" apresentada por Zelensky, bem como na iniciativa do corredor de cereais no Mar Negro.
Tiago Mergulhão Gomes - O problema começa logo com a nomenclatura. Na Ucrânia, não há uma "crise". Há uma guerra. Uma invasão, com anexação de território, que começou já em 2014. Há uma solução simples, que acaba com a guerra de um dia para o outro: a Rússia retira do território Ucraniano. Quaisquer soluções negociadas por terceiros que impliquem a cedência de território serão sempre rejeitadas pela Ucrânia. De resto, a China nunca veria com bons olhos a perda de influência (chamam-lhe eles soberania) sobre Taiwan. Carlos Miguel Sousa - As duas Grandes Potências mundiais China e EUA, têm sido as principais beneficiárias desta guerra. A nenhuma delas interessa que a mesma acabe. Os EUA, alimentam-na com o que melhor sabem fazer e mais retorno dá à sua economia de guerra. A China, desempenha um papel HIPÓCRITA E TRAIÇOEIRO que é de apelar à PAZ, enquanto se aproveita de todos os que estão em contenda, sem na realidade contribuir um chavo para a busca da PAZ, alem da demonstração inequívoca de um conjunto de BOAS INTENÇÕES. E no meio disto tudo estamos nós, a Europa, governados por Eunucos, sem filhos, logo sem preocupações de futuro que vão para alem do horizonte temporal da sua própria e exclusiva vida. Não será difícil perceber, quem tem mais a perder...
Notícias de hoje - 21mai2023 Era previsível... mas teria sido necessária uma tão grande perda de vidas humanas?
Às primeiras horas deste domingo (hora local), o ministério da Defesa russo indicou que o exército privado Wagner, com o apoio de tropas russas, assumiu o controlo total de Bakhmut. O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, felicitou o Exército e o grupo paramilitar Wagner pela conquista da cidade e também elogiou o apoio fornecido e a cobertura de flancos realizada pelas tropas das Forças Armadas russos aos grupos de assalto do Wagner, e anunciou condecorações para quem "sobressaiu", segundo o serviço de imprensa do Kremlin citado pela cadeia televisiva russa RBK. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, admitiu hoje, de forma ambígua, o controlo russo de Bakhmut, mas minimizou a importância estratégica da cidade. De acordo com a Associated Press, Volodymyr Zelensky, disse, este domingo, que "não há nada" em Bakhmut. "Destruíram tudo", acrescentou, referindo-se às tropas russas. "Por agora, Bakhmut está apenas nos nossos corações". Mas o porta-voz do presidente ucraniano clarificou posteriormente que o líder da Ucrânia dissera que achava que a cidade ainda não estava sob controlo total dos russos. Mas o porta-voz do presidente ucraniano clarificou posteriormente que Zelensky dissera que achava que a cidade ainda não estava sob controlo total dos russos. Entretanto, de Kiev chegam notícias de que a Ucrânia não só não cedeu como está a cercar os russos, que reclamaram a tomada da cidade no sábado.
Albertino Amaral - Tudo arrasado..... Só um louco se satisfaz com tal conquista..... David Ribeiro - Diga antes "só UNS loucos",Albertino Amaral... não esquecer que agora um depois outro, bombardearam durante mais de oito meses esta cidade. Albertino Amaral - David Ribeiropois, mas residente tinha que se defender, como é lógico..... Em nossa casa, se tivermos que partir louça nos cornos do assaltante, que remédio.
CNNPortugal em 20mai2023 A triste história da cidade de Bakhmut(Texto de João Rodrigues, Mapa e infografias de Teresa Abecasis)- Cada casa, uma fortaleza. Cada rua, um campo de batalha. Dois exércitos, armados com as mais recentes inovações militares, lançaram tudo o que tinham durante dez meses pelo controlo de uma pequena cidade, esquecida na linha da frente, no coração do Donbass. A Ucrânia chama-lhe Bakhmut, o bastião que se tornou o símbolo da sobrevivência do país nesta guerra; para a Rússia é Artemovsk, o “triturador de carne”. Bakhmut é hoje uma ruína, um cemitério a céu aberto onde dezenas de milhares perderam a vida, numa das mais sangrentas batalhas de guerra urbana desde o final da Segunda Guerra Mundial. “É a batalha mais mortífera da guerra da Ucrânia e onde diferentes maneiras de pensar a guerra se cruzaram. Com forças inferiores, a Ucrânia conseguiu resultados militares no terreno que não deviam acontecer, mas aconteceram. É uma grande vitória da Ucrânia continuar a resistir ao fim de nove meses. No entanto, ainda não sabemos se esta manobra se justifica”, afirma o historiador António José Telo. (...) "A cidade [Bakhmut] é um centro importante para a defesa das tropas ucranianas no Donbass. Tomar a cidade vai permitir lançar novas ações ofensivas dentro das linhas defensivas da Ucrânia", argumentou Serguei Shoigu, ministro da defesa russo, numa declaração televisiva em março. A solução encontrada pelas chefias militares russas foi idêntica à encontrada noutros locais: bombardear posições inimigas até à exaustão, lançando em seguida investidas de infantaria apoiada por veículos blindados. (...) O número de baixas foi descrito como “bastante significativo” e as imagens que chegaram fizeram lembrar o desastre de Mariupol. Em dezembro, Zelensky acusou a Rússia de transformar “outra cidade do Donbass em ruínas”. (...) Apesar dos milhares de mortos, das explosões recorrentes, da falta de luz e água canalizada, centenas de pessoas resistiram e mantiveram-se na cidade. Quase todas sobrevivem no interior de caves, o único sítio capaz de aguentar o impacto dos rebentamentos constantes que destroem as mais imponentes estruturas e fazem tremer tudo em redor. Em março, dez mil habitantes resistiam no interior da cidade, mas, entretanto, grande parte foi transportada para cidades maiores na retaguarda, como Kramatorsk ou Sloviansk. Quantos ainda restam na cidade, é impossível saber.
O Grupo dos Sete pediu laços “construtivos” com a China e insistiu que não busca bloquear o desenvolvimento do país, mesmo tendo como alvo o histórico de direitos e reivindicações territoriais de Pequim. No seu comunicado divulgado no sábado [20mai2023], os líderes do G7 chegaram a um equilíbrio entre buscar cooperação em áreas como mudança climática e reagir contra a postura cada vez mais assertiva de Pequim, que derrubou suposições de décadas sobre o equilíbrio global de poder. Os líderes do clube das democracias ricas disseram que não desejam se separar da China, mas reconheceram que a resiliência económica exigia “eliminar os riscos e diversificar”. “Nossas abordagens políticas não são projetadas para prejudicar a China nem procuramos impedir o progresso e o desenvolvimento económico da China”, disseram os líderes do G7. “Uma China em crescimento que segue as regras internacionais seria de interesse global.” Mas o G7 - formado por Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos - disse que responderia aos desafios colocados pelas "políticas e práticas não relacionadas ao mercado" da China, combateria "práticas malignas" e “promover resiliência à coerção económica”. O Ministério das Relações Exteriores da China rejeitou no sábado a declaração como um exemplo de interferência em seus assuntos internos e disse que reclamou ao Japão, anfitrião do G7.
Pequim envia representante especial a Kiev e Moscovo
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China anunciou esta quinta-feira [11mai2023] que o seu representante especial dos assuntos euro-asiáticos, embaixador Li Hui, vai visitar a Ucrânia e a Rússia a partir da próxima segunda-feira. O roteiro conta ainda com passagens pela Polónia, França e Alemanha e tem como objetivo "reforçar a promoção das conversações de paz". No mês passado, o presidente chinês, Xi Jinping, prometeu a Zelensky, numa chamada telefónica, que enviaria uma delegação à região para ajudar a facilitar as negociações de paz. Foi a primeira vez que os dois presidentes falaram desde a invasão russa da Ucrânia.
Está cá a parecer-me que as intervenções destes dois - José Milhazes e Nuno Rogeiro -, praticamente diárias nos noticiários da SIC, são uma completa patetice. David Ribeiro - Em finais do ano passado questionei Nuno Rogeiro sobre: "Gostava de saber porque é que o Nuno Rogeiro, por quem me habituei a ouvir/ler com atenção o que diz/escreve, diz "Kyiv", em vez de Kiev; "Moldova" em vez de Moldávia... é que não acredito quediga "London" em vez de Londres. Antecipadamente grato pela sua resposta." Mas a resposta, até hoje, ainda não chegou.
O Presidente da Ucrânia chegou a Roma durante a manhã deste sábado para encontros com o seu homólogo italiano, Sergio Matarella, e com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, na sua primeira visita a Itália desde o início da invasão russa a 24 de fevereiro de 2022. O Vaticano confirmou também, antes de chegada de Zelensky, um encontro durante a tarde entre o Presidente ucraniano e o Papa Francisco. "Hoje, em Roma, vou reunir-me com o Presidente de Itália, Sergio Mattarella, com a primeira-ministra, Giorgia Meloni, e com o Papa. Uma importante visita para a vitória de Ucrânia", escreveu o Presidente ucraniano nas redes. Será o primeiro encontro de Zelensky e do papa desde que começou a guerra, apesar de ambos já se conhecerem, porque Francisco recebeu, em audiência, o Presidente ucraniano em 08 de fevereiro de 2020.
O encontro do Presidente da Ucrânia com o Papa na deslocação a Itália decorreu esta tarde e começou com um cumprimento simples: Papa Francisco - "Grazie per la visita". Zelensky - "Un grande onore essere qui". O Papa Francisco ofereceu ao presidente ucraniano Zelensky uma pequena escultura representando um ramo de oliveira, símbolo da paz. Por seu lado o presidente ucraniano deu ao Papa um ícone da Madona [Nossa Senhora] pintado nos restos de um colete à prova de balas.
O vice-presidente chinês vai à cerimónia de coroação de Carlos III, no Reino Unido, no próximo sábado. Depois, entre 7 e 10 de maio, estará de visita a Portugal. Há quem entenda que a diplomacia chinesa “está a reforçar-se” e que o nosso país se mantém relevante, “até pela ligação ao mundo lusófono”.
Mário Santos - O que vem cá fazer é ver in situ as técnicas do Costa. Da Mota Veiga Suzette - Afinal, somos um pouco importante! Também devemos considerar que Portugal tem uma grande cominidade chinesa e com muitos negócios! Ouvi dizer que não pagam impostos? David Ribeiro - Não nos podemos esquecer que juntamente com a privada Fosun, o capital chinês acumula um portefólio de mais de 8,5 mil milhões de euros de participações diretas e indiretas em oito empresas portuguesas cotadas: EDP, EDP Renováveis, BCP, REN RENE, Mota-Engil, Martifer, Inapa e Reditus. Bernardo Sá Nogueira Mergulhão - Nunca esqueço, nem preço político de tal no futuro... mas países descapitalizados é assim, sujeitam-se. Altino Duarte - Bernardo Sá Nogueira MergulhãoPreço político? Bernardo Sá Nogueira Mergulhão - Altino Duartesim, um almoço nunca é de graça. Altino Duarte - Bernardo Sá Nogueira MergulhãoSim, todas as economias têm necessidade de negócios em comum. Porque razão será diferente com a China ? E isso não deve acontecer sob pena , neste caso, de Portugal vir a "alinhar" com esse país? E não há problemas de "alinhar" com outros? Será porque o regime chinês não é democrático? Não me parece que Portugal venha a ter problemas de colonização e que a sua independência quer territorial quer política venha no futuro a ser afectada. Todos os muros devem ser derrubados, é essa a minha opinião...! Bernardo Sá Nogueira Mergulhão - Altino Duartepode ter a certeza que a minha preocupação é só seu regime político, não nacionalidade. Estava mais descansado se não exigisse controlo total de portos e controlo político de países que falham por algum motivo algum pagamento de dívida ,como faz....além de actuar como concorrente desleal roubando muita tecnologia ocidental em vez de ter sociedade propicia ao seu desenvolvimento...tirando isso... Altino Duarte - Bernardo Sá Nogueira MergulhãoSendo Portugal um país onde a Democracia está consolidada e pertencente à UE não me parece que possa haver algum problema de controlo político por parte da China. É essa a minha opinião mas compete aos nossos governantes estabelecer as relações comerciais e industriais que entendam ser as melhores e possam contribuir para os interesses do País. Jose Antonio M Macedo - Bernardo Sá Nogueira MergulhãoInfelizmente Portugal verga-se ao capital chinês. Jose Antonio M Macedo - Infelizmente para Portugal Antero Filgueiras - Esquecer que um país totalitário e uma ditadura autocrática manda em Portugal, com a colaboração activa e passiva de canalhas e salafrários?! Impossível!!!!!
10mai2023
Na passagem pelo Porto, Han Zheng foi acompanhado pelo vice-presidente do Município, Filipe Araújo, e teve a oportunidade de conhecer um exemplar de magnólia denudata, a flor-símbolo da cidade chinesa de Shanghai, com a qual o Porto é geminado desde 1995.
O presidente chinês, Xi Jinping, falou ontem [26abr2023] com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pela primeira vez desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, e Pequim disse querer mandar um enviado a Kiev para servir como mediador para buscar um "acordo político". O telefonema durou quase uma hora e foi “longo e significativo”, segundo o presidente ucraniano. “Acredito que esta ligação, assim como a nomeação do embaixador da Ucrânia na China, dará um forte impulso ao desenvolvimento de nossas relações bilaterais”, escreveu Zelensky no Twitter. Moscovo já elogiou a “prontidão” da China para estabelecer a paz, depois do telefonema entre Xi Jinping e Volodymyr Zelensky, durante o qual o Presidente chinês terá dito que a única saída para a guerra era o processo negocial. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia elogiou, assim, a disposição da China de se envolver num processo de paz para resolver a crise da Ucrânia: “Notamos a prontidão do lado chinês em fazer esforços para estabelecer um processo de negociação.” As últimas notícias falam em importantes movimentações de tropas ucranianas em direção à linha da frente, tentando colocar no plano militar condições de negociação bem diferentes daquelas que o discurso diplomático nos apresentam com opções de decisão. Sem querer transformar tudo isto num futebolístico encontro entre duas equipas rivais (Rússia e Ucrânia), a verdade é que as coisas estão a tornar-se mais interessantes, com a China a assumir o papel do VAR.
Hugo Da Nóbrega Dias - Xau EUA. Chico Gouveia - o que se passa é que a Rússia vai levar pra tabaco e sofrer uma derrota histórica. Este increu aparece agora a tentar pôr água na fervura. Tarde piaste. David Ribeiro - Isso de "a Rússia vai levar pra tabaco e sofrer uma derrota histórica" é uma constatação de factos ou unicamente um desejo, Chico Gouveia? Chico Gouveia - David Ribeiroconstatação de factos. O processo de desagregação da Rússia é irreversível. Novos Estados vão (re)nascer resultantes de um processo de desintegração. Bem como a queda de Putin, que está por um fio. Um dia destes, cai de uma cadeira numa esplanada. A História é um livro aberto, basta lê-la. Especialmente o capítulo referente à "queda dos impérios". E já agora: este artista da foto está prontinho para tomar conta da metade asiática da Rússia. David Ribeiro - Isso é realmente uma hipótese,Chico Gouveia, remota no meu entender, mas a mais que provável "sucessão" do déspota Putin é capaz de nos ir demonstrar que “atrás de mim virá quem, de mim, bom fará”. Chico Gouveia - David Ribeiroa situação na Rússia está muitíssimo má. Exactamente a aproximar-se do ponto de ruptura. E olhe que sei bem do que lhe estou a dizer, mas mais não posso. Manuel Rocha - Fantástico melga...
Cartoon do sueco Kludd Niklas - 15mar2022
A diplomacia ambígua da China na Ucrânia: Xi Jinping segura uma pomba branca da paz enquanto 'financia a máquina de guerra de Putin'.
E é assim que estamos
Às primeiras horas do dia de hoje na cidade de Mykolaiv, no sul da Ucrânia (23h00 de quarta-feira em Portugal Continental) os alarmes aéreos foram ativados devido à aproximação de quatro mísseis S-300 terra-ar, de acordo com a informação inicial divulgada pelo governador na plataforma Telegram. O autarca de Mykolaiv, Oleksandr Senkevich, referiu, também no Telegram, que um dos mísseis atingiu um prédio residencial de vários andares, enquanto outro caiu numa habitação isolada. Pouco mais de meia hora depois do primeiro bombardeamento, as defesas antiaéreas da cidade foram novamente acionadas, sendo que os serviços de emergência continuam a operar nas áreas atingidas pelos mísseis. As forças ucranianas, durante esta 61.ª semana da guerra, avançaram numa parte mal defendida da costa ribeirinha de Kherson, a região sul dividida pelo rio Dnipro, de acordo com vários relatos. A Ucrânia recuperou uma grande parte da região, incluindo a capital também chamada Kherson, da invasão das forças russas no ano passado, mas os russos estão entrincheirados na margem esquerda do rio.
O Ocidente — ou NATO se preferirem — está feliz porque, através da Finlândia, ganhou mais 1300 quilómetros de fronteira com a Rússia. E para que quererão eles mais 1300 quilómetros de fronteira com a Rússia?
Miguel Sousa Tavares, in Expresso, 06abr2023
A poucos dias de uma visita à China determinante para as relações entre o gigante asiático e a UE, onde chegou acompanhada pelo Presidente francês, Ursula von der Leyen, a presidente da Comissão Europeia, resolveu fazer, mais do que um discurso, uma intervenção de fundo que estabeleceu desde logo não apenas a agenda da visita como também todo o futuro das relações sino-europeias. Muito saudado nos meios da autodenominada “ordem liberal internacional”, o discurso foi marcante a vários níveis: pelo momento, pela forma e pelo conteúdo. O momento e a forma — falando antes e publicamente o que é habitual reservar para ser falado durante e em privado — assinalaram uma posição de força, pessoal e institucional, que, aliada a um conteúdo de claro confronto e desafio, logo suscitou uma ríspida resposta da parte chinesa e a certeza de que dificilmente esta visita terá bons resultados, agora ou no futuro: os chineses costumam demorar uns 50 anos a esquecer ofensas públicas. Mas, antes de analisar o conteúdo do que disse Von der Leyen, vale a pena começar por constatar que, ao que parece, finalmente a Europa tem uma política externa comum, tão longamente desejada, e alguém que responde por ela. Não é, ao contrário do que se poderia prever, o triste comissário europeu para a Política Externa, Josep Borrell, o qual, no próprio dia em que Von der Leyen e Macron partiam para a China, repetia ao lado do secretário de Estado americano os chavões dos Estados Unidos sobre a guerra na Ucrânia, a Rússia e a China, ou que há semanas apresentava como grande feito da política externa comum a compra em conjunto de munições de guerra para a Ucrânia. Também não é uma política comum resultante de discussão ou debate no Parlamento Europeu ou, menos ainda, nos Parlamentos nacionais — sem que isso tenha merecido um só suspiro dos outrora tão ciosos defensores das soberanias nacionais face a Bruxelas. Mas, desde que começou a guerra na Ucrânia e o Ocidente (ou NATO, se assim preferirem chamar-lhe) tocou a reunir em defesa da tal ordem liberal internacional, considerações desse tipo deixaram de ter lugar, ao ponto de um pobre país como o nosso, onde uma simples lancha patrulheira fica parada no mar por falta de combustível, não se coibir de enviar três dos seus tanques, dos melhores que há nos catálogos (e os únicos em ordem de marcha), para irem combater os russos na Ucrânia. Sim, agora, pelo menos, sabemos quem é que fala em nome da Europa em matéria de política externa: é Ursula von der Leyen. E isso tem, desde logo, duas vantagens: os americanos já sabem a quem telefonar quando quiserem falar com a Europa e é francamente melhor ser ela a representar-nos e a definir a nossa política externa do que esse patético serventuário dos americanos que é o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, que se tinha autodesignado para cumprir a função até aqui. Bom, mas então o que disse Ursula von der Leyen sobre a China? Algumas coisas interessantes, que, não sendo propriamente novidade, tiveram a vantagem de clarificar ainda mais o pensamento europeu dominante. Explicitamente ou subentendendo, começou por dizer que a Europa não queria cortar os laços com a China, mas queria mudar as regras do jogo, pois havia um factor novo: a China está em campo à procura de uma nova ordem global, não aceitando mais jogar de acordo com a ordem liberal internacional na qual se revêem os valores do Ocidente. No fundo, a mesma acusação feita à Rússia e a Putin, pessoalmente: não aceitou “ocidentalizar-se”. Sendo que a China é uma ditadura desde 1949 e a Rússia um regime autocrático desde a noite dos tempos, com uma breve interrupção “democrática” em que conheceu o pior do capitalismo exportado pela ordem liberal, cabe perguntar o que há verdadeiramente de novo e de insuportável em relação aos tempos em que outras gerações de líderes europeus, com outro nível e ainda com memórias de guerra — Adenauer, De Gaulle, Willy Brandt, Harold Wilson, Olof Palme, Kennedy —, conseguiram manter a paz com as duas superpotências inimigas, apesar de terem pela frente muito pior do que Putin ou Xi Jinping, como Mao, Estaline, Khrushchev, Brejnev? Porquê esta súbita mentalidade do pensamento único, esta cruzada moderna contra os hereges da ordem liberal, esta necessidade urgente de exportarmos a nossa noção de bem e de valores para o mundo inteiro, e à força se necessário, antes de tudo o resto: o combate às desigualdades, às epidemias e doenças dos pobres, às alterações climáticas, ao desarmamento nuclear? Dizia há dias um porta-voz do Departamento de Estado americano, em resposta a um pedido de Zelensky para que a Rússia não ocupasse a presidência rotativa do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que “não podemos impedi-lo, pois infelizmente a Rússia faz parte do Conselho de Segurança da ONU”. “Infelizmente”? Já chegámos ao ponto de lamentar a existência da ONU e do seu CS, com as regras de funcionamento estabelecidas, justamente para que os conflitos entre adversários ali fossem dirimidos e não no campo de batalha? No seu discurso de há dias, Ursula von der Leyen veio implicitamente atravessar a Europa num conflito com a China, do ponto de vista comercial, político e até militar, num confronto que foi declarado pelos Estados Unidos e assumido também há meses pelo secretário-geral da NATO como estratégico para a organização. Já não se trata de levar a NATO até ao Afeganistão com a justificação da solidariedade devida a um aliado atacado na sua própria casa. Agora trata-se de ir até ao outro lado do mundo, como braço armado da política externa americana e para um eventual confronto entre duas potências nucleares, numa guerra no Pacífico, onde a Europa nada tem que ver. Mas, em troca, nem sequer é certo que uma futura Administração americana (com Trump de regresso, por exemplo) esteja disposta a continuar a atravessar-se pela defesa europeia, na Europa.
Sabemos apenas que nos continuam a exigir que a Europa pague o grosso da factura da guerra na Ucrânia, em inflação, em despesas militares e também em possível nova crise bancária importada de lá, para garantir que, como disse Lloyd Austin, o secretário da Defesa dos EUA, a Rússia saia da Ucrânia “de tal forma enfraquecida” que deixe de constituir qualquer ameaça futura. Para, quando os Estados Unidos acharem que está na hora de enfrentar a China, não correrem o risco de verem a Rússia a apoiá-la. A menos que tudo isto vá pelos ares.
Entretanto, é essencial continuar com a guerra na Ucrânia, até à derrota final da Rússia ou até… à eternidade. Que pode ser em 2024, ou mesmo 25, ou até 26, como alguns defensores da ordem liberal internacional e da guerra até ao último ucraniano defendem. E por isso, alinhada com o discurso de Washington, Von der Leyen também não se esqueceu de recordar aos chineses que o seu plano de paz em 12 pontos para a guerra na Ucrânia não podia ser levado a sério. Primeiro porque não previa a retirada russa de todos os territórios ucranianos; segundo porque só a Ucrânia poderia definir as condições para uma paz justa. Ou seja, a primeira condição, independentemente da sua justiça, significaria não uma negociação mas uma rendição incondicional à partida; e a segunda implicaria que só haveria paz nas condições decretadas por uma das partes. Resumindo: o plano não serve precisamente porque quer negociar a paz. E agora saúdam em festa a entrada da Finlândia na NATO, o 31º membro e 15º desde que se extinguiu o seu inimigo, o Pacto de Varsóvia. A ordem liberal está feliz porque ganhou assim mais 1300 quilómetros de fronteira com a Rússia. E para que quererão eles mais 1300 quilómetros de fronteira com a Rússia? Pobre Europa, desgraçada Ucrânia!
Jorge Saraiva - Eles?! Paulo Teixeira - Precisas que te expliquem? Tu és um homem bom mas nesta questão não te entendo David Ribeiro - Nunca gostei de guerras,Paulo Teixeira... sou um fervoroso adepto da PAZ. Paulo Teixeira - David Ribeiroa paz dos russos.... David Ribeiro - Há muita gente a esquecer-se que esta guerra começou em 2014... e porque será que só agora é que Putin é um execrável expansionista, que o é e sempre foi, sem dúvida. Paulo Teixeira - David Ribeirosempre foi. Nós sabemos quem começou em 2014. A tática dos nazis usada ad nauseam... David Ribeiro - Mas só agora,Paulo Teixeira, é que muita gente vem rasgar as vestes. Eu detesto Putin e todos os outros senhores do Kremlin, mas também sei quem são os senhores que em Kiev sustentam no poder o Zelensky. Toda a Europa os considerava os mais corruptos... agora já são uns santos. Paulo Teixeira - David Ribeironão invadiram nenhum país. E sei que não és senão pela paz. Mas acabas sem querer por validar um lado. Um abraço forte Raul Vaz Osorio - David, o MST há muito que começou a disparatar e a arranjar umas teses malucas em que nem ele mesmo acredita, só para ser diferente e polémico. Não vás nessa. Antero Filgueiras - MST já deu o que tinha a dar!!!
“O colapso da influência dos EUA sobre a Arábia Saudita e as novas alianças do reino com a China e o Irão são sinais dolorosos do fracasso abjeto da estratégia neoconservadora de manter a hegemonia global dos EUA com projeções agressivas de poder militar. A China superou o Império Americano projetando habilmente, em vez disso, o poder económico. Na última década, nosso país gastou trilhões bombardeando estradas, portos, pontes e aeroportos. A China gastou o equivalente construindo o mesmo em todo o mundo em desenvolvimento. A guerra na Ucrânia é o colapso final do efêmero “Século Americano” dos neoconservadores. Os projetos neoconservadores no Iraque e na Ucrânia custaram US$ 8,1 trilhões, arruinaram a nossa classe média, fizeram do poder militar e da autoridade moral dos EUA motivo de chacota, empurraram a China e a Rússia para uma aliança invencível, destruíram o dólar como moeda global, custaram milhões de vidas e não fizeram nada para promover a democracia ou ganhar amizades ou influência.”
Hugo Da Nóbrega Dias - É como tenho vindo a comentar aqui no seu perfil, caro. A China, subtilmente, está a por os EUA ali num cantinho e eles nem se apercebem. Jose Antonio M Macedo - O problema é que a China bem como a Rússia, o Irão ou a Arábia Saudita são tudo menos exemplos de democracias. Nem de férias gostava de ir a qualquer um desses países.
Não há dúvida que uma nova ordem mundial está a nascer... A tensão na fronteira do Irão com o Azerbaijão aumenta constantemente nos últimos meses, e vários incidentes tornaram-se uma ocorrência semanal. O Ministério das Relações Exteriores iraniano prometeu na sexta-feira “ação diplomática recíproca” depois que o Azerbaijão expulsou quatro diplomatas iranianos por “ações provocativas” que não mencionou. O Presidente chinês, Xi Jinping, transmitiu ao líder norte-coreano, Kim Jong-un, o seu desejo de reforçar a "orientação estratégica" dos laços bilaterais, noticiaram hoje os meios de comunicação estatais do regime. Xi Jimping enviou esta mensagem ao ditador norte-coreano através de uma carta em resposta às anteriores felicitações de Kim Jong-un, pela sua recente reeleição como presidente da China, segundo a agência estatal norte-coreana KCNA. Setenta e uma aeronaves militares chinesas cruzaram a sensível linha mediana do Estreito de Taiwan no sábado, quando a China iniciou exercícios em torno de Taiwan com raiva da reunião do presidente Tsai Ing-wen com o presidente da Câmara dos Representantes dos EUA. Os exercícios de três dias, anunciados um dia após o retorno de Tsai dos Estados Unidos, eram amplamente esperados depois que Pequim condenou seu encontro na quarta-feira com o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, em Los Angeles.
Luis Barata - Acho que nos devemos começar já, agora, a preparar para (re)criar mecanismos de auto-sustento... Jose Antonio M Macedo - Luis BarataSim. A nível da UE, a indicação já é essa: a chamada soberania Europeia. David Ribeiro - Mas para se conseguir uma "soberania Europeia",Jose Antonio M Macedo, temos que repensar a atual subserviência da UE aos EUA. Jose Antonio M Macedo - David RibeiroPenso que não será para sempre. Atualmente, terá de ser uma vez que as intenções da Rússia são já bem conhecidas e não temos ainda nenhum tipo de autossuficiência económica, militar ou energética. Quem promoveu essa subserviência foi justamente a Rússia, que ainda consegui o feito de alargar a NATO a mais dois países. Luis Barata - Jose Antonio M Macedopois, essa também... Eu refiro-me à nossa, de sobrevivência, caseirinha. Lembram-se? Pois é. Estamos no fim da Europa, cercados de água e por um vizinho, meio irmão mas rico, somos neste momento super dependentes como nunca. Reactivar a indústria, as pescas, fomentar e fortalecer a agropecuária, de subsistência e mais além, etc. Preparar os jovens nesse sentido. Uma 3a Republica. Tem que ser. Luis Barata - David Ribeirocreio que não é subserviência. É um legado da WW II. É uma aliança estratégica. É a NATO. E está a ser repensada, naturalmente, ao abrigo dos últimos acontecimentos... Jose Antonio M Macedo - Luis BarataNenhum país da UE, por si só, consegue ser autossuficiente em tudo. Para mantermos os níveis de desenvolvimento, teremos de depender uns dos outros em áreas distintas, claro. A ideia de que cada país da UE conseguirá ser autossuficiente e ainda conseguir competir com potências como os EUA, China, Índia, Rússia, entre outras, é completamente utópica, simplesmente porque qualquer país da Europa/UE não tem dimensão para isso. Luis Barata - Jose Antonio M Macedosim... nessa perspectiva. Mas eu refiro-me a tempos de guerra, carestia, penúria... Que aí vêm Jose Antonio M Macedo - Hora da soberania europeia. A guerra na Ucrânia consolidou os EUA como o alicerce da segurança coletiva. Mas a Europa deve aprender a andar com as próprias pernas. - Time for European sovereignty