No dia de ontem a CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, em audição na Comissão de Economia e Obras Públicas do Parlamento português, esclareceu algumas coisas... mas muito ficou por saber. Vejamos:
A presidente executiva da TAP garantiu que não teve contacto direto com as Finanças sobre a saída de Alexandra Reis e responsabilizou os advogados pelo processo. Foi o secretário de Estado das Infraestruturas que “esteve a par da proposta inicial e dos passos seguintes”. Quem também estava a par era o presidente do conselho de administração da TAP, Manuel Beja. Os motivos para o “divórcio” com Alexandra Reis foram “divergências na implementação do plano de reestruturação”.
Sobre outros dois temas que têm sido centrais no caso – a comunicação enganosa à CMVM e a não aplicação do Estatuto do Gestor Público na saída de Alexandra Reis –, Christine Ourmières-Widener atirou a responsabilidade para os advogados que assessoraram a companhia aérea. Christine Ourmières-Widener remete também para os advogados a responsabilidade pela eventual ilegalidade no processo de saída de Alexandra Reis.
Christine Ourmières-Widener considera que mantém condições para continuar à frente dos destinos da companhia aérea.
A CEO da TAP confirmou que tem à sua espera um bónus se cumprir as metas traçadas no plano de reestruturação até 2025. A própria tem dito que a companhia ficou em 2022 já acima dos objetivos traçados. Questionada por Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, sobre o valor dessa compensação extra, que garante fazer parte do seu contrato, não revelou o valor. Também não respondeu a que indemnização teria direito caso saísse sem justa causa.
Notícia da ECO aqui
O que se lê por aí...
Quem é Christine Ourmieres-Widener (in WikiPédia)
Juventude - Christine Jeanne Henriette Ourmières-Widener nasceu em Avignon [em 21set1964], na região de Provence-Alpes-Côte d'Azur. Entre 1984 e 1987, estudou na École Nationale Supérieure de Mécanique et d'Aérotechnique (ISAE-ENSMA) onde se formou em engenharia aeronáutica. Ela também obteve um diploma de administração (mestrado em marketing) da ESSEC Business School em 1988. Posteriormente, ela seguiu o Air France Executive Management Program no CPAHEC Paris em 2000-2001 e o Senior Executive Program no International Institute for Management Development (IMD) em 2008.
Carreira - Trabalhou na Air France desde 1988, onde começou na equipe de manutenção do Concorde. As suas responsabilidades evoluíram para um papel comercial, primeiro como diretora comercial da Amadeus até abril de 1998. Finalmente, ela lidera a equipe Air France KLM para a América do Norte com sede em Nova York. Posteriormente, foi nomeada gerente geral para o Reino Unido e Irlanda da Air France, depois gerente geral da companhia aérea irlandesa CityJet após sua aquisição pela Air France, onde permaneceu de 1º de outubro de 2010 a 2015. Durante algum tempo, fez parte da European Regions Airline Association. Em junho de 2015, ela se tornou Diretora de Vendas Internacionais da American Express Global Business Travel ("GBT") em Londres, sob a direção de Philippe Chérèque, Diretor Comercial e de Tecnologia. Em 16 de janeiro de 2017, ela se tornou CEO da Flybe , uma das companhias aéreas regionais mais importantes da Europa. Depois de ter sido membro do grupo europeu de companhias aéreas ERA, foi também anunciado durante a reunião anual da sua colaboradora IATA em 2018 que tinha sido eleita para o conselho de administração desta última organização, ou seja, a primeira mulher a presidir o conselho de 31 membros desde o início desta organização. A outra única mulher a coexistir no conselho é Maria Jose Hidalgo Gutierrez , da Air Europe. Ela já havia sido nomeada administradora interina em 24 de abril de 2017, quando Fernando Pinto renunciou. Em 29 de maio de 2019, ela, por sua vez, renunciou ao cargo de CEO da Flybe, sua saída entrando em vigor em 15 de julho do mesmo ano. Essa decisão veio após problemas financeiros recorrentes na empresa, que posteriormente foi adquirida pela Connect Airways, consórcio formado pela Virgin Atlantic, Stobart Air e um investidor americano. A 24 de junho de 2021, Christine Ourmières-Widener foi nomeada CEO da transportadora nacional portuguesa TAP Air Portugal até 2024, na sequência de Miguel Frasquilho, presidente desde 2017. A empresa foi renacionalizada em julho com uma participação do Estado de 72,2% do capital da TAP SGPS, na sequência das graves dificuldades financeiras sentidas durante a crise sanitária que paralisou o transporte aéreo mundial e que conduziu nomeadamente à implementação de um rigoroso plano de reestruturação. A sua nomeação está assim ligada ao reconhecimento das suas competências no processo de transformação e reestruturação das companhias aéreas. Ela também participa da gestão da ZeroAvia.
Privacidade - Seu marido, o francês Floyd Murray Widener (maio de 1965-) é consultor. Juntos, eles são proprietários da empresa de consultoria de gestão O&W Partners Ltd desde 20 de dezembro de 2019 em Londres. Ela tem três filhos.
Afinal havia outra...
Teresa Lopes, que trabalhou na TAP durante mais de trinta anos, tendo ascendido à administração da empresa no final de 2014 como administradora financeira (CFO) do então presidente executivo Fernando Pinto, recebeu mais do dobro de Alexandra Reis. Acordo foi fechado em 2017 mas manteve-se desconhecido até agora. Ex-administradora ainda trabalhou até 2020 como consultora da administração. Esteve nessas funções durante cerca de um ano, então com um salário de cerca de 15 mil euros mensais. Depois da privatização, aprovada no final de 2015, a companhia teve uma nova administração, já escolhida pelos privados, David Neeleman e Humberto Pedrosa. Os privados escolheram o presidente executivo (Antonoaldo Neves) e o Estado indicou o "chairman" (Miguel Frasquilho). Fora da administração, Teresa Lopes assumiu a função de vice-presidente da área financeira da TAP, reportando ao administrador David Pedrosa. No final de 2017 – quando a empresa ainda era gerida pelos privados, mas o Estado já tinha recuperado metade do capital -, a administração da TAP fechou o acordo de saída com Teresa Lopes, num pacote que rondou 1,2 milhões de euros. Teresa Lopes ainda trabalharia com a TAP até março de 2020. No final, estaria já como consultora.
Ao que parece gente do PS e do PSD estão nesta Operação Vórtex "enterrados" até ao pescoço... é para não se rir o roto do esfarrapado.
O presidente da Câmara de Espinho, Miguel Reis, e os outros quatro arguidos detidos por suspeitas de corrupção foram esta quarta-feira presentes a tribunal. Uma fonte da investigação revelou que as provas recolhidas nos últimos meses são relevantes e não oferecem dúvidas em relação à prática dos crimes económico-financeiros. Só assim foi possível, através de um mandado judicial, avançar com as duas dezenas de buscas e surpreender Miguel Reis e os outros quatro arguidos às primeiras horas da manhã desta terça-feira. As diligências investigatórias, que incluíram escutas telefónicas e operações de vigilância, duraram vários meses e permitiram também chegar a Joaquim Pinto Moreira, vice-presidente do grupo parlamentar do PSD e ex-autarca de Espinho, cujo mandato, entre 2009 e 2021, está agora sob suspeita. Sabe-se, no entanto, que Joaquim Pinto Moreira só não foi detido porque goza de imunidade parlamentar, estatuto que o atual presidente da Câmara de Espinho, eleito pelo Partido Socialista, que o sucedeu no cargo, em 2021, não tem. Miguel Reis, obrigado a pernoitar nos calabouços da PJ, é suspeito de receber contrapartidas em troca do favorecimento de algumas empresas, como a construtora Pessegueiro cujo editor executivo encontra-se igualmente detido. Questionado, o grupo imobiliário com sede em Espinho, remeteu-se ao silêncio e não respondeu ao pedido de esclarecimentos. Em causa neste inquérito estão os indícios de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poder e tráfico de influências através de operações de licenciamento urbanístico para a construção de hotéis e habitações de luxo. Entre os detidos estão ainda José Costa, atual chefe da Divisão de Obras do município, o arquiteto João Rodrigues e Paulo Malafaia, um outro empresário do setor imobiliário.
Ao início da tarde de hoje soube-se que o Presidente da Câmara de Espinho, Miguel Reis, renunciou ao mandato.
O Tribunal de Instrução Criminal do Porto determinou este sábado [14jan2023] a medida de coação de prisão preventiva para o ex-presidente da Câmara de Espinho Miguel Reis e o empresário Francisco Pessegueiro, no âmbito do processo da Operação Vórtex. A José Costa, chefe do gabinete de urbanismo da Câmara Municipal de Espinho, é aplicada a medida de suspensão do exercício de funções públicas. Tal como José Costa, o empresário Paulo Malafaia e arquiteto João Rodrigues, também arguidos neste processo, saíram logo na sexta-feira em liberdade. Todos estão sujeitos à proibição de contactos entre si. Um dos arguidos - que o comunicado do Tribunal não identifica - fica sujeito ao pagamento de uma caução de 60 mil euros no prazo de dez dias. O Ministério Público havia pedido a prisão preventiva para o ex-autarca socialista, assim como para Francisco Pessegueiro. Em declarações aos jornalistas, à saída das instalações do Tribunal de Instrução Criminal do Porto, o advogado de Miguel Reis, Nuno Brandão, afirmou que a decisão é "chocante", revelando ainda a intenção de interpor recurso.
Nesta última semana os casos sucederam-se... e o PS não ficou nada bem na fotografia.
"O primeiro-ministro dirigiu na quinta-feira à noite uma carta ao Presidente da República a sugerir uma proposta de mecanismo de verificação a ser discutida com o chefe de Estado", informou uma fonte do gabinete do primeiro-ministro em resposta à agência Lusa sobre o desenvolvimento desta proposta avançada por António Costa na quinta-feira à tarde, durante o debate da moção de censura ao Governo apresentada pela IL. No parlamento, durante o debate da moção de censura da IL, após ser interpelado pela deputada do PAN, Inês Sousa Real, o primeiro-ministro referiu-se a um circuito para "garantir maior transparência e confiança de todos no momento da nomeação" de membros do Governo, considerando que o atual sistema pode ser melhorado. Logo nessa ocasião, frisou que falaria primeiro com Marcelo Rebelo de Sousa e que depois anunciaria o que vai propor "para que o circuito possa ser melhorado, porque pode ser melhorado". "Eu não acho que possamos e devamos normalizar situações anómalas mesmo que sejam casos e casinhos. Têm que ser levados a sério e sobretudo tem que se dar confiança de que os levamos a sério", disse. Pouco depois, ainda na tarde de quinta-feira, o Presidente da República defendeu que um eventual sistema de escrutínio de possíveis nomeados para cargos governativos deve ser feito antes de o Governo propor os governantes, e não depois. "A haver uma intervenção, e veremos de quem, como, para apurar problemas de legalidade, problemas de constitucionalidade ou problemas de impedimentos relativamente a quem vai ser nomeado para determinados cargos, como estes de que se falou, eu acho que deve ser antes de o Governo apresentar a proposta [ao Presidente da República]", declarou o chefe de Estado aos jornalistas.
Meus queridos Amigos... permitam-me este desabafo
Confesso que sobre os "casos" na TAP nunca tinha ouvido falar, mas os "malabarismos" nas câmaras de Caminha e de Vinhais só quem não acompanha a vida política do Norte ou quem nunca por lá passou dias e dias em trabalho é que pode dizer que não sabia dos "coisas" que por lá aconteciam. E o mais grave é os socialistas destes municípios terem estado calados durante todos os "reinados" destes senhores que agora foram desmascarados pela comunicação social. Em Vinhais, cuja vida política acompanhei durante muitos anos, a coisa era escandalosa, com o presidente da Câmara e a sua mulher, esta agora no centro do "problema" do ministério da Agricultura, a fazerem o que queriam e mais lhes apetecia. É tempo dos socialistas de bem, que os há, acabarem com esta podridão... e que se encontre uma oposição séria e credível.
Lusa/CNNPortugal 06jan2023 às 18h31
JN de hoje às 7h52
Muito se tem falado da corrupção que envolve membros do Parlamento Europeu, e bem, pois há que combater este flagelo da corrupção, seja na União Europeia ou noutro lugar qualquer. Mas estranho que pouco se tenha falado do corruptor, o Catar... ou será que agora, quando está prestes a acabar o Mundial de Futebol, se vai voltar ao assunto?
Joaquim Figueiredo - Blatter, Platini... os principais rostos
Júlio Gouveia - Como se por cá, neste país maravilhoso a conversa não seja a mesma...somos um país de corruptos
David Ribeiro - Não, Júlio Gouveia, não somos um país de corruptos, mas sim um país onde há corruptos.
Júlio Gouveia - David Ribeiro sim , mas são tantos que quase se confundem com os outros . Porque paises onde há corruptos são todos no mundo
David Ribeiro - Pois eu, meu caro Júlio Gouveia, nos quatro anos que fui deputado municipal no Porto, por duas vezes fui "sondado" para eventuais atos de corrupção, mas o meu "franzir de sobreolho" foi suficiente para tudo ficar por uma curta conversa. Mas no meu mais de meio século de atividade professional muitas vezes fui sondado, sempre sem sucesso para os corruptores, para coisas menos corretas para com as empresas para quem trabalhei. Esquecemo-nos muitas vezes que para haver corrompidos é necessário haver corruptores.
Júlio Gouveia - David Ribeiro só me está a dar razão. Houve muitos que o tentaram corromper e só não houve corrupção porque e muito bem o Daviid Ribeiro não se deixou corromper. Mas sabe tão bem como eu que o seu caso é a minoria. Normalmente os corruptores conseguem corromper quase todos que querem. E infelizmente no nosso pais há muitos corruptores e muitos que se deixam corromper.
José Manuel Nero - Combater a corrupção? Isso é possível com a classe politica que existe? Os casos que vem a público quer em Portugal quer na UE, são apenas escaços exemplos com origem em divergências entre corruptores ou seja denuncias de alguém que não foi suficientemente "remunerado".
David Ribeiro - Não se pode generalizar, José Manuel Nero... mas que a corrupção anda muito pela área política, lá isso é verdade.
José Manuel Nero - David Ribeiro no nosso País, o que temos assistido ultimamente é que a corrupção parece ser uma prática normalizada e pior de tudo, aceite pela população.
David Ribeiro - É verdade o que diz, José Manuel Nero. Não podemos esquecer que a "cunha" está enraizada na sociedade e dificilmente os portugueses a consideram corrupção.
Ana França e Manuela Goucha Soares / Expresso 15dez2022
A ex-vice-presidente do Parlamento Europeu estava a negociar a mudança de grupo parlamentar. A informação circula no Parlamento Europeu e já foi mencionada pelo jornal digital “Politico”. O seu companheiro, Francesco Giorgi, já confessou perante a justiça: “Fiz tudo por dinheiro de que não precisava. Mas agora libertem a minha companheira”. Foi com estas palavras que o italiano Francesco Giorgi —companheiro e pai da filha da ex-vice-presidente do Parlamento Europeu (PE) Eva Kaili — confirmou à Justiça o seu envolvimento no escândalo de corrupção que envolve eurodeputados e funcionários do Parlamento Europeu, escreve o jornal romano “La Reppublica”. O parceiro de Kaili é um dos quatro detidos nesta investigação de corrupção. Reconhece ter agido ilegalmente e pediu desculpas pelo seu comportamento. O escândalo do alegado esquema de subornos no PE continua a provocar ondas de choque em Bruxelas e Estrasburgo, e todos os dias surgem novas notícias.
DO ESTÁGIO EM 2009 ÀS MALAS DE DINHEIRO EM 2022
Giorgi é um conhecido associado de outro dos nomes centrais desta investigação, Antonio Panzeri, antigo eurodeputado do grupo de centro-esquerda Socialistas e Democratas (S&D). Foi detido, tal como a sua mulher e filha, que estariam conscientes dos negócios de natureza duvidosa que os procuradores belgas dizem que Panzeri manteve com Marrocos e Catar. Panzeri é presidente da organização não-governamental Fight Impunity, que funcionará como fachada de toda a alegada trama. Pelo menos é esta uma das linhas de investigação que estão a ser seguidas pelas autoridades A ligação do companheiro de Kaili a Panzeri é antiga. Segundo o depoimento do assistente parlamentar Giorgi, o primeiro encontro dele com Panzeri foi em 2009, antes de Giorgi ir trabalhar para Bruxelas. O jovem italiano tinha 22 anos quando conheceu Panzeri numa conferência e lhe pediu para fazer um estágio no PE. Panzeri aceitou e, ao longo dos anos, tornou-se “mentor de Giorgi, figura de referência para o jovem entusiasta da Europa que dava os seus primeiros passos nas salas do PE. [Giorgi] trabalhava como seu assistente e foi sendo apresentado aos círculos políticos”, escreve “La Reppublica”. Nas eleições europeias de 2019 Panzeri não foi reeleito, mas Giorgi “continuou a apoiá-lo”, passando "a cuidar do dinheiro” da organização. Uma disponibilidade dada por gratidão a quem o fez trabalhar na política, explicou o jovem, mas também por dinheiro. Dinheiro de que ele próprio confessou não precisar. O italiano recebia cerca de 2500 euros por mês como assistente parlamentar.
KAILI ESTAVA A APROXIMAR-SE DOS CONSERVADORES?
Os rumores são anteriores ao escândalo. Kaili era vista como cada vez mais próxima dos conservadores gregos e europeus. Nos corredores do Parlamento Europeu, eurodeputados e funcionários comentam que a ex-vice-presidente estava a aproximar-se da direita. A maioria dos eurodeputados entende que é preciso respeitar o tempo da investigação, dada a gravidade do que está em causa. Pouco depois da sua dertenção, sexta-feira passada, o líder do PASOK e eurodeputado Nikos Androulakis expulsou Kaili do partido. Acusa-a de agir como “cavalo de Tróia” para o partido conservador Nova Democracia, que governa atualmente a Grécia. Foi também Androulakis que disse que Kaili estaria a preparar-se para concorrer às próximas eleições na Grécia pela Nova Democracia. O porta-voz do Governo helénico, Giannis Oikonomou, rejeitou essas alegações, escreve o “Politico”. “Kaili mantém relações muito boas e conseguiu ganhar a estima do partido Nova Democracia, até de Kyriakos Mitsotakis”, escreveu o jornal pró-governo grego “Proto Thema” num perfil sobre ela após a vitória eleitoral. “O primeiro-ministro lutou pela sua eleição como vice-presidente.”
DINHEIRO APREENDIDO SERIA PARA PANZERI E GIORGI
Segundo o testemunho do marido de Kaili, o dinheiro apreendido na investigação era “destinado a ele e a Panzeri”. Georgi insiste em dizer que a mulher não estava envolvida no esquema: “Farei o possível para que a minha companheira fique livre e possa cuidar da nossa filha de 22 meses”. O advogado da eurodeputada grega, Michalis Dimitrakopoulos, disse à comunicação social grega que “Giorgi é o único que pode fornecer respostas sobre a existência [de dinheiro] na casa do casal, Eva Kaili não sabia de nada”. A polícia belga encontrou 150 mil euros na casa de ambos e 600 mil numa mala transportada pelo pai de Kaili. Já a polícia de Milão encontrou mais 20 mil euros na casa de Giorgi em Abbiategrasso.
Jose Pinto Pais - Os sacos de
eram do primo
Oh pá!... A corrupção está em todo o lado... alegadamente, tudo alegadamente.
Hélio Carvalho / NotíciasAoMinuto 12dez2022 às 10h20
Com o Mundial de Futebol no Qatar perto do fim, as autoridades belgas e italianas apanharam de surpresa a União Europeia e detiveram uma vice-presidente do Parlamento Europeu (PE), por suspeitas de corrupção envolvendo o regime que tem acolhido a competição debaixo de muitas críticas. Eva Kaili foi detida juntamente com outras seis pessoas, todas ligadas a um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro pelo Qatar, numa tentativa de lóbi do regime para melhorar a imagem do país junto das autoridades europeias. Vários especialistas e órgãos de comunicação social têm vincado a natureza inédita do escândalo. O diretor da Transparência Internacional disse à France24 que este é "o caso mais flagrante de alegada corrupção que o Parlamento Europeu viu em muitos anos".
Mas, afinal, o que está em causa? E quem é Eva Kaili?
Na passada sexta-feira [9dez2022], começaram a surgir as primeiras notícias sobre as várias buscas domiciliárias e detenções feitas em Bruxelas e em Itália contra autoridades da União Europeia, avançados por meios de comunicação belgas, nomeadamente pelo jornal Le Soir e pela revista Knack. Na base das detenções e das buscas está uma investigação a um alegado caso de corrupção, organização criminosa e branqueamento de capitais pela justiça belga. As autoridades suspeitam que o Qatar pagou quantias avultadas a pessoas em posições políticas relevantes, de modo a influenciar decisões na União Europeia. No total, foram detidas seis pessoas. Além de Eva Kaili, foi detido também o seu companheiro, Francesco Giorgi, que é colaborador ligado ao Partido Socialista Europeu (PSE), grupo ao qual Eve Kaili pertence. Giorgi é também fundador da organização não-governamental Fight Impunity, que promove a "responsabilização como um pilar central da arquitetura da justiça internacional", segundo o site da organização. O presidente da Fight Impunity, Pier Antonio Panzeri, também do PSE, foi detido durante a manhã. Ao final do dia, a mulher e a filha foram também detidas pela polícia italiana. Segundo um mandado de captura citado pelo POLITICO, Panzeri foi acusado de "intervir politicamente com membros do Parlamento Europeu para o benefício do Qatar e de Marrocos". Depois foi a vez de Niccolò Figà-Talamanca, que foi detido durante a noite. Figà-Talamanca é o diretor de outra ONG, a No Peace Without Justice, que se foca em promover direitos humanos e democracia no Médio Oriente e Norte de África. A ONG tem a mesma morada que a Fight Impunity, apesar de estar oficialmente sediada em Nova Iorque e Roma. Vários membros da direção da No Peace Without Justice, incluindo o antigo primeiro-ministro francês Bernard Cazeneuve e o antigo comissário europeu para as migrações Dimitris Avramopoulos demitiram-se na sequência da detenção. No âmbito da investigação foi ainda detido Luca Visentini, que em novembro foi nomeado secretário-geral da Confederação Sindical Internacional. No domingo [11dez2022], quatro dos detidos foram formalmente acusados e colocados em prisão preventiva (incluindo Eva Kaili).
A prova de amor ao Qatar que deixou um sabor amargo na UE
A 21 de novembro, Eva Kaili subiu ao pódio do Parlamento Europeu para falar sobre os direitos laborais no Qatar. Enquanto o país estava a ser criticado por todo o mundo pela forma como tratou os trabalhadores durante as obras para o Mundial - nas quais, segundo uma investigação do The Guardian, terão morrido cerca de 6.500 trabalhadores - e pelas paupérrimas condições em que habitam os migrantes, além da opressão de pessoas LGBTQ+, Kaili deu um discurso que surpreendeu muitos. "O Qatar é a prova de como a diplomacia do desporto pode conseguir uma transformação histórica de um país com reformas que inspiram o mundo árabe. Eu própria digo que o Qatar é líder nos direitos laborais", afirmou a política grega. Kaili acrescentou ainda que "apesar dos desafios, que levam até as empresas europeias a negar-se a aplicar essas leis, eles [o Qatar] estão comprometidos com uma visão por opção e estão abertos ao mundo". As palavras de uma das 14 vice-presidentes do Parlamento Europeu deixou muitos chocados. Se é verdade que muitos políticos europeus desvalorizaram as violações de direitos humanos do Qatar em prol do Mundial de Futebol (nomeadamente Marcelo Rebelo de Sousa e Olaf Scholz, chanceler da Alemanha), poucos tomaram uma atitude tão congratulatória sobre o regime.
De estrela de TV, a vice-presidente, a demitida de todas as funções
Eva Kaili, de 44 anos, começou a sua carreira como uma glamorosa apresentadora de televisão na Grécia, tornando-se numa das figuras mais reconhecidas do país. Kaili foi eleita pela primeira vez em 2007 para o parlamento grego pelo PASOK, o partido social-democrata de esquerda centrista do país, e está desde 2014 no Parlamento Europeu. Em janeiro, foi eleita vice-presidente. A política grega é uma das representantes da União Europeia no Médio Oriente, e tem sido nessa categoria que tem elogiado muito o Qatar como um "pioneiro dos direitos humanos" na região. Enquanto o resto do Parlamento Europeu condenou as violações do país aos direitos humanos dos trabalhadores e de minorias, Kaili continuou a promover a imagem do regime que, este ano, acolhe o Mundial de Futebol. E, depois de Ursula von der Leyen e das principais autoridades europeias terem recusado convites para ir ao Qatar assistir às cerimónias do Mundial, Kaili foi de livre vontade, apresentando-se como uma embaixadora europeia. A investigação e a detenção acabaram por manchar a reputação de Eva Kaili. Logo após o caso surgir, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, destituiu a sua vice-presidente de todas as suas funções, incluindo a representação no Médio Oriente. O PSE suspendeu-a como eurodeputado e, na Grécia, o PASOK não esperou pelo final de sexta-feira [9dez2022] para suspendê-la também do partido. Segundo contou uma fonte da justiça belga à France-Presse, Eva Kaili foi detida com um "saco de ingressos" na noite de sexta-feira. Muitos eurodeputados estão, agora, a pedir que seja revogada a imunidade parlamentar de Eva Kaili para esta ser julgada pela justiça. Uma fonte da justiça belga disse à France-Presse que a imunidade parlamentar nem se aplica já que a vice-presidente foi detida "em flagrante delito".
José Carlos Duarte / Observador 12dez2022 às 16h18
Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu, disse, esta segunda-feira, que a instituição que chefia está “sob ataque”, assim como “a democracia europeia” e as “sociedade democráticas abertas”. Um juiz belga ordenou a detenção da vice-presidente Eva Kaili, deputada da bancada dos Socialistas Europeus (S&D), juntamente com outras três pessoas – incluindo o seu companheiro, o italiano Francesco Giorgi – pela suspeita de participação em organização criminosa, branqueamento de capital e corrupção. Em causa, estaria um lóbi ilegal do Qatar para influenciar decisões políticas do Parlamento Europeu. Em reação à detenção da vice-presidente da instituição comunitária, Eva Kalli, Roberta Metsola indicou, “sem exagero”, que “estes foram os dias mais longos” da sua carreira. “Devo escolher as minhas palavras cuidadosamente para não prejudicar as investigações e manter a presunção da inocência”, afirmou. Sentindo “fúria, raiva e dor” e estando “muito desapontada” pelo que aconteceu, Roberta Metsola referiu, no plenário do Parlamento Europeu, que existem “inimigos da democracia” a quem “a existência” do Parlamento Europeu incomoda. “Estes atores malignos instrumentalizaram indivíduos e membros para os seus planos malévolos”, denunciou a presidente, acrescentando, no entanto, que os seus “planos falharam”. A responsável comunitária sublinhou que o Parlamento está a trabalhar com as autoridades, para “garantir que todos os passos legais foram respeitados” e para responsabilizar a alegada “rede criminosa”. A detenção de Eva Kalli não foi, no entanto, o “fim da estrada”. “Vamos continuar a apoiar as investigações em conjunto com as instituições da UE.” Para além disso, Roberta Metsola pediu para que ninguém obtenha qualquer aproveitamento político do caso: “Não existem norte, sul, nem esquerda, nem direita”. “É uma ameaça para todos.” Este será um “teste aos valores” da União Europeia, que será “superado”. “Não haverá impunidade”, declarou Roberta Metsola, que se manifesta “orgulhosa” do papel das autoridades. A presidente também assegurou que “nada será varrido para debaixo do tapete”. “Não haverá mais business as usual.” Assim sendo, Roberta Metsola anunciou que será levado a cabo uma investigação interna para entender melhor as ligações entre países terceiros, as Organizações Não Governamentais e a União Europeia, aumentando-se a “transparência”. No entanto, a responsável comunitária diz que vai haver sempre quem considere que um “saco de dinheiro vale a pena o risco”: “O que é essencial é que estas pessoas entendam que serão apanhadas”. No final do discurso, Roberta Metsola salientou — tendo como destinatários os “atores malignos” — que a Europa “não está à venda”.
A promoção das medidas de coação no designado processo EDP/CMEC (caso das rendas excessivas) foi apresentada ontem pelo procurador do processo ao juiz Carlos Alexandre. O juiz deverá decidir na próxima semana sobre este pedido do Departamento Central de Investigação e Ação Criminal (DCIAP).
Comunicado do DCIAP com medidas de coação aos três arguidos
António Mexia - Suspensão do exercício de função em empresas concessionária ou de capitais públicos, bem como qualquer cargo de gestão/administração em empresas do GRUPO EDP, ou por este controladas, em Portugal ou no estrangeiro; Proibição de se ausentar para o estrangeiro com a obrigação de entregar o passaporte; Proibição de contactar, por qualquer meio, designadamente com arguidos e testemunhas; Proibição de entrada em todos os edifícios da EDP; Prestação de caução em valor não inferior a dois milhões de euros.
João Manso Neto - Suspensão do exercício de função em empresas concessionária ou de capitais públicos, bem como qualquer cargo de gestão/administração em empresas do GRUPO EDP, ou por este controladas, em Portugal ou no estrangeiro; Proibição de se ausentar para o estrangeiro com a obrigação de entregar o passaporte; Proibição de contactar, por qualquer meio, designadamente com arguidos e testemunhas; Proibição de entrada em todos os edifícios da EDP; Prestação de caução em valor não inferior a um milhão de euros.
João Conceição - Suspensão do exercício de função em empresas concessionária ou de capitais públicos, bem como qualquer cargo de gestão/administração em empresas do GRUPO REN, ou por este controladas, em Portugal ou no estrangeiro; Proibição de contactar, por qualquer meio, com arguidos; Subsidiariamente, e para o caso de não ser aplicada a referida medida de suspensão do exercício de função, o Ministério Público requer que o arguido preste um caução, de valor não inferior a 500 mil euros.
O maior acionista da EDP é a China Three Gorges, com 21,47% do capital. O segundo maior acionista é a espanhola Oppidum (7,19%), seguida da norte-americana BlackRock (4,51%) e da Norges Bank (2,2%).
Este processo 184/12 - inquérito aberto em 2012 no DCIAP, centrado em suspeitas de corrupção envolvendo a EDP e o antigo ministro Manuel Pinho - soma mais de uma dezena de arguidos. Além de António Mexia e do administrador da EDP João Manso Neto, também o antigo ministro Manuel Pinho é arguido, bem como o antigo presidente do Banco Espírito Santo (BES) Ricardo Salgado.
António Mexia poderá vir a ser acusado pelo MP de quatro crimes de corrupção ativa e um de participação económica em negócio (ligado ao projeto da barragem de Baixo Sabor). Para os procuradores, Mexia é suspeito de ter corrompido não só João Conceição e Manuel Pinho (com o patrocínio da EDP à Universidade de Colúmbia, onde o ex-ministro foi dar aulas), mas também o antigo diretor-geral de Energia Miguel Barreto (aprovando a compra, pela EDP, da participação que Barreto tinha na Home Energy por €1,4 milhões) e o ex-secretário de Estado da Energia Artur Trindade (com a sua nomeação para a liderança do Omip, o operador português do mercado ibérico de eletricidade, e com a contratação pela EDP do seu pai, já falecido, como consultor).
…não me faças rir, Isabelinha.
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Hélder Pais - Há muitas formas de ameaça... Esperemos que não venham aí tempos complicados (novamente) ali para os lados da Arroteia.
David Ribeiro - A mim, que não passo de um simples observador das estratégias empresariais e financeiras, já em 2015 me parecia que mais tarde ou mais cedo daria raia a compra de dois terços da Efacec pela empresária angolana Isabel dos Santos. É verdade que a empresa estava em agonia financeira e a filha do ex-presidente angolano apresentou-se como a solução para dar a volta, comprando uma grande parte da empresa aos seus acionistas portugueses, a José de Mello e a Têxtil Manuel Gonçalves, mas… Esperemos que num futuro próximo eu não venha a ter razão.
Jose Riobom - Juro que não percebo os teus comentários... Não és tu o "supremo markteer" do "clube de amigos da especulação imobiliária" que há não muito tempo andou com o séquito "Isabelino" por aí com toda a "pompa e circunstância" ??? Estará na altura do..... QUEM ??? EU ??? Não conhecemos de lado nenhum...!!!
David Ribeiro - Ena pá!... Estava convencido que me conhecias melhor do que parece que me conheces. Aposto, singelo contra dobrado, como não consegues encontrar em lado nenhum qualquer afirmação minha de apoio ao "séquito isabelino". E olha que convivi em Luanda (quando lá trabalhei no Ministério dos Petróleos nos anos de 1985-86) com a Isabelinha e sua mãe, era a filha de José Eduardo dos Santos uma linda e inteligentíssima menina com uns onze ou doze anos.
Mario Ferreira Dos Reis - Lembro que parte inicial da fortuna vem da sua mãe!
David Ribeiro - Conheci pessoalmente Tatiana Kukanova quando ambos trabalhamos em empresas ligadas ao Ministério dos Petróleos (1985-86) em Luanda e ninguém lhe conhecia fortuna pessoal.
Joana Amaral dias no Correio da Manhã
Lembra-se quando a elite portuguesa escarnecia da justiça angola? Claro que se lembra. Foi até ao ano passado, 2019, e António Costa chamava-lhe ‘o irritante’. Lembra-se de como Isabel dos Santos e toda uma corte pútrida jactava pelo nosso país, ostentando riqueza e branqueando dinheiro, enquanto o capital português beijava o chão que pisava e lhe lambia os pés? Lembra pois. Foi até 2019.
Súbito tudo mudou. As autoridades angolanas decretaram o arresto de bens da Princesa (para quem herda e rouba o título ‘empresária’ só pode ser fantasia) e, afinal, deram uma chapadona de luva branca nas autoridades portuguesas. Enfim, a menina do ZéDu construiu um império no petróleo e nos diamantes que passou sempre pelo nosso país, pela NOS, pela banca, pela Efacec. O rei vai nu e para já está totalmente exposta a bajulação e a cumplicidade na corrupção e no nepotismo angolanos por parte dos responsáveis portugueses: das autoridades judiciais à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e ao Banco de Portugal.
Em Angola, a Era da Impunidade vai acabando e o país está a tentar devolver às populações o que lhes foi roubado. Em Portugal, ninguém parece sequer querer saber porque é que a Sonangol emprestou dinheiro para Isabel dos Santos entrar na Galp.
O Mundo vai mudando. Portugal nem tanto. Que irritante.
Jornal Record em 18dez2019 pelas 20h00
O Ministério Público constituiu esta quarta-feira sete arguidos na sequência de uma operação de combate ao branqueamento de "milhões de euros", que envolveu buscas em sociedades anónimas desportivas, escritórios de advogados e cofres bancários do norte.
"No inquérito não houve detenções, mas foram constituídos sete arguidos, dos quais uma pessoa coletiva e seis pessoas singulares", revelou a Procuradoria-Geral Distrital (PGD) do Porto, na sua página oficial.
A procuradoria explica que está em causa, quanto ao objeto do processo, "a canalização para sociedade desportiva de quantias monetárias obtidas por sociedade comercial, tudo contornando o circuito tributário através de expedientes diversos. O inquérito encontra-se em segredo de justiça. No âmbito de inquérito investigam-se factos suscetíveis de integrar os tipos legais de crime de fraude fiscal qualificada e de branqueamento de capitais", sustenta.
Em comunicado, a Diretoria do Norte da Polícia Judiciária (PJ) refere que foram levadas a cabo 10 buscas domiciliárias e três não domiciliárias nos concelhos do Porto, Vila Nova de Gaia, Trofa, Famalicão, Guimarães, Fafe, Matosinhos e Aveiro, sem especificar os alvos concretos.
A Procuradoria-Geral da República já confirmou à agência Lusa que um dos alvos das buscas foram instalações da Sociedade Anónima Desportiva do (SAD) do Boavista.
"De acordo com o apurado até ao momento pela investigação, em causa estará a não entrega da prestação tributária devida, e a sua subsequente ocultação através do desenvolvimento de atividade empresarial relacionada com a realização e gestão de eventos desportivos", indica a PJ.
Até agora, afirma a polícia, "foi identificada uma vantagem patrimonial de milhões de euros".
O Boavista esclareceu que as buscas de que o clube foi alvo pela Polícia Judiciária e pela Autoridade Tributária sucederam devido a "empresa ou empresas que têm ou tiveram" ligações comerciais com o emblema portuense.
"Muito embora nada tivesse a ver, diretamente, com a instituição Boavista, mas com empresa ou empresas que connosco têm ou tiveram acordos comerciais, toda a disponibilidade e colaboração foram dadas às autoridades envolvidas. Queremos deixar claro que nenhum dirigente ou quadro da instituição Boavista foi alvo de buscas domiciliárias por parte das autoridades", lê-se na página oficial do clube na rede social Facebook.
Também esta tarde, o Grupo Desportivo da Gafanha (GDG), em Ílhavo, distrito de Aveiro, disse estar a ser alvo de buscas por parte da Polícia Judiciária (PJ), no âmbito de um inquérito crime relacionado com fraude fiscal e branqueamento, informou fonte do clube.
Em declarações à Lusa, o presidente do GDG, Carlos Peleja, confirmou que elementos da PJ estão nas instalações do clube "a ver a contabilidade entre 2015 e 2017", que corresponde ao período da direção liderada por João Paulo Ramos.
Nunca morri de amores pelo Lito Vidigal… mas só os próximos jogos dirão se Daniel Ramos, ao que consta o novo responsável técnico do Boavista, será o treinador que os Panteras necessitam.
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9h57 de hoje
A Polícia Judiciária e elementos da Autoridade Tributária estão, esta quarta-feira, a realizar buscas nas instalações da SAD do Boavista, no Porto, e numa empresa de organização de eventos. Segundo apurou o JN, em causa estão suspeitas de crime de fraude fiscal e branqueamento de capitais. Buscas domiciliárias e não domiciliárias estão a decorrer em simultâneo na região do Grande Porto. Ainda não há arguidos constituídos.
13h07 de hoje
Dizem as últimas notícias que "os dirigentes do Boavista não estão entre os suspeitos: o clube terá sido usado para branquear capitais sem o seu conhecimento". Se assim é que venham já a púbico os nomes de todos os VIGARISTAS que usaram o Boavista para as suas falcatruas.
14h30 de hoje
(Dogo Filipe Cunha no Facebook) - Está tudo tranquilo... Não foi preciso ninguém fugir para Vigo.
16h40 de hoje
O presidente do Boavista, Vitor Murta, foi, esta quarta-feira, constituído arguido durante as buscas realizadas na manhã à sede do Boavista. Cerca de 80 elementos da Polícia Judiciária e da Autoridade Tributária realizaram buscas nas instalações da SAD do Boavista, no Porto, e em mais 12 outros locais. Estão em causa crimes de fraude fiscal e branqueamento. Um comunicado da PJ, emitido ao final desta manhã, avança que "foram levadas a cabo dez buscas domiciliárias e três buscas não domiciliárias (que incluíram dois escritórios de advogados, duas sociedades anónimas desportivas e dois cofres bancários)", nos concelhos de Porto, Vila Nova de Gaia, Guimarães e Aveiro. O Grupo Desportivo da Gafanha, em Ílhavo, é uma das entidades que está a ser alvo de buscas, confirmou fonte do clube à agência Lusa. Os suspeitos envolvidos serviam-se de diferentes ferramentas, entre os quais a utilização de faturação falsa emitida por empresas nacionais e estrangeiras e a ocultação de proveitos.
Comunicado do Boavista Futebol Clube
O Boavista F. C. e a Boavista F. C., Futebol, SAD foram, hoje, visitadas pela Polícia Judiciária e pela Autoridade Tributária, tendo sido feitas algumas buscas.
Muito embora nada tivesse a ver, directamente, com a Instituição Boavista, mas com empresa (s) que connosco têm ou tiveram acordos comerciais, toda a disponibilidade e colaboração foram dadas às Autoridades envolvidas.
Queremos deixar claro que nenhum dirigente ou quadro da Instituição Boavista foi alvo de buscas domiciliárias por parte das Autoridades.
Porto, 18 de Dezembro de 2019
A Direcção do Boavista F. C.
O Conselho de Administração da Boavista, F. C., Futebol, SAD
No SEF, nas Finanças e na Segurança Social a esmagadora maioria dos funcionários são gente séria e por isso é URGENTE "limpar" a casa e desmascarar os corruptos que vivem à custa da máfia da imigração.
Operação “Rota do Cabo”
A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional Contra-Terrorismo (UNCT), no âmbito de inquérito titulado pela 4.ª Secção do DIAP de Lisboa, desencadeou, no dia de hoje, uma vasta operação com vista ao cumprimento de Mandados de Busca e Apreensão e de Mandados de Detenção, com a finalidade de desmantelamento de uma organização criminosa responsável pela introdução ilegal em Portugal e na Europa, de milhares de imigrantes.
No decurso da operação, a PJ realizou dezenas de buscas domiciliárias e não domiciliárias e deteve dezenas de pessoas suspeitas de integrarem esta estrutura criminosa, constituída por indivíduos com vastos antecedentes criminais e com ligações a redes internacionais que determinam e controlam os fluxos migratórios irregulares com origem em diversos países da Ásia Meridional e África.
Os detidos, com idades compreendidas entre os 28 e os 64 anos, são suspeitos da prática dos crimes de associação criminosa, auxílio à imigração ilegal, de casamento por conveniência, de falsificação de documentos, de abuso de poder, de corrupção ativa e passiva, de branqueamento, de falsidade informática e acesso indevido, atividade criminosa que permitiu obter elevados proventos financeiros.
Entre os detidos encontram-se funcionários da Autoridade Tributária, do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e do Instituto da Segurança Social, cumprindo destacar a melhor colaboração institucional por parte destes Serviços do Estado. Os detidos serão presentes amanhã no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa para primeiro interrogatório judicial tendo em vista a aplicação das respetivas medidas de coação.
A Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária (PJ) está esta manhã a realizar buscas em vários locais, por causa da polémica compra das 70 mil golas anti-fumo para as populações, no âmbito da do programa "Aldeia Segura". Em causa, estão os crimes de participação económica em negócio e desvio de subsídio.
15h00 de hoje
O secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, demitiu-se esta quarta-feira, anunciou o ministério da Administração Interna em comunicado: "Na sequência do pedido de exoneração, por motivos pessoais, do Secretário de Estado da Proteção Civil, o Ministro da Administração Interna aceitou o pedido e transmitiu essa decisão ao Primeiro-Ministro".
15h40 de hoje
A Polícia Judiciária também realizou buscas na casa do presidente da Proteção Civil, Carlos Mourato Nunes, na sequência do caso das golas inflamáveis. Foi uma das oito buscas domiciliárias que a PJ realizou esta quarta-feira.
16h10 de hoje
Secretário de Estado da Proteção Civil constituído arguido por fraude e corrupção relativos a fundos europeus. Isto acontece na sequência das buscas no Ministério da Admnistração Interna relacionadas com a compra das 70 mil golas antifumo para as populações.
11h45 de 19set2019
O presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Mourato Nunes, foi constituído arguido no âmbito da investigação ao negócio das golas antifumo, juntamente com o secretário de Estado José Artur Neves, segundo fonte ligada ao processo.
15h00 de 19set2019
Numa nota enviada à comunicação social pela ANEPC, o tenente-general Mourato Nunes confirma que na manhã de quarta-feira foi constituído arguido, num inquérito que investiga suspeitas de fraude na obtenção de subsídio, de participação económica em negócio e de corrupção, nos contratos dos programas "Aldeia Segura, Pessoas Seguras", nos quais foram distribuídos cerca de 70 mil ´kits´ com as golas anti-fumo, e "Rede Automática de Avisos à População" (SMS). "Como teve oportunidade de transmitir a toda a estrutura da ANEPC, Mourato Nunes não concede nas imputações invocadas quanto ao seu envolvimento em quaisquer que possam ser os factos deste processo", lê-se na nota, não referindo, contudo, se vai permanecer no cargo.
14h35 de 22set2019
Francisco Ferreira, líder do PS de Arouca e antigo adjunto do agora ex-secretário de Estado da Proteção Civil, tornou-se no terceiro arguido no caso das golas antifumo, por ter sido quem indicou nomes de empresas à Proteção Civil para as aquisições feitas no âmbito do programa "Aldeia Segura, Pessoas Seguras". O jovem, de 30 anos e padeiro de profissão, foi alvo de uma das oito buscas domiciliárias do Ministério Público e da Polícia Judiciária, na ultima quarta-feira. A operação abrangeu ainda outras 46 buscas não domiciliárias - como a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), várias empresas e diversos comandos distritais de operações de socorro (CDOS).
Ontem, no Jornal das 8 da TVI, conhecemos a reportagem feita pela jornalista Ana Leal, com imagens de Tiago Eusébio e edição de imagem de João Ferreira. E eu pergunto: Segundo o Código Penal quantos anos de cadeia são devidos aos “artistas” da Câmara de Pedrógão Grande, nomeadamente para o presidente Valdemar Alves e o então vereador do Urbanismo Bruno Gomes?... E ao fim do dia de hoje já alguém ouviu algum comentário a esta reportagem por parte do Ministro da Administração Interna, Ministra da Justiça, Primeiro-Ministro ou mesmo do Presidente da República?
(Inspectores da PJ fizeram buscas em Alvalade e André Geraldes foi detido)
Após buscas à SAD do Sporting em Alvalade logo pela manhã desta quarta-feira, a Polícia Judiciária, através da Directoria do Norte e no âmbito de inquérito dirigido pelo Ministério Público – DIAP do Porto, emitiu um comunicado em que confirmou a detenção de quatro pessoas no âmbito da Operação 'Cash-Ball', indiciadas por "corrupção no desporto", no âmbito da investigação às suspeitas de corrupção relativamente ao título de campeão de andebol do Sporting em 2016/17. A investigação atinge também o futebol, existindo seis jogos do Sporting que estão sob investigação: com o V. Guimarães, Feirense, Chaves, Tondela, Aves e Estoril. Os quatro detidos são André Geraldes, director de futebol do Sporting, os empresários Paulo Silva e João Gonçalves, e Gonçalo Rodrigues, funcionário dos leões e ex-braço direito de Geraldes no gabinete de apoio ao atleta. No caso do andebol, em causa estará um alegado esquema de corrupção de árbitros, com crimes praticados pelos empresários Paulo Silva (dedicava-se à prospecção de jogadores de futebol) e João Gonçalves, com ligações a funcionários do Sporting, como Gonçalo Rodrigues e André Geraldes, ambos do gabinete de apoio ao atleta. A investigação , documentada com a gravação de trocas de mensagens de voz através da aplicação Whatsapp, denuncia um esquema viciando o campeonato 2016/17. O principal implicado é Paulo Silva, que, em declarações àquele diário, assume-se autor de corrupção activa. Por exemplo, revelou ter comprado, por 2.000 euros, os árbitros do decisivo Benfica-FC Porto, de 20 de maio de 2017, que os encarnados venceram 28-27, resultado que deixou o Sporting na frente da tabela.
A corrupção na Força Aérea (FA) subiu ao mais alto nível, com doze militares presos, entre os quais um major-general e outros seis oficiais de alta patente. Todos sob suspeita de se terem deixado subornar, ao longo de vários anos, por empresários do setor da restauração que fornecem bens alimentares para cerca de 15 bases da FA de norte a sul.
Ao todo foram feitas 16 detenções esta manhã - quatro dos quais civis, empresários - pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária, em articulação com a 9ª secção do DIAP de Lisboa e com a PJ Militar.
Em causa está a continuação da investigação que levou a outras seis detenções em novembro do ano passado, precisamente pelo mesmo esquema de sobrefaturação das compras de produtos alimentares para as bases aéreas - o que permitiu a esta rede de militares prejudicar o Estado, em proveito próprio, na ordem dos 10 milhões de euros.
Nesta segunda operação foram detidos alguns dos mais altos responsáveis da FA - entre os quais o major general que entre outras altas responsabilidades teve a de comandar a Direção de Abastecimento e Transportes, em Alfragide, junto ao Estado Maior da FA.
Em comunicado, a PJ confirmou entretanto que em causa nesta operação "participaram 130 elementos da Polícia Judiciária e 10 Magistrados do Ministério Público, foram realizadas 36 buscas nas áreas dos distritos de Lisboa, Porto, Santarém, Setúbal, Évora e Faro, das quais 31 domiciliárias e 5 não domiciliárias, tendo sido apreendidos documentos e material relacionado com a atividade criminosa em investigação". A Judiciária detalha que os detidos são suspeitos dos crimes de "corrupção passiva e ativa para ato ilícito, abuso de poder e falsificação de documentos".
E ainda dizem que os corruptos estão todos no futebol
00h20 de 6Jul2017
Os doze militares presos, entre os quais um major-general e outros seis oficiais de alta patente, foram interrogados esta quarta-feira à tarde, no Campus de Justiça de Lisboa. Fiicaram em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Tomar.
Para além destes, também quatro empresários foram ouvidos hoje, suspeitos de um esquema de suborno que durava há vários anos.
A Polícia Judiciária do Norte anunciou ontem que, no âmbito da operação "Ajuste Secreto", deteve sete pessoas, entre elas o actual presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis e um seu funcionário, bem como alguns empresários e ainda Hermínio Loureiro, ex-autarca e vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, por suspeitas de crimes de corrupção activa e passiva, prevaricação, peculato e tráfico de influência, numa investigação que dura há um ano e que envolveu 31 buscas, designadamente a cinco câmaras municipais e cinco clubes locais de futebol. Devagar, devagarinho, eles lá vão indo dentro.
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Nortadas (Francisco Sousa Fialho, João Anacoreta Correia e outros)
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