A cronologia [mais recente] da Ucrânia conta a história
(Por Joe Lauria, editor chefe do Consortium News e antigo correspondente da ONU para o Wall Street Journal - 30jun2023)
Segunda Guerra Mundial – Os fascistas nacionais ucranianos, liderados por Stepan Bandera, inicialmente aliados dos nazis alemães, massacram mais de cem mil judeus e polacos.
1950 a 1990 – A CIA trouxe fascistas ucranianos para os EUA e trabalhou com eles para minar a União Soviética na Ucrânia, dirigindo operações de sabotagem e propaganda. O líder fascista ucraniano Mykola Lebed foi levado para Nova Iorque, onde trabalhou com a CIA pelo menos durante a década de 1960 e continuou a ser útil à CIA até 1991, ano da independência da Ucrânia. As provas constam de um relatório do governo dos Estados Unidos que começa na página 82. A Ucrânia tem sido, portanto, uma plataforma de ação para os EUA enfraquecerem e ameaçarem Moscovo durante quase 80 anos.
Novembro de 1990 – Um ano após a queda do Muro de Berlim, a Carta de Paris para uma Nova Europa (também conhecida como Carta de Paris) é adoptada pelos EUA, Europa e União Soviética. A carta baseia-se nos Acordos de Helsínquia e é atualizada na Carta para a Segurança Europeia de 1999. Estes documentos constituem a base da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa. A Carta da OSCE afirma que nenhum país ou bloco pode preservar a sua própria segurança à custa de outro país.
25 de Dezembro de 1991 – A União Soviética entra em colapso. Durante a década seguinte, Wall Street e Washington entram em cena para esvaziar o país de propriedades anteriormente pertencentes ao Estado, enriquecer, ajudar a criar oligarcas e empobrecer os povos russo, ucraniano e outros povos da antiga União Soviética.
Anos 90 – Os EUA não cumprem a promessa feita ao último líder soviético Gorbachev de não expandir a NATO para a Europa Oriental em troca de uma Alemanha unificada. George Kennan, o principal perito do governo dos EUA sobre a URSS, opõe-se à expansão. O senador Joe Biden, que apoia o alargamento da NATO, prevê uma reação hostil da Rússia.
1997 – Zbigniew Brzezinski, antigo conselheiro de segurança nacional dos EUA, no seu livro de 1997, The Grand Chessboard: American Primacy and Its Geostrategic Imperatives, escreve: “A Ucrânia, um novo e importante espaço no tabuleiro de xadrez euro-asiático, é um pivot geopolítico porque a sua própria existência como país independente ajuda a transformar a Rússia. Sem a Ucrânia, a Rússia deixa de ser um império eurasiático. Sem a Ucrânia, a Rússia pode ainda aspirar a um estatuto imperial, mas tornar-se-ia um Estado imperial predominantemente asiático”.
Véspera de Ano Novo de 1999 – Após oito anos de domínio dos EUA e de Wall Street, Vladimir Putin torna-se presidente da Rússia. Bill Clinton rejeita-o em 2000 quando ele pede para aderir à NATO. Putin começa a fechar a porta aos intrusos ocidentais, restaurando a soberania russa, acabando por irritar Washington e Wall Street. Este processo não se verifica na Ucrânia, que continua sujeita à exploração ocidental e ao empobrecimento do povo ucraniano.
10 de Fevereiro de 2007 – Putin profere o seu discurso na Conferência de Segurança de Munique, no qual condena o unilateralismo agressivo dos EUA, incluindo a invasão ilegal do Iraque em 2003 e a expansão da NATO para leste. Disse ele: “Temos o direito de perguntar: contra quem se destina esta expansão [da NATO]? E o que aconteceu às garantias que os nossos parceiros ocidentais deram após a dissolução do Pacto de Varsóvia? Onde estão essas declarações hoje? Ninguém se lembra delas”.
2004-2005 – Revolução Laranja. Os resultados eleitorais são anulados, dando a presidência a Viktor Yuschenko, alinhado com os EUA, em detrimento de Viktor Yanukovich. Yuschenko faz do líder fascista Bandera um “herói da Ucrânia”.
3 de abril de 2008 – Numa conferência da NATO em Bucareste, uma declaração da cimeira “saúda as aspirações euro-atlânticas da Ucrânia e da Geórgia de adesão à NATO. Acordámos hoje que estes países se tornarão membros da NATO”. A Rússia opõe-se a esta decisão. William Burns, então embaixador dos EUA na Rússia e atualmente diretor da CIA, avisa num telegrama para Washington, revelado pelo WikiLeaks, que, “O Ministro dos Negócios Estrangeiros Lavrov e outros altos funcionários reiteraram a sua forte oposição, sublinhando que a Rússia encararia uma maior expansão para Leste como uma potencial ameaça militar. O alargamento da NATO, em particular à Ucrânia, continua a ser uma questão “emocional e nevrálgica” para a Rússia, mas as considerações de política estratégica também estão subjacentes à forte oposição à adesão da Ucrânia e da Geórgia à NATO. Na Ucrânia, estas incluem o receio de que a questão possa dividir o país em dois, conduzindo à violência ou mesmo, segundo alguns, à guerra civil, o que obrigaria a Rússia a decidir se deveria intervir. … Lavrov sublinhou que a Rússia tinha de encarar a expansão contínua da NATO para leste, em particular para a Ucrânia e a Geórgia, como uma potencial ameaça militar.” Quatro meses depois, eclode uma crise na Geórgia que conduz a uma breve guerra com a Rússia, que a União Europeia atribui a provocações da Geórgia.
Novembro de 2009 – A Rússia procura um novo acordo de segurança na Europa. Moscovo divulga um projeto de proposta para uma nova arquitetura de segurança europeia que, segundo o Kremlin, deverá substituir instituições obsoletas como a NATO e a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE). O texto, publicado no sítio Web do Kremlin em 29 de Novembro, surge mais de um ano depois de o Presidente Dmitry Medvedev ter levantado formalmente a questão pela primeira vez. Em Junho de 2008, em Berlim, Medvedev afirmou que o novo pacto era necessário para atualizar finalmente os acordos da era da Guerra Fria. “Estou convencido de que os problemas da Europa não serão resolvidos até que a sua unidade seja estabelecida, uma totalidade orgânica de todas as suas partes integrantes, incluindo a Rússia”, disse Medvedev.
2010 – Viktor Yanukovich é eleito presidente da Ucrânia numa eleição livre e justa, segundo a OSCE.
2013 – Yanukovich opta por um pacote económico da Rússia em vez de um acordo de associação com a UE. Isto ameaça os exploradores ocidentais na Ucrânia e os líderes políticos e oligarcas compradores ucranianos.
Fevereiro de 2014 – Yanukovich é derrubado num violento golpe apoiado pelos EUA (pressagiado pela intercepção de Nuland-Pyatt), com grupos fascistas ucranianos, como o Sector de Direita, a desempenharem um papel de liderança. Os fascistas ucranianos desfilam pelas cidades em cortejos iluminados por tochas com retratos de Bandera.
16 de Março de 2014 – Rejeitando o golpe de Estado e a instalação inconstitucional de um governo anti-russo em Kiev, a população da Crimeia vota com 97% dos votos a favor da adesão à Rússia, num referendo com 89% de participação. A organização militar privada Wagner é criada para apoiar a Crimeia. Praticamente nenhum tiro foi disparado e ninguém foi morto naquilo que os media ocidentais erradamente retratam como uma “invasão russa da Crimeia”.
2 de Maio de 2014 – Dezenas de manifestantes de etnia russa são queimados vivos num edifício em Odessa por bandidos neonazis. Cinco dias depois, Luhansk e Donetsk declaram a independência e votam a favor da saída da Ucrânia.
12 de Abril de 2014 – O governo golpista de Kiev lança uma guerra contra os separatistas anti-golpe e pró-democracia em Donbass. O Batalhão Azov, abertamente neonazi, desempenha um papel fundamental na luta por Kiev. As forças da Wagner chegam para apoiar as milícias do Donbass. Os EUA voltam a exagerar esta situação, considerando-a uma “invasão” russa da Ucrânia. “Não se pode, no século XXI, comportar-se à maneira do século XIX, invadindo outro país com um pretexto completamente forjado”, diz o Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, que votou como senador a favor da invasão do Iraque em 2003, com um pretexto completamente forjado.
5 de Setembro de 2014 – O primeiro acordo de Minsk é assinado em Minsk, na Bielorrússia, pela Rússia, Ucrânia, OSCE e os líderes das repúblicas separatistas do Donbass, com a mediação da Alemanha e da França num formato chamado de Normandia. O acordo não consegue resolver o conflito.
12 de Fevereiro de 2015 – Minsk II é assinado na Bielorrússia, pondo fim aos combates e concedendo autonomia às repúblicas que continuam a fazer parte da Ucrânia. O acordo foi aprovado por unanimidade pelo Conselho de Segurança da ONU em 15 de Fevereiro. Em Dezembro de 2022, a antiga chanceler alemã Angela Merkel admite que o Ocidente nunca teve intenção de pressionar a implementação de Minsk e que o utilizou essencialmente como um estratagema para dar tempo à NATO para armar e treinar as forças armadas ucranianas.
2016 – O embuste conhecido como Russiagate apodera-se do Partido Democrata e dos meios de comunicação social seus aliados nos Estados Unidos, onde se alega falsamente que a Rússia interferiu nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016 para eleger Donald Trump. O falso escândalo serve para demonizar ainda mais a Rússia nos EUA e aumentar as tensões entre as potências com armas nucleares, condicionando o público para a guerra contra a Rússia.
12 de Maio de 2016 – Os EUA ativam o sistema de mísseis na Roménia, enfurecendo a Rússia. Os EUA afirmam que se trata de um sistema puramente defensivo, mas Moscovo diz que o sistema também pode ser utilizado ofensivamente e que reduziria o tempo de um ataque à capital russa para 10 a 12 minutos.
6 de Junho de 2016 – Simbolicamente, no aniversário da invasão da Normandia, a NATO lança exercícios agressivos contra a Rússia. Inicia jogos de guerra com 31.000 soldados perto das fronteiras da Rússia, o maior exercício na Europa de Leste desde o fim da Guerra Fria. Pela primeira vez em 75 anos, as tropas alemãs refazem os passos da invasão nazi da União Soviética através da Polónia. O ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Frank Walter-Steinmeier, contesta. “O que não devemos fazer agora é inflamar ainda mais a situação através de lutas de sabres e de belicismo”, afirma Steinmeier ao jornal Bild am Sontag. “Quem acredita que um desfile simbólico de tanques na fronteira oriental da aliança trará segurança está enganado”. Em vez disso, Steinmeier apela ao diálogo com Moscovo. “É aconselhável não criar pretextos para renovar um velho confronto”, diz, acrescentando que seria “fatal procurar apenas soluções militares e uma política de dissuasão”.
Dezembro de 2021 – A Rússia apresenta aos Estados Unidos e à NATO projetos de propostas de tratados que propõem uma nova arquitetura de segurança na Europa, reavivando a tentativa russa falhada de o fazer em 2009. Os tratados propõem a remoção do sistema de mísseis romeno e a retirada do destacamento de tropas da NATO da Europa Oriental. A Rússia diz que haverá uma resposta “técnico-militar” se não houver negociações sérias sobre os tratados. Os Estados Unidos e a NATO rejeitam-nos de imediato.
Fevereiro de 2022 – A Rússia inicia a sua intervenção militar em Donbass, na guerra civil ucraniana ainda em curso, depois de ter reconhecido a independência de Luhansk e Donetsk. Antes da intervenção, os mapas da OSCE mostram um aumento significativo dos bombardeamentos da Ucrânia contra as repúblicas separatistas, onde mais de 10.000 pessoas foram mortas desde 2014.
Março-Abril de 2022 – A Rússia e a Ucrânia chegam a acordo sobre um acordo-quadro que poria fim à guerra, incluindo o compromisso da Ucrânia de não aderir à NATO. Os EUA e o Reino Unido opõem-se. O primeiro-ministro Boris Johnson desloca-se a Kiev para dizer ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky que pare de negociar com a Rússia. A guerra continua e a Rússia apodera-se de grande parte do Donbass.
26 de Março de 2022 – Biden admite, num discurso em Varsóvia, que os EUA estão a tentar, através da sua guerra por procuração contra a Rússia, derrubar o governo de Putin.
Setembro de 2022 – As repúblicas do Donbass votam a favor da adesão à Federação Russa, bem como duas outras regiões: Kherson e Zaporizhzhia.
Maio de 2023 – A Ucrânia inicia uma contraofensiva para tentar recuperar o território controlado pela Rússia. Como se viu em documentos divulgados no início do ano, os serviços secretos dos EUA concluem que a ofensiva falhará antes de começar.
Junho de 2023 – Uma rebelião de 36 horas do grupo Wagner fracassa, quando o seu líder Yevegny Prigoshzin aceita um acordo para se exilar na Bielorrússia. O exército privado de Wagner, que era financiado e armado pelo Ministério da Defesa russo, é absorvido pelo exército russo.
Jose Antonio M Macedo - Mesmo assim nada justifica a invasão da Ucrânia por parte da Rússia. É isso que está em causa.
David Ribeiro - É a sua conclusão, Jose Antonio M Macedo. Para mim só o pobre povo ucraniano é que não tem culpa nem merece os senhores de Kiev que há vários anos os (des)governam.
Jose Antonio M Macedo - David Ribeiro Não digo o contrário. Mas isso não dá o direito da Rússia invadir outro país.
David Ribeiro - Jose Antonio M Macedo... em fevereiro do ano passado as tropas russas invadiram os territórios onde os separatistas de Donbass eram diariamente flagelados pelos senhores de Kiev. É certo que as tropas de Putin também fizeram uma inexplicável e sangrenta incursão no norte ucraniano, com intenção de derrubar o governo de Kiev, coisa que lhes correu mal, ao que parece, e que os fez concentrar a ofensiva no leste e sul da Ucrânia. Acredite que não há inocentes neste conflito... e não é só a Rússia e a Ucrânia que estão nesta guerra.
Jose Antonio M Macedo - David Ribeiro A Rússia nunca deveria ter invadido a Ucrânia, a começar pela Crimeia. Assim perdeu toda a razão.
Jorge Veiga - David Ribeiro Até aqui no nosso Portugal os Srs que lá estão em Lisboa, só no desgovernam. Por isso que entrem os Espanhóis... É isso?
David Ribeiro - Teria razão de ser a hipótese que colocas, Jorge Veiga, se houvesse um considerável número de portugueses que isso reivindicassem, que é o que sempre aconteceu no leste e sul da Ucrânia.
Francisco Rocha Antunes - Isto não são factos, são uma descrição tendenciosa de alguns momentos históricos. Ainda hei-de perceber porque carga de água o David é tão contra os ucranianos
David Ribeiro - Caríssimo Francisco Rocha Antunes, eu não sou contra os ucranianos, mas conheço bem e há muitos anos os senhores todos poderosos e corruptos de Kiev.
Francisco Rocha Antunes - David Ribeiro ah bom. E nós não, é isso? Já reparou que se pode dizer isso de qualquer país? Por exemplo, de Portugal?
David Ribeiro - Francisco Rocha Antunes... no que se refere a "senhores todos poderosos e corruptos" a diferença entra e Ucrânia e Portugal é imensa, felizmente para nós portugueses. Já a Rússia está no mesmo patamar da Ucrânia.
Francisco Rocha Antunes - David Ribeiro tem a certeza? O presidente do maior banco acusado de toda a espécie de crimes, o conluio com um ex primeiro-ministro, vários ministros acusados de corrupção sistemática, isto para começar? Essa frase “senhores todos poderosos e corruptos” é usada por extremistas de esquerda e de direita, típicas do populismo crescente.
David Ribeiro - Francisco Rocha Antunes, mas ainda temos a Justiça a funcionar (devagar, devagarinho, muito mais lenta do que era desejável) e as eleições são por todos consideradas livres. Na Ucrânia e na Rússia isso não acontece há muitos anos, se é que alguma vez aconteceu.
Francisco Rocha Antunes - David Ribeiro ou seja, para si são equivalentes. Estou esclarecido.
David Ribeiro - Veja, Francisco Rocha Antunes, o Índice de Perceção de Corrupção em 2022 divulgado pela Transparência Internacional (IT)
Francisco Rocha Antunes - David Ribeiro ok, assim já não interessa nada que os Russos tenham invadido a Ucrânia, são todos corruptos. Percebi.
Paulo Teixeira - David Ribeiro esse texto a que tu das guarida aqui é tendencioso conta uma narrativa cheia de meias mentiras e adulterando factos que qualquer criança que vá ao Google vê que não são verdadeiras. Guerra civil ucraniana!?!? Tu acreditas nisso!?! Mais não digo porque gosto mm muitooooooo de ti
David Ribeiro - Também gosto muito de ti, Paulo Teixeira.
Jose Pinto Pais - David Ribeiro meu caro, nao consigo perceber essa sua permanente hosti lizacao contra Kiev, até pode ter algumas razões antigas. Mas neste momento só vejo um pais invadido, massacrado por ym grande fdp que só mata civis ,destroi infraestruturas civis, nao consigo perceber actos de corrupção em Kiev . E em Moscovo ? Nao ouço nada relativamente a estes santinhos !!! Que continuam a massacrar um pais independente. Enfim
David Ribeiro - Meu caro amigo Jose Pinto Pais... não me quero repetir, mas leia o que aqui já disse sobre os "todos poderosos e corruptos" de Kiev e Moscovo.
Manuel Rocha - David Ribeiro,anda a espalhar a cartilha comunista?
David Ribeiro - Manuel Rocha... como acima disse isto são factos e que cada um tire as suas conclusões. (Quanto a eu "espalhar a cartilha comunista", nem lhe respondo, para não ser malcriado)
Manuel Rocha - David Ribeiro ,responda lá,seja directo que quero ver.
Carlos Miguel Sousa - Tudo isto são factos consumados.
Diogo Quental - Caro David, isto é para ser sério? Não faltarão aí vários factos? A sensação que tenho, David, é que toda a gente tem tanto respeito por ti que procura cuidadosamente entender o que se passa na tua cabeça para fazeres estes posts que sistematicamente procuram menorizar a invasão da Ucrânia. Não vês ninguém a dizer que a democracia ucraniana é perfeita e que não há corrupção - até os próprios se queixam. Mas nada justifica a invasão e nada justifica os milhares de crimes de guerra. Cada post teu a menorizar as acções de Putin é incompreensível e não corresponde à excelente imagem que, ao que vejo, todos temos de ti. Desculpa a sinceridade, mas dói a dobrar ser tu a promoveres estas coisas.
David Ribeiro - Meu caro amigo Diogo Quental ... ninguém me pode acusar de defender a invasão da Ucrânia pelas tropas de Putin, mas não queiram que eu aceite as políticas dos senhores de Kiev e "embarque" em silêncio perante a propaganda em vigor nos mídia europeus.
Ricardo Castro Ribeiro - David Ribeiro caro amigo, exactamente a posição que sempre defendi. So para não estar aqui sózinho
Diogo Quental - David Ribeiro e porque aceitas a propaganda em relação ao invasor? Não será essa muito mais grave?
David Ribeiro - Diogo Quental... é fundamental ouvir os dois lados da barricada e como todos temos mais que dois dedos de testa sabemos tirar conclusões. O que não se pode aceitar é notícias tipo "Nuno Rogeiro e José Milhazes" que abundam nos mídia europeus.
Diogo Quental - David Ribeiro isso significa que, a teu ver, invadido e invasor devem ser tratados da mesma forma? Na tua visão sobre os acontecimentos, há um país que é vítima ou não?
David Ribeiro - Diogo Quental... não tem nada a ver com invasor e invadido, mas sim num cortar de informação, que mais não é que censura.
Diogo Quental - David Ribeiro Ok. Não vejo como é que o teu post inicial com factos dá suporte a essa não censura. Factos essenciais estão em falta. Mas também duvido que tenha o direito a fazer-te tantas perguntas.
David Ribeiro - Tens todo o direito a fazeres as perguntas que quiseres, Diogo Quental e sempre terei o maior gosto em te dar a conhecer algo que não entendas nos meus textos, que nem sempre poderão ser suficientemente esclarecedores.
Chico Gouveia - É preciso que se perceba que a Rússia, em toda a sua história de séculos, só teve um "cheirinho" de democracia com Boris Ieltsin e Mikhail Gorbachev, e mesmo assim precária. Porque se fosse uma democracia, há muito que estava no bloco ocidental. A questão actual, é só esta: a Rússia tem medo de quê? Ou melhor: Putin tem medo de quê? A Ucrânia, encravada entre blocos e em turbulência e, por isso, alvo de uma mistura onde cabem os movimentos fascistas e nazis, está a corrigir erros do passado e a aproximar-se das democracias ocidentais. É onde estamos. É aqui e em mais lado nenhum. E a Rússia tem medo disto? Não! Os seus ditadores, e a sua clique militar e política, gorda de dinheiro e com a cabeça torrada de vodka, é que temem a democracia. O resto, são as contradições da História. Tentar argumentar com factos de outrora, mesmo que historicamente recentes, é tentar justificar o injustificável. Todos os países têm os seus podres. Então nós não estivemos meio século numa ditadura, não tivemos fascistas cá dentro, organizados, e que não eram tão poucos como se pensa, não fomos colonialistas, racistas praticantes, etc.? E hoje não somos uma democracia? Se é para invocar a História, é ver o que os russos têm andado a fazer, no século passado, e neste, para não andarmos muito para trás. É que, em termos de atrocidades e de negação absoluta de direitos humanos, são imbatíveis.
David Ribeiro - Entendo e concordo com o que dizes, Chico Gouveia, mas há que ler/ouvir os dois lados da barricada e tirar as conclusões.
Manuel Rocha - David Ribeiro ,gosta de ouvir o aldrabão assassino putin, aquele que às Quintas diz que nada tem a ver com o wagner e às sextas afirma que afinal o wagner era beneficiário de milhões e milhões para a guerra?...Não se esqueça de ser mal educado comigo, sou todo ouvidos.
Américo Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa, coordenador da Jornada Mundial de Juventude (JMJ) e recentemente nomeado pelo Papa para Cardeal, está de visita à Ucrânia a convite da conferência episcopal ucraniana. Ontem de manhã visitou a catedral de Lviv, à tarde reuniu-se com jovens e disse que "é muito difícil nós convertermos estes corações que veem os pais morrer, as casas e os sonhos destruídos, é muito difícil convertê-los a ter esperança, mas a fé é a força deles, a fé que dá a força, a esperança...". Concordo, até porque estou convencido que é nas populações russas e ucranianas, principalmente nas mais jovens, que poderemos encontrar o caminho da PAZ, já que os senhores de Kiev e de Moscovo, mais as cúpulas da NATO e da União Europeia, preferem "tiros, bombas e murros nas trombas".
Isabel Sousa Braga - Espero que tenha rezado pela paz
Entretanto...
A corrupção na Ucrânia também chegou a alguns oficiais de recrutamento que estão a fazer pequenas fortunas olhando para o lado, enquanto a juventude ucraniana faz tudo o que pode para evitar ser enviada para a linha de frente.
O Papa Francisco anunciou ontem [domingo 9jul2023] um consistório em 30 de setembro, véspera do início da próxima Assembleia Sinodal, para a criação de 21 novos cardeais, incluindo o bispo auxiliar de Lisboa, Américo Aguiar.
Américo Manuel Alves Aguiar (Leça do Balio, Matosinhos – 12 de dezembro de 1973) desempenhou as funções de pároco de S. Pedro de Azevedo (Campanhã) entre 2001 e 2002, foi notário da Cúria Diocesana do Porto entre 2001 e 2004, chefe do gabinete de informação e comunicação da Diocese do Porto entre 2002 e 2015, Vigário Geral e chefe de gabinete dos bispos D. Armindo Lopes Coelho, D. Manuel Clemente e D. António Francisco dos Santos e exerceu as funções de capelão-mor da Misericórdia do Porto. Foi também pároco da Sé entre 2014 e 2015 e foi nomeado cónego do Cabido da Sé do Porto em 2017. Desde 2011 que preside à direção da Irmandade dos Clérigos e em 2016 assumiu a presidência do Conselho de Gerência do Grupo Renascença Multimédia, para além de desempenhar as funções de diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, organismo da Conferência Episcopal Portuguesa e integrar a organização da Jornada Mundial da Juventude na cidade de Lisboa em 2023. Foi nomeado bispo auxiliar de Lisboa, sendo-lhe atribuído o título de bispo de Dagno. A ordenação episcopal teve lugar na Igreja da Trindade, no Porto, no dia 31 de março de 2019.
Encontro-me há muitos anos longe de qualquer atividade religiosa, mas tenho uma enorme amizade, consideração e até admiração por D. Américo Aguiar, o agora Bispo auxiliar de Lisboa, e que ontem foi homenageado pela Irmandade dos Clérigos, que não esquece o seu papel fundamental na requalificação da Igreja dos Clérigos e na dinamização cultural do monumento com maior notoriedade do Porto.
Em 31 de março de 2019, na Igreja da Trindade, após a sua ordenação como Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Américo Aguiar afirmou: "Há bocadinho entreguei ao Senhor Presidente da Câmara [do Porto] um anel de bispo, deixei-lhe este símbolo para dizer ao Porto que me sinto matrimonialmente ligado à minha amada diocese do Porto. Ninguém troca nada por nada".
Por onde eu ando...
Nova Crítca - vinho & gastronomia
PINN (Portuguese Independent News Network)
Meus amigos...
A Baixa do Porto (Tiago Azevedo Fernandes)
Antes Que Me Passe a Vontade (Nanda Costa)
Caderno de Exercícios (Celina Rodrigues)
Cerâmica é talento (Pataxó Lima)
Clozinha/and/so/on (Maria Morais)
Do Corvo para o Mundo!!! (Fernando Pimentel)
Douro de ouro, meu... (Jorge Carvalho)
Douro e Trás-os-Montes (António Barroso)
Escrita Fotográfica (António Campos Leal)
Let s Do Porto (José Carlos Ferraz Alves)
Life of a Mother Artist (Angela Ferreira)
Marafações de uma Louletana (Lígia Laginha)
Matéria em Espaço de Escrita com Sentido (Mário de Sousa)
Meditação na Pastelaria (Ana Cristina Leonardo)
Memórias... (Boaventura Eira-Velha)
Mente Despenteada (Carla Teixeira)
Nortadas (Francisco Sousa Fialho, João Anacoreta Correia e outros)
O Portugal Futuro (Tiago Barbosa Ribeiro)
O Porto em Conversa (Vitor Silva)
Os meus apontamentos (Vitor Silva)
Renovar o Porto (Rui Farinas e Rui Valente)
Reportagens de Crítica, Investigação e Opinião (Tron)
Que é que se come por aqui (Ricardo Moreira)
Servir o Porto (Pedro Baptista)
Um Rapaz Mal Desenhado (Renato Seara)
Vai de Rastos (Luís Alexandre)
(IN)TRANSMISSÍVEL (Vicente Ferreira da Silva)
Adoradores de Baco...
Site de Prova de Vinhos (Raul Sousa Carvalho)