Daesh revelou uma fotografia dos alegados autores do ataque
ISIS-K, o grupo do Daesh que reivindicou o ataque de sexta-feira no teatro Crocus City Hall, em Moscovo, tem origens afegãs e foi fundado em 2014. Rapidamente ganhou reputação pelos ataques de extrema violência. Atingiu o número máximo de membros em 2018. Desde então entrou em declínio fruto dos confrontos com os EUA e com talibãs. O grupo tem um largo historial de ataques, sobretudo em mesquitas, nomeadamente no Irão.
Putin promete vingança por "ato bárbaro"
Putin classificou o ataque como um “ato sangrento e bárbaro” e jurou vingança. “Iremos identificar e punir todos os que estiveram por detrás do ataque terrorista, que prepararam este ataque contra a Rússia e o seu povo”, disse ele num discurso em vídeo. “Ninguém será capaz de semear as sementes venenosas da discórdia e do pânico na nossa sociedade multinacional.”
Mundo reage ao ataque à sala de concertos de Moscovo
O Conselho de Segurança da ONU condenou “nos termos mais fortes o hediondo e cobarde ataque terrorista” em Krasnogorsk, subúrbio de Moscovo. “Os membros do Conselho de Segurança sublinharam a necessidade de responsabilizar os perpetradores, organizadores, financiadores e patrocinadores destes atos de terrorismo e levá-los à justiça”, afirmou. NATO, União Europeia, Reino Unido, China, Turquia, Índia, Japão, Afeganistão, Cuba, Venezuela, Israel, Autoridade Palestiniana, Síria, Egito, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, África do Sul e EUA também condenaram o ataque.
Miguel Castelo Branco no Facebook em 24mar2024
A sala de espetáculos Crocus faz parte de um enorme complexo comercial, propriedade de um bilionário de origem do Azerbeijão, Aras Agalarov, cujo filho, Emin, é uma estrela de pop famosa na Rússia. O local já recebeu concertos de diversos artistas de renome, como Eric Clapton, Dua Lipa e Sia, e há 11 anos foi palco do concurso de Miss Universo, um evento que era então propriedade de Donald Trump.
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que "o Serviço Federal de Segurança da Rússia e outras agências policiais estão a trabalhar para identificar e revelar toda a base de cúmplices dos terroristas" e salientou que a Rússia conta com a cooperação de todos os países que compartilham a dor da tragédia e estão prontos para se juntar a ela na luta contra o terrorismo.
O Papa Francisco condenou ontem [domingo 24mar2024], durante a a oração do Angelus, o “vil ataque terrorista” da última sexta-feira em Moscovo, que causou pelo menos 143 mortos, descrevendo-o como “um ato desumano que ofende a Deus”. “Empenho as minhas orações pelas vítimas do vil ataque terrorista perpetrado em Moscovo. Que o Senhor os acolha em paz e conforte as suas famílias”, disse o pontífice, após a missa do Domingo de Ramos, diante dos mais de 25 mil fiéis reunidos na Praça de São Pedro. Francisco também expressou a esperança de que “isso converta os corações daqueles que protegem, que organizam e praticam esses atos desumanos que ofendem a Deus, que ordenou ‘Não matarás’”.
Há teorias para todos os gostos - Um ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros dos EUA analisou as informações conhecidas sobre o ataque terrorista e concluiu que as pessoas que o executaram vieram da Ucrânia. Mencionando o facto de que os terroristas foram detidos quando fugiam em direção à Ucrânia, Scott Ritter observou que as "pessoas ligadas à violência" têm a tendência de acabar por navegar em direção ao seu 'norte verdadeiro'. "O que quero dizer com isto é que, por exemplo, uma equipe de forças especiais operando atrás das linhas inimigas: se forem comprometidos, eles tentam voltar para casa, tentam escapar e se evadir em direção às linhas amigas", explicou. "Seu verdadeiro norte era a Ucrânia, e eles estavam indo em direção à Ucrânia. E isso é tudo o que precisamos saber sobre isto. Este foi um ataque que estava ligado ao conflito em andamento na Ucrânia", de acordo com Ritter.
França eleva alerta de terrorismo para "ataque iminente"
O governo francês elevou o alerta de terrorismo para o nível mais alto, na sequência do ataque no teatro Crocus City Hall, em Moscovo. "Após o ataque em Moscovo, o Conselho de Defesa e Segurança Nacional reuniu-se esta noite [de domingo 24mar2024] no Eliseu a convite do presidente da República. Dada a reivindicação de responsabilidade do Daesh pelo ataque e as ameaças que pesam sobre o nosso país, decidimos elevar o alerta de terrorismo para o nível mais alto: ataque iminente", escreveu o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, na rede social X.
O que se sabe sobre os quatro suspeitos do ataque em Moscovo
São acusados de terem cometido um crime previsto na parte 3, alínea "b", do artigo 205º do Código Penal russo (ato terrorista), que, segundo o Código Penal russo, é punível com pena de prisão perpétua.
Dalerdzhon Mirzoyev: o homem de 32 anos foi o primeiro a ser levado a tribunal. Mirzoyev, natural do Tajiquistão, tinha um visto temporário de três meses na cidade de Novosibirsk, no sul da Rússia, na Sibéria, mas este expirou, segundo a RIA Novosti.
Saidakrami Rachabalizoda: apresentou-se como segundo arguido e disse ao tribunal que tinha documentos de registo russos mas não se lembrava onde estavam. Comunicou através de um intérprete, segundo a agência noticiosa estatal RIA Novosti. Rachabalizoda terá nascido em 1994.
Shamsidin Fariduni: nasceu em 1998 no Tajiquistão e é cidadão do país da Ásia Central. Fariduni trabalhava oficialmente numa fábrica na cidade russa de Podolsk e estava registado na cidade de Krasnogorsk, de acordo com a imprensa estatal RIA Novosti.
Muhammadsober Faizov: o quarto arguido pareceu não conseguir reagir numa cadeira de rodas e foi acompanhado por um médico para comparecer em tribunal, como se pode ver no vídeo do Tribunal da Cidade de Moscovo partilhado no Telegram. Faizov estava temporariamente desempregado, tendo antes trabalhado numa barbearia em Ivanovo, uma cidade a nordeste de Moscovo, e está registado nessa cidade, segundo a agência noticiosa estatal RIA Novosti. Terá nascido em 2004.
Claro que vai ser necessário apoiar as muitas famílias a necessitarem de ajuda urgente no Afeganistão... mas temos que resolver também toda a anacrónica situação política e social em que os Talibã colocaram aquele país.
UNICEF
É o desespero de uma população que precisa do nosso auxílio. O Afeganistão sempre foi um dos lugares mais perigosos para ser criança. Mas, nas últimas semanas, a situação tornou-se ainda mais desesperante. Não iremos abandonar o país, por todas as crianças e suas famílias. Presentes no Afeganistão há 65 anos e com 11 escritórios no terreno, a UNICEF tem a capacidade de prestar assistência humanitária. Mas precisamos de si para continuar a apoiar!
Cruz Vermelha Internacional
Um porta-voz do Ministério do Interior afegão informou que uma explosão perto da entrada da mesquita Eid Gah em Cabul, neste domingo, matou pelo menos dois civis e três ficaram feridos. Várias ambulâncias foram vistas dirigindo-se para o Hospital de Emergência de Cabul, na área de Shahr-e-Naw. O ato ainda não foi reivindicado.
(in Novo Semanário - 1out2021) - “Mais de dois mil estabelecimentos de saúde fecharam e cerca de 23 mil trabalhadores da saúde, incluindo sete mil mulheres, já não são pagos ou tiveram de deixar de trabalhar”, disse em Cabul o director para a Ásia-Pacífico da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha, Alexander Matheou. Além da crise na saúde, o país enfrenta também escassez de alimentos devido à situação económica. Há cerca de 18 milhões de afegãos a precisar de assistência humanitária. Matheou explicou que no sector da saúde as pessoas aceitarão trabalhar sem salários durante mais algumas semanas, mas que as unidades de saúde fecharão quando “não houver medicamentos, electricidade, nem nada para oferecer aos doentes”. A ajuda internacional foi suspensa após os talibãs assumirem o controlo em 15 de Agosto, deixando a economia afegã, devastada por décadas de guerra, em crise.
Al Jazeera, às 19h50 de 03out2021
Um porta-voz do Ministério do Interior afegão informou que uma explosão perto da entrada da mesquita Eid Gah em Cabul, neste domingo, matou pelo menos cinco civis e quatro outras pessoas ficaram feridas. Várias ambulâncias foram vistas correndo em direção ao Hospital de Emergência de Cabul, na área de Shahr-e-Naw. O ataque, que ainda não foi reivindicado, tinha como alvo um serviço memorial realizado pela mãe do porta-voz Talibã, Zabihullah Mujahid.
Nesta segunda-feira (4out) o Daesh declarou-se responsável pela explosão ocorrida no dia anterior em Cabul, segundo a sua agência de notícias Amaq relatou no Telegram.
Num artigo de Ana Tulha publicado no “Notícias Magazine” de 25ago2021, Jorge Torres, coronel do Exército português que no último ano foi o Representante Nacional Sénior na Resolute Support Mission, missão da NATO no Afeganistão que tinha como principais objetivos o treino, aconselhamento e assistência das forças afegãs, começa por realçar que de 2012 (primeira vez em que esteve no Afeganistão) para 2020 notou “uma evolução em termos de capacitação das forças afegãs”. Mas então como se explica que não tenham sequer sido uma posição de resistência? O atual comandante do Regimento de Infantaria 19, em Chaves, não responde diretamente à questão. Destaca, no entanto, vários aspetos que nos podem ajudar a uma leitura mais profunda. Desde logo a viragem que houve em 2014. “Até aí houve um enorme esforço feito pela comunidade internacional, no sentido de garantir que havia um ambiente seguro para que as instituições do país se levantassem e consolidassem. A partir desse ano, a liderança passou para os afegãos e a comunidade internacional passou apenas a apoiar essas estruturas. Além disso, a parte do treino e levantamento do Exército foi considerada consolidada e o trabalho passou a focar-se mais no treino das forças especiais. Depois, é preciso ver que a capacidade de um exército não é só o músculo, há outros vetores não tangíveis que são fundamentais. Um deles é a capacidade de liderança.”
O Ocidente e especialmente os EUA, devem tirar ilações depois do que aconteceu no Iraque, na Líbia e agora da situação no Afeganistão. Tentar impor um sistema de valores alheio é criar situações explosivas. Há muito que se falava que os representantes do governo do Afeganistão colocavam no bolso parte da assistência internacional ou a enviavam para contas offshore. Mas insistiu-se em “apoiar” um governo corrupto e “equipar” e “treinar” forças da ordem que se borrifavam para aquilo para que tinham sido criadas. E agora?... Tudo vai depender, em primeiro lugar, daquilo que decidirem Rússia e China, bem como Paquistão, Irão, Índia e outros países asiáticos.
Os Estados Unidos anunciaram ontem (28ago2021) terem realizado um ataque aéreo com drone, na província afegã de Nangarhar [leste], contra membros do grupo jiadista Estado Islâmico da Província de Khorasan (ISIS-K, Daesh-K, ou ISKP na sigla em inglês) no Afeganistão, grupo rebelde que reivindicou o atentado terrorista no aeroporto de Cabul. Parece não ter havido “qualquer vítima civil” mas “matámos o alvo” (dois foram mortos, e um foi ferido), segundo o porta-voz do Comando Central dos Estados Unidos, Bill Urban.
António Conceição - Asneira da grossa. O problema do ocidente (leia-se, dos EUA) tem sido ir para o médio oriente fazer Justiça. É um erro. A nossa estratégia deve ser o fomento das rivalidades islâmicas, deixando que as várias facções se matem fraternalmente umas às outras e se entretenham entre elas. Bombardear o Daesh-K não contribui para esta estratégia. Contribui apenas para enfraquecer este grupo, dando força aos Talibãs. Isto não faz sentido. Só faria, se os talibãs fossem nossos amigos ou aliados. Não são. São nossos inimigos, como o Daesh-K. Portanto, a nossa política sensata é manter equilibrada rivalidade entre esses grupos, sem dar superioridade a nenhum.
David Ribeiro - Como já aqui disse, António Conceição, o Ocidente e especialmente os EUA, ainda não tiraram ilações depois do que aconteceu no Iraque, na Líbia e agora da situação no Afeganistão. Tentar impor um sistema de valores alheio é criar situações explosivas. E não esquecer que na região tudo vai depender, em primeiro lugar, daquilo que decidirem Rússia e China, bem como Paquistão, Irão, Índia e outros países asiáticos.
Chico Gouveia - Já se sabia que os EUA iam sair de lá por terra, mas voltariam pelo ar. Não se esperava é que fosse tão cedo.
Da Mota Veiga Suzette - Já se sabe: guerra gera guerra. Cada vez mais dicicil encontrar um caminho para a paz. A China e os Russos tem um certo interesse neste conflito e esperam conseguir disfarçar uma armadilha para os USA.
Notícias de há momentos... 14h00 de 29ago2021
Segundo a "BBC", uma fonte do Ministério da Saúde confirmou que houve, de facto, uma explosão na área e terá sido causada por um rocket que atingiu uma casa perto do aeroporto. Por sua vez, a agência Reuters avança que os EUA realizaram um ataque aéreo em Cabul. O alvo seria um possível carro-bomba suicida que visava atacar o aeroporto. A "CNN" corrobora esta versão, acrescentando que uma explosão secundária significativa no veículo indicou uma quantidade substancial de material explosivo. Um porta-voz dos talibã também confirmou que o ataque aéreo dos EUA tinha como alvo um bombista-suicida suspeito, que viajava num carro, de acordo com a agência de notícias Associated Press (AP). Posteriormente veio a saber-se que dez pessoas de um bairro de Cabul, incluindo crianças, foram mortas neste ataque de drone dos EUA, tendo Washington afirmado que os combatentes do ISKP eram o alvo.
Al Jazeera, 07h40 de 30ago2021
Cerca de 500 soldados de infantaria motorizada russa estão a realizar exercícios nas montanhas do Tadjiquistão no contexto de instabilidade no vizinho Afeganistão. Todos os militares envolvidos no exercício vêm da base militar russa no Tadjiquistão, segundo informação do comando do Distrito Militar Central. Este exercício é o terceiro executado pela Rússia perto da fronteira com o Afeganistão neste mês. No mês que vem, um bloco de segurança liderado pela Rússia realizará outro exercício no Quirguistão, que abriga uma base aérea militar russa
A plantação da papoila no Afeganistão é de há muito uma produção de relevância e até hoje este país da Ásia Central continua a ser o maior fornecedor de opiáceos ilícitos do mundo, o que não deve mudar no futuro próximo com a retoma do poder pelos Talibã. A ONU estima que com este comércio de drogas só os rebeldes afegãos tenham lucrado mais de 400 milhões de dólares americanos entre 2018 e 2019, tendo em 2004 o Afeganistão sido o responsável por 86% do ópio usado em todo o mundo na produção de heroína. Outros grandes produtores são o Paquistão e a região do Triângulo Dourado (Birmânia, Tailândia, Vietname, Laos e a província de Yunnan, na China).
Nesta quarta-feira (25ago2021), os presidentes da Rússia e da China discutiram sobre a posição dos seus países perante a situação atual do Afeganistão. Vladimir Putin e Xi Jinping estão dispostos a aumentar esforços na luta contra a ameaça terrorista e contra o tráfico de drogas no Afeganistão. Os dois líderes sublinharam a importância de ser estabelecida a paz no país em causa, bem como prevenir que sua instabilidade se propague para as regiões vizinhas. Xi Jinping, no entanto, reiterou que a China irá adotar uma posição de não-interferência, respeitando a independência e soberania do Afeganistão. O presidente russo mostrou estar de acordo, afirmando que está disposto a trabalhar com Pequim para impedir forças estrangeiras de interferir e destruir este país da Ásia Central.
O Primeiro-Ministro do Paquistão Imran Khan e o presidente russo Vladimir Putin também falaram no dia de ontem sobre o conflito do Afeganistão. Para Imran Khan um Afeganistão pacífico, seguro e estável é de vital importância para o Paquistão e para estabilidade regional.
Lusa, 09h20 de 26ago2021
Na quarta-feira à noite os Estados Unidos, Reino Unido e Austrália apelaram aos cidadãos para saírem do aeroporto de Cabul devido a "ameaças terroristas", quando milhares de pessoas continuam a chegar ao aeroporto para tentar fugir do país. As pessoas que se encontram no aeroporto sobretudo "nas entradas leste e norte devem sair imediatamente", disse o Departamento de Estado norte-americano, citando "ameaças à segurança". A diplomacia australiana alertou para uma "ameaça muito elevada de ataque terrorista", enquanto Londres emitiu um aviso semelhante.
Poucas horas depois do aviso de ameaça terrorista emitido pelos EUA, Reino Unido e Austrália, duas explosões junto ao aeroporto de Cabul fizeram, pelo menos, 13 mortos, avança a imprensa internacional, que cita fontes talibã. Haverá mulheres e crianças entre as vítimas. A primeira explosão terá sido causada por um homem-bomba e a segunda ocorreu perto do Hotel Baron, em frente ao aeroporto e foi causada pela explosão de um carro. No centro das suspeitas acerca da autoria das explosões está o “Estado Islâmico - Província Khorasan” (Daesh-K), um braço da organização terrorista que está ativo no Afeganistão, e que se posiciona no terreno como um inimigo dos talibã. O jornal britânico “The Guardian” refere que o embaixador dos EUA em Cabul confidenciou a funcionários seus a existência de quatro norte-americanos mortos. O jornal “The Washington Post”, citado pela Lusa, refere que se trata de quatro fuzileiros norte-americanos.
O Pentágono acaba de confirmar, em conferência de imprensa, que pelo menos 12 militares dos EUA morreram - 11 fuzileiros dos Estados Unidos ('marines') e um médico da Marinha - esta quinta-feira, nos atentados suicidas que tiveram lugar junto ao Aeroporto de Cabul, no Afeganistão. Outros 15 militares norte-americanos ficaram feridos.
Segundo as últimas informações da equipa da Al Jazeera no Afeganistão, pelo menos 110 pessoas morreram nas duas explosões ocorridas no exterior do aeroporto de Cabul, incluindo 13 soldados dos EUA.
Vejam quem é o grupo Estado Islâmico-Khorasan
O duplo atentado suicida junto do aeroporto de Cabul foi o primeiro golpe do grupo Estado Islâmico-Khorasan (EI-K) contra os Talibã, que assumiram o controle do Afeganistão em 15 de agosto. Khorasan é o nome da uma antiga região que englobava parte da Ásia Central e da Índia. O braço afegão do grupo Estado Islâmico nasceu quando o movimento era visado na Síria e no Iraque pela coligação ocidental liderada pelos Estados Unidos. É principalmente integrado por ex-membros talibã paquistaneses e afegãos e conseguiu recrutar facilmente jovens radicalizados do Afeganistão, que serviu de base durante anos para a rede Al-Qaeda e onde o grupo Estado Islâmico se enraizou, aproveitando-se do caos reinante. Com a nova geração de jihadistas, o EI-K ganhou ainda mais terreno. “Os dois grupos são sunitas, mas não têm a mesma agenda", afirmou Didier Billion, diretor-adjunto do Instituto de Relações Internacionais e Estratégicas francês (Iris), em entrevista ao jornal Le Parisien desta sexta-feira (27ago).
15h56 de 24mar2021 - Google News
Grupos armados atacaram nesta quarta-feira a cidade de Palma, no norte de Moçambique, o centro urbano mais próximo de empreendimentos do setor de gás no país, avaliados em cerca de 51 mil milhões de euros. Segundo a agência Reuters, duas fontes confirmaram os ataques, que estão acontecendo a uma distância cada vez menor dos empreendimentos, que já tiveram que ser paralisados por problemas de segurança. A cidade de Palma está situada a menos de 25 quilômetros de um campo de construção de empreendimentos de gás liderados por grandes empresas petrolíferas, como a francesa Total. O ataque aconteceu no mesmo dia em que a empresa francesa anunciou que retomaria gradualmente as obras no local, após suspendê-las devido aos ataques nas proximidades.
20h30 de 26mar2021 – Nuno Rogeiro no Facebook
Uma coluna de 23 veículos da ONU acaba de chegar a Pemba, incólume, vinda do Norte de Cabo Delgado, onde recolheu pessoal de vários programas de assistência em zonas atacadas. Quanto à vila-mártir de Palma, continuam intensos combates. A situação mais grave era no hotel Amarula: o recinto vinha sendo flagelado por fogo do Daesh, e o perímetro de segurança foi violado. Entretanto, a evacuação foi-se dando, discreta e com sucesso, embora haja um problema maior a lamentar (PS 2). A propósito da ONU: uma iniciativa urgente sobre o que se passa era necessária. Para ontem.
PS- Ministérios da Defesa Nacional de Portugal e Moçambique e Primeiro Ministro português estiveram em teleconferência
PS2- Desde as 14.00 de Lisboa que circulam muitos relatos sobre o destino das pessoas que decidiram sair do Hotel Amarula. Há pelo menos três grupos distintos. Podemos confirmar, para já, infelizmente, cinco mortos, todos moçambicanos.
PS3- Ofensiva militar em curso, ou para muito breve. Esperemos que com resultados.
PS4- Não se confirma o boato da tomada de navios reféns pelo bando atacante.
11h20 de 27mar2021 - LUSA
Acaba de ser noticiado pela LUSA que um português ficou gravemente ferido numa operação de resgate de Palma, vila sob ataque de rebeldes armados desde quarta-feira, junto aos projetos de gás natural de Cabo Delgado, norte de Moçambique. O ferido está a caminho de Pemba, capital provincial de Cabo Delgado, 250 quilómetros a sul, por via aérea, a partir do aeródromo do recinto do projeto de gás natural, na península de Afungi, para onde foi resgatado juntamente com outras pessoas.
18h00 de 27mar2021 - Expresso
"A situação neste momento é crítica em Palma. Estamos sob ataque desde ontem, quando eles começaram a atacar pessoas com catanas, a partir das 15h foi ataque armado, já estamos há 24 horas sob fogo cruzado. Não sabemos como a gente vai sair daqui. Não sabemos se vamos chegar ao mar, se vamos ser evacuados, quando, a que horas, como e por quem”. O relato é de um dos cidadãos que se refugiaram no hotel Amarula Lodge, em Palma, na província moçambicana de Cabo Delgado. “Os helicópteros estão a sobrevoar a zona do Amarula Hotel para terem a certeza de que a estrada está livre para a gente tentar chegar até à praia para apanhar um batelão, mas conforme estão a ouvir não sabemos se será possível. A situação está crítica. Não temos comida, só temos água. Então… seja o que Deus quiser, seja o que Deus quiser”, relata o cidadão retido no hotel, cuja identidade o Expresso não conseguiu apurar.
O projeto Mozambique LNG, liderado pela Total, é um dos maiores investimentos em curso em Moçambique, envolvendo várias outras empresas, como a japonesa Mitsui, a tailandesa PTTEP (dona da portuguesa Partex, comprada à Fundação Calouste Gulbenkian), entre outras empresas. Paralelamente, também na região Norte de Moçambique, em Cabo Delgado, um outro consórcio, a portuguesa Galp integra com uma participação de 10% o projeto da Área 4, para a produção de gás natural no offshore moçambicano. Este consórcio é liderado pela ExxonMobil e Eni, contando ainda com participações da chinesa CNPC, da coreana Kogas e da moçambicana ENH.
10h58 de 28mar2021 - Miguel Prado, jornalista do Expresso
“Estamos a trabalhar em Palma há sete anos. A insegurança começou há três anos. A partir daí nunca ninguém dormiu descansado”, conta ao Expresso António Silva, um empresário natural da região de Pombal que há vários anos se instalou em Pemba, mais de 400 quilómetros a sul da região onde na quarta-feira um grupo rebelde se instalou e deixou um rasto de sangue e destruição, levando ao resgate de centenas de pessoas por barco e via aérea. .../... acrescenta, “a verdade nunca se vai saber”. Conta-nos que “os ataques começaram com catanas e quando os militares reagiram começou a haver troca de tiros”. Dos contactos que teve, indica que “há muitas mortes, mas ninguém sabe quem é que são”. “Houve gente decapitada”, aponta o empresário que o Expresso ouviu por telefone na manhã deste domingo. A empresa de António Silva, a ZAT, dedica-se à construção e logística, e tinha mais de três dezenas de funcionários em Palma na altura dos ataques, que começaram na quarta-feira. O empresário conseguiu resgatar todos os seus funcionários, 32 moçambicanos e três portugueses. A maior parte foram transportados para Pemba de barco e alguns por avião. .../... Segundo António Silva, na altura dos ataques haveria cerca de 15 portugueses em Palma, entre os mais de mil expatriados que aí estavam a trabalhar em vários negócios. Aquela vila tem atraído diversas empresas e prestadores de serviços, muitos deles ancorados no projeto de produção e liquefação de gás natural. .../... várias empresas portuguesas estão presentes em Palma, como as construtoras Mota-Engil e Gabriel Couto.
18h40 de 28mar - Nuno Rogeiro no Facebook
Deslocados da zona de violência em Cabo Delgado chegam a Pemba. São perto de mil e quinhentos e estão agora sob vigilância apertada, pois há um grande receio que sejam falsos deslocados, espiões ou sabotadores. Uma grande insegurança mantem-se no Norte de Moçambique.
19h55 de 28mar - LUSA
O português ferido nos ataques de grupos armados à vila de Palma, Moçambique, foi transferido para Joanesburgo, na África do Sul, para tratamento médico, confirmou este domingo à agência Lusa fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros. O gabinete de Augusto Santos Silva fez saber ainda que vai continuar "a acompanhar" a situação, sem adiantar para já outros pormenores. O Presidente da República já tinha aludido este domingo à retirada do português para a cidade sul-africana, numa nota a propósito de uma conversa que manteve com a mulher do ferido.
01h46 de 29mar2021 - JN/The Guardian
Pelo menos 60 pessoas, na maioria estrangeiros, estão desaparecidas desde que os militantes islamitas atacaram uma coluna de viaturas civis que fugia dos confrontos armados em Palma. Governo confirma dezenas de mortos. Segundo as gravações das Forças de Segurança (FDS), a que o jornal britânico "The Guardian" teve acesso, e que descrevem o que aconteceu após o ataque a Palma, apenas sete dos 17 veículos da coluna que fugiu da cidade, conseguiram chegar a uma zona segura na sexta-feira. Todos os que viajavam nos outros veículos estão presumivelmente mortos, diz aquele jornal britânico. Não foi possível perceber, ainda, se estas eventuais vítimas mortais estão incluídas entre as dezenas de mortos confirmados, este domingo, pelo Ministério da Defesa moçambicano.
15h35 de 29mar2021 - JN
O movimento terrorista Estado Islâmico reivindicou esta segunda-feira o controlo da vila de Palma, no extremo norte de Moçambique, que foi atacada na quarta-feira passada. A agência oficial do grupo terrorista, a Amaq, divulgou imagens da vila e reivindicou a ocupação do capital do distrito, junto à fronteira com a Tanzânia.
21h15 de 29mar2021 . Expresso
O Governo português vai enviar cerca de 60 militares para reforçar a ajuda na formação das forças especiais moçambicanas. “Está em planeamento o reforço da cooperação técnico-militar bilateral com Moçambique, no quadro do qual cerca de 60 militares portugueses vão contribuir para a formação de forças especiais moçambicanas”, pode ler-se na resposta enviada ao Expresso. “No quadro da União Europeia, na sequência da missão política realizada em janeiro passado e liderada pelo MNE português, decorrem os trabalhos de preparação do incremento da cooperação europeia na dimensão da segurança, possivelmente através quer de apoio em equipamento, quer de apoio em formação”, acrescenta ainda.
07h50 de 30mar2021 - Jornal de Angola
O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, reuniu-se sábado à noite, de emergência, com altos responsáveis da Defesa devido ao ataque no Norte de Moçambique que resultou na ocupação da cidade de Palma e na morte de, pelo menos, um sul-africano, além de vários desaparecidos, noticiou a televisão estatal, que admite a hipótese de uma intervenção militar caso ela seja solicitada pelas autoridades de Maputo.
8h36 de 30mar2021- TSF
Palma é neste momento uma vila isolada e deserta, de onde até os gritos de desespero demoram a fazer-se ouvir. A comunicação está cortada, mas os focos de fumo, espalhados pelo território, comunicam a devastação. A vila no Norte de Moçambique foi esta manhã sobrevoada pela investigadora Zenaida Machado, responsável da organização Human Rights Watch nos territórios de Angola e Moçambique, e é esta a paisagem que descreve, em entrevista à TSF. "Alguns jornalistas tiveram oportunidade de sobrevoar Palma e contam-nos que a cidade está completamente deserta", começa por dizer a representante do grupo ativista, que dá ainda conta de "focos esporádicos de tiros, que provavelmente são dos grupos armados a tentarem afugentar os soldados, ou então dos soldados a repelirem-nos".
15h56 de 30mar2021 - JN
Centenas de pessoas estão a chegar a Pemba, fugidos do horror dos ataques a Palma. Os sobreviventes, que chegam a pé, por mar e também por via aérea, dizem que "morreu muita gente" devido à ofensiva jiadista.
Diz-nos Marcelo Mosse, jornalista e escritor moçambicano...
Detalhes do ataque à Palma: De como os terroristas ludibriaram as FDS para alcançarem o centro da vila
Ontem [24mar2021], para lograr entrar em Palma, os “insurgentes” usaram uma tática. Bloquearam o cruzamento de Pundanhar para impedir que as FDS se reforçassem com tropa instalada em Mueda e atacaram a aldeia de Manguna. Porquê Manguna? Porque daqui o único sentido de refúgio da população seria correr em debandada para Palma. Desde há uns meses que Palma é quase que uma vila e sitiada – e só entra lá quem tenha consigo uma espécie de “guia de marcha”. Com tiros no ar e gente em fuga, esses procedimentos são letra morta.
Foi justamente isso que aconteceu. Por volta das 16 horas, os atacados de Manguna estavam a chegar a Palma com suas trouxas. Era uma situação de emergência. Devido ao ataque, as FSD foram mobilizadas para Manguna, deixando Palma de portas abertas e com proteção diminuída. Os terroristas tinham-se infiltrado no seio dos fugitivos de Manguna, entrando também em Palma com suas mochilas armadas. Dentro de Palma, abriram as mochilas, sacaram das armas e desataram a atacar alvos militares e civis.
O centro dos combates localizou-se na zona da Igreja Católica. Desconhece-se ainda a magnitude dos danos e perdas humanas e de um propalado ataque ao balcão do BCI. Ontem [24mar2021], por volta das 16 horas, a rede da Vodacom foi cortada. Tudo feito milimetricamente. Houve disparos contra a uma avioneta que descia para o aeródromo local.
Hoje [25mar2021], por volta das 10 horas da manhã, quem estivesse refugiado no principal hotel da cidade (que possui um heliporto) podia ouvir tiros dispersos. Estima-se que pouco mais de 100 terroristas estiveram envolvidos neste ataque, cujas características mostram que foi planeado com muita antecedência e... inteligência militar.
Os mercenários da DAG foram envolvidos nos combates, lançando bombas contra os terroristas. Hoje [25mar2021], um helicóptero da DAG, de 6 lugares, começou a evacuar as cerca de 200 pessoas que receberam a guarda do referido hotel para o acampamento da Total em Afungi. São os expatriados quem tem acesso aos voos, mas também moçambicanos funcionários da banca. Esta tarde [25mar2021], o exército mandou reforços de Maputo para Palma, incluindo fuzileiros navais. "Carta" obteve estes detalhes de várias fontes.
O “Grupo Wagner” é uma empresa de segurança russa, com presença no continente africano, da Líbia ao Sudão, passando pela República Centro-Africana e Madagáscar, e agora também em Moçambique, onde combate as milícias armadas jihadistas em Cabo Delgado. A violência nesta região da nossa antiga colónia localizada na costa sudeste da África começou em outubro de 2017. Em três anos e meio já terão morrido mais de duas mil pessoas, há registos de 670 mil deslocados e importantes investimentos estão a ser condicionados pela violência.
Cerca das onze horas da manhã de hoje fomos alertados pelas notícias que davam conta de estar a decorrer no sul de França uma tomada de reféns num supermercado perto de Carcassonne. Embora as informações não fossem de início muito precisas, como é habitual em situações deste tipo, tudo indicava estarmos perante um ataque terrorista.
A meio da tarde o Ministro do Interior francês informava que o ataque tinha sido efectuado por um jovem de 26 anos - Radouane Lakdim - de origem marroquina, abatido pelas forças de segurança, tendo o incidente provocado mais três vítimas mortais e cinco feridos, alguns com gravidade.
Inicialmente o alegado terrorista do Daesh roubou um carro matando o condutor e ferindo gravemente o acompanhante (algumas fontes dizem ser um português), posteriormente feriu a tiro um polícia que fazia 'jogging', seguindo finalmente para um supermercado onde se barricou e matou mais duas pessoas.
19h00 de hoje
O Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas acaba de confirmar que há um português entre as vítimas mortais deste atentado em França.
22h50 de hoje
A RTP está a noticiar que o português dado como morto está afinal vivo mas hospitalizado em estado grave (em coma induzido e com bala alojada no cérebro). Este erro deveu-se a falhas de comunicação entre as entidades envolvidas na gestão da crise no local.
8h45 de 24Mar2018
Morreu o oficial de polícia que tomou o lugar de reféns no ataque terrorista no sul de França. - La classe politique française salue la mémoire du lieutenant-colonel Arnaud Beltrame, qui a succombé à ses blessures samedi après l'attaque du Super U de Trèbes, au cours de laquelle il s'est comporté en héros.
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«Fernando Duarte» - um Gendarme, que é o equivalente da GNR em Portugal. e mesmo se muita gente não gosta deles por causa da caça à multa, a morte não se deseja a ninguém e ainda muito menos pelas mãos de um terrorista muçulmano! Neste caso, um herói com um enorme "H", que sabia perfeitamente que ao oferecer-se para ocupar o lugar da mulher que estava nas mãos do fdp, estava a entregar-se a um gajo que tinha odio de morte aos franceses, sobretudo agentes de autoridade. Um enorme par de tomates. que descanse em paz
Os trágicos acontecimentos de ontem à tarde nas Ramblas vieram colocar Barcelona no roteiro dos atentados terroristas que têm avassalado a Europa nestes últimos anos. Até ao momento o número de mortos é de treze e os feridos ascendem a mais de uma centena. Como já vem sendo hábito os terroristas usaram uma viatura com a qual atropelaram os transeuntes de uma das mais importantes vias do centro da capital da Catalunha. A polícia catalã já informou ter detido dois presumíveis implicados neste atentado, mas não confirma até agora que um terceiro tenha sido abatido.
06h50 de hoje
Polícia espanhola evita novo atentado terrorista. Cinco terroristas mortos em Cambrils - Seis civis (um deles em estado crítico) e um polícia ficaram feridos quando um veículo investiu sobre uma multidão na localidade balnear de Cambrils, a 117 quilómetros de Barcelona. Governo regional catalão relaciona este ataque com o da véspera, que matou 13 pessoas nas Ramblas.
12h00 de hoje
Portuguesa de 74 anos entre os mortos em Barcelona, neta está desaparecida - Desconhece-se em que contexto a mulher estava na capital da Catalunha, mas sabe-se que uma sua neta, de 20 anos, a acompanhava aquando do atentado desta quinta-feira, ignorando-se o seu paradeiro, informa o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.
14h50 de hoje
Polícia finlandesa abate homem depois de ataque com faca - A polícia da Finlândia abateu um homem suspeito de ter esfaqueado várias pessoas na cidade finlandesa de Turku. O homem foi baleado na perna e detido pelos agentes.
O domínio do autoproclamado Estado Islâmico sobre a cidade iraquiana de Mossul acabou, após uma luta intensa iniciada em outubro do ano passado pelas tropas regulares iraquianas, apoiadas por milícias e pelo exército curdo, contra os jihadista Daesh que ocupavam várias áreas do norte do Iraque desde o verão de 2014.
Olha que dois: Donald Trump e Bashar al Assad. Venha o diabo e escolha.
As minhas fontes no Kremlin (sim... eu tenho amigos bem colocados em Moscovo) são da opinião que com este ataque à base aérea de Shayrat, executado com cerca de 50 mísseis Tomahawk a partir de navios operando no Mar Mediterrâneo, o presidente americano Donald Trump apoiou de facto o Daesh, pois era daqui que saiam as missões contra os terroristas.
Base aérea de Shayrat na Síria
Declaração do Estado-Maior das Forças Armadas da Síria: "Foi levada a cabo uma agressão contra uma das nossas bases militares. O ataque de mísseis provocou a morte de seis pessoas, outras foram feridas, foi causado um dano material significativo".
Ataque de mísseis Tomahawk norte-americanos
Os Estados Unidos lançaram pelo menos 59 mísseis de cruzeiro na noite desta quinta-feira contra um aeródromo sírio próximo da cidade de Homs. O ataque foi uma resposta de Trump às denúncias de uso de armas químicas pelo governo sírio, responsável pela morte de 100 pessoas na terça-feira.
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«Pedro Baptista» - EUA, depois dos seus terroristas derrotados, segue o caminho da guerra. É o que vamos ter, não tarda, em que dimensão veremos, mas é fácil desencadear a guerra, difícil é controlar-lhe a dimensão... EUA não se conformam com marginalização na Síria, depois da derrota dos terroristas por si manipulados, e insistem em ocupar território... Põem também mais uma vez em causa a paz mundial. Não é a nova política de Trump: é a política de sempre dos EUA...
«Jorge De Freitas Monteiro» - Trump, o suposto ditador que por entre decisões judiciais desfavoráveis, oposição da administração, da Câmara dos Representantes e do Senado e a sua própria incompetência, mal consegue governar, lançou um ataque de algumas dezenas de mísseis sobre um aeródromo militar. Confirmação de que é um irresponsável e um perigo para a paz? Não. O ataque foi o "bom" ataque: já tinha sido sugerido pela Clinton e recebeu o apoio entusiástico dos falcões do establishment americano, Republicanos e Democratas sem distinção. Ao mesmo tempo caem pela base as teses conspiracionistas de que seria uma marioneta do Putin e um amigalhaço do Assad. Tudo isto a ler em conjunto com o afastamento da bête noire dos liberais, Bannon, do Conselho Nacional de Segurança e com os rumores do seu afastamento da Casa Branca nos próximos dias. Bannon e o seu grupo opõem-se desde sempre ao intervencionismo militar neo conservador. Falta agora abandonar também a agenda anti globalização para se realizar a normalização defendida pelo Wall Street Journal num artigo publicado há algumas semanas: Trump poderia ter uma presidência tranquila se se deixasse de originalidades e se se apoiasse no mainstream do Partido Republicano. Entretanto os trumpistas de primeira hora, os true belivers, condenam violentamente o ataque e sentem-se traídos; a esquerda americana ou apoia ou fica calada, como calada ficou durante oito anos em relação aos milhares de bombardeamentos por drones, muitas vezes em zonas urbanas, ordenados pelo Obama. Na Europa pela primeira vez há um apoio generalizado dos governos e da UE ao Trump, salvo da esquerda bem pensante que, depois de ter berrado que vem aí o lobo fascista e de ter ignorado os drones do Obama, continua a não perceber nada do que se passa. Para animar o fim de tarde mais um atentado low cost, desta vez em Estocolmo. Vivemos tempos interessantes. O que, segundo um provérbio chinês, é uma maldição.
«Maria Helena Guimarães» - estamos aqui estamos em guerra nuclear. o Trump é um estafermo
«Ricardo Castro Ribeiro» - Isto é tudo treta. É tudo para disfarçar as "ligações perigosas" à Rússia. Assim ninguém fala disso
«David Ribeiro» - Não sei porquê isto faz-me recordar o que foi a procura das inexistentes armas de destruição maciça no Iraque.
«Ricardo Castro Ribeiro» - Ora agora disseste tudo David. Isto para mim é combinado com o Putin (e com o Hassad) para acabar com a investigação que está em curso. Não entendo é porque não há um só jornalista que coloque essa possibilidade. E falta saber quem bombardeou com o tal de gaz ...
«Jota Caeiro» - não faz sentido numa guerra aberta, numa 'guerra total' como esta da Síria, que a morte de umas poucas dezenas de civis originem uma tal confusão. ninguém nunca poderá saber se o gás venenoso não foi lançado por um tomawank.ao Trump não bastaria parecê-lo, não soubessemos nós quem é o filho da puta!
«Ricardo Castro Ribeiro» - Para mim é algo meticulosamente estudado para encobrimento dos acordos e ligações. Agora se foi um aproveitamento de situação ou uma trama totalmente realizada por ele não sei nem nunca se vai saber.
«David Ribeiro» - Há informações mais ou menos fidedignas que garantem ter o Daesh e a Frente al-Nusra atacado as posições do exército sírio na rodovia Homs-Furklus-Palmira logo depois do ataque aéreo dos EUA à base de Shayrat. Será coincidência?... ou afinal os rebeldes ainda mexem?… e ainda não se sabe muito bem quem ajuda quem nesta guerra da Síria e quanto tempo ainda irá durar.
«Jose Bandeira» - Durará, na Síria ou noutro local qualquer, enquanto as fábricas de armamento estiverem a produzir. Não creio que neste momento seja o petróleo a principal motivação: a cotação do crude demonstra-o.
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