"Devido à velocidade da luz ser superior à do som, algumas pessoas parecem inteligentes até as ouvirmos."

Segunda-feira, 14 de Outubro de 2024
Crise no Douro...

...onde, ano após ano, tem produzido mais vinho do que aquele que consegue escoar

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Publicado por Tovi às 07:59
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Terça-feira, 8 de Outubro de 2024
Qualquer dia temos que fazer teste do balão...

 ...ao entrar para os comboios na Régua

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João Cerqueira - Vinho é bom e o pessoal encharca. Sabem que não vão conduzir, e bebem mais.
David RibeiroSim, isso é verdade, João Cerqueira... mas há gente educada mesmo entre o "pessoal que encharca". Numa das minhas últimas idas ao Douro no Comboio Histórico, à vinda para o Porto um numeroso grupo de casais de meia idade estava naquilo que o meu amigo considera "pessoal encharcado", mas fizeram a delícia de todos os outros viajantes, nacionais e estrangeiros, oferecendo-nos presunto, vinho, pão caseiro e cantando e dançando durante todo o percurso. Estou convencido que os estrangeiros até pensaram que tudo aquilo era uma encenação feita pela CP. Duas jovens nórdicas que viajavam junto de mim chegaram ao Porto verdadeiramente "encharcadas"... e quando mostrarem aos seus amigos lá nos seus países tudo o que fotografaram e filmaram nesta viagem de comboio, vão fazer dos portugueses uns "gajos do caraças".
Albertino AmaralPois é. Mas por detrás destes desacatos, o que houve realmente? Sim, porque isto não acontece do nada, ou estou enganado?
David RibeiroSimples, Albertino Amaral.., o revisor do comboio chamou a GNR para retirar os tais passageiros e não foi certamente por estarem a rezar o terço.
Albertino AmaralDavid Ribeiro Òbviamente, mas tudo depende da forma como se retiram os passageiros, por convite, à lambada, à coronhada, ao pontapé, passando o terço à volta do pescoço, etc. etc.
David RibeiroAlbertino Amaral, até uma guarda da GNR foi parar ao hospital e não foi certamente por ter escorregado na gare da estação.
Albertino Amaral
David Ribeiro Assim sem mais nem menos? Se o amigo o diz, quem sou eu para duvidar....



Publicado por Tovi às 07:52
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Sexta-feira, 2 de Agosto de 2024
Viagem na Linha do Douro e almoço no Pocinho

Ontem turistamos por aqui...

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Linha do Norte (171 km entre Porto-Pocinho) - Concluída em 1887 (troço de 30 km entre Pocinho e Barca de Alva abriu em 1887 e encerrou em 1988).


Pocinho 8.jpgPocinho é uma aldeia de Portugal, sita no concelho de Vila Nova de Foz Coa, distrito da Guarda. A sua estação ferroviária é actualmente o terminal da Linha do Douro. Perto da aldeia fica a barragem do Pocinho, no rio Douro. A montante da barragem, na margem esquerda do rio, está instalado um cais fluvial com capacidade para navios com porte até 300tdw. A povoação desenvolveu-se com a construção da estação ferroviária, que serviu de ligação entre várias regiões e se tornou num importante entreposto de mercadorias, especialmente minério e produtos agrícolas. Já anteriormente devia ser um entreposto importante pois havia aí um barca de passagem do rio, a "Barca do Possinho" na comarca de Moncorvo, pertencentes à Casa Real Portuguesa e cuja metade do seu rendimento teria sido feita mercê a D. Maria do Carmo Cabral da Cunha (mulher de Marcos Caetano de Abreu e Meneses), em 23 de Agosto de 1827, pelos serviços prestadas como açafata da infanta D. Isabel Maria da Conceição de Bragança. O Pocinho é um dos pontos de ligação entre os distritos da Guarda e de Bragança, ligando os concelhos de Vila Nova de Foz Coa e Torre de Moncorvo. Antes da construção da barragem a travessia era feita através de uma ponte rodo-ferroviária, que se encontra actualmente encerrada para ambos os tipos de tráfego. (in Wikipédia)


vista-da-sala.jpgA Taberna da Julinha fica no Pocinho, numa das poucas casas habitadas junto do casario outrora existente para suportar a estação de caminhos de ferro do Pocinho. Com a antiga ponte sobre o Douro à espreita de um lado e com a Barragem a mostrar-se do outro lado temos a sensação de estar em casa de um amigo, que fomos convidados e tenho bem a sensação que é essa mesma a intenção. (in Comer, Beber e Lazer)

  Após umas entradas altamente sofisticadas "atacamos" uma posta, na deslumbrante Taberna da Julinha. Juntamente com o tradicional café serviram-me um xiripiti daqueles que até fazem crescer pelos no peito... só por vergonha é que não me servi segunda vez.
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Ferreira RegaladoUma pergunta, para uma resposta de quem sabe da poda: Ando com a Julinha fisgada para lá ir, mas já li coisas que me tiraram a vontade de o fazer. Achas que vale a deslocação ( de comboio, obviamente )? Vá lá, sê sincero.
David RibeiroEu gostei, Ferreira Regalado. Foi a primeira vez e o serviço foi impecável e a confecção no ponto. Mas há que ter em conta que não há qualquer alternativa ao menu: entradas com queijo, azeitonas, pão regional, alheira, tomate coração de boi e omelete de espargos. Depois servem uma generosa e suculenta posta. Doçaria variada e o tradicional café com um "cheirinho" de arrepiar os cabelos a um santo. Tudo muito bom... mas não há mais nada para se mastigar. E não esquecer de reservar.

  E já agora... Constantemente ouvimos as forças vivas das localidades do interior profundo a queixarem-se de que ninguém os apoia e que se encontram entregues á desgraça... pois será verdade, mas por aqui onde fui ontem turistar nada vi que se pudesse considerar "trabalhar para o desenvolvimento"... temos que ter autarcas que sejam dignos do voto do seu Povo, senão estão a trabalhar para quê?

  David AlmeidaDavid Ribeiro há sentimentos que nos tiram do sério... assim também me senti no outro dia, pelo Peso da Régua!


Publicado por Tovi às 07:22
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Sexta-feira, 15 de Setembro de 2023
Mais uma que se esbardalhou

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Bernardo Sá Nogueira MergulhãoPena para o Douro enquanto região...
David RibeiroOs sonhos ou têm pernas para andar ou deverão ficar pelos bitaites dados a uma mesa de café... e já tantos ouvi no Douro e não só.



Publicado por Tovi às 07:29
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Segunda-feira, 11 de Julho de 2022
A rebuçadeira da Régua e a beleza salvadora do Douro 

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No Douro, o enquadramento paisagístico é de tal modo prodigioso que se sobrepõe a todas as misérias. Especialmente entre a Régua e o Pinhão, outro desastre urbanístico, a visão é arrebatadora. O Douro, ladeado à direita pela linha de comboio e à esquerda pela Estrada Nacional 222, corre sereno, espelhando nas suas águas as vinhas que revestem as encostas mesmo até ao cume. São os mais belos 20 quilómetros de paisagem vinhateira do mundo. 
No dia 24 de Janeiro de 1996, uma explosão perto de Sarajevo matou dois militares portugueses. Foram as primeiras vítimas nacionais da guerra da Bósnia. Um dos militares mortos era de Godim, Peso da Régua. Estava casado e tinha um filho bebé. A mulher crescera rápido, embora ainda tivesse idade de menina. Alfredo Cunha fez-lhe um retrato comovente e a reportagem que eu escrevi tinha este título: “Mãe aos 15 anos, viúva aos 16”. 
Era uma jovem bonita e inocente. Cada vez que vou à Régua cirandar pelas capelas burocráticas do vinho e da vinha lá está ela, sentada à frente da estação de comboios, com a sua farda branca e o cesto de vime onde guarda as saquetas de rebuçados da Régua. É assim há mais de 20 anos. Encontro-a quase sempre no mesmo sítio, cada dia mais velha. Nos seus cabelos pintados de loiro e no rosto a enrugar-se vejo também a minha decadência. 
Na viagem de comboio para o Porto, havia duas paragens especiais: a Régua, na ida, por causa dos rebuçados, e Penafiel, no regresso, pelas regueifas. Uma regueifa ainda molinha com manteiga continua a ser um dos grandes prazeres que vou reavivando em certos domingos, aproveitando a passagem por Vila Real de um vendedor ambulante de Amarante. Os rebuçados da Régua embeiçavam-me logo pelo embrulho de papel. E a tentação adensava-se com o pregão da rebuçadeira, em sotaque local, inconfundível em todo o Douro. Os rebuçados eram, e ainda são, meros pedaços cristalizados de água açucarada fervida com um pouco de mel, canela e limão (e mais um ou outro pozinho), mas serviam para adoçar a longa viagem (o comboio parava em quase todas as estações). 
Para mim, a Régua continua a ser o comboio e os rebuçados, e se fosse só isto era uma bela imagem. Só que a cidade cresceu tão mal que não há ângulo que consiga esconder-lhe a fealdade, apesar de estar pendurada sobre o rio Douro e de já ter sido pior. É espantoso como se conseguiu construir tão mal mesmo no coração do Douro, no meio de tanta beleza. 
Uma explicação possível e benigna é a de que a Régua nunca contou muito no negócio do vinho do Porto. Acolheu instituições importantes, como a Casa do Douro ou o Centro de Estudos Vitivinícolas do Douro, mas era uma praça de segunda, um mero cais muito movimentado. Os grandes edifícios que o comércio do vinho financiou foram construídos no Porto e em Gaia. Tirando a antiga Casa da Companhia, hoje Museu do Douro, a sede da Casa do Douro (semi-abandonada) e um ou outro palacete arruinado, a Régua pouco património construído tem de interesse. Com pouco para conservar, foi crescendo ao deus-dará. Aconteceu o mesmo com o grosso das povoações durienses. Só meia dúzia de aldeias e vilas é que preservam algum encanto. E, no entanto, é impossível não ficar deslumbrado com a beleza salvadora da região. 
O Douro é um pouco como o Rio de Janeiro. O enquadramento paisagístico é de tal modo prodigioso que se sobrepõe a todas as misérias. Especialmente entre a Régua e o Pinhão, outro desastre urbanístico, a visão é arrebatadora. O Douro, ladeado à direita pela linha de comboio e à esquerda pela Estrada Nacional 222, corre sereno, espelhando nas suas águas as vinhas que revestem as encostas mesmo até ao cume. São os mais belos 20 quilómetros de paisagem vinhateira do mundo. 
A melhor coisa que aconteceu ao Douro nas últimas décadas foi a classificação como Património Mundial e o turismo (antes tinha sido a emergência dos vinhos DOC Douro, estimulada pela fornada de enólogos que foram saindo da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro). Com cada vez mais gente a querer conhecer a origem do vinho e não apenas a montra do vinho (o Porto), até as companhias históricas começaram a olhar para a região com outros olhos. O Douro deixou de ser uma mera fábrica de uvas e de vinho, um lugar onde se ia apenas na vindima por sainete, para se tornar no cartaz principal, no ponto alto da viagem. Um destino turístico com vida própria, embora ainda incipiente. Basta passar pelo Pinhão para se perceber o muito que ainda falta fazer. A vila tem uma envolvente assombrosa, mas é uma tortura para os turistas que chegam de barco ou de comboio, pelo trânsito caótico e pela pobreza da oferta, tirando o hotel Vintage House, a Quinta das Carvalhas, da Real Companhia Velha, e os novos espaços de enoturismo dos Symington e da Taylor's. 
Já foi tudo muito pior. Há uns 20 anos, o Douro estava cheio de lixeiras. Não havia hotéis, as quintas estavam fechadas ao turismo e os restaurantes recomendáveis contavam-se pelos dedos. Para se beber um bom vinho era preciso ir directamente aos bons produtores ou pagar fortunas num ou noutro restaurante. Hoje, é diferente. O Douro está cheio de novos hotéis, há também mais e melhores restaurantes e já é possível beber um bom vinho em qualquer lado. 
Até a Régua já tens bares dedicados ao vinho. Aos poucos, a cidade tem vindo a recuperar alguma graça - mas ainda ninguém vai ao Douro para visitar a Régua e há muita gente que vai a Bordéus só para poder conhecer Saint-Émilion, por exemplo. 
No meu caso, passo sempre a correr, confesso. Mas não é por isso que nunca parei para comprar uma saqueta de rebuçados à rebuçadeira que conheci quando ela tinha 16 anos, já viúva. Chegar lá e comportar-me como um qualquer comprador seria um pouco estranho, eu que a tenho visto a envelhecer. Em alternativa, teria que lhe recordar esse Janeiro triste de 1996. Prefiro ir seguindo o seu caminho de longe. 
Há uns meses vi um jovem sentado ao seu lado. Presumo que seja o bebé de há 26 anos. Por uma razão ou por outra, por uma mera necessidade de sobrevivência, a vida concede-nos pouco tempo para os mortos. Leva-nos a depositar tudo na memória e a ir lá de vez em quando. Talvez seja melhor assim. 


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Publicado por Tovi às 09:24
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Quarta-feira, 20 de Outubro de 2021
Nova ponte sobre o Douro... para o Metro

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Venceu um projeto assinado por um consórcio liderado pela empresa Edgar Cardoso Laboratório de Estruturas.

 

  O que a empresa Edgar Cardoso propõe é uma estrutura em tudo semelhante à rodoviária, ou seja, um pórtico com efeito de arco, toda em betão e com poucos apoios nas encostas. Recorde-se que uma das condições do concurso reside no facto de se construir uma ponte não só para servir a segunda linha de metro para Gaia mas que contemple ainda a circulação de peões e bicicletas. A proposta que está em primeiro lugar prevê acesso para peões, através de escadas e por um elevador, servindo a cota baixa, a Rua do Bicalho, e a cota alta, na zona da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto. Amiga do ambiente e a contribuir para a descarbonização, os carris terão painéis fotovoltaicos para produzir a energia que iluminará a ponte. Esta é a proposta mais barata, 50,5 milhões de euros, e que ficará mais rapidamente concluída: 970 dias.



Publicado por Tovi às 07:40
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Domingo, 17 de Novembro de 2019
Punheta de Bacalhau... e tinto do Douro

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Por motivos que não interessam para o caso o meu almoço de ontem foi às três da tarde… e fui buscar à Mercadona Boavista uma PUNHETA DE BACALHAU que me soube pela vida, acompanhada de dois copinhos de Áurea Quebrada Tinto Douro DOC 2017 (marca própria dos Supermercados Mercadona), um vinho da Adega Cooperativa de Vila Real feito com uvas das castas Tinta Barroca, Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional, com cor rubi, aromas de frutos vermelhos e especiarias, muito suave e fresco, mas com acidez equilibrada.



Publicado por Tovi às 08:22
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Quinta-feira, 26 de Abril de 2018
Começou a polémica sobre a ponte

E assim vai no Facebook a discussão sobre a anunciada ponte sobre o Douro.

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   Página do Facebook - "Um novo norte para o Norte"

«Jorge De Freitas Monteiro» - Em Dezembro RM anunciou que se iam lançar os estudos para a construção de uma nova ponte entre a do Infante e a D. Maria. Os estudiosos, além de serem discretos porque ninguém ouviu falar no que andaram a fazer, deviam ter um gps avariado: quatro meses depois é anunciada a decisão de construir a ponte a quilómetros do local anunciado. Mais seriamente: creio que não deve haver em toda a Europa um caso semelhante. Um autarca eleito com umas dezenas de milhar de votos decidir sem debate público prévio, sem estudos dignos desse nome, sem discussão prévia na própria vereação, sem ouvir entidades implicadas (como são no caso concreto a APDL e a CCRN) a construção de uma ponte sobre um rio internacional numa aglomeração urbana de milhão e meio de habitantes. Esta reunião deveria ter tido lugar antes da decisão e deveria ter servido para o lançamento do debate público que a deveria ter precedido. Assim parece uma sessão de venda à populaça da bondade de um facto consumado decidido por um autocrata.

«David Ribeiro» - Seguindo o teu raciocínio posso concluir que o autarca de Gaia também é um autocrata?.... Ou pelo facto de ser socialista podia proceder como Rui Moreira fez?

«Vasquez da Gama» - David Ribeiro na opinião dos críticos o autarca de Gaia deve ter sido coagido a agir. Será que foi com a espingarda amarela que dizem ter o RM no carro? Primeiro critica-se, depois... depois olha

«Jorge De Freitas Monteiro» - David Ribeiro, não me leves a mal mas a tua reacção parece a do menino apanhado a fazer asneira que tenta defender-se dizendo que o outro menino também fez. Evidentemente que a minha crítica quanto ao processo que conduziu à decisão aplica-se dos dois lados do Douro, por igual. Mas a sessão que originou o meu comentário é anunciada como sendo relativa ao Porto e o autarca que a vai protagonizar é vereador da CMP. Além disso como sabes, e apesar de gostar muito de Gaia onde nasceu a minha mãe e de Matosinhos onde resido quando estou em Portugal, o Porto é a minha cidade e é sempre em relação ao Porto que intervenho. Dito isto gostaria de saber o que pensas quanto à substância do meu post; independentemente da oportunidade e da localização da ponte não te causa estranheza nenhuma a forma como as coisas se passaram?

«David Ribeiro» - Não, em nada acho estranho e considero que a localização, quer do lado do Porto quer de Gaia, está de acordo com o desenvolvimento que se deseja para essas zonas. O que eram as margens do Douro em Gaia e no Porto no local onde foi construída a Ponte da Arrábida?

«Jorge De Freitas Monteiro» - Portanto é normal que numa sociedade aberta, numa democracia liberal e participativa uma coisa destas apareça decidida sem o mínimo vestígio sequer de debate público. Ficarei surpreendido no dia em que te vir fazer a mais ligeira crítica a RM. Depois vem dizer que os dos partidos é que são acríticos, seguidistas e coisa e tal...

«David Ribeiro» - Desde Dezembro se sabia que os executivos de Porto e Gaia trabalhavam numa nova travessia para o Douro e bastava estar-se atento para ver onde ia ser esta nova ponte. Para mim a única novidade foi os dois municípios decidirem arrancar para a obra com fundos próprios.

«Jorge De Freitas Monteiro» - Não é bem assim. Em Dezembro anunciaram que iam lançar os estudos para uma ponte entre a do Infante e a D Maria. Ficamos a aguardar os tais estudos e o ulterior debate, que preparariam a decisão. Quatro meses depois sai uma decisão das cartolas dos dois autarcas. Dos estudos ninguém sabe. O debate não existiu. A ponte sabe-se que fica a quilómetros do local que foi anunciado. Podes dar as voltas que quiseres mas sei que sabes tão bem como eu que foi tudo mal conduzido.

«David Ribeiro» - O que ouvi de Rui Moreira na Assembleia Municipal foi que a ponte seria a montante da D Maria e que a sua construção libertaria o tabuleiro inferior da Luiz I para peões.

«Jorge De Freitas Monteiro» - Baseio-me no que foi publicado por todos os jornais em Dezembro; a localização referida era a que mencionei. E de qualquer modo, mesmo que assim não fosse, isso não invalidaria a crítica quanto ao método seguido.

«Nuno Santos» - Acontece que é mentira. Aliás, isso está registado em vídeo. Agora diga-me, onde ancorava a Ponte do lado de Gaia? - Nova travessia do Douro já tinha sido anunciada por Rui Moreira… - É ver o vídeo e depois pedir desculpa pelo que atrás escreveu Sff. Outra coisa, o autarca anunciou, mas não lançou concursos. Ou seja, para haver debate tem que haver proposta. Ela foi feita já duas vezes. No debate na AM a que pode assistir no vídeo acima e publicamente. O debate está a ocorrer, até aqui. Há-de depois haver debate na Câmara e AM quando se levar os concursos a aprovação e a adjudicação. Por um lado diz que não há estudos e não devia ter sido anunciada, por outro diz que já devia ter sido discutida. Quer-me dizer como isso se faz. Quando ao “mundo todo” anda a viajar pouco e ler menos. Jorge De Freitas Monteiro mas a ponte já lá está?

«Jorge De Freitas Monteiro» - Nuno Santos permitir-me-á que ignore o seu pueril pedido de desculpas, inapropriado numa conversa deste tipo. Vou ignorar igualmente as suas considerações sobre quanto leio ou deixo de ler, viajo ou deixo de viajar; além de irrelevante não lhe diz respeito. Ressalvo no entanto que não falei em “mundo todo” mas sim em Europa. E quanto a isso o nosso amigo comum David Ribeiro poder-lhe-á confirmar que não serei completamente ignorante. Mas vamos ao que interessa. A localização anunciada foi, segundo o Expresso (poderá consultar o link que vou partilhar mais abaixo), a que mencionei. Aliás no contexto de uma substituição, para efeitos de travessia de cota baixa, do tabuleiro inferior da ponte D Luís é a única localização pertinente. Refugiar-se na expressão “a montante”, esquecendo convenientemente o contexto, equivaleria a dizer que RM anunciou uma ponte algures entre a D Luís e o limite oriental do Porto. Não faria qualquer sentido. Pergunta-me onde ancoraria a ponte, presumo que menos a montante, do lado de Gaia. Creio ter lido que essa dificuldade foi a razão da migração da ponte entre Dezembro e Abril. Bom, a resposta é simples: se não há ancoradouro possível no local onde a ponte é útil e necessária não se faz a ponte e não se limita a utilização do tabuleiro inferior da D Luís. O que não faz sentido é precisar da ponte perto da Ribeira e, por dificuldades de ancoração, ir construí-la onde nem resolve o problema nem é necessária. Passemos ao debate público. Não misturemos alhos com bugalhos: o debate posterior ao lançamento do concurso público estará, por definição, limitado ao que for previamente establecido como sendo o objecto desse concurso. Ou seja, não poderá ter como objecto a própria necessidade da ponte e a sua localização. Alias nem poderá ser um verdadeiro debate: a partir do momento que o concurso público esteja lançado aplicam-se as regras legais relativas a esses concursos. O tempo do debate público com todas as opções em aberto estará encerrado. Foi esse o debate que faltou e daí a decisão ser, a meu ver, autocrática. A não ser que, e as suas palavras recobrem uma certa ambiguidade, a “decisão” anunciada não seja ainda uma; mas então porque a designaram assim? Talvez nesse sentido pergunta-me se a ponte já lá está. Da última vez que verifiquei não estava. Se houver bom senso nunca virá a estar. A terminar permita-me que aproveite este diálogo para lhe perguntar algo: porquê anunciar, como se fosse algo de positivo, que a obra, a vir a existir, será custeada exclusivamente pelos orçamentos das duas autarquias? Porque não tentar obter outras fontes de financiamento? É que parece insólito protestar nos dias pares contra a insuficiência de recursos e considerar positivo nos dias ímpares construir pontes de utilidade discutível sem necessidade de pedir nada a ninguém. - Rui Moreira defende nova travessia Porto/Gaia entre as pontes Luiz I e D. Maria / expresso.sapo.pt.



Publicado por Tovi às 08:14
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Terça-feira, 17 de Abril de 2018
A clubite partidária de Pizarro

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   Porto, o Nosso Movimento

PIzarro é a clubite partidária levada ao cúmulo.
Uma ponte que liga bem Gaia ao Porto mas liga mal o Porto a Gaia?
Ou seja, Pizarro entende que a ponte tem utilidade para ir buscar trânsito ao concelho socialista, mas acha que esse trânsito se esvai a meio da ponte mal vislumbra uma margem Independente?
Pizarro tem uma visão sectária, pequena e redutoramente demagógica, que contrasta com a visão aberta e construtora de um autarca socialista (Eduardo Vítor), presidente da Área Metropolitana do Porto, e que Pizarro nem sequer tem coragem de afrontar por ser do seu partido.
Pizarro nunca entendeu Campanhã; nunca entendeu que a zona oriental do Porto não é um feudo e nunca entendeu por que razão perdeu tão evidentemente as eleições... duas vezes.
Mas, preso na teia do seu fantasiado Bloco Central, saudoso das velhas querelas entre as margens que agora constroem juntas, acaba a maltratar Eduardo Vitor que projectou com o Porto e pagará metade uma ponte que, segundo Pizarro, liga Gaia a sítio nenhum.
Sendo que, para Pizarro, esse “sítio nenhum” é o Porto e é Campanhã.



Publicado por Tovi às 22:13
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Segunda-feira, 12 de Fevereiro de 2018
Entrudo Chocalheiro

Este sim é para mim o verdadeiro Carnaval do Norte de Portugal, o Entrudo Chocalheiro, dos Caretos de Trás-os-Montes e Alto Douro.

 

   Joaquim Pimenta in Facebook

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Pensa-se que a tradição dos Caretos tenha raízes célticas, de um período pré-romano. Provavelmente, está relacionada com a existência dos povos Galaicos (Gallaeci) e Brácaros (Bracari) na Galiza e no norte de Portugal. Carnaval completamente surpreendente, pela cor, movimento, bem como pela gastronomia.



Publicado por Tovi às 14:05
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Sexta-feira, 13 de Outubro de 2017
Castello D’Alba - DOC Douro’15

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O enólogo Rui Roboredo Madeira continua a fazer vinhos interessantes e este tinto – Castello D’Alba, DOC Douro’15 – elaborado com uvas das castas Tinta Roriz (40%), Touriga Franca (30%) e Touriga Nacional (30%), no terroir xistoso da Sub-região Douro Superior, é verdadeiramente aquilo que eu costumo dizer: Tintos de São João da Pesqueira nunca me enganaram.



Publicado por Tovi às 14:08
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Quinta-feira, 10 de Agosto de 2017
Adega de Vila Real Douro Reserva Tinto 2013

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Uma muito simples mas suculenta Fêvera de Porco Grelhada ganhou outra vida ao ser acompanhada no almoço de hoje por um tinto do Douro – Reserva 2013 da Adega Cooperativa de Vila Real – feito pelos enólogos Rui Madeira e Luís Cortinhas com uvas Tinta Barroca, Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional, um vinho que reflecte a paixão com que alguns cuidam as vinhas no vale do Douro.



Publicado por Tovi às 15:14
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Sábado, 29 de Julho de 2017
O Red Bull Air Race a chegar

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Os aviões da mais importante competição internacional - Red Bull Air Race World Championship – já começaram a chegar ao aeroporto Sá Carneiro. Voltamos a ter uma etapa portuguesa nas competições deste ano e será novamente no Rio Douro, entre as cidades do Porto e Gaia, a 2 e 3 de Setembro.



Publicado por Tovi às 08:19
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Quarta-feira, 1 de Março de 2017
Aviso de Sismo no Continente

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera informa que no dia 28-02-2017 pelas 20:57 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 3.3 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 6 km a Norte de Vila Nova de Foz Côa.

 

Deverá ter sido na falha geológica do Vale da Vilariça.

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"A falha da Vilariça apresenta uma expressão geomorfológica interessante e encontram-se sedimentos recentes afectados por planos de falha. A falha tem escarpa voltada a Oeste, com um desnível junto à escarpa de 200m, mas que equivale entre as duas superfícies aplanadas à volta de 250km de desnível vertical.”

Ver mais em «Geocientista – aventuras de mestrado».

 

  Comentários no Facebook

«Luisa Olazabal»A diversidade de solos que temos (Xisto, Granito e Aluvião) está ligada à falha da Vilariça (e aos seus movimentos) que atravessa a Quinta [Quinta do Vale Meão].



Publicado por Tovi às 09:10
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Sexta-feira, 13 de Janeiro de 2017
O nacional-parolismo do Norte

Locomotivas do "far west" norte-americano no que resta da linha do Tua… A Santa da Agrela nos valha

Locomotiva no Tua Jan2017.jpg  Manuel Tão em 5Jan2017

Eu adoro estas locomotivas. Mas no seu devido contexto. O que é condenável é assistirmos a um "pastiche" no que resta no Tua. É a mesma coisa que comprar uma frota de Juncos Chineses para fazer passeios no Tejo, substituindo as Faluas. E o que é mais escandaloso no meio disto tudo, são as locomotivas Mallet ao abandono na Régua e noutros locais, que depois são compradas por Franceses, Alemães e Suíços. Nem quero imaginar o que pensará um cidadão desses países, que conheça as Mallet do Minho e Douro a funcionar no país dele, e ocasionalmente visite o resto do Tua, deparando-se com uma tamanha aberração.

 

 Comentários no Facebook

«Pedro Simões» - WTF?!? Perdoe a linguagem. Mesmo que em "estrangeiro", como exige a noticia. É que sinceramente nao tem jeito (nem interesse) nenhum. Sao uns indios...

«João Cerqueira» - Parece a Disney

«Vanda Salvador» - País de loucos.

«Jose Bandeira» - O Douro de hoje faz-me recordar o Algarve da década de 70: o crescimento exponencial da procura não é acompanhado por uma oferta em qualidade e quantidade compatíveis. O cicho-espertismo e a incompetência imperam. Isto há-de evoluir, mas muitos estragos vão ficar, tal como aconteceu ao Algarve.

«António Fontes» - Que tristeza de espírito... Realmente de quem viu as originais Mallet ver agora esta pimbalhada das Locomotivas do "far west" parece tirado de um filme de terror... Espero que a nossa indignação ainda vá a tempo de parar esta palhaçada! - Narrow Gauge Operations in Portugal 1970 and 1973

«Carlos Gilbert» - O investidor já tomou posição, dizendo que adquiriu também uma locomotiva original que está a ser recuperada e vai funcionar em ocasiões especiais, na linha do Tua. Ao que eu lhe respondi que ao encomendar a locomotiva para uso diário, podia (e devia) ter optado por uma de aspecto mais ou menos do género dessas originais (Mallet e Henschel) o que lhe teria ficado pelo mesmo preço de aquisição.

«Jorge Veiga» - Já temos cow-boys, já temos Indios, andam por aí algumas cavalgaduras, só faltavam as locomotivas de chaminé tipo funil invertido...

«António Fontes» - Por acaso a posição e rotação do dito funil é a posição correcta de utilização de um funil! Mas valeu pela piada!



Publicado por Tovi às 09:24
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