"Devido à velocidade da luz ser superior à do som, algumas pessoas parecem inteligentes até as ouvirmos."

Domingo, 3 de Abril de 2022
A "tal" descentralização

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De um dia para o outro, o Município do Porto viu crescer o seu mapa de pessoal em mais de 900 funcionários... e o envelope financeiro, onde está?

 

  O presidente da Câmara do Porto revelou que vai reunir com a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e com o titular da pasta da Educação, João Costa, para procurar encontrar um equilíbrio no processo da descentralização, na área da Educação que entrou em vigor em 1 de abril. Rui Moreira tornou público que, de um dia para o outro, o município que lidera viu crescer o seu mapa de pessoal em mais de 900 funcionários. Apesar de garantir de que serão todos “bem tratados, ao nível das suas condições de trabalho e de salários", o Município continuará a “tudo fazer para salvaguardar aquilo que são os interesses do Porto”, na “salvaguarda dos princípios que uma transferência desta monta tem que ter: uma neutralidade orçamental que não está garantida”. “Uma descentralização implica a passagem de poder, quando eu descentralizo alguma coisa transfiro poder. No nosso caso, não nos transferiram poder nenhum, basta ver que é através de uma direção regional que nós recebemos ordens”, disse o presidente da Câmara do Porto, que voltou a sublinhar que, para a esfera municipal, apenas passou “a administração burocrática dos edifícios escolares com o pessoal não especializado”, mas nada de decisões estratégicas, como, por exemplo, horários escolares, colocação de professores a nível regional, reabilitação de edifícios, entre outros. Segundo um estudo encomendado à Universidade do Minho, ficou aferido de que seria necessário verbas, na ordem dos 70 mil euros anuais, para manter uma escola. Contudo, o Governo só transfere 20 mil para cada uma.

 

  Já em reunião do Executivo camarário do Porto de 21 de março, depois de ter recebido da Direção de Serviços da Região Norte da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares o prazo de 1 de abril para a transferência de competências na educação e perante a unanimidade no Conselho Metropolitano de Vereadores, determinou-se poder vir a ser interposta uma procidência cautelar para travar esta “transferência de poderes”. Em declarações aos jornalistas no final da reunião, Rui Moreira foi taxativo: “Vamos pedir aos nossos advogados para olharem para essa matéria, sobre a possibilidade de, através de uma providência cautelar, fazer aquilo que pretendemos, que corresponde ao sentimento unânime de todos os vereadores da educação no conselho metropolitano do Porto, onde a maioria é do partido do Governo, do PS.”



Publicado por Tovi às 07:26
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Sexta-feira, 25 de Maio de 2018
Comissão de Educação e Ciência do Parlamento

Já que a comunicação social não nos conta o que se passou na Comissão de Educação e Ciência da Assembleia da República num dos últimos dias, aqui fica um relato.

 

   José António Salcedo

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Síntese da minha manhã na Comissão de Educação e Ciência da Assembleia da República, incluindo a sessão de apresentações e discussão assim como as conversas tidas durante o almoço, num ambiente mais restrito.
Dos 45 elementos que integram a Comissão de Educação e Ciência, 24 efectivos e 21 suplentes, estiveram presentes 5. No final, a Comissão entregou a cada participante um pequeno dossier que incluía breves CV dos palestrantes, com fotografia, e uma cópia do meu texto, uma vez que mais nenhum dos palestrantes entregou nada. Como a sessão era pública, participaram também cerca de 110 pessoas previamente inscritas.
Dos 5 convidados para realizar intervenções de 15 minutos cada, fui o primeiro a intervir. Como o texto que escrevi (11 páginas) já tinha sido disponibilizado aqui no FB num post anterior e distribuído antecipadamente na AR, a minha intervenção consistiu em chamar a atenção para alguns dos seus pontos, começando pela definição de “Educar” e do seu objectivo: “Formar pessoas capazes de ser autónomas na vida, o que exige terem aprendido a pensar e a criar valor.” Neste sentido, referi e salientei que o ensino é irrelevante e o que conta é a aprendizagem.
Fiquei satisfeito pelo facto da maior parte das pessoas, ao longo da sessão, terem deixado de falar em ensino e passado a falar de aprendizagem. Referi ainda o que significa “autonomizar intelectualmente” uma pessoa, ou “saber pensar”, e como esses conceitos - com os seus 4 ingredientes, (1) 'Facing Reality', (2) 'Analysing Facts', (3) 'Deciding Autonomously' e (4) 'Facing Consequences', como explico em mais detalhe no texto, se interligam com responsabilidade.
De seguida, iniciei críticas a várias características do sistema de Educação tal como ele existe em Portugal e fui dando sugestões para o seu melhoramento. Comecei pelo modelo de organização, gestão e controlo da Educação, cuja centralização absurda também produz uma rigidez inadmissível nos programas, de seguida abordei a questão da liberdade de escolha que não existe para pais e famílias no que respeita a poderem escolher as escolas mais convenientes para os seus filhos, a descentralização medíocre que o Ministério iniciou e que só tem complicado a vida de escolas e professores, a interferência política e partidária inadmissível nas escolhas de quadros para o sistema de Educação, a instabilidade criada pela excessiva criatividade de Ministros, e, sobretudo, o que está errado na selecção, formação e avaliação de professores, tendo referido sucintamente o que proponho. Referi ainda o que sugiro quando a exames, incluindo o acesso ao Ensino Superior. Por fim, defendi a extinção das Escolas Superiores de Educação e mencionei que no meu texto propunha um programa de projectos-pilotos que poderiam achar interessante.
Propus ainda deixar de resgatar bancos mal geridos e passar a pagar decentemente aos melhores professores, como defendo, correndo com os incompetentes. O representante do Bloco de Esquerda apoia o deixar de resgatar bancos mas quer que esse dinheiro sirva para pagar a todos (competentes e incompetentes, presumo) para além de contratar mais funcionários.
Houve nítidos protestos quando referi que, se o ensino obrigatório constitui um direito dos cidadãos, o ensino universitário não constitui um direito mas sim um privilégio para quem estiver para aí orientado desde que mereça e trabalhe bem. Parece que a Constituição refere que também é um direito mas eu não concordei com o entendimento dos políticos presentes. Se não merecer e/ou não trabalhar bem, um aluno não deve ser admitido ao ensino universitário ou deve ser expulso. Se a Constituição indica o contrário, então a Constituição precisa de ser alterada.
Pedro Duarte, Director da Microsoft, focou-se na utilização de ferramentas de IT na sala de aula, tendo referido que isto não é uma revolução tecnológica mas social. Chamou também a atenção da necessidade de formar professores no novo paradigma de já não serem eles as fontes de informação mais sim tutores dos alunos no seu processo de aprendizagem, uma ideia que eu já tinha referido. Chamou ainda a atenção para a importância de Inteligência Artificial, que irá invadir Educação de muitas formas disruptivas.
Maria João Horta, Sub-Directora Geral da Direcção-Geral da Educação, utilizou a minha definição de Educar e salientou experiências-piloto que já estão a fazer com um certo número de escolas que têm autonomia pedagógica. No entanto, admitiu que não têm autonomia administrativa, nem financeira, nem para contratação de professores ou de quadros, nem para o orçamento. O esforço em curso, no entanto, tem muito mérito. Infelizmente, o sistema político vigente e de gestão da função pública impõe inúmeros bloqueios impostos de cima para baixo.
José Miguel Sousa, Director da EDUFOR, focou a sua apresentação na descrição de novas salas de aula que conceberam no interior no país e que têm funcionado bem para os alunos aprenderem. Gostei muito desta apresentação e dos resultados pedagógicos descritos, que ilustram que se pode fazer muito e bem com poucos meios.
Kyriajos Koursaris focou a sua intervenção no novo paradigma dos professores, como tutores dos alunos no seu processo de aprendizagem. Gostei muito dos trabalhos reportados e das posições expressas.
Os vários representantes dos partidos políticos apresentaram perspectivas sucintas sobre vários pontos, mas confesso que não retive nenhuma. Fiquei com a impressão de que proferiram palavras mais de circunstância do que de substância.
A minha apreciação global:
1- Estou grato ao Alex Quintanilha, meu antigo vizinho em terras de Califórnia (ele em Berkeley, já doutorado e a trabalhar, eu do outro lado da mesma baía de San Francisco, a começar doutoramento em Stanford) pela organização deste evento. É importante discutir Educação com coragem e sem panelinhas nem preconceitos. Obrigado, Alex.
2- Embora a minha definição de Educar tenha sido adoptada ou pelo menos utilizada pelos intervenientes, de um modo geral, diria que a última coisa que o Estado quer é cidadãos com capacidade de pensamento crítico e a saber criar valor. Esse tipo de cidadãos, por definição livres, rapidamente acabaria com as panelas todas do Ministério da Educação e de grande parte da actual estrutura da Administração Central. É evidente que o politicamente correcto é uma arma poderosa de defesa e de manipulação para o Estado. Isto não invalida, claro está, que muitas pessoas no Estado pensem e actuem de forma diferente e esclarecida; infelizmente o seu poder é limitado, pelo que o seu alcance parece ser restrito.
3- Os políticos presentes rejeitaram a minha sugestão de que as universidade deveriam seleccionar os alunos que pretendem admitir com inteira liberdade e responsabilidade. Horror! Isso criaria universidades de primeira e de segunda. Eu referi que neste momento as universidade são todas de segunda, pelo que apenas teríamos a ganhar.
4- As pessoas aceitaram a ideia de que é preciso separar a conclusão do 12º ano de uma possível entrada na universidade. Perceberam que o actual sistema é imbecil e injusto para quem não pretende seguir a via universitária, ou seja, para a maior parte dos alunos.
5- Ninguém quis discutir a reforma do Estado - em matéria de Educação - como proponho no meu texto e abordei na minha apresentação. Parece haver a consciência de que é impossível alterar seja o que for de substância, dado o peso dos sindicatos e os interesses dos partidos políticos. Pelo menos, ninguém parece ter a coragem para o fazer. De facto, a mediocridade propaga-se como um vírus.
A minha conclusão:
1- Gostei de ter participado no evento e agradeço a oportunidade.
2- Quem está no Estado procura - na melhor das hipóteses - fazer o que pode mas não consegue ser disruptivo - ou prefere não ser. De referir, no entanto, que muitos dos esforços em curso têm grande mérito, embora alcance limitado.
3- Nada de substantivo vai mudar em Educação nos próximos anos, por duas razões: (1) Incompetência e parolice do Ministério da Educação, dominado por burocratas e especialistas de Ciências de Educação que se acham o centro do Universo embora nunca tenham feito nada de verdadeiramente útil na vida, e (2) O Ministério da Educação prefere formar uma geração de funcionários bem comportados do que de pensadores críticos e criativos, 'creative critical thinkers', como os designo, pois caso contrário ficaria ameaçado de morte. Entretanto, quer dar ar de moderno.
4- Muitas pessoas precisam de levar forte e feio nas orelhas, pois estão a condicionar o futuro do país. O que se tem feito é mesmo pouco racional, pouco corajoso... e demasiado ‘poucochinho’. Inadmissivelmente 'poucochinho'.
Notas:
1- Agradeço a gentileza da presença da Deputada Margarida Mano.
2- Fui informado de que a Comissão não produz nenhum documento-síntese deste tipo de eventos. No entanto, os vídeos serão disponibilizadas no website da Comissão dentro de um par de dias.
3- Creio que a política é a arte do possível; porém, o futuro não espera por nós. Existe um certo ‘sentido de urgência’ na minha mente que não parece existir na mente dos políticos com quem interactuei.
4- Não existe a mais pequena hipótese do meu entusiasmo sobre estes temas diminuir; sou filho de pai Basco e de mãe Catalã.
5- Fotografia de Jorge Campos.



Publicado por Tovi às 15:33
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Quinta-feira, 8 de Março de 2018
Obras na escola da minha neta

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A escola EB1 do Bom Sucesso e o Jardim de Infância Barbosa du Bocage (a escola da minha neta) vão entrar em obras de requalificação e o projecto foi hoje apresentado por Rui Moreira, Presidente da Câmara do Porto, aos pais e encarregados de educação. A obra, um investimento de 750.000 euros, deverá iniciar-se em finais de Junho e demorará um ano. Durante a intervenção os cerca de quatrocentos alunos serão deslocados para a mítica Escola Infante D. Henrique.



Publicado por Tovi às 21:38
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Quinta-feira, 1 de Março de 2018
É desta que o Alexandre vai para obras

O Governo e a Câmara do Porto acordaram hoje os termos do acordo que permite reabilitar o Liceu Alexandre Herculano.

 

   Rui Moreira, Presidente da Câmara do Porto

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Como sempre disse, estávamos disponíveis para ajudar o Estado nesta tarefa, desde que o projecto fosse adequado e o financiamento sustentável, além da parte financiada pelo Portugal 2020. Agora, a Câmara já pode lançar concurso e preservar aquela que é uma parte da história da cidade. Com contas à moda do Porto.



Publicado por Tovi às 14:10
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Sábado, 28 de Janeiro de 2017
Os culpados do estado a que chegou o “meu” Liceu


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Vejam a data deste documento e lembrem-se de quem era Primeiro-Ministro e Ministro da Educação nessa altura. Tudo a ver com o descalabro a que chegou o Liceu Alexandre Herculano.

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«Karla Afonso» - Eu tenho para mim que entre a "contenção de custos" de Nuno Crato e a "festa" de Lurdes Rodrigues devia ter havido bom senso e sensibilidade face a algo simples- o colectivo, logo, público, logo equidade, equidade sem tratar igual o que é desigual. Ora bolas! O puxador de autor (autor do autor, se bem entendido) da porta da Aurélia de Sousa dava para comprar telhas, ou telas, gesso cartonado, ou... porca miséria!

«Rogerio Parada Figueiredo» - Ainda tiveram a lata de dar, hoje, um documento à imprensa a causar António Costa. O ex primeiro não merece o vencimento de deputado!

 

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«Karla Afonso» - ... há meses.

«David Ribeiro» - Rui Moreira sempre esteve preocupado com o “destino” do Liceu Alexandre Herculano… destino que tinha vindo a ser traçado há muito tempo por vários governos e de cores diferentes. Regionalização, já!

«Nuno Santos»há 5,1 milhões de euros para a obra nos fundos. A Câmara assume uma obra de 15,8 milhões e quem paga o resto? De quem é a escola?



Publicado por Tovi às 08:28
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Quinta-feira, 26 de Janeiro de 2017
Ao que chegou o "meu" Liceu

Liceu Alexandre Herculano 26Jan2017 aa.jpg

Estou farto do Terreiro do Paço… Quero a Regionalização, já!...

E Tiago Brandão Rodrigues também podia ir para casa… que de ministros destes estamos fartos.

 

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«José Camilo» - Incompreensível.

«Nanda Gomes» - É de lamentar, se fosse em Lx era diferente. Porêm agora a Invicta tem alguém que bate o pé... e que venha logo, ontem já era tarde.

«Manuela Calafate Mota» - Vai ser outra escola das belas artes... um edificio de autoria de Marques da Silva está-se mesmo a ver o business...

«Alexandra Magalhães» - Estudei neste liceu e realmente é uma tristeza ver o estado em que se encontra... [Emoji frown:(] é um liceu muito bonito e o edifício tem muito potencial... espero que seja recuperado...

«Maria Amelia» - Não é so deste governo mas de todos os outros que por lá passaram, mas que é uma pela lá isso é.

«Jose Riobom» - ....bem eu serei mais comedido desta vez... acho que uma qualquer especulação imobiliária naquela zona ficava bem... talvez um hotel de 5 ***** calhava a matar… a mim até daria jeito de vez em quando iria lá cagar que é um coisa que gosto de fazer nas casas de banho dos hoteis dessa classe no Porto... uma escola? um liceu? tem lá algum jeito? para que serviria num pais de carneiros e burros que comem e calam? ...ficaram a saber que quando me virem a entrar num desses hoteis é sinal que a bexiga ou a tripa clamam por assistência.... à porta duma tasca bem isso é reabastecimento. Viva o Alexandre Herculano vivam os Alexandrinos....

«Jorge Veiga» - Eu continuo a dizer que um hotel fica bem no sítio (não é José Riobom?). O estado de degradação a que chegou é tal, que fica mais barato fazer outro de raíz, do que recuperar este. Só que não sou inginheiro e portanto só dou palpites.

«Jovita Fonseca» - Inadmissível... Um edifício de qualidade a degradar-se há tanto tempo, a chegar a um ponto em que não é possível ser utilizado para aulas! O governo central prefere pôr alunos e professores em pré-fabricados...

«Karla Afonso» - O que me doi é ver o resultado do festim de excessos da Parque Escolar em escolas da mesma cidade e depois, algo tão necessário como cuidar e manter o existente para que todos tenham a dignidade possível... mas o que estou para aqui a dizer, é preciso fazer dinheiro, não é verdade?

«Jota Caeiro» - eles irão dizer que as responsabilidades da 'educação' passaram para as autarquias. vão dizer que se queremos empregar os meios necessários para o ensino teremos de arcar com as despesas das infraestruturas. tá-se mesmo a ver. e deixem-se de ser regionalistas que isso já pena: sejam separatistas e todos juntos reconstruamos tudo aquilo que devemos e é realmente nosso.

«David Ribeiro» - As escolas secundárias não são da responsabilidade das autarquias, mesmo assim a Câmara do Porto disponibilizou-se, em reunião tida com o Ministro da Educação há vários meses, para o co-financiamento destas obras.

 

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Então?... Quando é que o PS-Porto nos diz algo sobre isto?... É que já lá vão uns meses largos… e o Liceu até já está ENCERRADO.

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«Jorge Veiga» - Já ouvi dizer que vai ser arranjado com urgência. Pergunto é se antes ou depois de cair...

«Adao Fernando Batista Bastos» - Estou decepcionado com a falta de notícias do Tiago Barbosa Ribeiro e do Manuel Pizarro ! Claramente bons protagonistas pelas causas do Porto e do Norte, algo de estranho se passa com o assunto LAH! Infelizmente.

«Zé De Baião» - O momento do encerramento foi oportuno. Esperamos agora soluções urgentes

«David Ribeiro» - Vergonhoso – sim!... é vergonhoso – o facto de um Ministro da Educação necessitar que alunos e professores decidam encerrar uma escola para dar início à reabilitação do edifício. Por muito menos já foi pedida a demissão de políticos responsáveis por áreas importantes da governação.



Publicado por Tovi às 08:27
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Quinta-feira, 11 de Agosto de 2016
Porque arde Portugal?

Só quem ainda não parou para pensar é que manda com as culpas do flagelo dos incêndios florestais única e exclusivamente para os pirómanos ou para as condições climatéricas adversas. Se falarem com gente séria de uma qualquer corporação de bombeiros voluntários, que ainda há gente séria nos “soldados da paz”, ficarão a saber a monstruosidade a que chegou o negócio dos incêndios nas matas e florestas deste nosso Portugal.

E por tudo isto recomendo-vos que leiam com atenção o artigo de Miguel Santos, publicado na última terça-feira no “Observador”, com o sugestivo título:

  Porque arde Portugal?

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O país está coberto de fogo, fumo e cinzas. As condições meteorológicas anómalas ajudam a explicar o fenómeno, mas não basta. O sistema de resposta e combate a incêndios "quebrou". Quebrou porquê?
“Esta vaga de incêndios não é propriamente uma surpresa. A memória das pessoas é que é relativamente curta”. A sugestão é de Paulo Fernandes, especialista em incêndios e investigador no Departamento de Ciências Florestais da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Foram precisos apenas “dois dias” para arderem “50 mil hectares” e, por muito tentador que seja, não é possível justificar esta anormal vaga de incêndios exclusivamente com a “anomalia meteorológica” que se sente sobretudo no noroeste do país, para lá do Rio Lima. Não chega. Esta, diz o investigador, “é a prova provada de que não é preciso muito para o sistema quebrar“.
E quebrou porque o sistema de prevenção e combate a incêndios é estruturalmente desajustado, assume o especialista. “O país precisa de uma reforma estrutural na forma como se combatem os incêndios em Portugal”. Os “anos benignos”, em que as condições meteorológicas e ambientais foram menos severas, permitiram “disfarçar” as debilidades do sistema português, a anos-luz dos congéneres espanhol, italiano e francês, por exemplo, e transmitiu um “falso sentido de sucesso“.
Este falso “sentido de sucesso”, nas palavras do investigador, serviu apenas para esconder a “muita descoordenação” entre responsáveis e autoridades, a descoordenação também na forma como são utilizados “os meios disponíveis” e na adoção de estratégias mais eficazes no combate aos incêndios. Desde o início de 2000, “houve mudanças positivas”, mas foram “tímidas” e, não raras vezes, desajustadas. À cabeça, a desproporção do investimento feito nos meios e estratégias de combate aos incêndios, em detrimento do investimento necessário para a prevenção.
Em 2013, a Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) dava conta que o dispositivo de combate a incêndios tinha um custo previsto de 74 milhões de euros, enquanto a prevenção mereceria apenas um investimento de cerca de 20 milhões. Daí para cá, o desequilíbrio mantém-se. “O sistema de combate a incêndios está divorciado do sistema de prevenção“, sublinha Paulo Fernandes. Em situações de crise como esta os sinais desse desequilíbrio dão de si.
É isso que diz também José Cardoso Pereira, professor catedrático do Departamento de Engenharia Florestal do Instituto Superior de Agronomia (ISA), ao Observador. “O sistema é vítima do seu próprio sucesso. O ênfase colocado no combate aos incêndios tem efeitos que a curto-médio prazo são perversos. Resolvemos o problema a curto prazo, enquanto acumulamos vegetação nas matas e florestas que depois de servem de combustível”, reitera.
Depois, continua José Cardoso Pereira, há uma certa “atração política de responder com reforço de meios de combate“, ao invés de um plano consistente de prevenção. “É mediaticamente mais atrativo”, aponta. “Vemos todos os dias os noticiários das oito a serem abertos com helicópteros Kamov no terreno. Mas não vemos noticiários a serem abertos com desempregados a limparem as matas”, exemplifica o investigador.
Para isto contribui também um “sistema apoiado em corporações de bombeiros” e em”grupos de pressão política” — com “interesses legítimos”, salvaguarda o investigador — que impele os decisores políticos a colocarem a tónica no reforço de meios de combate aos fogos, quando os esforços deveriam ser concentrados também na prevenção.
Não são de excluir, ainda assim, as características invulgares do território e do clima português, que ajudam a explicar, pelo menos em parte, o porquê de Portugal ter um número anormal de incêndios quando comparado com os restantes países da bacia do Mediterrâneo, como Espanha, França, Itália e Grécia. “A metade do país a norte do Rio Lima, o ‘Portugal Atlântico’, é a zona da Europa onde a vegetação cresce mais rapidamente“. Este ano, em particular, depois de um “inverno e de uma primavera chuvosos”, que “potenciaram ainda mais o crescimento da vegetação”, chegou um verão quente, “uma vaga de calor” a que se juntou, nos últimos dias, um vento forte. “Foi a conjugação fatídica“. Um cocktail explosivo.
Os dois investigadores ouvidos pelo Observador concordam noutro ponto: a atividade humana é uma dimensão fulcral que ajuda a explicar também o número elevado de ignições. “Essa zona do território português é marcada por uma intensa exploração agrícola. As pessoas utilizam o fogo na pastorícia, como ferramenta de trabalho“, muitas vezes de forma negligente, aponta José Cardoso Pereira.
Além disso, está enraizada uma certa “cultura de risco“, completa Paulo Fernandes. “As pessoas não têm perceção do risco em que vivem. Não limpam as áreas que envolvem as habitações. Não há uma cultura de autoproteção“.
Prevenção é a resposta. Mas não chega.
Se o diagnóstico é complexo, as respostas possíveis são ainda mais complexas. “O combate aos incêndios é um puzzle, com várias peças por juntar. É preciso atacar em todas as frentes, mas de forma integrada”, admite Paulo Fernandes. O “ideal”, continua o investigador da UTAD, seria colocar a tónica no “reforço da prevenção e da gestão florestal. Mas isso requer muito trabalho e muito tempo”, sublinha. E é preciso encontrar respostas mais rápidas.

Logo à partida, é urgente fazer uma aposta decidida na especialização dos autoridades competentes e em campanhas de sensibilização e fiscalização. “É preciso criar um sistema de combate aos incêndios mais especializado. Em Portugal, continuamos a olhar para os incêndios numa ótica de proteção civil. Não há bombeiros florestais especializados, não existem engenheiros florestais suficientes“, capazes de compreenderem o comportamento do fogo e de aplicar os melhores métodos. “Espanha tem esses meios desde a década de 60“, compara o investigador.
José Cardoso Pereira ajuda a completar o raciocínio. O investigador acredita que Portugal continua longe das melhores práticas no que diz respeito ao uso do fogo controlado para evitar problemas maiores no futuro, na criação de uma rede sólida de faixas de gestão de combustível ou no uso do gado miúdo como técnica ambientalmente sustentável de remoção de vegetação, à semelhança do que já faz, por exemplo, o estado da Califórnia, nos Estados Unidos. Em Portugal, as apostas que foram feitas nesse sentido foram “muito tímidas” e pouco significativas em termos de investimento.
Mas isso são respostas para o futuro. No presente, e apesar do estado de calamidade, a situação não deve agravar-se. “O mais provável é que nos próximos dois, três dias a situação se desagrave”. As altas temperaturas, que tanto têm dificultado o trabalho dos bombeiros, devem diminuir. Mas os estragos estão feitos. “Em média, 80% da área que arde num ano arde em 10/12 dias“, lembra José Cardoso Pereira. As próximas horas serão críticas. Depois, prevê-se uma acalmia. No entanto, conclui o investigador, “ficou provado que quando as coisas correm mal, correm realmente mal“. Resta saber como — ou quando — será a próxima vez.

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«Celestino Neves» >> Mais uma acha para a enorme fogueira em que arde o... Orçamento do nosso País e o próprio País! Mas esta eu quero ajudar a manter bem acesa para funcionar como contra-fogo à outra que nos queima os bens, as casas, às vezes alguns amigos e nos enche a alma de revolta.

«Arnaldo Andrade» >> Esta imagem, é de um local bem perto de um centro hospitalar, sendo visível a falta de limpeza da mata/área... uma imagem igual a outras áreas de norte a sul... onde está a prevenção?

Incêndios florestais limpeza ArnaldoAndrade 10Ago

 

 09h30 de 11Ago2016 

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As notícias continuam a não ser nada animadoras: Fogo dantesco deixa várias povoações de Arouca em risco; Passadios do Paiva evacuados devido ao fogo em Arouca; Evacuada aldeia de Drave; Autarca de Arouca preocupado com falta de meios para substituir bombeiros; Quase dois mil operacionais combatem 12 maiores fogos no continente; No distrito de Viana do Castelo há fogos nos concelhos de Arcos de Valdevez e Caminha, os quais estavam a ser combatidos por 292 operacionais, com o apoio de 97 veículos; Pelo menos 40 mil hectares ardidos no continente desde o início do mês; Fogo já destruiu 150 habitações na Madeira.

Agora há que “enterrar os mortos e tratar dos vivos”, como dizia o Marquês de Pombal, mas depois temos muito que conversar sobre este flagelo anual. No Parlamento, nas Assembleias Municipais e de Freguesia, não nos poderemos calar, perguntando insistentemente como, com quem e quando se começa a prevenir os incêndios florestais.

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«José Camilo» >> Eu sei. Mas não me apetece correr risco de vida.

«Henrique Camões» >> Todos (ou quem quis), viu o secretario de estado na SIC no Domingo passado, louvar as medidas de prevenção tomadas por este governo, e que por esses medidas a área ardida até aí seria inferior à área ardida em igual período do ano passado, agora como alguém disse "é só fazer as contas", e enfiar o barrete, é que um pouco de humildade não fica mal a ninguém, digo eu!

«Albertino Amaral» >> Espero que tão logo cesse este momento tão difícil para Portugal, incluindo Madeira òbviamente, os responsáveis pela governação do país, tenham o bom senso de parar um pouco de pensar com os calcanhares, e ponham a cabeça a funcionar, para tentar encontrar a fórmula de acabar definitivamente com este flagelo dos incêndios. Começo mesmo a acreditar que isto é propositado e tem a sua conivência.

 

  14h00 de 11Ago2016

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Para mim, que não sou jurista nem para isso tenho a mínima apetência, é tão criminoso o pobre de espírito que com um isqueiro deita fogo ao mato para depois ver passar os carros de bombeiros de que tanto gosta, como o empreiteiro que manda os seus empregados deitar numa escarpe de floresta os restos de entulho de uma obra, a maior parte das vezes incluindo perigosas latas com restos de tintas e outros produtos altamente inflamáveis.

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«António Magalhães» >> Civismo trata-se com educação e não com leis feitas por gente tudo menos cívica. Daí que não saímos da cepa-torta!

«Jose Riobom» >> ...pois ...certamente ...num país com os problemas como este as taxas proibitivas cobradas para depósito deste tipo de entulhos é convidativa a este tipo de atitudes. Quando o crime pode compensar é convidativo a que estas coisas sucedam.

«António Vidal» >> Em Singapura as pessoas usavam pastilhas elásticas e atiravam-nas para o chão. Educando as populações teriam de esperar uma geração. Como era urgente a solução foi proibir com pesadas multas. O tempo condiciona a solução.

«Joaquim Reis» >> Falta civismo, educação, e fiscalização, no tempo Salazar, não havia isto, é triste, dizer, isto mas é verdade, !!

«David Ribeiro» >> No tempo do Salazar isto não acontecia… e se acontecesse ele mandava proibir as notícias, com fez aquando das cheias de 1967 quando morreram centenas de pessoas nos arredores de Lisboa.



Publicado por Tovi às 08:43
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Domingo, 29 de Maio de 2016
Colégios privados em manifestação

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Colégios subsidiados onde não há oferta pública... tudo bem. Mas se há escola pública com salas às moscas, porque raio é que se deveriam subsidiar os colégios da zona? Isto sou eu a falar com os meus botões no dia em que está a decorrer na capital uma manif de pais, alunos, professores e funcionários dos colégios, organizada pelo movimento “Defesa da Escola Ponto” e com o apoio já expresso publicamente da Igreja Católica portuguesa. Dizem eles que o Estado está a querer violar o estipulado nos contratos plurianuais assinados ainda no mandato do ex-ministro Nuno Crato, para vigorar entre 2015-16 e 2017-18, e nos quais, defendem os privados, está definida a abertura de um número de turmas em início de ciclo a cada ano lectivo de vigência do acordo. Mas como diz um amigo meu “cada um acredita no santinho da sua preferência” e o que eu gostaria de ver discutido até à exaustão era o ENSINO EM PORTUGAL, acabando de uma vez por todas com as constantes e inexplicáveis alterações no ensino sempre que muda o ministro da tutela.

 

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«Jorge Veiga» >> Disseste e muito bem, que o ensino em Portugal não pode mudar, sempre que temos um Ministro novo de outro partido. Que haja um entendimento entre todos os Partidos representados na Assembleia e chegue-se a um entendimento para o que se quer hoje e para o futuro. O que temos tido é uma palhaçada!

«Jose Riobom» >> Como é que pode haver entendimentos numa guerra de gangs? Aprovando um lei de protecção ao crime organizado? Acorde meu amigo ....acorde....

«Jorge Veiga» >> Jose Riobom acordado estou eu, mas não podemos sonhar acordados?

«Jose Riobom» >> Mas o meu amigo não está a sonhar... anda é há muito tempo a viver um pesadelo...

«Jorge Veiga» >> Jose Riobom É verdade, mas continuo a perguntar se não nos é permitido sonharmos acordados. Um país com políticos honestos, sem parasitas como banqueiros, sem policias criminosos, etc?? Não é isso que o Jose Riobom quer?

«André Eirado» >> Acho isso uma grande fantochada, se existem as escolas publicas porque não continuar a estudar lá os alunos? Alguém se preocupou com os despedimentos dos professores das escolas do Estado? Vergonhoso é a RTP a dar direito de antena a esta manifestação ridicula. Se os paisinhos quiserem por os filhos nas privadas que paguem do seu bolso e não os contribuintes a pagarem. Tenham vergonha!!!

«Jorge Veiga» >> a Igreja tem muito poder!

«Jose Riobom» >> Há igrejas e ....igrejas. Assim como há o Papa Francisco... e os Cardeais ladrões e violadores. Vão-se lá foder mais as mordomias… se as querem… que as paguem do bolso deles...

«Jorge Veiga» >> o Papa Francisco faz parte do mesmo grupo! É mais simpático? É, mas faz parte do mesmo grupo.

«Jose Riobom» >> ....mas tem sido um denunciador das práticas criminosas... o que no meu entender o exclui de imediato do grupo... ele nem vive onde já foram assassinados vários Papas ao longo dos séculos… porque será?

«Jorge Veiga» >> Jose Riobom prefiro esperar para poder falar, porque em relaçao a religiosos profissionais sou desconfiado desde que nasci!

«David Ribeiro» >> Aqui está o que de melhor tenho lido sobre a manif de hoje:
a) Ui, acabei de ver imagens da manif. Aquilo é caso para a CPCJ intervir. É abuso de crianças e jovens em massa.
b) Na entrevista a uma das responsáveis pela manifestação amarela de hoje dizia: Os alunos estão em stress (evidentemente que estão em stress eles usam-nos da pior maneira, deviam proteger os seus alunos e não o fazem). Também acrescentava: os alunos, os pais e os professores estão de luto… estavam todos de amarelo.

«Jorge Veiga» >> se uns usam o preto, há os que usam o branco, porque não o amarelo. Como antigo estudante de Medicina, até acho que é a cor mais bonita que temos...E já agora estar de luto,seja com que cor se esteja vestido, não é uma manifestação exterior, mas um sentimento interior.

«Mario Ferreira Dos Reis» >> Liberdade - Só há liberdade a sério quando houver A paz, o pão, Habitação, saúde, educação,…

«David Ribeiro» >> Pois é!... Numa altura em que já devíamos andar todos a discutir a pegada ecológica, ainda andamos a pedir paz, pão, habitação, saúde e educação.

«Fausto Santos» >> Imagine o grau civilizacional em que nos encontramos.

«Jorge Oliveira E Sousa» >> Quem quiser ir para um colégio privado que o pague. Não foi cortada essa possibilidade. Eu já paguei quando essa foi a alternativa bem pensada. E não tem nada a ver esta posição com esquerdas ou direitas. É só o que eu acho ser o meu bom senso.

«David Ribeiro» >> Mais do lido por aí:
c) Logo pela manhã as trombetas mediáticas já anunciavam que a manif amarela teria 20 mil pessoas. Depois, vi agentes das televisões a acompanharem os excursionistas de fora de Lisboa. Caramba, que bem, pensei eu, tudo a puxar para o mesmo lado. A meio da tarde saltei pelos canais de notícias. O Correio da Manhã já ia nos 30 mil manifestantes. Zapping. Na RTP a coisa estava entre os 30 e 40 mil. Zapping. A TVI atirou logo aos 40 mil e um pai, pareceu-me, prometeu 100 mil nos próximos dias. Estou em pulgas para ver as aberturas dos telejornais. Teremos chegado ao meio milhão? Ufa! E ainda se queixam da falta de dinheiro... ou todos estes meios terão sido uma dádiva do céu? Entretanto, criancinhas de 10 anos gritavam: liberdade de escolha! Lindo. Digo mais: pedagogicamente exemplar.
d) Tantas senhoras manifestantes com malas Louis Vuitton.
e) Há 2600 Colégios Privados, a funcionar, com alunos, com lucros, com ou sem redundância com Escola Pública, é irrelevante, é PAGO PELOS PAIS que assim optaram, fazem parte da Iniciativa Privada. Há 79 colégios com Contrato de Associação, SUBSIDIADOS com o dinheiro dos Contribuintes, portanto. Destes 79, há 40 que mantêm o contrato por SUPLEMENTO do Serviço Público e há 39 que vão deixar ter subsídio por REDUNDÂNCIA com Escola Pública, sendo permitido que funcionem, leccionem, tenham lucros, no âmbito da Iniciativa Privada, tal como os outros 2561. Por alma de quem é que 39 proprietários hão-de ser privilegiados e não se comportam como os outros 2561, como compete à Iniciativa Privada?! (…) Isto é mesmo um NÃO ASSUNTO, nem que se pintem de amarelo!

«Adao Fernando Batista Bastos» >> Excelentes comentários David Ribeiro... vou aproveitar!

«João Cardoso» >> Continuo sem perceber patavina! Qual a dificuldade de o ME estabelecer um preço por turma e deixar aos pais a escolha da escola? Apenas teriam que verificar a qualidade e aprovar ou não aprovar a escola. Será assim tão difícil?

«TóMané Alves da Silva» >> Essa é a treta liberal de "pouco estado ou quase nenhum". E vamos alimentando os negócios dos amigos. Sim, poderíamos também fazer isso com os tribunais, os hospitais, a polícia, etc. Era tudo privado e eu escolhia o melhor juiz, o melhor polícia...

«Mario Ferreira Dos Reis» >> porque nao o melhor carro e o melhor restaurante e a melhor casa

«Gonçalo Graça Moura» >> o motivo é simples, porque se estabelecerem o cheque-ensino as escolas públicas são obrigadas a ter qualidade e a competir pelos alunos, em vez de os receberem à força... se apenas 3% do universo do ensino público provoca uma celeuma destas imagine o que era ser a nível nacional... acabava a mama do emprego para a vida dos professores do quadro, as "festas" da Parque Escolar e o encher o bandulho dos amigalhaços... só sobreviviam as escolas com qualidade, públicas ou privadas, coisa que a esquerda não pode permitir porque ia retirar o controlo do ensino à fenprof, logo agora que esta arranjou um porta-voz disfarçado de ministro.

«Mario Ferreira Dos Reis» >> Cada vez compreendo menos o menos estado pago pelo estado! Rendeiros é o que são! Nem liberais sabem ser.

«Jorge Oliveira E Sousa» >> E alguém já leu o contracto de fio a pavio? Contractos são para honrar mas é preciso conhece-los não pensar que sabem o que lá está escrito. Mas findo o seu termo ... acaba a situação ou poder ser renovado se houver interesse em tal.

«Tiago Vasquez» >> Não conheço o tema para falar sobre ele mas sem duvida que o maior erro em Portugal é mudar o sentido da educação à medida que mudam os governos, e isso acontece há muitos anos, sejam PGAs, exames, não exames e eu sei lá. É impossível comparar a minha experiência educativa com a de um primo com menos 5 ou 6 anos. Neste caso há a ideia de certas pessoas nivelarem o ensino por baixo, isto é, se o meu filho anda numa escola fraca o teu também deve andar. Devia ser ao contrário.



Publicado por Tovi às 14:50
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Domingo, 20 de Setembro de 2015
Inauguração do Complexo Social Nossa Senhora da Paz

Liga dos Combatentes Porto aa.jpg

Teve lugar na passada sexta-feira, dia 18 de setembro, pelas 11h00, a inauguração do Complexo Social Nossa Senhora da Paz. Localizado na Quinta Amarela, na freguesia de Cedofeita, na cidade invicta, o Complexo Social Nossa Senhora da Paz desfruta de um espaço natural, com uma área de 11.580m2, constituído por várias espécies de elementos arbóreos e vegetação controlada que lhe conferem uma situação privilegiada no meio urbano em que se insere. É constituído por três valências: Creche, Jardim-de-infância e Residência Sénior. A criação destas três valências no seu conjunto exigiu o investimento de mais de dois milhões e cem mil euros. A Liga dos Combatentes cumpre, assim, um dos seus objectivos estatutários e socialmente dignos, proporcionando, concomitantemente, uma vivência intergeracional adequada aos tempos da modernidade, valorizando, ao mesmo tempo, o património material e imaterial que recebeu dessa insigne instituição que foi a Junta Patriótica do Norte, de tão nobres e reconhecidas iniciativas assistenciais.

 

 Um pouco da História do Lar dos Filhos dos Combatentes

Seis dias depois da intervenção de Portugal no grande conflito mundial de 1914/18, um grupo composto por categorizadas figuras da invicta cidade do Porto, de que destacamos, sem desprestígio para qualquer outro, o eminente professor que foi o Dr. Alberto de Aguiar, lança naquela cidade um movimento de exaltação patriótica, propondo-se glorificar e alentar os que partiam para os campos de batalha e ao mesmo tempo amparar os filhos dos que perdessem a vida ao serviço da Pátria.

Estamos em Março de 1916. Assim nasce a «Junta Patriótica do Norte cujas funções se condensavas à propaganda patriótica e à assistência-socorro às vítimas da Guerra. A um movimento com tão nobres e elevados propósitos, chegam constantes adesões. E graças a elas, em 25 de Junho de 1917, a Junta Patriótica do Norte funda a Casa dos Filhos dos Soldados, instalando-a num prédio que para o efeito aluga na Rua de Cedofeita.

A Casa dos Filhos dos Soldados recolhe então os primeiros 50 órfãos de guerra, de ambos os sexos, alguns deles apenas com meses de idade. A obra vinga e prospera mercê de grandes dedicações, especialmente do núcleo Feminino de Assistência Infantil que trabalha agregado à Junta, e ao qual preside uma ilustre senhora D. Filomena Sequeira de Oliveira. Conjugando as suas funções de creche com outras, a Casa dos Filhos dos Soldados procura ministrar aos seus educandos, consoante as idades, a par duma sólida educação moral e cívica, uma instrução elementar primária, precedida do ensino "Jardim-Escola" e seguida de educação profissional nomeadamente em artes e ofícios.

Em 20 de Julho de 1934 a Junta Patriótica do Norte consegue ver realizada a sua aspiração, comprando por 110 contos a propriedade designada por “Quinta Amarela” na Rua Oliveira Monteiro, no Porto, com uma área total de 11.200m2 incluindo 1.500 de habitação. Mas um ano depois, portanto em 1935, a Junta Patriótica do Norte começa a lutar com enormes dificuldades para manter a Casa dos Filhos dos Soldados. Tinham desaparecido, andavam dispersos ou desalentados muitos dos que com o seu entusiasmo e fé tinham criado uma obra que merecera ser distinguida, em 28 de Janeiro de 1921, com o grau de Cavaleiro da Ordem Militar da Torre de Espada, Valor, Lealdade e Mérito. Iniciam-se as diligências no sentido da Junta Patriótica do Norte ceder à Liga doe Combatentes os seus bens, única instituição existente digna de ser considerada herdeira daquele prestante organismo.

As diligências arrastam-se, há necessariamente que acertar pormenores, preencher formalidades burocráticas. Mas finalmente, em 24 de Janeiro de 1938, a Liga dos Combatentes assina a escritura que lhe confere a posse da Casa dos Filhos dos Soldados. O acto realiza-se na presença de numeroso e selecto público, a ele tendo presidido o comandante da 1.ª Região Militar, general Schiappa de Azevedo.

Para a Casa dos Filhos dos Soldados vai principiar um período de transformações. Dão-se às instalações uma forma funcional, ao mesmo tempo que se dotam de equipamentos novos; elabora-se um regulamento; permite-se aos educandos uma preparação educativa enquadrada na época em que se vive. Nunca mais se pára. Vai-se de reforma em reforma, numa batalha que não admite tréguas para se poder elevar o estabelecimento ao nível educacional que o torne útil ao país.

Em 1947 por ter sido abolido, por determinação oficial, o regime de co-educação, a Casa dos Filhos dos Soldados passa a ser um estabelecimento de educação e ensino para o sexo feminino, mantendo a Liga dos Combatentes o propósito de fundar uma secção masculina logo que surja uma melhor oportunidade.

Decorridos alguns anos, em 1962, procede-se à transformação completa do velho edifício, tornando as suas instalações amplas, arejadas e apetrechadas com outro equipamento. Outras obras de construção se sucedem, só concluídas em 1968. É certo que toda a transformação da Casa dos Filhos dos Soldados se ficou devendo ao espírito dinâmico, empreendedor e inteligente do que foi fundador o secretário-geral da Liga aos Combatentes, João Jaime de Faria Affonso.

Obra com finalidades educativas encontrou, como é óbvio, generoso apoio dos Ministros das Obras Públicas, do Ultramar e do Exército e ainda da Fundação Calouste Gulbenkian. Mas um estabelecimento com funções tão específicas tem que sofrer constantes inovações. Por isso, em 1970, procura-se estruturá-lo nas concepções modernas que se impõem, passando a Casa dos Filhos dos Soldados a designar-se por Lar dos Filhos dos Combatentes.

Simultaneamente procede-se ao desdobramento do estabelecimento em duas secções, funcionando uma na Aguda e outra no Porto, possibilitando-se, deste modo, uma maior frequência de educandas. As alunas pertencentes à secção primária, por obsequiosa deferência da Fundação dos Armazenistas de Mercearia, são alojadas em edifício próprio daquela Fundação existente na Aguda, enquanto que as alunas que cursam os ensinos técnicos e liceal continuam instaladas na Quinta Amarela, no Porto.

O ano lectivo de 1970/71, nas duas secções, acusou um movimento escolar de 60 alunas, de idade entre os 7 e 18 anos. Tudo se prepara, porém no sentido de intensificar um melhor conhecimento do estabelecimento entre os sócios da Liga dos Combatentes com filhos em idade escolar, esperando-se que a população aumente consideravelmente no ano lectivo de 1971/72.

Educar, preparar a juventude para o trabalho, é uma tarefa ingente que obriga indubitavelmente ao dispêndio de multas energias. A Liga dos Combatentes, à qual preside uma distinta figura de militar general Arnaldo Schulz, no cumprimento da sua acção cultural está cada vez mais empenhada no aperfeiçoamento de métodos de educação, elaborando programas pedagógicos que correspondam às reformas oficiais do ensino que estão sendo introduzidas no país para que este atinja a promoção económica e social a que aspiram todos os portugueses.

(Liga dos Combatentes, 01 de Setembro de 1971)



Publicado por Tovi às 16:00
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Segunda-feira, 13 de Outubro de 2014
Chá

O chá quer-se tomado em pequenino. Em adulto, mesmo em grandes quantidades e servido na melhor porcelana, não tem o mesmo efeito.

 

 Comentários no Facebook

«Jose Riobom» >> ....também acho

«Joaquim Gomes da Silva» >> De acordo... E anda por aí muita gente crescida que nunca o tomou!

«Odete Guimarães» >> Mas que grande verdade, é desde o tempo de menino que se deve aprender a ser homem ou Mulher, mas com as letras grandes. Já em adulto podem até embebedar-se com chá, não faz efeito.

«João Simões» >> Já a tomar o chá das 5?

«David Ribeiro» >> Nãããããã... Cá em casa toma-se chá sempre que nos apetece, ou quando as bocas foleiras dos novos ricos nos irritam as meninges.

«Ana Alyia» >> Lol

«Loja Do Pecado Guimaraes» >> Para alguns nem o cha que tomaram em pequenino serviu de nada. Foi um desperdício de cha

«Luiz da Cunha» >> Não sei porquê, parece-me mais "chá maduro branco"... e do bom!!!



Publicado por Tovi às 15:44
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Quarta-feira, 8 de Outubro de 2014
Problemas na Educação e na Justiça

 

 Tenho acompanhado estupefacto os problemas nos Ministérios da Educação e da Justiça e cada vez me convenço mais que tudo tem a ver com incompetência dos agentes ao serviço dos ministros, ministros estes que em nome das suas honras já se deviam ter demitido. É inconcebível o que se está a passar na colocação de professores e nos tribunais portugueses.

 

 Comentários no Facebook:

«Carlos Wehdorn» >> no caso da colocação de professores, é espantoso como com tantos anos a fazerem sempre o mesmo ainda não descobriram forma de o fazer bem feito. será assim tão dificil? quem ganha com esta sistemática trapalhada? é descobrirem o móbil do crime...

«Luiz Paiva» >> No caso da colocação de professores, acho que o processo não tem pés nem cabeça. Embora não saiba como funciona, é fácil concluir que, no mínimo, um concurso nacional não faz qualquer sentido.

«Zé Carlos» >> Bom a lady botox é conhecida pela sua incompetência, o matemáticas parece que só percebe de equações e algoritmos.

«Pica Miolos» >> Estes não são melhores que os anteriores e os próximos serão exactamente a mesma trampa! E andamos nisto há anos! (e se fossem só estes ministérios...)

«Luiz Paiva» >> Eu nem desgostava do gajo, até tenho 2 livros dele - a matemática das coisas e o passeio aleatório pela ciência do dia-a-dia. É dos tais casos do Princípio de Peter...

«Jorge De Freitas Monteiro» >> Os "agentes" já eram funcionários antes, o descalabro só surgiu com estes ministros. Branco é...

«Ana Alyia» >> Não é nada inconcebível David Ribeiro, não seja má língua! Atao o sr ministro até disse que o ano arrancou com toda a normalidade e a sra ministra até disse que é normal acontecerem coisas dessas. Sr David, o sr ainda não percebeu que neste país até ver um burro a voar será coisa normal!!!??

«Manuel Ribeiro da Silva» >> Na educação coloca-se o "professor" Nogueira, e tudo se resolve de uma hora para a outra...

«Cristina Ferreira» >> A incompetência....

«António Vidal» >> Como é que um governo não se demite, depois deste descalabro na educação e na Justiça. E o senhor de Belém caladinho que nem um rato... de esgoto.

«Carlos Mocho» >> Não David Ribeiro, não é incompetência, é pura leviandade inconsequente!... o problema não está no Governo, infelizmente está no País.

«Luiz da Cunha» >> A eles...a eles...!!!!!!

«Vítor Teixeira» >> Mal muito mal, todo o governo, mas o que me incomoda mais é não haver alternativa e perspectivar-se uma ALTERNÂNCIA, país adiado.....



Publicado por Tovi às 08:39
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Sexta-feira, 8 de Março de 2013
Creche da Liga dos Combatentes no Porto

É mesmo aqui ao pé de nossa casa e muito provavelmente será para a creche desta instituição que irá a minha neta. A minha filha já lá foi ver as instalações e ficou encantada. Veraqui.


«Odete Godinho» in Facebook >> tem poucos meses nao tem?

«David Ribeiro» in Facebook >> Esta creche foi inaugurada em Dezembro de 2010 e aceita crianças dos 3 meses os 3 anos de idade. A minha neta só deverá nascer no fim deste mês, início de Abril, mas é melhor começar desde já a tratar de tudo.



Publicado por Tovi às 18:41
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Quarta-feira, 18 de Abril de 2012
Como as crianças encaram a vida

Uma das minhas sobrinhas-netas - a Rita Barros - passou o último fim-de-semana cá em casa e foi maravilhoso. Bons petiscos (ela gosta da minha forma de "cozinhar") e muito boa e salutar discussão sobre temas interessantíssimos, como por exemplo o relacionamento com "os meninos e meninas lá da escola". Ela só está no quarto ano mas já me diz muito sobre a actual forma das crianças encararem a vida. Ainda a vou convidar para fazer uma palestra sobre este tema... É que às vezes os adultos não sonham o que vai na cabeça da canalha e isto é fundamental para se poder perspectivar o futuro.


«Fátima Gabriel» in Facebook >> Concordo plenamente

«Pataxó Lima» in Facebook >> Super gatinha... miaaaaauuuuuuu para ela... HAHAHAHA!!!



Publicado por Tovi às 07:20
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