"Devido à velocidade da luz ser superior à do som, algumas pessoas parecem inteligentes até as ouvirmos."

Domingo, 14 de Setembro de 2025
Teorias da conspiração... por Nuno Rogeiro

  Tiago Mendes no Facebook na 3.ª feira 9set2025

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HIPÓTESE DE SABOTAGEM
Ainda que remota, antes do pré-relatório, por ausência de indícios evidentes no cabo (cortes, etc.) e estrutura envolvente, a probabilidade de ter havido sabotagem poderá ter subido significativamente após saber-se que o problema terá estado em algo que não era regularmente inspecionado.

(A probabilidade poderia subir - são números naturalmente ilustrativos - por uma magnitude de 5-20xs, de 0.1-0.2% para 0.5%-4%).
Algumas perguntas que não foram ainda feitas:
1. Como se dá o acesso ao túnel? Tem cadeado, ou basta um simples pé de cabra?
2. A entrada para o túnel tem vigilância CCTV 24/7? E, no seu interior, as operações de manutenção são filmadas nalguma parte?
3. Que tipo de operações poderiam ser feitas, quanto tempo demorariam, e como poderiam ser detetadas?
4. Algum dos indícios deixados por uma hipotética sabotagem no trambolho poderia ser detectado na inspeção diária?
5. Algum dos indícios deixados por uma hipotética sabotagem no trambolho poderia ter sido detectado pela inspeção feita logo após o acidente, e que levou à exclusão desta hipótese?
Não estou a sugerir que a PJ não pergunta isto e muito mais. Claro que o faz. Já os jornalistas deixam muito a desejar, pois mesmo que haja uma preocupação com o “alarme social” e, claro, a possível “quebra no turismo”, a obrigação do jornalismo é questionar, sem sensacionalismo, com rigor.
Percebam também que responder a estas questões é essencial para no futuro garantir a segurança global das outras infra estruturas e, com isso, a confiança do público.
——
NOTA: os “pseudo-indícios” que Nuno Rogeiro referiu não são indícios e demonstram uma ignorância básica de estatística e não só. Eu não estou a dizer que a hipótese de sabotagem é muito provável, ou sequer razoavelmente provável. Estou a dizer que a probabilidade não é nula e que há perguntas que têm de ser feitas e ainda não o foram. 
 
  Carlos Miguel SousaEu não sou fã de teorias da conspiração, bem pelo contrário, e também não acredito nesta tese de sabotagem, porem todas as questões colocadas pelo autor do post, me fazem todo o sentido. Em especial para futuro.
 
 

  O protegido... cartoon de Vasco Gargalo
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Publicado por Tovi às 07:00
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Quinta-feira, 4 de Setembro de 2025
Tragédia no Elevador da Glória em Lisboa

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No dia de ontem, poucos minutos depois das 18 horas, o descarrilamento de uma composição do histórico Elevador da Glória, muito provavelmente por um cabo de segurança se ter partido, provocou 15 mortos e vários feridos, entre os quais cinco em estado grave.

  O Presidente da República assinou o Decreto do Governo que determina luto nacional para hoje, 4 de setembro, em memória das vítimas mortais do gravíssimo acidente com o elevador da Glória, em Lisboa. A Câmara de Lisboa decretou ontem [4.ª feira 3set2025] três dias de luto municipal pelas vítimas do descarrilamento do elevador da Glória, revelou o presidente, Carlos Moedas.

  Capas dos jornais de hoje
Captura de ecrã 2025-09-04 082221.png 

  A Proteção Civil de Lisboa revelou que dois feridos morreram no hospital durante a noite, elevando o total de vítimas mortais para 17. O descarrilamento fez ainda 23 feridos, que foram transportados para os hospitais de São José, Santa Maria, São Francisco Xavier, Cascais e Amadora-Sintra.

  Coisas da forma atabalhoada como organismos do Estado nos dão a informação - O primeiro-ministro acabou de corrigir que existem 16 vítimas mortais e cinco feridos graves, apesar de a Proteção Civil ter referido 17 mortes.

  Não há dúvida alguma... as massas são mesmo assim - uma perigosa psicologia das multidões -, como um Amigo meu escreveu nesta manhã: "Ao sair de casa, tive de voltar a passar pelo local do desastre (...) desci pela Rua das Taipas, até aos Restauradores, onde uma massa de jornalistas, muitos turistas e mirones portugueses falam exaltadamente sobre as causas [e culpados] pela tragédia. Um homem suado e de voz cavernosa explica a umas senhoras que «isto só pode ter sido um atentado cometido por algum X». Estes ajuntamentos são excelentes laboratórios para a compreensão da [perigosa] psicologia das multidões. Também atentei na excitação da imprensa atraída pela carniça."

 

  O Elevador da Glória, localiza-se na cidade de Lisboa, percorrendo a calçada da Glória e ligando a Baixa (Praça dos Restauradores, 17m alt.) ao Bairro Alto (Jardim de São Pedro de Alcântara, 61m alt.), chegando a transportar anualmente mais de 3 milhões de passageiros. Construído pelo engenheiro português Raoul Mesnier du Ponsard, foi inaugurado em 24 de outubro de 1885, constituindo-se no segundo do género implantado na cidade por iniciativa da Nova Companhia dos Ascensores Mecânicos de Lisboa. O sistema de tração original era de cremalheira e cabo equilibrado por contrapeso de água, passando mais tarde a ser a vapor. Em setembro de 1915 passou a ser movido por eletricidade. (in WikiPédia)

 

  Diz quem sabe... ou quem me parece que sabe
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Um funicular como o Elevador da Glória funciona de forma relativamente simples mas muito engenhosa, com várias camadas de redundância e segurança. Vou explicar por partes:
1. Princípio de funcionamento
• O funicular é composto por duas carruagens ligadas por um único cabo de aço que passa por uma roldana no topo da linha.
• O movimento de uma carruagem para cima é equilibrado pela outra que desce.
• Um motor elétrico no topo faz girar a roldana, controlando o movimento e garantindo a velocidade.
• Isto reduz drasticamente o consumo de energia, já que as carruagens funcionam como contrapesos uma da outra.
2. Peso das carruagens
• Os funiculares lisboetas (Glória, Bica, Lavra) têm carruagens relativamente pequenas, com cerca de 9 a 11 toneladas em vazio.
• A lotação é cerca de 40 passageiros, podendo acrescentar mais 3 a 4 toneladas ao peso total.
• Portanto, cada carruagem em serviço pode pesar até 13 a 15 toneladas.
3. Mecanismos de segurança
Os funiculares têm vários sistemas de segurança redundantes:
1. Cabos múltiplos: normalmente utilizam dois cabos paralelos (tração e segurança), de aço de alta resistência.
2. Travões mecânicos de via: cada carruagem tem sistemas que agarram nos carris em caso de falha.
• São “mordentes” que bloqueiam automaticamente se houver aceleração anormal.
3. Travão centrífugo: atua se a velocidade ultrapassar um limite (por exemplo, acima de 3–4 m/s).
4. Travão de emergência manual: acionável pelo guarda-freio/motorista.
5. Inspeções regulares ao cabo: substituição obrigatória a cada certo número de anos, mesmo sem sinais de desgaste.
4. Se o cabo partir, é possível travar?
Sim.
• Cada carruagem está equipada com um travão automático de segurança que trava diretamente nos carris em caso de perda de tensão do cabo.
• É o mesmo princípio que vemos em elevadores de edifícios: caso o cabo se rompa, os travões laterais entram em ação e impedem a queda livre.
5. Exemplos de acidentes reais
Apesar das redundâncias, houve alguns casos históricos:
• Kaprun, Áustria (2000) – O acidente mais famoso de um funicular, mas não por rutura de cabo: foi devido a um incêndio numa carruagem do túnel, causando 155 mortes.
• St. Moritz, Suíça (2018) – O cabo de segurança de um pequeno funicular de serviço partiu, mas os travões atuaram, evitando vítimas.
• Fløibanen, Bergen, Noruega (2010s) – Registaram-se incidentes menores, mas sem rutura total do cabo de tração.
Até hoje, não há registo moderno de um funicular de passageiros em operação regular ter tido uma queda livre por rutura de cabo sem atuação dos travões. 
O Elevador da Glória funciona pelo contrapeso entre carruagens e motor de topo; cada carruagem pesa cerca de 10–15 toneladas; tem travões de segurança que entram automaticamente em caso de falha do cabo; e, na prática, mesmo que o cabo se parta, a carruagem não deve descer descontrolada. Casos de acidentes por cabo partido são extremamente raros e, quando ocorreram, os travões atuaram.

  
Ricardo MoreiraChatgpt no seu melhor
Isabel Sousa BragaObrigada
Artur GomesNem os mais conceituados técnicos explicavam melhor o funcionamento
Fausto Airoldi
Como todos os sistemas segurança falham? Triste este acontecimento andei tantas vezes no Elevador da Gloria
Ricardo Castro Ribeiro
O que aqui não dizem é que Moedas e o governo, retiraram vários milhões que seriam para a Carris, para os entregar ao Web Summit , e que a Administração dessa mesma Carris, nomeada pelos mesmos, retirou a responsabilidade pela manutenção do elevador, ás oficinas da Carris, e entregou-a a uma empresa privada. Morreram 17 pessoas devido a incompetências operacionais, mas mais grave do que isso, a incompetência política, cujos compadrios são evidentes
Mario Pinheiro
Não posso deixar de recordar Jorge Coelho aquando da queda da ponte em Entre-os-Rios.
Mário Santos
A confirmar-se o rebentamento do cabo o presidente da Câmara deve demitir-se. Consta e a confirmar-se que o elevador da Glória não tem cabo extra, de segurança, nem travagem automática e a travagem manual com roda e carris metálicos para aquele declive não funciona. Asneira da ‘Carris’ é considerar a substituição do cabo em termos temporais quando devia ser por quantidade de deslocações.
Albertino Amaral
Em suma, meu caro David Ribeiro. Esta sucata já está ultrapassada há largos anos. Andei nisto em plena tropa e já lá vão 60 anos. Escadas ou apetes rolantes, é o que se exige, e que para o efeito, são muito mais seguros e higiénicos, do que palcos magalómanos para dar missas. Ora........

 

  A senhora ministra da Saúde que ponha os olhinhos nesta notícia... e não era fim-de-semana
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Gabriela CoimbraBem nem adianta comentar sobre esta Sra. Sou Graduada em Medicina Interna, no Porto, e sinceramente nunca vi um/uma Ministra assim…. Bem está a aprender com os erros! E se um dia, esperemos que isso nunca surjam, os médicos errarem o diagnóstico dela e Família? Processo Disciplinar. Se não existir Médicos escalados? Isso não vai acontecer! Vêm logo os TOP! Sorte ter certas regalias, nomeadamente quando envolve a VIDA. Com o devido respeito, Sra. Ministra. 
Armindo Torres RamalhoTítulo hiper tendencioso! Normal por aqui



Publicado por Tovi às 07:26
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