Este trecho de obra é para a execução do ramal de inserção na Linha Rosa, na nova estação da Casa da Música, que ficará por baixo da atual estação.
Abel Coentrão no Público de 8Mai2018
Moreira acusa órgão de consulta da UNESCO de “portofobia aguda” - Autarca desvalorizou, na Assembleia Municipal, o parecer do Icomos sobre o projecto da Time Out e de Souto de Moura para a Estação de São Bento.
O presidente da Câmara do Porto desvalorizou o parecer do Icomos - Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios sobre o projecto da Time Out para a Estação de São Bento, por considerar que este organismo, que apoia a UNESCO como órgão consultivo, sofre de “portofobia aguda”. Rui Moreira acusou aquela associação de se limitar a fazer “queixinhas” sem grande consequência.
O autarca independente respondia, na assembleia municipal desta segunda-feira à noite, a uma interpelação do deputado bloquista Pedro Lourenço que começou por lembrar o relatório do Icomos - Portugal sobre a zona histórica do passado mês de Fevereiro. "Em todas as intervenções analisadas, esta entidade considera estarem em causa atentados à integridade e autenticidade dos edifícios. As conclusões graves deste relatório - fachadismo, desrespeito pela lei, ausência de protecção especial - põem mesmo em causa a própria classificação do Porto como Património Mundial da UNESCO", referiu o eleito bloquista.
Moreira, que recusou responder a seis perguntas do deputado sobre processos urbanísticos polémicos, acusando o Bloco de insinuar “por hábito” que o município desrespeita a lei, não deixou esta referência ao Icomos sem resposta. Considerando que este organismo “tem direito” à opinião, o independente aproveitou a divulgação pelo PÚBLICO, na semana passada, das críticas ao projecto desenvolvido por Eduardo Souto de Moura para a ala sul da estação de São Bento, concessionada à Time Out, para se atirar à forma como esta entidade vem avaliando os projectos de reabilitação no Centro Histórico.
O autarca, que disse ter lido o parecer do Icomos Internacional, passou por cima dos receios de uma alteração da ala sul, ou dos argumentos em favor da preservação de espaços para uso ferroviário, expressos no documento, e concentrou-se nos reparos deste organismo à extinção de lugares de estacionamento na estação para ironizar. “Não sei se o Icomos sabia que dantes existia ali um posto dos bombeiros sapadores. Se calhar perturbamos o património ao retirar esse posto da estação”, argumentou, mostrando-se despreocupado com as posições desta entidade.
“A UNESCO não lhes tem dado grande importância porque continuamos a ser Património Mundial", afirmou o autarca, vincando o apoio que a política de reabilitação do centro histórico tem tido das autoridades nacionais da área do património. “O Icomos não é do Ministério da Cultura. É uma associação privada que tem opiniões sobre o Porto seguramente diferentes das que tem sobre outras cidades”, insistiu Rui Moreira, lembrando que conhece aquele organismo desde que, a convite de Rui Rio, presidiu à Sociedade de Reabilitação Urbana. Um mandato com intervenções no Centro Histórico, como as do Quarteirão das Cardosas, que mereceram muitas críticas daquela organização.
A zona sul da estação está há muito degradada e faz falta reconverter aquilo em algo útil e bem enquadrado. O arquitecto Souto Moura tem provas dadas e pode salvaguardar-nos da construção de um qualquer mamarracho que envergonhe o edifício da Estação de São Bento, mas como não conheço o projecto ainda é cedo para mandar bitaites.
É esta a maquete do que Souto Moura projectou para a zona sul da Estação de São Bento. A torre, que inicialmente previa ter 18 metros, vai ser adaptada para 21 metros, informou o arquitecto, que rectificou também que terá apenas um piso no topo, onde se localizará o bar/restaurante, com "a torre dos Clérigos como pano de fundo". Os escritórios da Time Out ficarão atrás da torre.
Vou pedir para não estragarem a Estação de São Bento… Façam lá o que entenderem por bem, mas não abandalhem este Monumento Nacional.
Comentários no Facebook
«Jovita Fonseca» - Eu alinho...mas não sei se o Pai Natal consegue pressionar a DGPC! A hotelaria dos alfacinhas é capaz de ter mais força
«Adao Fernando Batista Bastos» - Penso que a ideia será revitalizar a zona envolvente. Acredito no bom-senso de quem tem de decidir mas essencialmente dos responsáveis camarários. E desde que o património edificado existente não fique alterado. ok.
«Jorge Veiga» - o mesmo que disse em relação ao LAH, digo em relação a S. Bento. Arranjar e não estragar! Se não estragarem, já não é mau, mas abandalhar é que não.
«Jorge Oliveira E Sousa» - Eu não vi o projecto mas não acredito que estraguem S. Bento. Vão só aproveitar os armazéns o que espero que aconteça
«David Ribeiro» - Pois!... Mas gato escaldado até da água fria tem medo [Emoji wink;-)]
«João Cardoso» - Porque não um hostel em Santa Apolónia? Será que deixam?
«Rui Moreira» - Fizeram um no Rossio...
«António Sousa» - Deixem o progresso avançar, afinal era um convento e pouco foi alterado!... Só vão melhorar as coisas, agora eu não percebo os loucos que querem dormir naquele lugar cheio de barulhos de gazes e ferros a bater!... Meus amigos pior só a cidade de Alepo com bombas a cair a toda a hora!... Homenagens às vitimas.
Em 5 de Outubro de 1916 foi inaugurada a Estação de Porto São Bento ou Estação Central, com dupla funcionalidade: Estação e monumento de reforço do centro da cidade como elemento dinamizador da Invicta. Projectada pelo arquitecto portuense José Marques da Silva, em 1899, e decorada com azulejos do pintor Jorge Colaço, é uma obra ímpar em património azulejar, uma das mais bonitas estações ferroviárias do mundo (em Agosto de 2011 a revista norte-americana Travel+Leisure elegeu a Estação de São Bento como uma das catorze mais belas de todo o mundo). O primeiro projecto para a construção da estação é apresentado em 1887. A ligação ferroviária entre Campanhã, estação comum às linhas do Norte, Minho e Douro, e o centro da cidade, fez-se em Novembro de 1896, depois de perfurados os fundos da Quinta da China, Monte do Seminário e da Praça da Batalha. Em 1896, a estação não passava de um edifício provisório, um barracão de madeira. Em 1899, o arquitecto portuense José Marques da Silva é encarregado de elaborar o projecto definitivo para a Estação de São Bento. Os trabalhos de construção apenas se iniciaram em 9 de Novembro de 1903.
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