Foi nos anos 50 do século passado que em casa dos meus pais se sentiu a tirania de Salazar… com o meu pai, quadro superior de um organismo estatal, mandado para o desemprego e ostracizado pelo Estado Novo, com a minha mãe “obrigada” a ter que ir trabalhar de costura para casa de famílias amigas, eu era no entanto à época um pequenote inconsciente, vivendo uma infância feliz e despreocupada. Mas alguns anos mais tarde percebi o que era a ditadura do Estado Novo e todo o mal que nos tinha feito… e não venha agora o Marcelo branquear aquilo que fizeram os “amigos” de seu pai.
in WikiPédia
Operários, sobretudo da indústria vidreira, elegem um conselho operário que toma o poder e governa a Marinha Grande durante algumas horas. Entre as primeiras acções do Soviete conta-se a prisão do destacamento da GNR e a tomada da estação dos correios.
Todas estas acções são realizadas com grande serenidade, e sem derramamento de sangue. Os revoltosos, sem um plano de acção prévio, acabam por levar a família do comandante do posto da GNR para uma pensão, e os guardas são entregues à custódia do administrador da fábrica de vidro estatal. Nos correios, o chefe da estação pede para falar com a família, e é levado a casa onde usa o telefone para alertar as autoridades.
Uma vez alertadas, as autoridades militares fazem avançar para a Marinha Grande um contingente para repor a ordem pública, que chega na madrugada seguinte, pondo fim ao Soviete.
Ao contrário da acção dos revoltosos, a repressão movida pelo Estado Novo foi implacável, com perseguições ferozes, despedimentos, julgamentos fantoche que terminaram em pesadas penas, nomeadamente com o envio para o degredo nas colónias, e em particular para o campo do Tarrafal.
(Apoiar seja o quer for ou quem for de forma INCONDICIONAL é coisa que não entendo e até me fez crer em “bajulação” ou “servilismo”, coisas que não entram na minha forma de ver a vida)
Cada um tem o direito de ver ESTADO NOVO como muito bem entender, mas não me queiram vir agora “lavar e/ou branquear” os esbirros do fascismo salazarento. António Ferro foi um dos ideólogos do fascismo nacional e o livro «António Ferro - Um Homem por Amar», é coisa que terei muita dificuldade em ler, por mais que me digam que é “coisa boa” e que muito me tresanda a uma forma de “salvar a cara” de quem não mais foi que um FASCISTA. E fiquem sabendo que eu nunca reneguei nem renego que conheci muitíssimo bem as organizações fascistas nacionais “por dentro”, o que me dá o direito de nos dias de hoje mandar muito mais “bocas” dos que muitos que por aqui andam.
Comentários no Facebook
«Isa Veloso» - Não se trata de bajulação ou servilismo, mas sim constatar as duas faces de um homem. A que nos foi mais nociva, não precisamos explicar. Quanto ao que desconhecemos, não podemos fazer comentários, apenas estar presente dia 4, e aí, sim. Temos todos os dados nas mãos. Qualquer tema é passível de ser analisado baseado em vertentes diferentes. Este é mais um.
«Jota Caeiro» - a autora é Rita FERRO não é?? será preciso dizer mais alguma coisa?? pq os p, fascistas do carago!!
«David Ribeiro» - Adolf Hitler também era extremamente carinhoso para Eva Braun e adorava os seus dois pastores alemães… mas isso não o ilibava de ser um hediondo FASCISTA.
«Isa Veloso» - Exatamente. Então vamos conhecer como era Hitler com Eva Braun e os dois pastores alemães. Seja uma história da carochinha ou não, que não é, não temos o direito de criticar nada sem conhecer. Eu já li o livro... E digo-vos que se adivinha um belíssimo fim de tarde. Vamos ser mais abertos nas nossas análises.
«Jota Caeiro» - perdoe-me a Rita que desconheço a ideologia e se permitirá somente a 'aveludar' as asneiradas do familiar que lhe é tido e querido...
«Isa Veloso» - Ela não vai "aveludar" nada.
«Jota Caeiro» - pois não: 'vai deitá-lo abaixo', destroná-lo, chamar-lhe os mais violentos nomes porque, afinal, ela até o odiava visceralmente. feridas familiares de brigas mal curadas... então?... tomem lá mais telenovela!
«Isa Veloso» - Se for verá, se não for, não teça considerações sobre o que desconhece. E não é preciso baixar o nivel do discurso.
«David Ribeiro» - Já li algumas partes do livro «António Ferro: Um Homem por Amar» e não há dúvida que o “Goebbels” do salazarismo nem pelo ditador foi reconhecido. Não se esqueçam que o “desterro dourado” de António Ferro para a Suíça foi seguramente ordenado por Salazar, prova provada que não vale nem nunca valeu a pena apoiar incondicionalmente gente como António de Oliveira Salazar.
Em 28 de Maio de 1926 um pronunciamento militar de cariz nacionalista e antiparlamentar põe fim à Primeira República e implanta um regime ditatorial que se manteve no poder em Portugal até à Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974. O General Gomes da Costa esteve desde a primeira hora à frente das tropas que se sublevaram em Braga (Regimento de Infantaria 8), com acompanhamento e apoio civil, incluindo do operariado da região, tendo recebido a adesão imediata de outras cidades como Porto, Lisboa, Évora, Coimbra e Santarém. Consumado o triunfo do movimento, a 6 de Junho de 1926, na Avenida da Liberdade, em Lisboa, Gomes da Costa, montado no seu cavalo, desfila à frente de 13 mil homens, sendo aclamado pelo povo da capital. Estava a começar o Estado Novo… e ia durar 48 longos anos.
Comentários no Facebook
«Jose Riobom» >> Gosto ? .....não ....não gosto ! ....tenho é que denunciar uns novos candidatos a este tipo de coisas que por aí andam encapotados armados em democratas neo-liberais...
«Fernando Duarte» >> o importante é saber como morreu, se é que jà morreu !
«Adao Fernando Batista Bastos» >> No espírito de alguns o Estado Novo continua, apesar de velho e podre! Vou partilhar esta excelente Memória.
«Natércia Bragança Fontes» >> Ainda estamos a pagar o resultado destes 48 anos de estagnação e humilhação.
Não pegou á primeira… Mas esta malta não desiste facilmente e lá vem outra vez com tiques totalitários a fazerem lembrar os senhores do Estado Novo… ou do PREC.
O "lápis azul" foi o símbolo da censura e da época da ditadura portuguesa do século XX. Os censores do Estado Novo usavam um lápis de cor azul nos cortes de qualquer texto, imagem ou desenho a publicar na imprensa. Para proteger a ditadura, os cortes eram justificados como meio de impedir e limitar as tentativas de subversão e difamação. Desde o Golpe Militar de 28 de maio de 1926 aos regimes de Oliveira Salazar e Marcello Caetano, o "lápis azul" servia para os censores decidirem o que devia ser noticiado ou divulgado. A 22 de junho de 1926 é instituída a Comissão da Censura, passando os jornais a serem obrigados a enviar a esta comissão quatro provas de página e a não deixarem em branco o espaço das notícias censuradas. Em 1933, a Constituição Portuguesa institui legalmente a Censura, que permanece até à Revolução dos Cravos, a 25 de abril de 1974. Até setembro de 1968, no governo de António de Oliveira Salazar, é a designada Comissão da Censura a responsável pelo "lápis azul". Durante o governo de Marcello Caetano esta comissão passa a chamar-se Comissão do Exame Prévio, mas, na prática, mantém o mesmo lápis com o mesmo sentido censório. (in Infopédia – Dicionários Porto Editora)
(Monumento de homenagem ao General Humberto Delgado, da autoria do escultor José Rodrigues, inaugurado a 14 de Maio de 2008 na Praça Carlos Alberto no Porto)
Faz hoje meio século que a PIDE assassinou o General Sem Medo. Em Fevereiro de 1965 uma equipa da polícia política portuguesa, liderada por Rosa Casaco, vai ao encontro do General Humberto Delgado, que tinha sido convencido a dirigir-se à fronteira espanhola em Los Almerines, perto de Olivença, onde supostamente se iria reunir com opositores ao regime do Estado Novo e onde acabou assassinado, juntamente com a sua secretária Arajaryr Campos, pelo agente Casimiro Monteiro. Os corpos foram ocultados perto de Villanueva del Fresno, a cerca de 30 km a sul do local do crime, onde acabaram por ser encontrados por um camponês espanhol em 24 de Abril de 1965.
Roubei esta imagem a um amigo que por sua vez já a tinha roubado a um outro cidadão…
País de ladrões este em que vivemos
«Joaquim Leal» noi Facebook >> Hoje faz-se tudo por baixo da mesa
«António Alves» no Facebook >> E pimba: imposto de selo de 30 centavos
«Albertino Amaral» no Facebook >> A dar exemplos desde 1936........
«Raul Vaz Osorio» no Facebook >> Pelo menos, chamavam os bois pelos nomes e passavam recibo. Agora fazem-se democratas e estendem a mão por baixo da mesa.
«Rui Gonçalves» no Facebook >> Séria e democrática!
E até me apetece ir ao seu funeral, só para ver se fica bem enterrado. É que ainda hoje me doem os costados das bastonadas que sofri durante a Crise Académica de 1969 em Coimbra, quando ele era Ministro da Educação do Estado Novo e mandou a GNR carregar sobre os estudantes.
«Anne Brown» in Facebook >> A great ambassador for Portugal, and a fascinating TV personality.
«Fátima Sousa» in Facebook >> Era um grande historiador ouvido com prazer
«Sérgio Ribeiro» in Facebook >> um contador de estórias;
«Fernando Ferraz Alves» in Facebook >> Um brilhante comunicador e um biltre fascista...
«Fátima Sousa» in Facebook >> Mas a história não são estorias?
«Sérgio Ribeiro» in Facebook >> Fatima Sousa escreveu: "Mas a história não são estorias?" - efectivamente não. - a história é a "Narração escrita dos factos notáveis ocorridos numa sociedade em particular ou em várias." a ESTÓRIA é o relato desses acontecimentos. Que no c...aso em análise, o lente, tinha por hábito fazer uso da anamnese - Figura de retórica pela qual o orador finge lembrar-se de uma coisa esquecida. O que fez do lente um contador da estória. Cordialmente, SR
«Fátima Gabriel» in Facebook >> Perdoar faz bem... :)
«Zé Carlos» in Facebook >> Já o irmão era gente boa.
«Nuno Gonçalo Monteiro» in Facebook >> Zé Carlos, o pai do arquitecto? :)
«Joaquim Leal» in Facebook >> Não concordo com a opinião expressa amigo David. Mas isso é o que eu penso.
«David Ribeiro» in Facebook >> E já agora, pode-se saber porque é que não concordas com o que escrevi... É que dito unicmente "não concordo" é um pouco difícil para mim entender a tua opinião.
«Zé Carlos» in Facebook >> Mistério...
«Maria Vilar de Almeida» in Facebook >> Pois... quem vê caras não vê "meninas de 5 olhos"! O Jocas (Joaquim Leal) apenas o recorda dos programas televisivos... se calhar em 1969 ainda usava fralditas, quem sabe?!
«Joaquim Leal» in Facebook >> David Ribeiro, não aprecio o regozijo pela morte de alguém. Quanto às "bastonadas" não te fizeram mal certamente, a ti e a outros. Hoje poderias andar metido nas drogas, viver do RSI ou ter dado em paneleiro eh eh eh ;)
«Maria Vilar de Almeida» in Facebook >> Uma amiga minha de Ciência de Comunicação adoooora o homem! E não tem a ver com a idade porque o meu pai também é fã. E o gap de tempo entre os dois é considerável! Cá para mim, ainda bem que foi ele e não o meu muito querido cineasta Manoel de Oliveira... do qual me resta a mágoa de não conhecer pessoalmente. Bem torci palas melhoras dele, Mestre Manuel de Oliveira... e não é que resultou?! ;-)
«Carminda Mota» in Facebook >> tem razão David. Como ministro da educação este sr. não foi nada isento.
«Laura Sarmento» in Facebook >> desconhecia esse facto, David Ribeiro. Olhava para ele como comunicador. Realmente, o mundo nunca é perfeito... e lamento que assim seja. Mas como estes dias têm sido férteis em decepções para mim, esta é mais uma...
«António Folgado» in Facebook >> Lugar à contenção, quando inteligente! Os factos descritos por DR são verdadeiros e... sentidos (sei do que falo). Por mim, não é o facto de ser um grande comunicador e várias gerações ficarem a dever-lhe a sensibilização à história, que branqueia... a história. Mas, a mesma história mostra-nos a permanência, à vista de todos, e um magnífico fim-de-vida de alguém que não fugiu, que, se não renegou, também não engalanou o passado e conviveu, correctamente, com o presente.
«Luís Filipe Lobo Seixo» in Facebook >> É engraçado que foi a primeira coisa que eu pensei quando me disseram...
«Daniela Simões» in Facebook >> Não tenho nada contra o Sr., paz à sua alma. Que era culto e um grande historiador, ninguém o nega... relativamente à maneira como floreava a sua cultura e a transmitia, admito que não apreciava o estilo. Não era nascida em 69, mas penso que tudo o que aconteceu aconteceria se a pasta da educação estivesse nas mãos de outro na época. A questão foi que ele em 69 encontrou homens à altura do nome da Associação Académica de Coimbra, que fizeram frente a ele e a todos, por um bem comum. Hoje passámos do 8 ao 80 em questão de liberdade, mas agradeço aos corajosos de 69 (e 74) que me dão a possibilidade de estar aqui a escrever o que penso sem 'quês' nem 'porquês'... pese embora o facto de hoje em dia a maioria dos estudantes não aproveitar nem respeitar aquilo por que se lutou em 69!! Mas como tudo... são opiniões...
«José Miguel Pereirinha» in Facebook >> Chamar Historiador a este senhor só se for por equivalência... com muito grado vejo que no primeiro volume da História de Portugal (coordenada por Rui Ramos), agora oferecida pelo Expresso, aparece a dedicatória a José Mattoso, esse sim!
«Joel Santos» in Facebook >> Eu admiro-o porque ele foi um sobrevivente. Just that. Sair do Estado Novo, onde desempenhou um papel negativo e ainda consegue ir a televisão falar de historia é obra. Agora... continua a ser um fascista, continua a ser um contador de historia. Tal como já foi dito não tenho nada contra ele, acredito quem levou bastonadas, esses sim devem ter. Considerarem José Hermano Saraiva como um GRANDE HOMEM é a mesma coisa que considerarem o Paco Bandeira como um grande musico. Toda a gente sabe que eles eram bons naquilo... mas vamos esquecer a merda toda que fizeram no passado.
«Luís Paiva» in Facebook >> Mais ou menos bastonada (certamente mais da responsabilidade do ministro do interior ou do presidente do conselho, e menos da sua), a ele devo o facto de a licenciatura em Engenharia ter passado de 6 para 5 anos...
«Lígia Laginha» in Facebook >> David na vida todos nós somos autores de actos bons e de actos menos bons. José Hermano Saraiva foi sim um dos colaboradores do Estado Novo mas temos de ver isso inserido no contexto da época. Alguns dos intelectuais optaram por não colaborar com o regime e foram exilados, Hermano Saraiva optou por colaborar e à parte esses actos mais indignos da sua pessoa teve um contributo positivo para aquilo que foi e é a cultura e a história em Portugal. Confesso que sempre achei que era um pouco romancista, que nos contava uma história romanciada, mas talvez tenha sido essa característica que o popularizou. Uma vez que José Hermano Saraiva partiu julgo que o David deve fazer uma pequena tentativa de perdoar os seus actos menos bons e valorizar o seu lado positivo. Mas também compreendo se não o fizer pois eu até sou daquelas que não promovem os mortos, só porque são mortos, a boas pessoas.
«Joaquim Leal» in Facebook >> Bom, mal não te fizeram. :P
«Ana Alyia» in Facebook >> eu também não me esqueço David Ribeiro mas continuo a achar que devemos separar as águas: - portugal perdeu um excelente historiador, de quem fica para a posteridade um excelente espólio. - portugal não perdeu um grande homem porque não o era (e sem dúvida que esta é APENAS a MINHA opinião)
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