As ordens de evacuação decretadas por Israel na Faixa de Gaza levam a uma “contínua deslocação forçada” de civis. “Mais de 150.000 pessoas – crianças pequenas, mulheres com bebés ao colo, pessoas com deficiência e idosos – não têm para onde ir”. Será que alguns dos meus amigos que por aqui me "condenam" por alertar para esta situação desumana na Faixa de Gaza, tudo permitem aos falcões israelitas como vingança das atrocidades feitas pelo Hamas em 7 de outubro deste ano?
Gonçalo G. Moura - Já te perguntaste porque é que o Egipto não abre a fronteira? E o Hamas, já libertou os reféns?
David Ribeiro - E tu, Gonçalo G. Moura, sabes dizer-me porque tudo permites aos falcões israelitas como vingança das atrocidades feitas pelo Hamas?
Gonçalo G. Moura - David Ribeiro a solução é simples, e sempre esteve nas mãos do Hamas, que é libertar os reféns... até lá estou sempre do lado da civilização
Mário Paiva - Portanto o Gonçalo G. Moura reitera que concorda com o massacre em curso e até o justifica... todo o direito de opinião e não é necessário andar às voltas para a justificar...
Gonçalo G. Moura - Mário Paiva quaid voltas? Precisa de de bebés degolados ou de corpos de adolescentes violadas e assassinadas e arrastadas pelas ruas? Justifique lá isso, se conseguir!
Mário Paiva - Como já disse o Gonçalo G. Moura reitera que concorda com o massacre em curso e até o justifica... todo o direito de opinião e não é necessário andar às voltas para a justificar...
Gonçalo G. Moura - Mário Paiva quais voltas? Diga-me quantos avisos deu o Hamas antes de atacar... Israel avisa sempre com antecedência para as populações evacuarem... portanto o Mario Paiva concorda e apoia o ataque de 7 de Outubro e o lançamento indiscriminado de rockets sobre Israel. Estamos de acordo!
Mário Paiva - Gonçalo G. Moura, não estou nem um bocadinho com o HAMAS, nem antes nem depois do 7 de Outubro, e nem sequer vou argumentar com os motivos que levaram ao 7 de Outubro... mas quem gostava muito e o apoiou era o criminoso Nathaniau... vá-se lá saber porquê...
https://www.timesofisrael.com/for-years-netanyahu.../ Em tempo: essa de Israel "avisar" que vai atacar e usar do seu "direito" colonial p'ra mandar sair os civis do caminho, até teria piada se não fosse tão triste...
Gonçalo G. Moura - Mário Paiva isso são outros 300... e tanto quanto sei o Nethaniau não foi inpedido pelo tribunal de concorrer e tem um governo de coligação.
Jorge De Freitas Monteiro - David Ribeiro, não se trata de vingança, Israel não tem alternativa. O Hamas continua a lançar rockets e mísseis cegos sobre Israel que atingem aleatoriamente homens, mulheres e crianças, só não lança mais precisamente pelo avanço das IDF em Gaza. Continua a recusar-se a libertar os reféns. Recusou a proposta Egípcia de abandonar o poder em Gaza a troco de um cessar fogo. Continua a afirmar que logo que seja possível lançará novos ataques do tipo do 7 de Outubro. Hoje mesmo desmentiu declarações ambíguas de um dos seus membros quanto ao reconhecimento do Estado de Israel reafirmando o seu objectivo final de o destruir. No campo das operações militares, cada vez que Israel indica uma área segura para os civis o Hamas desloca operacionais e rampas de lançamento de rockets e mísseis para essa área sacrificando a segurança dos civis. Obviamente que o sofrimento da população não pode deixar ninguém indiferente. Mas é o Hamas que deliberadamente provoca, deseja e amplifica esse sofrimento. O único apelo sério em relação a Gaza e à situação dos civis é o apelo ao Hamas para depor as armas. Tudo o resto até pode ser bem intencionado (nem sempre o é) mas de boas intenções está o inferno cheio.
Mário Paiva - Portanto o Jorge De Freitas Monteiro reitera que concorda com o massacre em curso e até o justifica... todo o direito de opinião e não é necessário andar às voltas para a justificar...
Francisco Bismarck - Mário Paiva Há alguma outra solução? Por favor, indique qual se acha que há
Jorge De Freitas Monteiro - Mário Paiva, não concordo nem deixo de concordar. Exponho factos incontestáveis.
Jorge Veiga - Não posso concordar com esta actução, mas o meu amigo que aqui coloca isto, poderá dizer qual a solução, quando sabemos que eles andam misturados com a própria população?
David Ribeiro - A mais recente proposta do Egito, Jorge Veiga, é, à falta de melhor, uma boa solução para a atual situação do conflito.
Jorge Veiga -David Ribeiro não a conheço, mas sendo a única ...
Jorge De Freitas Monteiro - David Ribeiro, proposta que foi liminarmente recusada pelo Hamas…
Jorge Veiga - Jorge De Freitas Monteiro eles não aceitam nenhuma, salvo se considerar a destruição de Israel.
David Ribeiro - Jorge De Freitas Monteiro ...e também recusada por Netanyahu.
Jorge De Freitas Monteiro - David Ribeiro, tanto quanto li não; o governo israelita não chegou a pronunciar-se sobre a proposta concreta do Egipto uma vez que o Hamas a recusou imediatamente. Mas admito que os sectores mais à direita do governo israelita até tenham ficado encantados com a velocidade com que o Hamas disse não
Jose Riobom - Sinceramente .... vejo duas facções distintas aqui numa animada discussão cada qual delas com os seus melhores argumentos, e como sempre não tomo partidos ou me lanço em trincheiras para defesa de qualquer das partes... Verifico porém que iniciada a conversa pelo David Ribeiro ninguém se interroga a si mesmo com uma pergunta que aqui deixo.... "QUE SERÁ QUE EU FARIA, INDEPENDEMENTE DO PASSADO, SE UM BANDO DE PESSOAS ARMADAS ME TIVESSEM MATADO, FILHOS, FILHAS, NETOS OU QUALQUER FAMILIAR CHEGADO, DESARMADO, SEM DEFESA NUMA QUALQUER FESTA POPULAR EM QUALQUER PARTE DO MUNDO, OU ATÉ AQUI À PORTA DA MINHA CASA ??? " Vá lá.... venha de la o primeiro que atire a primeira pedra.... É que pimenta no cú dos outros , é refresco ! E sujeita a uma diatribe de sofá.... Passei por uma, infelizmente, numa posição que durante 24meses me permitiu avaliar bem este tipo de conflitos, já que trabalhei com informação privilegiada, sempre na procura de soluções apaziguadoras. Quatro anos depois, o conflito aparentemente aconteceu ! .... quando uma das partes depôs as armas .... A GUERRA ACABOU !!! disseram..... SÓ QUE.... no dia seguinte outra guerra começou..... É que na paz, todos os dias nos preparamos, para a guerra do dia seguinte..... porque existe sempre alguém ou alguma coisa que nos a quer tirar ....
O Egito apresentou em 25dez2023 o que é descrito como um plano ambicioso para acabar com a guerra em Gaza com um cessar-fogo. A proposta, desenvolvida com o Catar, inclui várias rondas de trocas de cativos e prisioneiros que foi apresentada a Israel, ao Hamas, aos governos dos Estados Unidos e da Europa na segunda-feira, veria Israel retirar-se totalmente da Faixa de Gaza, todos os cativos mantidos pelo Hamas e muitos prisioneiros palestinos, libertados, e um governo palestino tecnocrata unido instalado no enclave. Numa primeira fase, o Hamas libertaria todos os civis cativos em troca da libertação dos prisioneiros palestinos durante uma trégua de 7 a 10 dias. Durante a segunda fase, o Hamas libertaria todas as mulheres soldados israelitas em troca de mais prisioneiros palestinianos, o que aconteceria durante outra trégua de uma semana. Na fase final, as partes em conflito iniciariam “um mês de negociações para discutir a libertação de todo o pessoal militar detido pelo Hamas em troca de muito mais prisioneiros [palestinianos] e da retirada de Israel para as fronteiras de Gaza”. Mas para já tudo isto não parece ir além de boas intenções. (na imagem o Ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito, Sameh Shoukry)
The Times of Israel 27dez2023
Vários alertas sobre o perigo causado por um punhado de colonos extremistas... mas Netanyahu e os seus falcões continuam a assobiar para o ar. Porque será?
VOTAÇÃO: A favor 13; Abstenção 1 (Reino Unido); Veto dos EUA
Os Estados Unidos vetaram o projeto de resolução do Conselho de Segurança que exigiria um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza e a libertação imediata e incondicional de todos os reféns. Falando depois dos EUA vetaram a resolução, Riyad Mansour, diplomata palestiniano na ONU, classificou a medida como “além de lamentável”. “É desastroso”, disse ele. “O Conselho de Segurança foi novamente impedido de se levantar até este momento para defender as suas claras responsabilidades face a esta grave crise que ameaça vidas humanas e ameaça a paz e a segurança regional e internacional. “Em vez de permitir que este conselho cumpra o seu mandato, fazendo finalmente um apelo claro, após dois meses de massacres, de que as atrocidades devem acabar, os criminosos de guerra têm mais tempo para perpetuá-las”, disse Mansour. "Como isso pode ser justificado?"
Isabel Sousa Braga - Tão previsível
Agência Lusa - 6.ª feira 8dez2023
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal lamentou hoje a decisão dos Estados Unidos de rejeitar o apelo ao cessar-fogo em Gaza, lançado pelo secretário-geral da ONU, e insistiu na via do diálogo. “Naturalmente que lamentamos. Nós tínhamos precisamente apoiado a resolução que está ser vetada”, disse João Gomes Cravinho, à agência Lusa à margem da cerimónia de entrega dos prémios ‘Manuel António da Mota – Uma Vida em Angola’, que decorreu em Luanda. Cravinho sublinhou que esta é a posição que Portugal tem assumido e insistiu que é urgente haver um cessar-fogo humanitário. “É preciso que haja acesso da ajuda humanitária à população de Gaza, consideramos também fundamental que haja libertação sem condições dos reféns em Gaza e acreditamos que o cessar-fogo iria nesse sentido”, sublinhou. O chefe da diplomacia portuguesa afirmou que é preciso continuar a conversar, notando que tem havido evolução nas posições das Nações Unidas e dos próprios Estados Unidos, Israel e Gaza. “Acreditamos que, continuando o diálogo, encontraremos soluções que serão satisfatórias para todos. É fundamental que haja um cessar-fogo - e repito aqui este apelo - enquanto não for permanente, deve ser temporário, que permita acesso humanitário às populações, que permita começar a falar de um futuro mais estável, nomeadamente através da solução de dois Estados”, sublinhou o ministro.
Agência Lusa - sábado 9dez2023
A China expressou este sábado "profunda deceção" com o veto dos EUA a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU para um cessar-fogo imediato em Gaza, apresentada pelos Emirados Árabes Unidos e patrocinada por 97 países membros. A proposta "reflete o apelo universal da comunidade internacional e representa a direção certa para o restabelecimento da paz", afirmou o embaixador chinês na ONU, Zhang Jun, citado pela televisão estatal CGTN. "A China apoia totalmente esta iniciativa e juntou-se à pressão para a elaboração deste projeto de resolução", acrescentou Zhang, que acusou Washington de empregar "dois pesos e duas medidas" ao falar da proteção das mulheres, das crianças e dos direitos humanos, enquanto "consente" na continuação do conflito. Zhang apelou ainda a Israel para que ponha fim à "punição coletiva do povo de Gaza". Esta é a segunda vez, desde o início da guerra em Gaza, que os EUA vetam uma resolução no mesmo sentido - fizeram-no a 18 de outubro - alinhando assim com Israel, que argumenta que um cessar-fogo deste tipo ajudaria o Hamas a rearmar-se e a manter em cativeiro os 138 reféns na Faixa de Gaza.
Al Jazeera - sábado 9dez2023
O vice-embaixador dos Emirados Árabes Unidos na ONU, Mohamed Abushahab, perguntou ao CSNU: “Qual é a mensagem que estamos a enviar aos palestinianos se não pudermos unir-nos atrás de um apelo para parar o bombardeamento implacável de Gaza? Na verdade, qual é a mensagem que estamos a enviar aos civis de todo o mundo que podem encontrar-se em situações semelhantes?”
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Hossein Amirabdollahian, alertou para a ameaça de uma “explosão incontrolável” da situação no Médio Oriente, após o veto dos EUA, noticiou a agência de notícias AFP. “Enquanto a América apoiar os crimes do regime sionista (Israel) e a continuação da guerra… existe a possibilidade de uma explosão incontrolável na situação da região”, disse Amirabdollahian ao secretário-geral da ONU, António Guterres, num telefonema, de acordo com um comunicado do ministério.
O Embaixador russo na ONU, Dmitry Polyanskiy, disse: "Nossos colegas dos EUA emitiram literalmente diante de nossos olhos uma sentença de morte para milhares, senão dezenas de milhares de civis na Palestina e em Israel”.
O Embaixador francês na ONU, Nicolas de Riviere, disse no CSNU: “Infelizmente, mais uma vez este conselho falhou devido à falta de unidade e, ao recusar-se a comprometer-se com negociações, a crise em Gaza está a piorar e o conselho não está a completar o seu mandato. sob a carta.”
O Ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, disse que os EUA estão agora sozinhos na questão de Gaza depois de bloquearem a aprovação da resolução. “Nossos amigos mais uma vez expressaram que a América está agora sozinha nesta questão, especialmente na votação realizada hoje nas Nações Unidas… O sistema político americano está agora impotente em questões relacionadas a Israel”, disse ele à agência de notícias estatal Anadolu e à emissora nacional TRT em uma entrevista.
Sarah Corsino - Vou já dar-lhe a justificação: porque o Hamas - um grupo de animais terroristas - nunca iria entregar os reféns e apenas ganharia tempo para andarem de um lado para o outro entre as Entidades Públicas que utilizam como seus escudos. Se o Hamas se preocupasse com os Palestinianos e depois de dizerem que já morreram milhares deles, já teriam entregue os reféns todinhos de uma só vez. Só que não é essa a sua intenção. O problema é que as pessoas ditas civilizadas querem que estes animais terroristas tenham o mesmo comportamento/pensamento que elas. Mas não têm. São TERRORISTAS.
David Ribeiro - Sem dúvida, caríssima Sarah Corsino, que o Hamas praticou ações terroristas altamente condenáveis e das quais não nos devemos esquecer, mas nada justifica a sentença de morte imposta por Israel para milhares, senão dezenas de milhares de civis na Faixa de Gaza. Curiosamente toda a comunidade internacional, com excepção dos EUA, apoiava este projeto de resolução do Conselho de Segurança.
Sarah Corsino - David Ribeiro também não vejo nenhum país árabe, ao redor, a receber refugiados nos seus países (já que é tanta a preocupação). Até, em tempos, os expulsaram (porque será?). Também a Rússia vetou projeto de resolução de cessar-fogo com a Ucrânia e ninguém fez este alarde. Nem utilizaram o famoso artigo. Será que é por ser EUA/Israel? Eu diria que os Israelitas poderiam ser mais cuidadosos com os Palestinianos da Cisjordânia porque as relações são completamente diferentes dos da Faixa de Gaza. O que acontece é que os terroristas também já se mudaram para lá e o Fatah não consegue controlar nada. Não pense que eu não sinto angústia pelos Palestinianos inocentes, mas a maioria deles são reféns e cúmplices de terroristas
David Ribeiro - Há algo que aqui ainda não disse e é importante, Sarah Corsino... assim como não confundo Hamas com todo o povo palestiniano, também não coloco no mesmo saco Benjamin Netanyahu e os seus falcões, juntamente com todo o povo israelita.
Sarah Corsino - David Ribeiro aih sim. Esse homem não é "flor que se cheire"
Al Jazeera - 3.ª feira 5dez2023
As conversações/negociações concentrar-se-ão nas relações bilaterais e na guerra Israel-Hamas.
Expresso - 3.ª feira 5dez2023
Até se me arrepiam os neurónios ao ter que concordar com o ultranacionalista Víktor Orbán... mas a verdade é que o primeiro-ministro húngaro tem razão quando afirma ser um erro a entrada da Ucrânia na União Europeia (UE). O nome Ucrânia (ou Ukraina, como é escrito no idioma ucraniano) deriva de uma palavra do eslavo antigo - "ukraina" - que significa “terra de fronteira” e assim deverá continuar.
Francisco Rocha Antunes - Há amigos de Putin nas pessoas mais insuspeitas. Ele conta convosco desde o princípio. Nem vou comentar a parte do nome da Ucrânia
David Ribeiro - Se o Francisco Rocha Antunes me inclui nos "Há amigos de Putin nas pessoas mais insuspeitas. Ele conta convosco desde o princípio" olhe que a carapuça não me serve. Sempre defendi e continuo a defender que entre Zelensky e Putin, no que toque a humanismo e democracia, venha o diabo e escolha.
Francisco Rocha Antunes - David Ribeiro tem razão, não sei porque sequer comento. Não vai acontecer mais
Jorge De Freitas Monteiro - Provavelmente com a Ucrânia e com outros daquele lado vamos assistir a uma neverending story como com a Turquia. As negociações de adesão com a Turquia começaram em 1987 e nunca terminaram nem vão terminar.
Castro Ferreira Padrão - Bom feriado, um abraço
Jorge Saraiva - O nome do Cabo Finisterra provém de dois factos: ponto onde a terra (Europa) termina e ponto mais ocidental do continente europeu.
Eduardo Saraiva - Desta vez não concordo com o amigo David Ribeiro. E deviamos tentar parar a guerra e democratizar a Russia, porque caso contrário, a seguir vêm pela europa abaixo e nem nós escapamos porque é tudo deles.
David Ribeiro - E como é que se fazia isso, Eduardo Saraiva?... invadindo a Rússia?
Sarah Corsino - Este Órban já demonstrou por diversas vezes (e não é só por causa da Ucrânia) que é a verdadeira "toupeira russa" dentro da UE.
David Ribeiro - Sarah Corsino... andamos a dar entrada na UE só para fazer perrice à Rússia e deu nisto.
CNN Portugal - 4.ª feira 6dez2023
Está cá a parecer-me que este ano o Pai Natal não traz prendas para Zelensky.
"X" - 4.ª feira 6dez2023
The Wall Street Journal - 5.ª feira 7dez2023
EUA avisam Israel: guerra em Gaza deve acabar dentro de semanas e não de meses.
Expresso - 5.ª feira 7dez2023
Raul Almeida - Como português e como católico, tenho um enorme orgulho em António Guterres. A História lembrará este Homem pela coragem e determinação com que tenta parar o maior genocídio do século XXI. Sem a companhia dos que primeiro deveriam estar ao seu lado na linha da frente, Guterres não desiste, afirmando o valor da vida sobre a morte, da moral sobre a fúria assassina sionista. O uso extremo do Artigo 99 da CNU, é prova da determinação humanista e civilizacional de Guterres. Que nunca lhe falte a força para fazer o que está certo.
Al Jazeera - 5.ª feira 7dez2023
O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, condenou o ataque de Israel a Gaza durante o encontro para conversações em Moscovo com o presidente russo, Vladimir Putin.
Jornal de Notícias - 6.ª feira 8dez2023
O Hamas fala em "ferozes batalhas" contra as tropas israelitas em diversas zonas da Faixa de Gaza, incluindo no sul. A ajuda humanitária foi praticamente interrompida em Khan Yunis, para onde uma grande parte dos civis do norte fugiu.
Sondagem de Pew Research Center (EUA) - 6.ª feira 8dez2023
Cerca de um quarto (27%) afirma que Israel está a ir longe demais na sua atual operação militar, enquanto quase o mesmo número (25%) afirma que está a adoptar a abordagem correta; 16% dos americanos dizem que Israel não está indo suficientemente longe militarmente.
Mais de quatro em cada dez Democratas (45%) dizem que Israel está a ir longe demais na sua operação militar contra o Hamas, em comparação com 12% dos Republicanos.
Também existem diferenças de idade nestas opiniões, sendo os americanos mais jovens mais propensos do que os grupos etários mais velhos a dizer que Israel está a ir longe demais.
Êxodo 21:24: "Olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé." Nesta passagem, Deus revelou a Moisés algumas leis para ele passar para o resto do povo.
Em Mateus 5:38-39, Jesus disse: "Vocês ouviram o que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, lhes digo: Não se vinguem dos que lhes fazem mal. Se alguém lhe der uma bofetada na cara, vire o outro lado para ele bater também."
Nuno Solla Lacerda - Penso que é aqui que há mais uma diferença entre Judeus e Católicos. Uns vêem como um acto de bem superior ao mal, matar uma personagem como o Hitler. Os Católicos acham que não seria legítimo matá-lo , pois todas as vidas são preciosos. Não serão o Hamas um género de “Hitler” no plural ?
David Ribeiro - Nuno Solla Lacerda... admitamos (o que de forma alguma me repugna) que "serão o Hamas um género de 'Hitler' no plural"... e Netanyahu mais os sionistas de extrema-direita que o apoiam, o que são?
Jose Pinto Pais - David Ribeiro serão apenas uns entre muitos judeus que tal como da outra vez não querem ser exterminados
Raul Vaz Osorio - Essa do olho por olho não faz parte dos 10 mandamentos
Ilidio Graça - Membro do Hamas bom é o que estiver morto.
Combates regressam à Faixa de Gaza
Ao mesmo tempo que as negociações continuam entre Israel e o Hamas, mediadas pelo Catar e Egito, voltaram os bombardeamentos israelitas a Gaza, havendo já mais de uma centena de palestinianos mortos. Ao mesmo tempo no centro de Israel foram ouvidas sirenes de aviso de “rockets” e o braço armado do Hamas, as brigadas Al Qassam, dizem ter atingido Tel Aviv.
No dia de ontem, segundo os mais credenciados orgãos de comunicação presentes na Faixa de Gaza e em Israel, mas também pelo Ministério das Relações Exteriores do Catar, 13 israelitas (incluindo dupla nacionalidade), 10 tailandeses e um filipino foram libertados pelo Hamas. O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, confirmou a libertação, pelo grupo islamita Hamas, de uma refém com nacionalidade portuguesa - Adina Moshe com 72 anos. Um grupo de 39 mulheres e crianças palestinianas presas em Israel desde antes da guerra, sairam da prisão de Ofer, em autocarros da Cruz Vermelha, ao fim do dia. Neste mesmo dia de ontem a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) informou que 137 camiões com ajuda humanitária entraram na Faixa de Gaza. Já no dia de hoje [sábado 25nov2023] dezassete reféns do Hamas, sequestrados em Gaza, foram libertados, com o acompanhamento da Cruz Vermelha, tendo chegado já a Israel durante a madrugada.
Ana França no Expresso em 22nov2023
Um acordo que começou a ser montado logo depois do massacre de 7 de outubro acabou por resultar na já quase certa libertação de 50 mulheres e crianças levadas pelo Hamas para Gaza nesse dia. (...) As negociações foram difíceis e a opinião pública israelita teve um papel essencial neste desfecho, por nunca aliviar a pressão sobre o Governo de Netanyahu.
Entretanto...
Os primeiros-ministros da Bélgica e de Espanha criticaram Israel pelo sofrimento dos civis palestinianos durante as operações militares israelitas em Gaza. O espanhol Pedro Sanchez também apelou ao reconhecimento de um Estado palestiniano pela União Europeia, dizendo que o governo espanhol poderia fazê-lo por conta própria. Na sequência destes comentários, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Eli Cohen, convocou os embaixadores destes dois países para uma dura reprimenda. “Condenamos as falsas alegações dos primeiros-ministros de Espanha e da Bélgica que apoiam o terrorismo”, disse Cohen. Já no início deste mês, Caroline Gennez, ministra belga da cooperação para o desenvolvimento e das principais cidades, disse que a Bélgica estava a considerar o reconhecimento do estado da Palestina.
Também já se ficou a saber que Telavive vai boicotar a reunião dos chefes da diplomacia dos 27 membros da União Europeia, de outros 15 países mediterrânicos e da Comissão Europeia que vão debater na segunda-feira [27nov2023] em Barcelona a situação no Médio Oriente, com a presença da Autoridade Palestiniana. Trata-se do oitavo Fórum Regional da União pelo Mediterrâneo (UpM).
O Egito acaba de informar ter recebido sinais positivos de todas as partes sobre uma possível extensão da trégua de quatro dias por mais um ou dois dias. Diaa Rashwan, chefe do Serviço de Informação do Estado (SIS) do Egito, disse num comunicado que o país estava a manter extensas conversações com todas as partes para chegar a um acordo sobre a extensão da trégua, o que “significa a libertação de mais detidos em Gaza e de prisioneiros palestinianos nas prisões israelitas”.
A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) afirma que uma das suas patrulhas foi atingida por tiros israelitas nas proximidades de Aytaroun, no sul do Líbano, embora não tenha havido vítimas. A UNIFIL condenou o ataque às suas forças de manutenção da paz, chamando-o de “profundamente preocupante”. “Lembramos veementemente às partes as suas obrigações de proteger as forças de manutenção da paz e evitar colocar em risco os homens e mulheres que trabalham para restaurar a estabilidade”, afirmou.
Uma pausa de cinco dias nos combates, monitorizada por vigilância aérea, poderá libertar dezenas de mulheres e crianças do cativeiro em Gaza. Um conjunto detalhado de termos escritos de seis páginas exigiria que todas as partes no conflito congelassem as operações de combate durante pelo menos cinco dias, enquanto inicialmente 50 ou mais reféns são libertados em lotes mais pequenos a cada 24 horas. A interrupção dos combates também visa permitir um aumento significativo na quantidade de assistência humanitária, incluindo combustível, para entrar no enclave sitiado vindo do Egito. A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, tuitou que “ainda não havia acordo, mas continuamos a trabalhar duro para conseguir um acordo”. Um porta-voz da Embaixada de Israel em Washington disse na noite de sábado que “não vamos comentar” nenhum aspecto da situação dos reféns.
[The Washington Post - 18nov2023]
Netanyahu não é fonte confiável sobre a guerra em Gaza
De acordo com uma sondagem publicada terça-feira [14nov2023] pela investigadora Gal Yavetz da Universidade Bar-Ilan, apenas 4% dos judeus israelitas consideram o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu uma fonte fiável de informação para a guerra Israel-Hamas. Em contraste, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Daniel Hagari, que tem comunicado regularmente desde 7 de outubro através das redes sociais e frequentes conferências de imprensa em hebraico e inglês, liderou a lista, já que 73,7% das pessoas entrevistadas o destacaram, como a fonte de informação mais confiável. [Ver notícia aqui]
Quarta-feira 22nov2023
O sionismo, a que também chamam nacionalismo judaico, propõe que a Diáspora Judaica volte toda para o atual Estado de Israel (a terra prometida por Deus aos judeus), proibindo até a assimilação dos judeus pelas sociedades dos países em que vivam. Já o judaísmo (ortodoxo, conservador ou reformista) é uma religião monoteísta milenar, estimada entre 12 e 14 milhões, ou aproximadamente 0,2% da população mundial total. Outra coisa é o atual Estado de Israel, que nos dados mais recentes tem uma população estimada em perto de 10 milhões de pessoas, sendo que 75% eram, de acordo com o governo, judeus israelitas, e Árabes aproximadamente 21% da população do país. No entanto mais de 500 mil (6,5% da população) vivem em colonatos (300 mil na Cisjordânia, mais de 7.800 na Faixa de Gaza e cerca de 18 mil nas nas colinas de Golã).
Jorge De Freitas Monteiro - Já desde 2005, quando Israel se retirou unilateralmente de Gaza, que não há qualquer colonato em Gaza.
Joaquim Figueiredo - Hitler tinha um pensamento análogo
Mário Paiva - Entretanto, em Março deste ano Israel revogou a lei de 2005 sobre a retirada dos colonatos da Cisjordânia. A medida é uma inversão das restrições à expansão dos colonatos israelitas. O parlamento israelita, Knesset, votou a revogação de uma lei de 2005 que levou ao desmantelamento de quatro colonatos judeus na Cisjordânia ocupada ao mesmo tempo que as tropas israelitas se retiravam da faixa de Gaza. A medida pode preparar o caminho para um regresso oficial israelita à zona abandonada da Cisjordânia, o que equivale a uma inversão das restrições à expansão dos colonatos israelitas. A iniciativa do governo de extrema-direita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu foi condenada pelos EUA e por vários outros países que a consideram como incendiária numa altura de tensões acrescidas.
Dois Estados é a solução
Paulo Teixeira - A solução que os palestinos recusam de 48
Gonçalo G. Moura - Paulo Teixeira recusaram pelo menos 8 vezes até aos nossos dias...
Rafael Pinto Borges - Paulo, Israel aceita-a?
Paulo Teixeira - Rafael Pinto Borges já o fez
Rafael Pinto Borges - Paulo Teixeira É falso, naturalmente. Israel declarou unilateralmente Jerusalém como sua capital, em violação do plano de partição da ONU, assim como largas áreas da Cisjordânia e os montes Golã sírios. Hoje, enquanto falamos, expulsa árabes das suas casas e oferece-as a colonos judaicos. Israel esteve, após Camp David, efectivamente próxima de um acordo de paz com os palestinianos. Infelizmente, só os segundos o cumpriram. Toda a política israelita desde então, com Netanyahu, tem tido um objectivo apenas: sabotar, pela ocupação e a colonização, qualquer esperança de um Estado palestiniano independente.
Paulo Teixeira - Rafael Pinto Borges podia contrapor outra narrativa. Palestina nunca existiu. Como entidade nos últimos mil anos. Israel é um estado tampão. A islamização forçada que está a ser feita no oriente médio nos últimos 100 anos tem um fim e um destino. Israel trava para já esse destino. Eu acho muito bem seja qual for o argumento aduzido a contrario
Rafael Pinto Borges - Paulo Teixeira Desconhecia o oposição do Paulo a Estados sem passado ou tradição que os justifique (e que é tão aplicável a uma Palestina árabe, no fundo, como a um Israel judaico). É recente, não?
Paulo Teixeira - Rafael Pinto Borges mesmo na ironia final escamoteias que sai a Rússia da Ucrânia e não o contrário... O que não deixa de ter piada. Israel defende nos do caos. Se gosto do sionismo não gosto. Mas gosto ainda menos do que vira se Israel desaparecer. Vejo te muito preocupado com a palestina... Olha eu não perco um segundo com eles
Rafael Pinto Borges - Paulo Teixeira Eu nunca escamoteio invenções. Não saiu nenhuma Rússia da Ucrânia, visto que nunca houve Ucrânia alguma. A primeira capital russa não foi Kiev, mas Novgorod; e o Estado-civilização que deu origem à Rússia, Ucrânia e Bielorrússia chamava-se Rússia, não Ucrânia. Tudo o resto é fiction literature digno de nacionalismo kosovar ou de Principado da Pontinha. Sobre o resto: os árabes palestinianos, como população autóctone da região e verdadeiros herdeiros das antigas monarquias judaicas da Palestina, não têm menor direito à paz, à vida, à justiça e à independência que os judeus europeus que ali acabaram, pela força, por estabelecer-se. Enquanto Israel não o entender, não é de crer que possa aspirar à tranquilidade. E disso resulta um perigo grave para o próprio Estado de Israel, a quem não favorecerem nem as tendências demográficas, nem as geopolíticas. Um amigo inteligente de Israel insistiria numa paz aceitável enquanto Israel ainda tem força para fazê-la.
A bomba mediática que aconteceu neste Jardim à Beira-Mar Plantado com o despoletar da "Operação Influencer" fez com que os meus comentários na NET não tenham acompanhado o conflito no Médio Oriente... mas continuo a ver, ler e ouvir tudo que acontece na martirizada Faixa de Gaza. E assim, um pouca à laia de “entendamo-nos”, verifico que até os comentadores mais “amigos” dos EUA e de Israel já são da opinião que tudo o que é demais é moléstia.
Nem o Hamas nem as forças fieis a Netanyahu são inocentes
As forças israelitas confirmaram na terça-feira [14nov2023] a morte de uma militar de 19 anos que foi feita refém em Gaza, depois de o Hamas ter divulgado imagens dela ainda viva, mostrando em seguida um corpo que dizia ser o da jovem, morta num ataque de Israel. É a primeira vez que Israel confirma uma declaração do Hamas, que tem dito que dezenas dos reféns que fez a 7 de outubro tinham morrido ou estavam desaparecidos devido aos ataques israelitas a Gaza. No vídeo do Hamas, que foi divulgado na segunda-feira [13nov2023], Noa Marciano identificava-se e dizia que estava refém em Gaza há quatro dias - as imagens têm data de 11 de outubro. Seguem-se depois imagens de uma jovem mulher, de aparência semelhante à de Marciano, mas desta vez deitada num lençol e com uma ferida sangrenta na cabeça. Uma legenda informa que a militar foi morta "num ataque aéreo pelo inimigo sionista" na quinta-feira [9nov2023] da semana passada. As forças israelitas não fazem qualquer comentário sobre as circunstâncias da morte de Noa Marciano, confirmando apenas a morte da jovem e o facto de ter sido raptada, esclarecendo ainda que fazia parte do corpo de defesa de fronteira.
Foi notícia no dia de ontem
O exército israelita está a conduzir, desde a madrugada, uma “operação precisa e orientada” contra o Hamas no Hospital al-Shifa. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, citado pela Al-Jazeera, estão cerca de 2.500 pessoas no hospital, entre as quais 600 feridos e 36 recém-nascidos. Os soldados israelitas estão a realizar operações de busca dentro do hospital e a interrogatórios individuais às equipas médicas. “Antes de entrarem, as tropas da FDI (Forças de Defesa Israelitas) encontraram engenhos explosivos e células terroristas, e iniciou-se um combate, no qual terroristas foram mortos”, lê-se numa mensagem do Telegram, refere o jornal The Guardian.
O ataque ao maior hospital de Gaza continua, disse Muhammad Abu Salmiya à Al Jazeera Árabe, com as forças israelitas continuando a ser posicionadas em vários edifícios em todo o complexo. “O exército de ocupação está no prédio de diálise sem se preocupar em trazer combustível para ajudar os pacientes (...) Não conseguimos chegar à farmácia para tratar os pacientes, pois a ocupação atira em todos que se deslocam." Disse também que não se consegue comunicar com os médicos de todo o hospital para perguntar sobre o estado dos pacientes e que não tem conhecimento do estado dos bebés prematuros ali tratados. Abu Salmiya afirma que ninguém do exército israelita o contactou desde que o hospital foi invadido e que a água, a eletricidade e o oxigénio estão completamente cortados no interior. “As feridas dos pacientes começaram a apodrecer significativamente depois que todos os serviços do hospital foram interrompidos (...) O cheiro da morte está por toda parte.” afirmou o diretor do Hospital Al-Shifa.
Requiescat in Pace
O ministro dos Negócios Estrangeiros lamentou, nesta quarta-feira [15nov2023], a morte de três cidadãos portugueses em Gaza, dos quais dois menores, juntamente com dois familiares, e pediu a Israel para parar estes bombardeamentos. "O Governo português lamenta profundamente a morte de cinco pessoas esta tarde em Gaza, três cidadãos nacionais e dois familiares, fruto de um bombardeamento", declarou João Gomes Cravinho. Estes três portugueses, assim como dois palestinianos que morreram no mesmo bombardeamento, aguardavam a retirada por indicação de Portugal, referiu a diplomacia portuguesa em comunicado, lamentando as mortes.
Os números da vergonha
Os motivos já não são os mesmos da tentativa da reforma judicial quando o Governo de extrema-direita colocou em perigo a única democracia do Médio Oriente, mas as críticas à estratégia do governo de Netanyahu na gestão do conflito com o Hamas são cada vez mais audíveis nas ruas de Israel. No final do dia do último sábado [4nov2023] cerca de duas mil pessoas reuniram-se em frente à residência do primeiro-ministro, em Jerusalém, para exigir a demissão de Benjamin Netanyahu. A polícia montou barricadas, que foram derrubadas por alguns manifestantes, e considerou o protesto ilegal.
Luis Miguel Moreira - É pena que não haja na Palestina ( ou noutros lugares ) manifestações dos Palestinos contra o Hamas Todos se queixa da guerra mas incapazes de levantar a voz contra quem os meteu nesta guerra
David Ribeiro - Ou seja, para o Luis Miguel Moreira não interessa se os palestinianos da Faixa de Gaza são ou não apoiantes das ações terroristas do Hamas. Olho por olho, dente por dente, seja lá de quem for o "olho" e o "dente". parece ser a sua forma de resolver este eterno conflito.
Luis Miguel Moreira - Pelo contrário, preocupa me constatar que são todos apoiantes do Hamas. Não ouvi vozes discordantes, nem pessoas a queixar se de serem vítimas do Hamas. Não combateram os terroristas que os dominam , que os usam como escudos humanos, que usam túneis para atacar mas não sabem usar túneis para evacuar civis.
David Ribeiro - Meu caro Luis Miguel Moreira... apoiar os palestinianos não é a mesma coisa que apoiar os atos terroristas do Hamas.
Luis Miguel Moreira - David Ribeiro não saber criticar o Hamas (o que não é o mesmo que criticar os Palestinianos) é uma forma de o legitimar! Não se pode desculpar o silêncio dos Palestinianos em relação as atrocidades que o Hamas cometeu, e que continua a cometer! Os reféns ainda lá estão (provavelmente todos mortos).
Luis Miguel Moreira - A sua leitura daquilo que escrevi revela alguma iliteracia ou manifesta má vontade em perceber
Jorge Veiga - David Ribeiro e o meu amigo, depois do que se tem passado há imensos anos, o que propõe paa resolver o eterno conflito?
David Ribeiro - Jorge Veiga...cumprir-se as últimas resoluções da ONU que preconizam DOIS ESTADOS, e se for necessário uma força das Nações Unidas para o fazer cumprir por todos.
Jorge Veiga - David Ribeiro Resposta interessante, mas que na minha opinião não vai resolver nada. Há excepções, mas como sabe, cães e gatos juntos dão sarilho. Se nunca se deram bem, sendo que se podem englobar outros, conforme está descrito na Bíblia e na História (não sou religioso), vão agora tornarem-se amigos? Duvido...
David Ribeiro - Jorge Veiga... não será fácil, seguramente, mas na ex-Jugoslávia foi possível (para já... e com um grande controle, que terá sempre de haver). ...outra coisa. Os países ricos do Golfo, de tão ricos que estão, o que querem é PAZ, para poderem gozar toda a riqueza que o ouro negro lhes proporcionou.
Jorge Veiga - David Ribeiro A ex Jugoslávia durou pouco tempo e davam-se relativamente bem antes. Como disse, a região do médio oriente sempre foi um barril de pólvora desde que a história é história e se calhar até antes. Temos o Judeísmo, o Islão (sub-dividido em várias seitas) o Cristianismo (pouco) e outras de menor expressão. São guerras ou guerrilhas tribais que são cultivadas por quem lidera as partes e sem fim à vista. Com essa dos ricos do petróleo, concordo e se calhar é por isso que andam a tentar fazer algo, senão nem podem ver o CR7 em sossego. ...e mal será se o Irão se meter no assunto.
David Ribeiro - Aí é que está o "problema" deste conflito, Jorge Veiga.
Jorge Veiga - David Ribeiro esse e não só. Há outros interesses e de outros países.
David Ribeiro - Jorge Veiga... os EUA só vão entender a "asneira" de se meterem nesta alhada do Médio Oriente quando internamente a opinião pública lhes começar a "puxar as orelhas". Já foi assim que aconteceu quando uma crescente rejeição da população americana à guerra do Vietnam revolucionou a década de 1960, na maior parte do mundo ocidental.
Jorge Veiga - David Ribeiro tenho dúvidas. Há muitos descendentes de judeus nos EUA e os outros simpatizam com a causa, ignoro o porquê. Desde a IIWW e o que aconteceu com os Nazis? ...além disso os judeus têm grande influência mundial em comercios como o ouro, diamantes e divisas.
David Ribeiro - Jorge Veiga... no território israelita a maioria já não se identifica com o judaísmo religioso (tirando um grupo de fanáticos que não têm qualquer expressão). Dos muitos israelitas com quem convivi nos meus tempos de "mercenário" em Angola (anos 1985 e 86) não me recordo de algum deles manter qualquer ligação à religião judaica. E os judeus ricos que existem por este mundo fora o que querem é cada vez serem mais ricos, seja à custa de quem for.
Jorge Veiga - David Ribeiro o poder dos ortodoxos é suficiente para estragarem o governo actual. Parece que nã, mas ainda estão lá muitos judeus ortodoxos e dos outros, além dos muçulmanos que lá deixam trabalhar. Como disse antes, são como cão e gato.
David Ribeiro - Jorge Veiga... sobre os judeus ortodoxos. Vi há uns dias uma reportagem sobre a polícia israelita a reprimir violentamente uma ação de rua dos tais defensores das leis judaicas imutáveis... e fiquei pasmado quando os vi defender que o atual país não tem razão de existir pois só com a vinda do Messias poderá existir o Reino de Israel.
Jorge Veiga - David Ribeiro Pois...fanáticos até dizer basta. Como há fanáticos do outro lado. Depois querem acabar com uns e outros e acabam em guerra. E já não é a primeira vez, nem há-de ser a última...
Maria Teresa de Villas-Boas - Eu tenho uma opinião muito diferente........ talvez por ser historiadora.
E é assim quer estamos...
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Hakan Fidan, iniciaram hoje, em Ancara, o primeiro encontro desde o início da guerra entre Israel e o Hamas. Blinken vai tentar apaziguar as posições de Ancara - um dos aliados estratégicos mas também mais difíceis de Washington - em plena guerra em Gaza. Até ao momento não está previsto qualquer encontro com o Presidente turco Recep Tayyip Erdogan.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) vão abrir um corredor humanitário do norte para o sul de Gaza durante quatro horas, entre as 8h00 e as 12h00 (hora em Portugal). O porta-voz da armada israelita para a comunicação árabe, Avichay Adraee, recorreu à rede-social X para explicar que a passagem de Salah al Din Road vai ser reaberta “mais uma vez”. “Se se preocupam convosco e com os vossos entes queridos, rumem a sul de acordo com as nossas instruções. Não se preocupem e lembrem-se que os líderes do Hamas também já trataram de se colocarem em segurança”, aconselha Avichay Adraee.
O alto-representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros reconheceu hoje, na abertura de uma conferência com embaixadores em Bruxelas, que o agravamento do conflito israelo-palestiniano é “resultado de um falhanço político e moral coletivo” e que nada foi feito para o resolver realmente. “Sim… Comprometemo-nos formalmente com a solução dos dois Estados, mas sem um plano credível para atingir esse objetivo. A substância do problema israelo-palestiniano não é religiosa ou étnica. É um problema de duas populações que têm o mesmo direito a viver no mesmo território, por isso, precisam de partilhá-lo”, acrescentou o chefe da diplomacia europeia.
Ahed Tamimi, já considerada uma heroína na Cisjordânia ocupada, foi levada pelas forças israelitas durante a última noite sob suspeita de incitação à violência e ao terrorismo. O seu pai foi preso no início desta semana e sua mãe diz que ela e o irmão de Ahed receberam ameaças de prisão. Os israelitas alegam que Tamimi postou uma linguagem muito inflamatória numa conta do Instagram pedindo ataques muito violentos contra os israelitas. Mas sua mãe diz que foi uma conta falsa que compartilhou a postagem e acrescentou que havia várias contas no Instagram usando o nome e a foto de Ahed.
O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, fez ontem [6.ª feira 3nov2023] a sua primeira intervenção pública desde o início da guerra, num discurso transmitido pela televisão, começando por saudar os “mártires caídos” em diversas guerras, especificando os mortos em Gaza e na Cisjordânia. “Não morreram, estão no paraíso onde não há operações israelitas nem a arrogância americana”, disse Nasrallah. Referindo-se ao sofrimento do povo palestiniano disse que “ninguém move um dedo” para acabar com ele.
Qualificou o governo de Israel de “radical, estúpido e brutal” e referiu quatro razões para a revolta palestiniana: Milhares de detidos palestinianos em Israel; A envolvência da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém Oriental; O cerco à Faixa de Gaza, que condenam os palestinianos a viver como em “campos de concentração”; A situação na Cisjordânia, “perigosa e de risco”, em resultado da expansão dos colonatos judeus, de detenções diárias e da destruição de casas.
“Tinha de haver um grande evento que abalasse a entidade usurpadora e os seus apoiantes em Washington e Londres”, disse o líder do Hezbollah, referindo-se à “bendita operação” do Hamas de 7 de outubro. Nasrallah disse que a operação “Tempestade de al-Aqsa” foi “100% realizada pelos palestinianos”, acrescentando: “Não nos incomodamos com a ocultação do plano de ataque de 7 de Outubro pelo Hamas”. “O sigilo absoluto foi o que garantiu o sucesso da operação”, disse. O líder do Hezbollah saudou também os “fortes e bravos iraquianos e iemenitas [huthis] que estão envolvidos nesta guerra santa”.
Na sua intervenção televisionada, Hassan Nasrallah afirmou que “o que aconteceu confirma que o Irão não exerce qualquer tutela sobre as fações da resistência e que os verdadeiros decisores são os líderes da resistência". O líder do Hezbollah aludiu, implicitamente, à visita a Israel do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que discursava à mesma hora, em Telavive. “Nada sequer começou e vemos os países de todo o mundo a enviar os seus Presidentes, os seus ministros, os seus generais, os seus arsenais, os seus milhares de milhões para apoiar esta entidade ilegítima [Israel].”
Hassan Nasrallah terminou a sua intervenção com um aviso a Israel. “Todos os cenários estão em aberto na nossa frente sul libanesa”, disse o líder do Hezbollah. “Todas as opções estão definidas e podemos adota-las em qualquer altura.”
Populares prestaram homenagem no Porto às vítimas palestinianas
Quando estas homenagens forem espontâneas e apartidárias, chova ou faça sol, então EU ESTAREI LÁ.
É assim que estamos...
Os ataques israelitas atingiram perto de pelo menos três hospitais em Gaza, segundo as autoridades de saúde locais, incluindo um que atingiu um comboio médico perto do Hospital Al-Shifa, na cidade de Gaza, matando 15 pessoas e ferindo outras 16. Uma escola que acolhe deslocados no bairro de Saftawi também foi atingida num ataque israelita que matou pelo menos 20 pessoas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Num ataque separado, crianças estão entre os pelo menos 14 palestinianos mortos enquanto escapavam para o sul ao longo da estrada costeira de Gaza, segundo autoridades locais. A agência da ONU para os refugiados palestinianos afirmou que já não pode fornecer segurança em abrigos sob a bandeira da ONU. A UNRWA disse que pelo menos 38 pessoas morreram em instalações da ONU desde o início da guerra.
Os chefes da diplomacia da Jordânia, Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar reuniram-se este sábado com o homólogo norte-americano, Antony Blinken, em Amã, para discutir como “cessar a guerra em Gaza”. Um representante da Autoridade Palestina também participou do encontro.
Chico Gouveia - Os israelitas já disseram. É simples: libertem os reféns.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, e o ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, estiveram hoje, em conferência de imprensa, na capital da Jordânia. Pontos principais das três declarações: Safadi iniciou a conferência sublinhando a importância de um imediato cessar-fogo para todos os países árabes. Disse ainda que para a Jordânia não é aceitável a “morte de inocentes” e destruição em “legítima defesa”. Já Antony Blinken começou por agradecer ao Egito por facilitar a passagem de civis feridos entre Gaza e Egito. De seguida voltou a sublinhar a posição dos EUA: Israel tem direito a defesa, mas acrescentou “deve tomar todas as medidas possíveis para evitar vítimas civis”. Por último, falou Shoukry. Voltou a apelar por um cessar-fogo e disse que qualquer discussão sobre o futuro de Gaza, sem o Hamas, é “prematura”.
Chico Gouveia - David Ribeiro todos muito comedidos. Ninguém arrisca nada. Política dos testículos: participam mas não entram. Este Blinken devia ser o sucessor de Biden.
David Ribeiro - A verdade, Chico Gouveia, é que Antony Blinken foi de Israel para Amã de mãos vazias e saiu da Jordânia para a capital turca, novamente de mãos vazias. Os EUA ao "casar-se" com o primeiro-ministro Netanyahu e a sua guerra em Gaza, não consegue ser reconhecido por ninguém como mediador neste conflito. As notícias vindas dos "States" dizem que por lá as manifs pró-palestinianas são cada vez mais e com maior número de manifestantes.
Artigo publicado em 1nov2023 por Kimberly Halkett, jornalista da Al Jazeera acreditada na Casa Branca:
Membros da administração Biden ‘não se sentem confortáveis’ com a política do presidente dos EUA para Israel. Há uma pressão enorme [sobre Biden para controlar Israel] e é ao mesmo tempo visível e… invisível, em termos de estar a acontecer dentro do governo onde o público não consegue ver. É claro que todos estamos a assistir aos protestos públicos que estão a acontecer à escala global, sejam as greves, as manifestações encenadas, as cartas abertas que estão a ser divulgadas nos jornais. Mas o que também ouvimos e [o que] está a ser relatado aqui nos Estados Unidos é que há membros da administração Biden que não estão confortáveis com a política do presidente em relação a Israel e estão a tornar-se cada vez mais expressivos. Na verdade, sabemos que o Departamento de Estado está agora a oferecer sessões de esclarecimento para alguns membros do [departamento] que sentem que as suas crenças pessoais não estão alinhadas com a política do presidente e com o que está a acontecer no terreno em Gaza. E o que nos dizem é que o presidente não está a ouvir os especialistas, mas sim a alinhar-se com um círculo muito unido de conselheiros, que essencialmente lhe dão conselhos sobre como proceder.
Grande atividade diplomática no Médio Oriente
Segundo um comunicado do Departamento de Estado dos EUA, Antony Blinken e o príncipe Khalid bin Salman Al Saud, ministro da Defesa saudita, encontraram-se esta 4.ª feira [1nov2023] para falar sobre a situação humanitária em Gaza e sobre a necessidade de reforçar a estabilidade da região. “O secretário afirmou a importância de atender às necessidades humanitárias em Gaza, evitando uma maior propagação do conflito e reforçando a estabilidade e segurança regionais, incluindo no Iémen (...) Também enfatizou a importância de trabalhar em prol de uma paz sustentável entre israelitas e palestinianos, uma prioridade compartilhada tanto pelos Estados Unidos quanto pela Arábia Saudita”, explica o comunicado.
O parlamento do Bahrain anunciou esta 5.ª feira [2nov2023] que ordenou o regresso do embaixador em Telavive e vai cortar as relações económicas com Israel. Do lado de Israel, a decisão do Bahrain ainda está a ser analisada, noticia o Haaretz [jornal diário israelita]. Contudo, o embaixador israelita em Manama já abandonou o país. A embaixada de Israel esteve assim aberta durante menos de dois meses, uma vez que só tinha reaberta no início de setembro, três anos após os dois países terem normalizado relações. Na altura, o chefe da diplomacia do Bahrain - citado pela Reuters - tinha apontado que a reabertura da embaixada como “sinal do compromisso partilhado para com a segurança e prosperidade de todos os povos da região”. O anúncio chega um dia após a Jordânia ter chamado o seu embaixador em Israel em protesto contra a “catástrofe” decorrente dos ataques de Israel à Faixa de Gaza, nota a Al Jazeera. Também esta semana, a Bolívia cortou relações e o Chile e a Colômbia já tinham chamado os seus embaixadores.
Durante a tarde de 5.ª feira [2out2023], funcionários da Casa Branca têm dito que o secretário de Estado, Antony Blinken, quando chegar a Israel, apresentará ao primeiro-ministro israelita um pedido de “breve cessação das hostilidades”, como se diz, para permitir duas coisas: tirar as pessoas capturadas e também levar [suprimentos] humanitários. Os responsáveis dizem que estas pausas, pausas humanitárias como são descritas - e usam o plural - serão limitadas pela duração e pelo local. Também é muito interessante que funcionários da Casa Branca revelaram que o Presidente Biden pediu ao primeiro-ministro israelita uma pausa nas hostilidades no dia 20 de Outubro para libertar dois americanos que tinham sido mantidos em cativeiro. Citam isso como exemplo de que isso pode ser feito e que os esforços do secretário de Estado para conseguir que o primeiro-ministro israelita concorde com estas “breves cessações de hostilidade” são algo que tem um precedente.
O principal diplomata dos EUA irá reunir-se hoje [6.ª feira 3nov2023] com vários líderes israelitas: Antony Blinken conversará primeiro com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Irá também reunir-se com membros do gabinete de guerra do país. Depois, o secretário de Estado deverá reunir-se com o presidente Isaac Herzog. Finalmente, espera-se que ele se encontre com o líder da oposição, Yair Lapid.
Estamos a correr o risco do antissemitismo se alastrar por todo o mundo e para isto não acontecer as críticas à brutal e desproporcionada resposta militar de Israel ao terrível e inesperado ataque do Hamas em 7 de outubro não devem repercutir-se contra os judeus, pois a maioria deles opõem-se claramente à linha dura deste governo de Benjamin Netanyahu.
Sarah Corsino - Só que em tempo de guerra não se limpam armas. Quando a guerra terminar que Netanyauh se demita e haja novas eleições. Eu também não gosto rigorosamente nada dele.
David Ribeiro - Os israelitas exigem, e com toda a razão, que se investigue rapidamente como foi possível os tão propalados "melhores serviços de Inteligência e de Operações Especiais do mundo", não terem previsto e acautelado os acontecimentos de 7 de outubro. Terá sido unicamente "ganha fama e deita-te na cama" ou algo mais terá acontecido?
Sarah Corsino - David Ribeiro não vou escrever aqui o que penso apenas porque seria longo. Mas acredito mais na 2ª hipótese. Eles eram atacados cerca de 200 dias por ano. Devem ter achado que era mais uma.... E nada é a 100%. Nem sequer o Iron Dome
Isabel Sousa Braga - David Ribeiro realmente eu também queria saber. Se eles conseguem ouvir as conversas telefónicas entre os fulanos em Gaza ( no caso do hospital ) não detectaram /ouviram o planeamento de 7 de Outubro? Não deve ter sido um telefonema simples daqueles como o outro fazia " preciso de umas fotocópias".
Mário Paiva - ...mas é tudo tão simples... uma cambada de vilões muito maus de um lado combatidos por anjos e santinhos do outro... For years, Netanyahu propped up Hamas. Now it’s blown up in our faces
David Ribeiro - Pois é, Mário Paiva... mas os Falcões israelitas dizem-nos que isso agora não interessa nada.
Marcelo... uma no cravo outra na ferradura
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse esta sexta-feira ao chefe da missão diplomática da Palestina em Portugal que alguns palestinianos "não deviam ter começado" esta guerra com Israel e aconselhou-os a serem moderados e pacíficos. "Desta vez foi alguém do vosso lado que começou. Não deviam", considerou o chefe de Estado português, num diálogo com Nabil Abuznaid, em inglês, durante uma visita ao Bazar Diplomático, no Centro de Congressos de Lisboa.
Uma hora depois da conversa pública com o embaixador palestiniano, o Presidente da República voltou atrás para criticar Israel na questão dos colonatos ilegais e da morte de civis e dizer que o ataque terroristas do Hamas serviu de “pretexto” à reação israelita.
Rui Lopes A. D'Orey - homenzinho pequeno e mesquinho. Sem espinha dorsal
Jorge Veiga - Rui Lopes A. D'Orey conheço piores.
Rui Lopes A. D'Orey - Jorge Veiga verdade
António Vilar Ribeiro - É um tonto
Isabel Sousa Braga - Ahahahah
Mário Paiva - ...é no que dá querer ficar bem em todas as fotos... depois queixam-se dos fotógrafos, claro...
Os residentes de Gaza estão a ficar “cada vez mais desesperados à medida que procuram comida, água e abrigo no meio da implacável campanha de bombardeamentos (...) um cessar-fogo humanitário imediato tornou-se uma questão de vida ou morte para milhões” em Gaza.
É assim que estamos...
Disseram as Brigadas al-Qassam, o braço armado do Hamas, sobre os confrontos com forças israelitas na Faixa de Gaza nos últimos dias: Eliminamos uma força sionista depois de esta ter entrado num edifício em Beit Hanoun. Visamos uma escavadora e um veículo que transportava soldados. Estamos envolvidos em batalhas violentas no sul da Cidade de Gaza e no noroeste de Gaza, destruindo vários veículos israelitas que penetram nas áreas norte e sul da Cidade de Gaza.
O Ministério do Interior de Gaza informou que o campo de refugiados de Jabalia foi “completamente destruído” pelo bombardeamento israelita. “Esses edifícios abrigam centenas de cidadãos. A força aérea da ocupação destruiu este distrito com seis bombas fabricadas nos EUA. É o mais recente massacre causado pela agressão israelita na Faixa de Gaza”, disse o porta-voz Iyad al-Bazum aos jornalistas à porta de um hospital em Khan Younis. Cerca de 400 pessoas estavam mortas ou feridas. “A comunidade internacional deve agir imediatamente para deter Israel antes que seja tarde demais.”
A situação é cada vez mais tensa em toda a Cisjordânia ocupada. O serviço de segurança israelita Shin Bet alertou o governo de Israel sobre uma “explosão” de violência potencial devido ao aumento dos ataques de colonos. Há já 125 pessoas que foram mortas desde que estes ataques começaram, em 7 de outubro, e outras 1.700 presas. A economia aqui – que sofreu tremendamente durante décadas de ocupação – está agora a sofrer uma hemorragia ainda pior devido ao recente confinamento. A liberdade de circulação – coisas simples como levar as crianças à escola e às compras – tornou-se muito mais difícil. Este foi um aviso muito severo do serviço de segurança interna de Israel.
Francisco Bismarck - Nao estamos um bocadinho cansados do vitimismo dos que se escondem sob hospitais e civis?
David Ribeiro - Francisco Bismarck... quem não tem para onde fugir os hospitais ou edifícios dos diversos organismos da ONU é o refúgio possível. Na Faixa de Gaza nem todos são Hamas.
Francisco Bismarck - David Ribeiro pois nao. O Hamas é que se aproveita da situacao e distinguir nao é fácil.
David Ribeiro - Francisco Bismarck... e por ser difícil distinguir terroristas de cidadãos inocentes é que recorrer a bombardeamentos em grande escala é criminoso. Então Israel não tem um altamente eficaz exército e os melhores serviços de inteligência do mundo?... Está cá a parecer-me que ganharam fama e deitaram-se na cama. E optaram pelo mais fácil e bárbaro meio de combate: bombardeamentos aéreos constantes.
Francisco Bismarck - David Ribeiro quais as alternativas?os bombardeamentos poupam baixas proprias
David Ribeiro - Francisco Bismarck... claro que poupam baixas próprias, mas matam inocentes. Até entre os aliados de Israel se concorda que se deve usar unicamente resposta “proporcional”, ou seja, a força necessária e suficiente para alcançar o objetivo legítimo que, neste caso, é destruir a capacidade militar do Hamas.
O martirizado campo de refugiados de Jabalia tinha uma população registada de 195.249 em 31dez2008 (107.590 no acampamento e 87.659 fora do mesmo) e está localizado no extremo norte da Faixa de Gaza, perto da fronteira com Israel e de uma aldeia com o mesmo nome. O acampamento cobre apenas uma área de 1,4 km2, tornando-o um dos lugares mais densamente povoados da Terra. A Primeira Intifada em dezembro de 1987 começou em Jabalia. O campo tem sido palco de muita violência no conflito israelo-palestiniano. É também considerado um importante reduto do movimento Hamas. O campo é o maior campo de refugiados em território palestino.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, repetiu apelos para que Israel siga o direito humanitário internacional numa ligação com o presidente israelita, Isaac Herzog, disse o Departamento de Estado. Blinken também repetiu que o “direito de Israel de se defender” deveria incluir “precauções viáveis… para minimizar os danos aos civis". Numa viagem anterior ao Médio Oriente durante a guerra em Gaza, Blinken visitou vários países, incluindo Jordânia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Egito.
A Turquia e o Irão apelaram a uma conferência regional destinada a evitar a propagação da guerra no Médio Oriente. “Não queremos que a tragédia humana em Gaza se transforme numa guerra que afete a região”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan. “Estes cercos e ataques desumanos contra os nossos irmãos de Gaza são uma clara violação do direito internacional.”
Gonçalo G. Moura - Como de costume a Turquia é de uma enorme hipocrisia... Presidente da Turquia defende Hamas, e Israel chama diplomatas de volta
Jose Pinto Pais - Vindo desses dois só para rir
Gonçalo G. Moura - Jose Pinto Pais eu o Irão nem comento...
Ainda é pouco... mas já é alguma coisa
A passagem fronteiriça de Rafah que liga o Egito à Faixa de Gaza foi temporariamente aberta para permitir a saída de um número limitado de pessoas gravemente feridas e de cidadãos estrangeiros, enquanto as forças israelitas prosseguem com a sua ofensiva terrestre e aérea no enclave sitiado. Segundo foi relatado o Egito preparou um hospital de campanha em Sheikh Zuwayed, no Sinai. Ambulâncias podiam ser vistas esperando no cruzamento de Rafah. O serviço de fronteiras palestiniano - a Autoridade Geral para as Passagens em Gaza - informou a cadeia de televisão Al Jazeera (por volta das 15h30 GMT) que já entraram no Egito um total de 76 feridos e 335 titulares de passaportes estrangeiros. Um funcionário do Ministério da Saúde em Gaza revelou à Associated Press que dez dos feridos que estavam para ser evacuados acabaram por morrer antes de conseguirem atravessar a fronteira.
...e já há sinais de uma rutura no gabinete de guerra israelita
O primeiro-ministro Netanyahu “deve retratar-se” de uma declaração em que culpou as agências de segurança do país pelo ataque de 7 de outubro, disse Benny Gantz, general reformado e membro do gabinete de guerra de Israel. “Quando estamos em guerra, a liderança deve mostrar responsabilidade, decidir fazer as coisas certas e fortalecer as forças de uma forma que possam realizar o que exigimos delas. Qualquer outra ação ou declaração prejudica a capacidade de resistência das pessoas e sua força”, disse Gantz no X. Este seu comentário veio depois das afirmações de Netanyahu no sábado [28out2023] em que disse não ter recebido nenhum aviso sobre a intenção do grupo armado de planejar um ataque a Israel, culpando o chefe do exército e dos serviços de inteligência.
Mas há agora mais políticos israelitas a criticar os comentários de Netanyahu, onde culpou os chefes de segurança do país pelo ataque de 7 de Outubro. “O problema não são os avisos específicos, mas todo o equívoco. A política de contenção, a dissuasão imaginária e a compra de uma paz temporária a um preço exorbitante, [estes] são os pais de todos os pecados”, disse o ministro da Segurança Nacional e líder de extrema direita, Itamar Ben-Gvir, no X. No entanto, tais discussões “não são para agora”, disse ele, acrescentando que haverá “muito tempo mais tarde para um acerto de contas comovente”. Outros líderes israelitas que se juntaram ao coro contra os comentários de Netanyahu incluem o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Gabi Ashkenazi e o presidente do Partido Trabalhista, Merav Michaeli.
"Eu estava errado. As coisas que eu disse não deveriam ter sido ditas e peço desculpas por isso. Dou total apoio a todos os chefes das forças de segurança”, disse Netanyahu no X. O seu pedido de desculpas veio após uma manhã tempestuosa para o primeiro-ministro de Israel, quando políticos de todo o espectro político o criticaram por inflamar a divisão dentro do establishment israelita.
Jorge Veiga - Isto são salpicos de lama no carro que andou num pântano. Só que quem criou o pântano foram outros, que se estivessem quietos, nada teria acontecido. Há assuntos por resolver, mas nunca assim.
Entretanto...
(Tanques israelitas e outros veículos militares manobram dentro de Gaza)
Vários correspondentes da Al Jazeera no terreno estão a informar que tanques israelitas estão agora [manhã de segunda-feira 30out2023] a aproximar-se dos arredores da Cidade de Gaza. Testemunhas também disseram à agência de notícias AFP que os tanques estão nos limites da Cidade de Gaza e cortam uma estrada importante que liga o norte ao sul do território palestiniano devastado pela guerra.
Fontes palestinianas disseram à Al Jazeera que os tanques israelitas estão dividindo a Faixa de Gaza em duas partes após a sua incursão em direção à rua Salah al-Din, que passa verticalmente pelo enclave.
“A resistência palestiniana atacou os tanques israelitas na rua Salah Al Din”, disse há momentos [9h22 (GMT) de hoje 30out2023] Hazem Qasem, porta-voz do Hamas em Gaza, confirmando as notícias que têm vindo a ser relatadas sobre tanques israelitas que se aproximam dos arredores da Cidade de Gaza. Acrescentou que os tanques israelitas também invadiram uma área no sudeste de Gaza, depois de destruí-la anteriormente por ataques aéreos.
As forças israelitas emitiram um aviso instruindo as pessoas a não viajarem entre o sul e o norte da Faixa de Gaza.
Várias fontes também relataram tanques movendo-se da parte norte da Faixa de Gaza em direção à Cidade de Gaza.
Israel diz que operações em Gaza vão "aumentar"
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, disse nesta manhã de segunda-feira [30out2023] durante uma conferência de imprensa, que “As nossas atividades e operações vão continuar e aumentar de acordo com as fases da guerra. Esta é uma operação terrestre alargada à Faixa de Gaza. Forças terrestres, tanques, infantaria estão a avançar em direção aos terroristas”. Daniel Hagari referiu ainda que há confrontos diretos entre as forças terrestres israelitas e o Hamas na Faixa de Gaza.
Isabel Ponce de Leão - Que os confrontos sejam só com o Hamas!
Al Jazeera às 10h15 (GMT) de segunda-feira 30out2023
Os tanques israelitas que se aproximavam dos arredores da Cidade de Gaza recuaram, de acordo com o chefe do gabinete do governo do Hamas em Gaza. Os tanques chegaram à rua Salah al-Din, a uma distância de cerca de 3 km da cerca de Gaza.
Al Jazeera às 13h50 (GMT) de segunda-feira 30out2023
O grupo Hamas divulgou um vídeo que mostrará três mulheres que mantém em cativeiro. No clipe de 76 segundos, uma das mulheres critica em hebraico o governo israelita por não ter protegido as pessoas durante o ataque do Hamas em 7 de outubro e pede que Israel realize uma troca de prisioneiros. Israel diz que pelo menos 239 pessoas estão mantidas em cativeiro. Não foi possível verificar imediatamente a identidade das mulheres. Perto de uma hora depois o gabinete do primeiro-ministro israelita emitiu uma declaração em resposta ao vídeo: “Esta é uma propaganda psicológica cruel do Hamas-ISIS. Estamos abraçando as famílias. Faremos tudo para devolver todas as pessoas sequestradas e desaparecidas para casa.”
Expresso às 14h18 de segunda-feira 30out2023
Há mais notícias de combates entre a milícia libanesa Hezbollah e o exército israelita, segundo as próprias Forças de Defesa de Israel fizeram saber ao início desta tarde, através do seu principal porta-voz, Daniel Hagari. O Hezbollah atacou uma posição do exército israelita na fronteira com o Líbano, e as forças israelitas estão a responder com fogo de artilharia contra a origem do ataque. Os ataques a partir do Líbano intensificaram-se desde sábado após a expansão das operações terrestres israelitas em Gaza na noite de sexta-feira.
Conselho de Segurança das Nações Unidas
Vai reunir-se hoje [segunda-feira 30out2023] para discutir “a situação no Médio Oriente, incluindo a questão palestiniana”, de acordo com a agenda oficial do Conselho de Segurança da ONU. Será esta tarde, e foi marcada a pedido dos Emirados Árabes Unidos.
Artigo de opinião de Peter Bergen, analista de segurança nacional da CNN, vice-presidente da New America, professor na Universidade do Estado do Arizona, nos EUA, e apresentador do podcast “In the Room With Peter Bergen”. Faz parte do conselho consultivo da James W. Foley Legacy Foundation, que defende reféns norte-americanos.
CNN às 12h03 de 26out2023
De acordo com as autoridades israelitas, há cerca de 150 reféns detidos em Gaza. Entretanto, 17 americanos estão desaparecidos e o Hamas pode estar a reter um número desconhecido deles, de acordo com a Casa Branca. (...) A abordagem com o menor risco provável para os reféns é uma libertação negociada. Poucos governos têm muita influência sobre o Hamas, mas o Catar tem, pois forneceu centenas de milhões de dólares a famílias pobres de Gaza nos últimos anos. Por exemplo, no mês passado, funcionários do Catar ajudaram a garantir a libertação de cinco prisioneiros americanos detidos pelo Irão, o que incluiu o descongelamento de 6 mil milhões de dólares de receitas do petróleo iraniano, que foram enviados para um banco do Catar para serem utilizados para fins humanitários no Irão. Os funcionários oficiais do Catar já estão a comunicar com o Hamas sobre o acordo que poderá ser feito para libertar os reféns que têm em seu poder. Se houver uma troca de prisioneiros, o Hamas já fez um acordo difícil no passado, trocando o soldado israelita Gilad Shalit em 2011 por mais de mil prisioneiros palestinianos detidos por Israel. (...) Quando o Daesh raptou jornalistas e trabalhadores humanitários americanos a partir de 2012, os EUA lançaram uma operação de resgate em 2014 com base em indicações de que estavam detidos num determinado local na Síria, mas os reféns já tinham sido transferidos quando a operação foi realizada. Posteriormente, o Daesh assassinou os americanos. Os resgates também podem ser perigosos para os reféns, mesmo quando são usadas as forças de operações especiais mais competentes. Em 2010, os talibãs raptaram a trabalhadora humanitária britânica Linda Norgrove e a equipa SEAL Team Six da Marinha dos EUA lançou uma operação de resgate. Investigações posteriores revelaram que Norgrove foi morta por uma granada de fragmentação lançada por um membro da equipa SEAL durante a operação. Os sequestradores também podem matar o prisioneiro durante as operações de resgate. Em 2014, durante uma operação de resgate da equipa SEAL Team Six no Iémen, o jornalista americano Luke Somers foi morto pelos seus captores da Al Qaeda. (...) Em suma, uma libertação negociada dos reféns, mediada talvez pelo Catar, é a abordagem de menor risco para os libertar. Se o Hamas pudesse libertar as crianças e os idosos reféns que o grupo parece estar a manter, isso seria um bom começo. A promessa desta abordagem foi demonstrada na sexta-feira [20out2023] quando, em resultado das negociações entre o Hamas e o Qatar, o Hamas libertou dois cidadãos americanos, uma mãe e a sua filha.
Hamas descarta nacionalidades específicas para libertar reféns
O movimento islamita palestiniano Hamas afirmou ontem [sexta-feira 27out2023] que não fará distinção entre reféns israelitas ou de outras nacionalidades em possíveis libertações futuras, embora, após reuniões nas últimas horas em Moscovo, admita alguma deferência com os “amigos russos”. “Para nós, todos os reféns são israelitas”, afirmou um porta-voz do gabinete político do Hamas, Musa Abu Marzuk, em entrevista à agência russa Sputnik, na qual destacou que “a maioria” das pessoas raptadas nos ataques de 07 de outubro têm “alguma outra nacionalidade” além da de Israel. Abu Marzuk reconheceu que muitos dos países que têm cidadãos sob cativeiro apresentaram algum tipo de pedido, incluindo “amigos russos”. Face à exigência de Moscovo de libertação dos reféns, o porta-voz do Hamas prometeu que o grupo tratará o pedido russo “de uma forma mais positiva e com maior atenção do que outros”, tendo em conta “a natureza das relações bilaterais”.
Francisco Bismarck - Esse porta-voz que caia em maos israelitas...
Tentativas para a libertação de reféns do Hamas
Os EUA dizem estar em "conversações ativas" com Israel sobre uma pausa humanitária para permitir a libertação de reféns do Hamas em Gaza. "Se isso requer uma pausa temporária, então apoiamos totalmente. Apoiamos qualquer esforço que possa ser feito para levá-los para casa em segurança e para as suas famílias".
O secretário-geral da ONU, António Guterres, numa reunião na sexta-feira [27out2023] em Nova Iorque, expressou ao ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, "a importância da contribuição iraniana para a libertação incondicional e imediata" dos reféns do Hamas. Na quinta-feira [26out2023] o próprio Abdolahian ofereceu explicitamente a mediação do seu país para conseguir a libertação desses reféns “civis”. De acordo com um comunicado divulgado pelo gabinete de António Guterres, Abdolahian disse que o Hamas – um movimento com o qual o seu país mantém estreitas relações – exigiria em troca a libertação de cerca de seis mil prisioneiros palestinianos atualmente em prisões israelitas.
As famílias dos reféns do grupo islamita Hamas detidos na Faixa de Gaza, na sua maioria israelitas, manifestaram-se ontem [27out2023] preocupadas e exigiram explicações ao governo de Telavive após os intensos bombardeamentos do exército contra este território palestiniano. A alegação dos militares de que têm como alvo a infra-estrutura dos túneis gerou medo entre as famílias de que os líderes militares estejam a ser arrogantes com as vidas dos cativos, que se acredita estarem detidos dentro dos túneis. Segundo o exército israelita 229 pessoas estão mantidas reféns depois de terem sido tomadas pelas forcas do Hamas na Faixa de Gaza.
O grupo islamita Hamas está a tentar localizar oito reféns com dupla nacionalidade, russa e israelita, para os libertar, disse hoje [sábado 28out2023] um dos seus altos funcionários, Moussa Abou Marzouk, que se encontra em visita a Moscovo. "Estamos agora à procura das pessoas que foram identificadas pelo lado russo. É difícil, mas estamos à procura. E assim que os encontrarmos, iremos libertá-los", declarou Moussa Abou Marzouk, citado pela agência de notícias do estado russo Ria Novosti.
O porta-voz das Brigadas al-Qassam do Hamas, Abu Obaida, disse que os ataques aéreos e bombardeamentos israelitas mataram 50 prisioneiros. Abu Obaida disse que o “preço” do retorno de todos os cativos é a libertação de todos os palestinos detidos nas prisões israelitas e “se o inimigo quiser resolver esta questão, estamos prontos”.
Elijah Magnier, analista militar e político, diz que o governo israelita está “totalmente consciente” de que os reféns em Gaza não podem ser libertados através da força militar e “Israel nunca conseguiu libertar ninguém em cativeiro através de ação militar”.
O líder do Hamas na Faixa de Gaza, Yahya Sinwar, diz que o grupo está pronto para uma troca “imediata” de prisioneiros com Israel. “Estamos prontos para realizar um acordo imediato de troca de prisioneiros que inclua a libertação de todos os prisioneiros palestinianos das prisões israelitas em troca de todos os prisioneiros detidos pela resistência palestiniana”, disse Sinwar em comunicado. O Catar tem conduzido diplomacia nos bastidores há mais de três semanas, conversando com autoridades do Hamas e com Israel para promover a paz e garantir a libertação de reféns. Existem 19 prisões em Israel e uma na Cisjordânia ocupada que detêm milhares de prisioneiros palestinos.
Durante a noite de quarta para quinta-feira [25 para 26out2023] as Forças de Defesa de Israel (IDF) efetuaram um ataque relampago com tanques e infantaria direcionado ao norte da Faixa de Gaza, o que se pensa ter sido parte dos preparativos para as próximas etapas do combate ao Hamas. Os soldados saíram da área no final da atividade, segundo informaram os militares israelitas. Ao fim da tarde de ontem um porta-voz militar israelita disse que ataques terrestres em Gaza como o realizado na noite de quarta-feira continuariam nos próximos dias e cada vez mais contundentes. Acrescentou que os ataques estavam a remover explosivos e a preparar a área “para estar pronta para os próximos passos”.
Diplomacia iraniana apela ao fim dos "crimes de guerra e genocídio"
Já ninguém deverá ter dúvidas que o Irão é o grande apoiante do Hamas e seu fornecedor de equipamentos bélicos, mas por isso, e não só, devemos todos ouvir com atenção o que disse o chefe da diplomacia iraniana, Hossein Amir Abdollahian, ao chegar a Nova Iorque para uma reunião extraordinária da Assembleia Geral da ONU: “O apoio total e cego dos Estados Unidos e de alguns países europeus ao regime israelita atingiu um ponto preocupante e existe a possibilidade de se perder o controlo da situação”... e por isso o Irão quer a cessação imediata dos “crimes de guerra e genocídio” na Faixa de Gaza, a entrega de ajuda humanitária e o fim da deslocação forçada da população do enclave palestiniano. E em boa verdade facilmente os apelos deste diplomata iraniano poderão ser incluídos em qualquer resolução da ONU e aceite por quem estiver de boa fé... não são parvos os diplomatas do Irão.
UNRWA com dificuldades nas suas operações humanitárias
A "guerrilha" entre o Governo de Israel e a ONU continua, com a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) a afirmar que precisa urgentemente de combustível para manter as operações humanitárias que salvam vidas e “se o combustível não for recebido em Gaza, a UNRWA será forçada a reduzir significativamente e, em alguns casos, a interromper as suas operações humanitárias na Faixa de Gaza, sendo muito críticas as próximas 24 horas”. Israel continua a recusar a entrada de combustível com carregamentos de ajuda, alegando que poderiam ser apreendidos pelo Hamas. Mais de 613 mil pessoas que ficaram sem casa devido à guerra estão abrigadas em 150 instalações da UNRWA espalhadas pelo território devastado. Nas últimas 24 horas, mais três funcionários da UNRWA foram mortos, elevando o total para 38 mortos.
Novas operações militares na Faixa de Gaza e na Cisjordânia
Israel realizou uma nova operação terrestre na Faixa de Gaza, com apoio de caças e 'drones', anunciou hoje o exército israelita num comunicado. A operação decorreu no setor central da Faixa de Gaza e visou alvos do grupo islamita palestiniano Hamas. Os soldados abandonaram em seguida o território palestiniano sem sofrer ferimentos, afirmou o exército. Paralelamente à operação terrestre, foram bombardeados alvos "pertencentes à organização terrorista Hamas" no centro do território "e em toda a Faixa de Gaza". O exército israelita disse ainda que destruiu lançadores de rockets e centros de comando do Hamas, para além de ter neutralizado alguns dos seus elementos. Na Cisjordânia ocupada, pelo menos quatro palestinianos morreram e outros doze ficaram feridos hoje na sequência de disparos durante uma operação do exército de Israel na cidade de Jenin. Nestes confrontos violentos as forças armadas israelitas destruíram ruas e infraestruturas, incluindo a principal fonte de abastecimento de água no campo de refugiados de Jenin.
O alastrar da guerra na região
Os Estados Unidos da América lançaram esta sexta-feira dois ataques contra instalações ligadas à Guarda Revolucionária do Irão no leste da Síria, informou o secretário de Defesa norte-americano, Lloyd Austin. Os ataques surgem depois de o Pentágono ter confirmado que pelo menos 21 soldados norte-americanos sofreram ferimentos ligeiros em vários ataques com drones perpetrados por milícias pró-iranianas no Iraque e na Síria desde 17 de outubro. Lloyd Austin esclareceu ainda que estes ataques não estão relacionados com a resposta dos EUA ao conflito entre Israel e o Hamas, e apelou a todos os países para que evitem tomar medidas que possam contribuir para que a guerra se estenda a outras regiões.
Crimes de guerra... dos dois lados da barricada
As Nações Unidas afirmam que atrocidades estão a ser cometidas por ambos os lados do conflito. “Estamos preocupados que crimes de guerra estejam sendo cometidos. Estamos preocupados com a punição coletiva dos habitantes de Gaza em resposta aos ataques atrozes do Hamas, que também equivaleram a crimes de guerra”, disse a porta-voz do Alto Comissariado para os Direitos Humanos (ACDH), Ravina Shamdasani, numa conferência de imprensa em Genebra. Chegou a hora de um tribunal independente avaliar se foram cometidos crimes de guerra, acrescentou.
Isabel Sousa Braga - Ninguém faz nada coitadas das crianças e de outros inocentes. Por cá vejo muita boa gente que se diz católica a bater palmas.
Jorge Veiga - Que foram cometidos crimes de guerra, foram. Arranjar um Tribunal independente é que me parece impossível.
Por onde eu ando...
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