Neste Primeiro de Maio o facto social e político mais relevante em Portugal é o início de uma greve de dez dias dos pilotos da TAP. O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) exige para os 985 pilotos da companhia aérea portuguesa uma participação no capital da empresa, na sequência de um acordo assinado em 1999, e ainda diuturnidades (subsídios de antiguidade) suspensas desde 2011. O Governo de Passos Coelho e Fernando Pinto, presidente executivo da transportadora, negam que isto alguma vez tenha sido acordado. O Grupo TAP tem uma dívida de 1.062 milhões de euros, capitais negativos em 512 milhões e as suas receitas na Venezuela estão retidas à espera de decisões judiciais. O panorama é negro e já todos dão a entender que o fim não será risonho, nem para os trabalhadores em particular, nem para os portugueses em geral. E depois de uns anos de relativo desafogo financeiro lá temos de novo a TAP com as calças nas mãos e à mercê do destino… é que já nem sabemos se alguém a quererá comprar nem que seja ao desbarato.
JN online 1Mai2015 09h25
A TAP cancelou 21 voos até às 8.00 da manhã, na sequência da greve dos pilotos, sendo que destes 21, seis tinham sido cancelados na véspera. Segundo Carina Correia, porta-voz da Transportadora Aérea Portuguesa, foram realizados 52 voos, número que abrange os serviços mínimos e os regressos a Portugal - também incluídos nos serviços mínimos, sem especificar o número de ligações cumpridas fora deste contexto. (...) No Porto, foram cancelados quatro voos (Roma, Lisboa, Madrid e Rio de Janeiro). O ambiente no aeroporto de Francisco Sá Carneiro era tranquilo, mas o balcão da TAP já registava alguma afluência de passageiros que pediam informações.
Comentários no Facebook
«Fernando Duarte» >> a partir de um certo montante de ordenado mensal, o direito à greve devia deixar de existir
«António Vidal» >> Direito á greve é inalianável. Podem é não ser justas. Pode ou não haver bom senso. Pode ou não haver qualquer ligação com a relação de trabalho, e aí os trabalhadores passam a abutres.
«João Thiago Rocha Ferreira» >> Tenho vôos marcados para Itália a 7 de Maio e é quase certo que será cancelado por causa desta greve, o que trará más consequências para mim e para mais 80 pessoas que iam receber formação minha. O meu vôo para Oslo a 15 de Maio já sofreu mudanças de horários pelo que já tive de mudar de planos. Sou mais que a favor do direito à greve. Mas não pode existir DEZ dias de greve, deve sim haver uma limitação porque nenhum trabalhador fica DEZ dias a protestar algo. Logo, não é de todo alienado porque um trabalhador que proteste 3 dias já se fez ouvir. Por isso, esta greve é inaceitável, é inconcebível, e absolutamente estúpida porque as consequências da mesma acabará em despedimentos.
«David Ribeiro» >> O mais grave nisto tudo é que há muito se deveria ter pensado seriamente no futuro da TAP e nada se fez, ou o que se fez foi asneira. A compra da Varig Manutenção foi um erro que se está a pagar muito caro e que consumiu todo o lucro que se tinha conseguido nos últimos anos.
«João Thiago Rocha Ferreira» >> É a pensar no futuro que se optou por esta via, concorde-se ou discorde-se. Mas temo que seja o próprio Sindicato dos Pilotos a marimbar-se pelo futuro da companhia.
«David Ribeiro» >> Vou mais longe nas minhas congeminações: Terá razão de existir uma companhia de aviação desta dimensão num país como o nosso? Se sim, teremos dinheiro para a sustentar?
«João Thiago Rocha Ferreira» >> O intuito da privatização responde à pergunta
«David Ribeiro» >> Sim, claro... Mas haverá quem esteja interessado em comprar uma TAP como a que conhecemos?... É que se é para transformar esta numa outra qualquer também podiamos ser nós (o Estado) a fazer isso.
«Joaquim Leal» >> Fernando Duarte, para ser sincero até não acho abusivo os ordenados dos pilotos para a habilitação e responsabilidade que têm. Lá fora, por exemplo na Qatar ou na Emirates é multiplicado por 3 ou 4, com regalias que aqui não dispõem, por exemplo casa, infantário para os filhos ou seguro de saúde tudo á borla. O que eu critico e acho mesmo é haver governantes no meu país que teçam este tipo de considerações – “Um piloto da TAP ganha mais do que um general, diz o ministro da Defesa” ...Eu preciso de um general para quê?
«David Ribeiro» >> Um general ainda vá que não vá... agora tantos é que não são seguramente precisos.
«Fernando Duarte» >> vocês não vêm que é uma armadilha ( na qual os pilotos caíram como patinhos estúpidos que são ) destinada a falir a TAP para que outra companhia compre a privatização por tuta e meia
«Joaquim Leal» >> O que está certamente na base desta greve é o interesse dos pilotos em quererem ser proprietários de parte da companhia perante a inevitabilidade da sua venda/privatização como é desejo do governo. Olha que na Carris, Metro e CP os motoristas e maquinistas se lembram da mesma coisa? Há pouco ouvia o comandante Ângelo Felgueiras, julgo que líder do sindicato dos pilotos na década de 90. Dizia ele mais ou menos isto: Em 1999 quando se celebrou o acordo de empresa previa-se 10 a 20% de participação dos pilotos no negócio do tráfego aéreo num tempo que era de vacas gordas. Agora exige-se a mesma participação sobre "nada" e com a ajuda desta paralização, "nada" vale "nada".
«Tiago Vasquez» >> A TAP a fechar iria prejudicar Lisboa, porque no Porto vivemos bem sem ela. Infelizmente.
«David Ribeiro» >> Ainda há momentos ouvi numa TV qualquer que o aeroporto de Faro não se estava a ressentir do cancelamento de voos da TAP... Podera, já poucos viajam para o Algarve nesta companhia.
«Jorge Veiga» >> Sempre em greve é um direito inalianável? E os passageiros que pagaram as viagens? E os portugueses que têm de pagar os prejuízos que a TAP vai acumulando, por esta e outras razões? Como é que se pode exigir ficar com 10 a 20% das acções da empresa só para a classe profissional dos pilotos? Os Pilotos são pessoas altamente qualificados e deixam-se cair em armadilhas? Estamos a falar de putos com a 4ª classe? Tenho visto esta gente dos transportes, quando não são uns são outros a fazer greves atrás de greves. Palhaçada que vai acabar dentro de uns meses.
«Tiago Vasquez» >> E no Porto mais de metade não é TAP ou TAL
«Joaquim Leal» >> Não me devo enganar muito mas voos TAP para Faro só os de e para Lisboa. Dois por dia, tudo o resto é estrangeirada.
«Emanuel Pedro» >> lixo tóxico fácil fecha a porta...
«Jorge Oliveira E Sousa» >> Se fosse médico não tratava um piloto grevista, se fosse padre não fazia o seu enterro, se fosse gasolineiro não lhes vendia gasolina, se fosse padeiro não tinha pão e assim por diante. É preciso de uma vez por todas colocar os pilotos no seu lugar. Não tenhamos medo deles. Rua... que vão voar para a Colombia onde devem ainda ganhar mais. Vivem quase todos na zona de Lisboa/Cascais. É preciso faze-los sentir a sua irresponsabilidade. E como estão quase todos juntos será mais fácil faze-los sentir o que custa ser indesejado nesta altura.
«Joaquim Magalhaes» >> Estava eu almocar e li no rodape num canal de televisao que um sindicalista da TAP ganhou 175 mil euros para originar esta greve, e aquilo que eu digo a muitos anos, pra estes sujeitos o Pais quanto pior melhor
«Joaquim Leal» >> Vou ser mais preciso: Esse senhor é comandante da TAP e enquanto tal tem por nome Lino Silva. Nas horas vagas é economista e andava a assessorar o sindicato dos pilotos desde 1999 como Paulo Rodrigues. Duas identidades para a mesma pessoa. Nunca dá a cara, recusa entrevistas e segundo os pilotos, utiliza uma linguagem económica e financeira que ninguém o percebe. Pelo menos entre 2007 e 2009 recebeu do sindicato a módica quantia de 1.176.450 "aéreos". Agora o melhor: Mesmo já desvinculado das obrigações de "part-time" continuou a receber do sindicato 250 euros á hora nos últimos dois anos o que totalizará os tais 170 mil euros referidos embora de forma "inexacta" pelo Joaquim Magalhaes. Noticia da RTP que revi para aqui vir comentar. Eu sei, sou muito invejoso.
«Joaquim Magalhaes» >> Amigo Joaquim Leal, peco desculpa se aquilo que disse nao foi totalmente correcto pois tava almocar e a passar no rodape da TV
«Joaquim Leal» >> Ora essa, "só" lhe acrescentou 5 mil aéreos o que me parece injusto ah ah ah
«Jorge Baldinho» >> Quando os trabalhadores de uma empresa pública fazem greve, estão a prejudicar todos nós, seus verdadeiros accionistas, enquanto contribuintes para o estado. A greve é pois contra os contribuintes portugueses, pois são esses que sustentam o estado que sustenta a TAP... Ou seja, eu não quero que os impostos que pago sejam para aumentar salários a pilotos, nem quero que 1/5 de uma empresa que existe à custa dos nossos impostos seja entregue a 958 pilotos... Por alma de quem?????
Por onde eu ando...
Nova Crítca - vinho & gastronomia
PINN (Portuguese Independent News Network)
Meus amigos...
A Baixa do Porto (Tiago Azevedo Fernandes)
Antes Que Me Passe a Vontade (Nanda Costa)
Caderno de Exercícios (Celina Rodrigues)
Cerâmica é talento (Pataxó Lima)
Clozinha/and/so/on (Maria Morais)
Do Corvo para o Mundo!!! (Fernando Pimentel)
Douro de ouro, meu... (Jorge Carvalho)
Douro e Trás-os-Montes (António Barroso)
Escrita Fotográfica (António Campos Leal)
Let s Do Porto (José Carlos Ferraz Alves)
Life of a Mother Artist (Angela Ferreira)
Marafações de uma Louletana (Lígia Laginha)
Matéria em Espaço de Escrita com Sentido (Mário de Sousa)
Meditação na Pastelaria (Ana Cristina Leonardo)
Memórias... (Boaventura Eira-Velha)
Mente Despenteada (Carla Teixeira)
Nortadas (Francisco Sousa Fialho, João Anacoreta Correia e outros)
O Portugal Futuro (Tiago Barbosa Ribeiro)
O Porto em Conversa (Vitor Silva)
Os meus apontamentos (Vitor Silva)
Renovar o Porto (Rui Farinas e Rui Valente)
Reportagens de Crítica, Investigação e Opinião (Tron)
Que é que se come por aqui (Ricardo Moreira)
Servir o Porto (Pedro Baptista)
Um Rapaz Mal Desenhado (Renato Seara)
Vai de Rastos (Luís Alexandre)
(IN)TRANSMISSÍVEL (Vicente Ferreira da Silva)
Adoradores de Baco...
Site de Prova de Vinhos (Raul Sousa Carvalho)