Portugal é o maior produtor mundial de cortiça e sem dúvida alguma temos as melhores empresas no fabrico de rolhas de cortiça. Paralelamente já nos encontramos muito bem considerados internacionalmente como vitivinicultores, mas há uma maleita que mais vezes do que era desejado tem vindo a ensombrar estas duas nossas actividades económicas: o TCA, abreviação da substância química 2,4,6- Tricloroanisole, que provoca nos vinhos o chamado cheiro e gosto a rolha, semelhante a mofo. Pedro Garcias, no seu artigo de opinião no Fugas de 4Nov2017, relata-nos uma degustação de grandes brancos portugueses da colheita de 2007, em que em 22 vinhos só um estava contaminado com TCA, mas embora não parecendo ser nada de extraordinário, pois é “só” cerca de 5%, a verdade é que esta percentagem de problemas num produto alimentar como o vinho não é pouco, é muito e suficiente para destruir um jantar e causar grandes prejuízos na imagem de um vinho, principalmente quando não há uma segunda garrafa para tira teimas. Não estará na hora dos industriais das rolhas de cortiça natural fazerem um investimento sério para se controlar o problema do TCA nos vinhos? Eu acho que sim e como disse Pedro Garcias no artigo atrás referido “a rolha de cortiça continua a ser o melhor vedante para vinhos, em especial para os vinhos com uma longa vida pela frente, aqueles que podem aspirar a ser considerados GRANDES”.
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«Jose Bandeira» - E esse problema, do TCA, está perfeitamente identificado sendo que as rolhas contaminadas só são lançadas no mercado por más práticas dos produtores. Dão um grande tiro no pé ao fazer isto, mas como são de vistas curtas...
«Jorge Saraiva» - Tanto quanto sei há investigação a ser feita, resultados a ser atingidos, sendo que a incidência de TCA tem diminuído muito... Estamos a falar de vinhos de 2007. Não li o artigo, mas uma amostra de 22 garrafas não é evidentemente representativa (como provavelmente há-de lá estar escrito). Por outro lado a rolha não é a única causa do TCA, sendo no entanto prevalecente. As condições de higiene no lagar e na linha de engarrafamento também influenciam. Dito isto, direi também que se há coisa a que tenho sensibilidade é ao TCA, pelos vistos a sensibilidade varia muito de pessoa para pessoa.
«Jose Bandeira» - O tratamento das rolhas para diminuir a probabilidade de ocorrência de contaminação dos vinhos é um processo que requer várias horas. Por vezes a satisfação das urgências dos clientes não se compadece com esses procedimentos, vai daí...
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