Na imagem sistema de mísseis balísticos RS-24 Yars
Concordo plenamente com o ex-embaixador dos EUA na União Soviética (1987-1991) Jack Matlock, quando recentemente afirmou numa entrevista à Executive Intelligence Review que uma "guerra não declarada" do Ocidente contra a Rússia é extremamente perigosa e pode facilmente levar a erros de cálculo que resultarão em troca de ataques nucleares. "Entramos obviamente em uma fase muito perigosa, uma vez que a Rússia tem encarado as ações dos EUA e seus aliados da NATO como um ato agressivo que ameaça a sua segurança nacional (…) Não creio que qualquer uma das partes tenha a intenção de usar armas nucleares. Mas aceito que esta situação poderia levar facilmente a uma troca de ataques nucleares devido a erros de cálculo (...) Tais coisas aconteceram várias vezes durante a Guerra Fria e tivemos sorte por [esses sinais] de alguma forma não terem sido levados em conta".
Numa entrevista em 1997, Jack Matlock deu alguns conselhos aos futuros diplomatas: "Tenham uma natureza otimista, tenham uma educação liberal, não esperem mudar o mundo, conheçam o país, conheçam seu próprio país, representem fielmente seu governo, encontrem os interesses mútuos e lembrem-se de que o momento certo é tudo". E também deu a sua opinião sobre uma das distinções básicas na política: "Não vejo muita diferença entre um regime comunista e um regime fascista. Na verdade, acho que uma das maiores confusões intelectuais que muitos tiveram ao longo dessas décadas é toda essa coisa de direita e esquerda — fascistas estão na direita, comunistas estão na esquerda. Disparate! Eles se juntam e se sobrepõem, e estamos a ver isso na Rússia hoje, onde os aliados são os chauvinistas nacionalistas e os comunistas. Eles são aliados naturais porque são autoritários por natureza. E mais do que autoritários, eles tendem a ser totalitários, o que significa que tendem a destruir todos os elementos da sociedade civil. Para mim, isso é muito mais importante do que se você é filosoficamente de direita ou de esquerda. Você sabe, você está disposto a criar e viver em uma sociedade civil, em uma sociedade aberta, ou não? Essa para mim é a questão básica".
Jorge Veiga - Não foi "uma guerra não declarada do Oriente (Rússia), ao Ocidente? Alguém anda a precisar de ir ao Oftalmologista.
David Ribeiro - Claro que não foi "uma 'guerra não declarada' do Ocidente contra a Rússia" nem "do Oriente (Rússia), ao Ocidente", meu caro amigo Jorge Veiga, mas como disse e muito bem Jack Matlock, "pode facilmente levar a erros de cálculo que resultarão em troca de ataques nucleares".
Jorge Veiga - David Ribeiro Então qual foi a Guerra não declarada que existe? Nenhuma??
David Ribeiro - Jorge Veiga, nem a Rússia declarou guerra ao Ocidente, nem este declarou guerra à Rússia. O que se está a verificar no Leste da Ucrânia é um conflito que ainda não se resolveu desde que os ucranianos se tornaram independentes da defunta União Soviética. E a Rússia, ao que me parece com toda a razão, tem encarado as ações dos EUA e seus aliados da NATO como um ato agressivo.
Jorge Veiga - David Ribeiro Nem declarou guerra à Ucránia, que por acaso, nem quer pertencer ao Ocidente. Jogos de palabvras, não são comigo. David Ribeiro respondi pela negativa, que é a forma de quem aprova esta idiotice, também aprova a tal Operação M. Especial. Só para atrasados mentais. Desculpa, mas não gosto que me comam por parvo.
Mário Santos - Matlock como qualquer estudante (pós-graduado) na Rússia levou com a respetiva lavagem ao cérebro... (como embaixador, foi conveniente para ambas as partes, durante a guerra fria). Escreveu ''A autópsia de um império´´ e ficou muito admirado com a invasão da Ucránia pela Russia (?) e (como o PCP Português) 'a interferência dos Estados Unidos e seus aliados da NATO na luta civil da Ucrânia exacerbou a crise dentro da Ucrânia'...
Primeiras horas de 11set2024
A situação no flanco esquerdo do grupo ucraniano na região de Kursk piorou, com as tropas russas a ininciarem operações de assalto ativas, transferindo veículos blindados primeiro através do rio Seim e depois através de rios menores. Os especialistas do projeto DeepState registaram o movimento de uma coluna blindada de russos de Korenevo na direção de Snagost, bem como operações militares ativas.
Numa altura em que Putin se irrita por os EUA se preparam para “Proteger a Ucrânia” com o fornecimento de armamento a um país vizinho da Rússia, recordo-me da Crise dos Mísseis de Cuba, um episódio que durou de 16 a 28 outubro de 1962 entre os Estados Unidos e a União Soviética, relacionado com a implantação de mísseis balísticos soviéticos na ilha de Fidel. Foi o mais próximo que se chegou ao início de uma guerra nuclear em grande escala durante a Guerra Fria. Depois de um longo período de tensas negociações, foi alcançado um acordo entre Kennedy e Kruschev. Os soviéticos desmantelaram as suas armas em Cuba e levaram-nas para a União Soviética.
Ponto da situação na Crise da Ucrânia
Os líderes das regiões separatistas do leste da Ucrânia de Donetsk e Lugansk declararam uma mobilização militar total, medidas que ocorrem numa altura em que se verifica um aumento de violência na região devastada pela guerra e que o Ocidente teme que possa ser usado como pretexto para uma invasão da Rússia.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, irá supervisionar os grandes exercícios militares ao longo das fronteiras da Ucrânia no dia de hoje [sábado, 19fev2022] enquanto o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, está viajando pela Europa para angariar apoios.
O chanceler alemão Olaf Scholz afirmou na Conferência de Segurança de Munique que um ataque russo à Ucrânia seria um "erro grave" com altos "custos políticos, económicos e geoestratégicos". Na mesma conferência o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse que Moscovo estava a apresentar questões de segurança que o Kremlin sabia nunca poderem ser atendidas pela NATO. Também foi afirmado pela chefe do executivo da União Europeia, Ursula von der Leyen, que as ameaças de Moscovo à Ucrânia podem remodelar todo o sistema internacional, alertando Moscovo que o seu pensamento de “um passado sombrio” pode custar à Rússia um futuro próspero.
Rostov, uma região russa na fronteira com a Ucrânia, declarou estado de emergência, citando um número crescente de pessoas que chegam de áreas controladas por separatistas na Ucrânia depois de receberem ordens de evacuação.
O presidente dos EUA, Joe Biden, continua a alertar para o facto de haver indicações que a Rússia está a planejar invadir a Ucrânia, até porque existem sinais de Moscovo estar a realizar uma operação de “bandeira falsa” para justificá-la, depois de forças ucranianas e rebeldes pró-Moscovo trocaram tiros.
Esquema da ofensiva ucraniana, a partir dos dados obtidos pela inteligência da República Popular de Donetsk.
O seguro morreu de velho
Além de Portugal (existem 240 portugueses residentes naquele país), outros países pediram aos seus cidadãos na Ucrânia para que deixem o país. A lista inclui Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Noruega, Dinamarca, Bélgica, Países Baixos, Alemanha, Espanha, Israel, Austrália, Nova Zelândia, Japão, Iraque, Kuwait e Itália.
João Cravinho na Conferência de Segurança de Munique
No dia em que as tensões entre a Rússia e a Ucrânia atingiram um ponto máximo, o ministro português da Defesa, João Gomes Cravinho, presente na Conferência de Segurança de Munique (CSM), explicou de que modo Portugal poderá ser chamado a envolver-se nos conflitos: “Portugal faz parte da NATO, portanto a nossa primeira preocupação será a solidariedade em relação aos nossos aliados na NATO. Neste caso, muito em particular aqueles que fazem fronteira com a Ucrânia. .../... Existe uma força chamada VJTF (Very High Joint Readiness Task Force) que é a força de mais elevada prontidão da NATO, em que os países membros da NATO participam de forma rotativa. Portugal neste momento participa na VJTF, em 2022 estamos na VJTF. Se a VJTF for mobilizada para efeitos de defesa da NATO, naturalmente que Portugal participará”. O ministro da Defesa português disse também que a possibilidade de adesão da Ucrânia à NATO não está atualmente em cima da mesa. Gomes Cravinho salientou que “a adesão da Ucrânia à NATO foi discutida em 2008”. “Nessa altura, decidiu-se que não havia condições para a NATO aceitar a Ucrânia e desde então o assunto tem ficado exatamente nesse ponto. .../... É absolutamente falso que esta crise seja sobre a adesão da Ucrânia à NATO. Essa matéria não está em cima da mesa. Nem aqui em Munique, nem ao longo dos últimos 13, 14 anos se discutiu essa possibilidade.”
O gás da Gazprom
Um fator importantíssimo a considerar no conflito que se está a viver no Leste da Europa tem a ver com as reservas de gás nas instalações de armazenamento subterrâneo na Ucrânia, que se encontram no mínimo, tendo caído, de acordo com a Gazprom, para 10,6 mil milhões de metros cúbicos, o que é 45% menos que no ano passado. Além disso, no início desta semana, as autoridades da Alemanha, que possui uma das maiores capacidades de armazenamento subterrâneo da Europa, relataram uma queda nos volumes de armazenamento para níveis historicamente baixos em comparação com os anos anteriores.
E se Putin interromper o seu fluxo de gás para a Europa?... Hoje em dia a “guerra” já não se faz só em combates militares.
Foi há trinta anos que a queda do Muro de Berlim marcou o fim da Guerra Fria.
(Imagem publicada por “Canal História” em novembro de 2014, para assinalar o 25º Aniversário da Queda do Muro de Berlim)
Em novembro de 2014, por ocasião da celebração dos 25 anos da queda do Muro de Berlim, na noite de 9 de novembro de 1989, o Presidente da Câmara Municipal do Porto, em declarações à RTP, recordou essa data.
Rui Moreira viveu alguns meses na antiga República Democrática, antes da queda do Muro que separava as duas Europas e viajou para a Alemanha, no dia seguinte. "Surpreendeu a forma como caiu, no fundo, o fim de uma civilização. Aquela ideia de uma estrutura social que parecia inatacável, que parecia completamente estável e, subitamente, caiu como um castelo de cartas", disse. O Presidente da Câmara do Porto recorda também uma imagem caricata "que é exatamente dos orientais a chegarem nos seus 'trabantes' e, subitamente, param e começam a olhar para as luzes, porque Berlim Leste era uma cidade escura, não havia publicidade iluminada, tudo era escuro". Rui Moreira viajou para Hamburgo (no dia 10 de novembro de 1989, um dia depois da queda do Muro), e recorda o misto de emoções que encontrou entre os seus amigos alemães. "Encontrei entusiasmo, mas ao mesmo tempo algum receio. Os meus amigos de Hamburgo olhavam para aquilo tudo e perguntavam 'será que os russos vão deixar?', 'para onde é que nós vamos?', 'como é que isto vai ser?', lembrou o autarca, salientado que logo naquela época alguns alemães já se começaram a questionar sobre 'quanto é que isto nos vais custar, que também é uma coisa muito alemã', disse.
Por onde eu ando...
Nova Crítca - vinho & gastronomia
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Meus amigos...
A Baixa do Porto (Tiago Azevedo Fernandes)
Antes Que Me Passe a Vontade (Nanda Costa)
Caderno de Exercícios (Celina Rodrigues)
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Matéria em Espaço de Escrita com Sentido (Mário de Sousa)
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Nortadas (Francisco Sousa Fialho, João Anacoreta Correia e outros)
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