"Devido à velocidade da luz ser superior à do som, algumas pessoas parecem inteligentes até as ouvirmos."

Sábado, 19 de Outubro de 2024
Esmiuçando esta madrugada

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Nunca tive propensão para o caos, a destruição ou mesmo para o auto suicídio e isto está “preto no branco” no projeto de um dos capítulos d’ As Minhas Memórias... e que ainda não sei se serão publicadas ou se ficarão numa gaveta que deixarei para os meus herdeiros fazerem o que muito bem entenderem destes meus escritos.
 
  Madrugada de sábado 19out2024...
- Linha telefónica, enfermeiro 'tampão', nova consulta e avisos à porta. O plano do Governo para as urgências de obstetrícia.
- Afonso morreu atropelado em Lisboa. O taxista que o matou e fugiu já tinha cadastro pelo mesmo crime e continua a conduzir.
- O medo que todos tinham de Salgado, o convite "patético" à mulher e os prémios que o pai "não dividiu". Novas revelações de Ricciardi no dia 4 do julgamento BES.
- Caso das gémeas: inspetoras apontam dedo a Lacerda Sales, deputados acusam IGAS de ignorar possível cunha de Marcelo.
- Organização para a Libertação da Palestina lamenta morte do líder do Hamas.
- Ucrânia aumenta dez vezes a produção de drones.
E ficaremos por aqui... talvez amanhã de manhã consiga ver tudo isto de uma outra forma mais “clean”.
  Jorge VeigaDe acordo até aos dois últimos, de que discordo porque o lider do Hamas nunca devia ter existido e porque a Ucránia só aumenta a produção de drones porque a Rússia vai buscá-los à Coreiado Norte e ao Irão. Podias ter ficado pelo caso das gémeas...
 

  42.º Congresso do PSD  
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Teve início esta manhã em Braga o 42.º Congresso do PSD, com o slogan 'Portugal no bom caminho'. Com o Orçamento do Estado para 2025 viabilizado há agora que preparar autárquicas e presidenciais.
  
Vitor Pereira
Viabilizado ou aprovado na generalidade e debatido na especialidade
Isabel Sousa Braga
Muitos congressos fazem.
Palmira Reis Rocha
Isabel Sousa Braga mesmo.

 

  Diz o meu amigo Raul Almeida...
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Isto está a circular nas redes de Whatsapp da extrema-direita cá do burgo. Claro que é falso, nenhum passaporte tem a profissão do titular. Mas, para trogloditas sedentos de lixo, serve. É óbvia a ligação entre Israel e estes grupos, numa enorme operação de desinformação, pois a verdade é letal para ambos, e a falta de escrúpulos no recurso permanente à mentira um modo de vida que os une. Para além disto, o ódio profundo à ONU, às instituições internacionais (lembram-se da mega campanha contra a OMS no COVID?) e a tudo o que represente ordem, compromisso e Lei, merece o combate feroz de Israel e da extrema-direita, uns porque querem viver à sua margem, outros porque sempre viveram.
  Jorge De Freitas MonteiroO Raul Almeida não diz muito bem, diz mal. Ver nos comentários à publicação dele a explicação detalhada dada por alguém que sabe do que está a falar.



Publicado por Tovi às 02:10
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Segunda-feira, 15 de Janeiro de 2024
Houthis a atacar navios no Mar Vermelho

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Os Houthis do Iémen estão a intensificar os seus ataques a navios no Mar Vermelho, que dizem ser uma vingança contra Israel pela sua campanha militar em Gaza. Este movimento rebelde, também conhecido como Ansarallah (Apoiantes de Deus), é um dos lados da guerra civil iemenita que dura há quase uma década. Surgiu na década de 1990, quando o seu líder, Hussein al-Houthi, lançou a "Juventude Crente", um movimento de revivalismo religioso de uma subsecção secular do Islão xiita chamada Zaidismo. Atualmente e juntamente com o Hamas em Gaza e o Hezbollah no Líbano, os Houthis são uma das três principais milícias apoiadas pelo Irão que lançaram ataques contra Israel nas últimas semanas. Teme-se que os ataques de agora transformem a guerra de Israel contra o Hamas num conflito regional mais vasto.  Não é certo que os Houthis possam ter as capacidades do Hamas e do Hezbollah, mas os seus ataques a navios comerciais no Mar Vermelho podem infligir um tipo diferente de danos a Israel e aos seus aliados. A economia mundial tem sido alvo de uma série de dolorosas chamadas de atenção para a importância desta estreita faixa de mar, que vai do estreito de Bab-el-Mandeb, ao largo da costa do Iémen, até ao Canal do Suez, no norte do Egipto, através da qual circulam 12% do comércio mundial, incluindo 30% do tráfego mundial de contentores.

 

  Ataques no Mar Vermelho de 19nov2023 a 11jan2024
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transferir (1).jpegApós repetidos avisos, as forças dos Estados Unidos e do Reino Unido cumpriram as ameaças de retaliação contra os rebeldes Houthis, devido aos seus ataques a navios comerciais no Mar Vermelho. Sob o manto da escuridão, lançaram na noite de sexta-feira [12jan2024] mísseis e bombas contra alvos no Iémen, a partir do ar e do mar. O Comando Central Militar dos EUA (CENTCOM) informou que na madrugada do último sábado [13jan2024]  mísseis Tomahawk foram disparados do USS Carney da Marinha dos EUA contra um radar Houthi, na cidade portuária de Al-Hodeida, no oeste do Iémen. 
2012-09-13T120000Z_168540853_GM1E89D1PUR01_RTRMADPOs rebeldes Hutis, do Iémen, dispararam no domingo [14jan2024] um míssil de cruzeiro anti-navio contra um contratorpedeiro dos EUA no Mar Vermelho, mas um caça norte-americano abateu-o, de acordo com as autoridades de Washington. Pelo menos quatro navios-tanque de gás natural liquefeito (GNL), carregados no Catar e que se dirigiam para o Canal do Suez, ficaram retidos durante o fim de semana após os Estados Unidos e o Reino Unido terem lançado dezenas de ataques aéreos contra as forças Houthis. Perante estes acontecimentos o governo do Catar revelou que o país já planeia uma mudança nas rotas de carga de energia caso a situação no Mar Vermelho permaneça insegura. Os navios passarão a navegar pelo Cabo da Boa Esperança.

 
Adao Fernando Batista BastosE com tudo isso, o preço dos combustíveis vai aumentar...
Jorge Veigae Hutis, Hamas e todos os outros são filhos do mesmo pai e mãe...



Publicado por Tovi às 07:05
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Sexta-feira, 29 de Dezembro de 2023
Evacuação da Faixa de Gaza... para onde?

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As ordens de evacuação decretadas por Israel na Faixa de Gaza levam a uma “contínua deslocação forçada” de civis. “Mais de 150.000 pessoas – crianças pequenas, mulheres com bebés ao colo, pessoas com deficiência e idosos – não têm para onde ir”. Será que alguns dos meus amigos que por aqui me "condenam" por alertar para esta situação desumana na Faixa de Gaza, tudo permitem aos falcões israelitas como vingança das atrocidades feitas pelo Hamas em 7 de outubro deste ano?

 
Gonçalo G. MouraJá te perguntaste porque é que o Egipto não abre a fronteira? E o Hamas, já libertou os reféns?
David RibeiroE tu, Gonçalo G. Moura, sabes dizer-me porque tudo permites aos falcões israelitas como vingança das atrocidades feitas pelo Hamas?
Gonçalo G. MouraDavid Ribeiro a solução é simples, e sempre esteve nas mãos do Hamas, que é libertar os reféns... até lá estou sempre do lado da civilização
Mário PaivaPortanto o Gonçalo G. Moura reitera que concorda com o massacre em curso e até o justifica... todo o direito de opinião e não é necessário andar às voltas para a justificar...
Gonçalo G. MouraMário Paiva quaid voltas? Precisa de de bebés degolados ou de corpos de adolescentes violadas e assassinadas e arrastadas pelas ruas? Justifique lá isso, se conseguir!
Mário PaivaComo já disse o Gonçalo G. Moura reitera que concorda com o massacre em curso e até o justifica... todo o direito de opinião e não é necessário andar às voltas para a justificar...
Gonçalo G. MouraMário Paiva quais voltas? Diga-me quantos avisos deu o Hamas antes de atacar... Israel avisa sempre com antecedência para as populações evacuarem... portanto o Mario Paiva concorda e apoia o ataque de 7 de Outubro e o lançamento indiscriminado de rockets sobre Israel. Estamos de acordo!
Mário PaivaGonçalo G. Moura, não estou nem um bocadinho com o HAMAS, nem antes nem depois do 7 de Outubro, e nem sequer vou argumentar com os motivos que levaram ao 7 de Outubro... mas quem gostava muito e o apoiou era o criminoso Nathaniau... vá-se lá saber porquê...
 
https://www.timesofisrael.com/for-years-netanyahu.../ Em tempo: essa de Israel "avisar" que vai atacar e usar do seu "direito" colonial p'ra mandar sair os civis do caminho, até teria piada se não fosse tão triste...
Gonçalo G. MouraMário Paiva isso são outros 300... e tanto quanto sei o Nethaniau não foi inpedido pelo tribunal de concorrer e tem um governo de coligação.
Jorge De Freitas MonteiroDavid Ribeiro, não se trata de vingança, Israel não tem alternativa. O Hamas continua a lançar rockets e mísseis cegos sobre Israel que atingem aleatoriamente homens, mulheres e crianças, só não lança mais precisamente pelo avanço das IDF em Gaza. Continua a recusar-se a libertar os reféns. Recusou a proposta Egípcia de abandonar o poder em Gaza a troco de um cessar fogo. Continua a afirmar que logo que seja possível lançará novos ataques do tipo do 7 de Outubro. Hoje mesmo desmentiu declarações ambíguas de um dos seus membros quanto ao reconhecimento do Estado de Israel reafirmando o seu objectivo final de o destruir. No campo das operações militares, cada vez que Israel indica uma área segura para os civis o Hamas desloca operacionais e rampas de lançamento de rockets e mísseis para essa área sacrificando a segurança dos civis. Obviamente que o sofrimento da população não pode deixar ninguém indiferente. Mas é o Hamas que deliberadamente provoca, deseja e amplifica esse sofrimento. O único apelo sério em relação a Gaza e à situação dos civis é o apelo ao Hamas para depor as armas. Tudo o resto até pode ser bem intencionado (nem sempre o é) mas de boas intenções está o inferno cheio.
Mário PaivaPortanto o Jorge De Freitas Monteiro reitera que concorda com o massacre em curso e até o justifica... todo o direito de opinião e não é necessário andar às voltas para a justificar...
Francisco BismarckMário Paiva Há alguma outra solução? Por favor, indique qual se acha que há
Jorge De Freitas MonteiroMário Paiva, não concordo nem deixo de concordar. Exponho factos incontestáveis.
Jorge VeigaNão posso concordar com esta actução, mas o meu amigo que aqui coloca isto, poderá dizer qual a solução, quando sabemos que eles andam misturados com a própria população?
David RibeiroA mais recente proposta do Egito, Jorge Veiga, é, à falta de melhor, uma boa solução para a atual situação do conflito.
Jorge Veiga -
David Ribeiro não a conheço, mas sendo a única ...
Jorge De Freitas MonteiroDavid Ribeiro, proposta que foi liminarmente recusada pelo Hamas…
Jorge VeigaJorge De Freitas Monteiro eles não aceitam nenhuma, salvo se considerar a destruição de Israel.
David RibeiroJorge De Freitas Monteiro ...e também recusada por Netanyahu.
Jorge De Freitas MonteiroDavid Ribeiro, tanto quanto li não; o governo israelita não chegou a pronunciar-se sobre a proposta concreta do Egipto uma vez que o Hamas a recusou imediatamente. Mas admito que os sectores mais à direita do governo israelita até tenham ficado encantados com a velocidade com que o Hamas disse não
Jose RiobomSinceramente .... vejo duas facções distintas aqui numa animada discussão cada qual delas com os seus melhores argumentos, e como sempre não tomo partidos ou me lanço em trincheiras para defesa de qualquer das partes... Verifico porém que iniciada a conversa pelo David Ribeiro ninguém se interroga a si mesmo com uma pergunta que aqui deixo.... "QUE SERÁ QUE EU FARIA, INDEPENDEMENTE DO PASSADO, SE UM BANDO DE PESSOAS ARMADAS ME TIVESSEM MATADO, FILHOS, FILHAS, NETOS OU QUALQUER FAMILIAR CHEGADO, DESARMADO, SEM DEFESA NUMA QUALQUER FESTA POPULAR EM QUALQUER PARTE DO MUNDO, OU ATÉ AQUI À PORTA DA MINHA CASA ??? " Vá lá.... venha de la o primeiro que atire a primeira pedra.... É que pimenta no cú dos outros , é refresco ! E sujeita a uma diatribe de sofá.... Passei por uma, infelizmente, numa posição que durante 24meses me permitiu avaliar bem este tipo de conflitos, já que trabalhei com informação privilegiada, sempre na procura de soluções apaziguadoras. Quatro anos depois, o conflito aparentemente aconteceu ! .... quando uma das partes depôs as armas .... A GUERRA ACABOU !!! disseram..... SÓ QUE.... no dia seguinte outra guerra começou..... É que na paz, todos os dias nos preparamos, para a guerra do dia seguinte..... porque existe sempre alguém ou alguma coisa que nos a quer tirar .... 

 
 


34463CC-highres-1703508519.webpO Egito apresentou em 25dez2023 o que é descrito como um plano ambicioso para acabar com a guerra em Gaza com um cessar-fogo. A proposta, desenvolvida com o Catar, inclui várias rondas de trocas de cativos e prisioneiros que foi apresentada a Israel, ao Hamas, aos governos dos Estados Unidos e da Europa na segunda-feira, veria Israel retirar-se totalmente da Faixa de Gaza, todos os cativos mantidos pelo Hamas e muitos prisioneiros palestinos, libertados, e um governo palestino tecnocrata unido instalado no enclave. Numa primeira fase, o Hamas libertaria todos os civis cativos em troca da libertação dos prisioneiros palestinos durante uma trégua de 7 a 10 dias. Durante a segunda fase, o Hamas libertaria todas as mulheres soldados israelitas em troca de mais prisioneiros palestinianos, o que aconteceria durante outra trégua de uma semana. Na fase final, as partes em conflito iniciariam “um mês de negociações para discutir a libertação de todo o pessoal militar detido pelo Hamas em troca de muito mais prisioneiros [palestinianos] e da retirada de Israel para as fronteiras de Gaza”. Mas para já tudo isto não parece ir além de boas intenções. (na imagem o Ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito, Sameh Shoukry)

 

  The Times of Israel 27dez2023 
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Vários alertas sobre o perigo causado por um punhado de colonos extremistas... mas Netanyahu e os seus falcões continuam a assobiar para o ar. Porque será?



Publicado por Tovi às 07:00
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Segunda-feira, 11 de Dezembro de 2023
"Palestina - Uma Biografia"... por Rashid Khalidi

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Rashid Khalidi tem 75 anos, a idade do Estado de Israel. O pai fugiu para os Estados Unidos da América durante o Nakba - a catástrofe, em árabe - o êxodo em massa dos palestinianos na guerra israelo-árabe, em 1948. Nasceu em Nova Iorque e tornou-se historiador e professor de Estudos Árabes na Universidade Columbia. É de lá que fala com a CNN Portugal, numa entrevista por videochamada feita a 10 de novembro de 2023. No seu mais recente livro “Palestina - Uma Biografia: cem anos de guerra e resistência” (*) escreveu sobre seis momentos marcantes do seu povo que se entrelaçam com a história da sua família, uma das mais antigas de Jerusalém. Publicada em 2020, se essa biografia fosse escrita hoje teria mais um capítulo.

(*)
300x.webpUm dos grandes livros sobre a questão Israelo-Palestiniana. «Em nome de Deus, que a Palestina seja deixada em paz.» É desta forma que o presidente da câmara de Jerusalém termina a carta enviada em 1899 a Theodore Herzl, pai do movimento sionista, onde explicava que a Palestina tinha habitantes nativos e advertia para os perigos que se aproximavam. E é com este relato que Rashid Khalidi, o maior historiador do Médio Oriente nos Estados Unidos e sobrinho-neto do autor da dita carta, inicia a sua narrativa sobre os palestinianos e a guerra contra eles travada. Original, envolvente e marcante, Palestina – Uma Biografia cruza eventos históricos, materiais de arquivo nunca antes explorados e relatos de gerações, tratando de forma simultaneamente sóbria e emotiva os factos de um confronto trágico entre dois povos que reivindicam o mesmo território. Esta não é uma crónica de vitimização, uma tentativa de branquear os erros dos líderes palestinianos nem a negação da emergência de movimentos nacionalistas de ambos os lados. É, antes, uma nova e esclarecedora visão de um conflito com mais de um século, uma história de colonização e de resistência de um povo que não abdica de existir. Inclui prefácio exclusivo do autor para a edição portuguesa.

  Imaginava que o ataque do Hamas a 7 de outubro e a guerra em Gaza pudessem acontecer?
Fiquei surpreendido, creio, como todos ficaram, com o ataque de 7 de outubro. Não acho que mesmo as pessoas que são observadoras atentas esperavam algo desta ferocidade e intensidade. No entanto, penso que nos últimos dois anos é claro que a situação nos territórios ocupados tem sido cada vez mais explosiva. E não deveríamos ter ficado surpreendidos que de uma forma ou de outra, num lugar ou noutro, haveria uma explosão. Não estava à espera. O governo israelita e os militares israelitas não estavam à espera, obviamente. Muitas pessoas ficaram surpreendidas. Não deveríamos ter ficado surpreendidos. Deveríamos ter previsto que isto iria acontecer.

  Em 2022, deixou uma nota na edição portuguesa do livro para os leitores portugueses, aludindo ao passado colonialista de Portugal. A ideia de colonização é muito central no seu livro. Porquê?
Porque é isso que o empreendimento sionista sempre foi, ao mesmo tempo um empreendimento nacional e um empreendimento colonial, como os próprios primeiros líderes sionistas reconheceram. Escrevi no livro até que ponto, até à Segunda Guerra Mundial, as instituições sionistas e os líderes sionistas não tinham vergonha de falar sobre a natureza colonial do que estavam a fazer. Cito Ze'ev Jabotinsky e outros primeiros líderes sionistas que admitiram, sem vergonha, que este é um empreendimento colonial. Argumentaram, claro, que tinham o direito ao que eles chamavam de Terra de Israel e que se tratava de um projeto nacional. Era uma tentativa de criar uma entidade nacional, mas em cooperação com a maior potência colonial da época, a Grã-Bretanha, e como um projeto colonial de colonos, trazendo principalmente imigrantes europeus para se estabelecerem num país com uma enorme maioria árabe, isto era perfeitamente claro para todos. Após a Segunda Guerra Mundial, houve uma tentativa para encobrir as origens coloniais de Israel. Uma tentativa muito bem-sucedida.

  Começámos por ver as vítimas israelitas no dia 7 de outubro. Houve uma exigência por parte do público para que se mostrasse o outro lado da história. Começámos a ver as mortes em Gaza… Acha que isso está a mudar a opinião pública? Acha que essa mudança de opinião pública pode beneficiar os palestinianos no futuro ou irá desaparecer quando as imagens de Gaza pararem de chegar?
É verdade que o terrível número de mortos em Gaza, que ultrapassou os 11 mil, quase todos civis, talvez 5 mil deles crianças, teve um efeito enorme no Ocidente e no resto do mundo. Também é verdade que, no início, o terrível número de mortes de civis em Israel, de pessoas mortas nos primeiros dois dias, dominou a maneira como as pessoas viam isso e criou uma grande simpatia por Israel. Mas com o tempo, os cerca de mil civis israelitas que foram mortos foram ofuscados, até certo ponto, pelos 11 mil palestinianos. Como o foco das mortes mudou do assassinato de civis israelitas no início para o massacre ou o assassinato, como quiser chamar, de milhares de civis palestinianos, a opinião pública mudou. Agora, se vai durar ou não, se vai afetar de forma positiva os palestinianos… é impossível responder. Mas isto não é inédito, na verdade. Se recuarmos à guerra de 1982, quando Israel invadiu o Líbano e cercou Beirute, e no final da guerra matou tantas pessoas, enviou militantes libaneses para matar tantos civis palestinianos nos campos de refugiados de Sabra e Shatila, a cobertura mediática mudou de simpatia, com Israel no início, para simpatia com os palestinianos no final. Isso desapareceu. E houve outras ocasiões, outros ataques a Gaza, em que penso que ocorreu o mesmo tipo de mudança. Mas no passado isso tendeu a desaparecer com o tempo, em parte porque Israel é muito bom em retomar a narrativa.

  Esta guerra está a dividir o mundo, está a dividir a Europa… Se compararmos com a guerra na Ucrânia está realmente a dividir a Europa, famílias, amigos… Todos parecem ter uma opinião, mas parece que as pessoas têm informações diferentes sobre este conflito. Porque é que isto acontece?
É uma pergunta difícil de responder, mas penso que tem que ver com o que disse anteriormente, o enorme sucesso de Israel, e antes disso, do movimento sionista, na comunicação de uma imagem, em grande parte falsa. Fazer florescer o deserto, uma terra sem povo para um povo sem terra, a única democracia no Médio Oriente... Tudo isso é falso. A Palestina produzia laranjas no valor de centenas de milhares de libras esterlinas em 1914. Não era um deserto. Israel não a fez florescer. Israel é uma democracia para cidadãos judeus israelitas. Os cidadãos árabes de Israel estiveram sob regime militar de 1948 a 1966, e Israel governou mais de 5 milhões de palestinos durante 56 anos sob a lei militar, o que não é lei. Como podem dizer que é a única democracia? A única democracia no Médio Oriente com 5 milhões de pessoas prisioneiras de um regime militar. 
Cada um destes mitos foi insidioso e deliberadamente semeado nas mentes das pessoas de tal forma que as pessoas estão divididas, em parte porque algumas das informações são absolutamente falsas, e em parte porque muitas pessoas estão ligadas a lados diferentes deste conflito.
Algumas pessoas simpatizam com os colonizados, outras simpatizam com Israel por causa da culpa europeia relativamente ao antissemitismo histórico… Vive num país onde os judeus foram expulsos. Os judeus foram expulsos da Espanha. Os judeus foram expulsos da Inglaterra. Os judeus foram expulsos da França no período medieval, do século XII ao século XV. Portanto, há boas razões para a culpa europeia relativamente ao tratamento terrível aos judeus durante séculos e séculos. Para não falar do Holocausto, quando os países europeus poderiam ter deixado entrar centenas de milhares de pessoas que teriam sido autorizadas pelos nazis a partir antes da Segunda Guerra Mundial, e fecharam as portas de forma insensível e deliberada, condenaram as pessoas à morte. Portanto, os nazis mataram-nos, mas as pessoas que poderiam tê-los salvado - os Estados Unidos, a Europa Ocidental e outros países - também são culpadas. Há uma grande culpa justificada, e acho que isso leva a uma disposição para se curvar para evitar críticas. Israel, é claro, aproveitou-se disso na sua propaganda. 
A forma como o Holocausto, a forma como os pogroms na Rússia foram citados repetidas vezes é um exemplo de jogo com a culpa europeia. Isto é visto por muitas pessoas como parte da perseguição ao povo judeu ao longo da história. Devo dizer, porém, que o que aconteceu depois de 7 de outubro nos colonatos israelitas em torno da Faixa de Gaza teria acontecido quer os habitantes desses colonatos fossem judeus, cristãos ou pagãos, porque são vistos pelos palestinianos como colonos em terras que lhes foram tiradas quando foram expulsos em 1948 e forçados para Faixa de Gaza. Se os colonos fossem marcianos, se os colonos fossem taiwaneses, brasileiros… Teria sido o mesmo. Não tem nada a ver com o fato de serem judeus. Tem a ver com o facto de os palestinianos em Gaza, 80% deles serem refugiados forçados para a Faixa de Gaza quando essas áreas foram tomadas pelo exército israelita e depois foram estabelecidos colonatos judaicos no lugar das aldeias e cidades palestinianas.

  Os relatos de Gaza são devastadores. Acha que esta guerra irá criar gerações traumatizadas ao ponto de quererem vingança e poderem juntar-se ao Hamas?
A guerra já traumatizou pessoas de ambos os lados. Os israelitas ficaram traumatizados com o que aconteceu a partir de 7 de outubro, compreensivelmente. Todos os meus amigos israelitas conhecem pessoas que foram mortas, feridas ou sequestradas. E o trauma só aumentou, em parte devido ao número de atrocidades que o governo e os meios de comunicação israelitas estão a publicar. Manteve esta ferida viva na mente das pessoas em Israel e no estrangeiro. Muitas pessoas no Ocidente têm parentes em Israel e sabem das coisas horríveis que aconteceram aos civis israelitas. E eles também estão traumatizados. Desse lado, claramente há trauma e é visto em termos de trauma histórico judaico, quer tenha algo a ver com isso ou não. É ainda mais o caso do lado palestino, devido à extensão e à escala das perdas - 11 mil pessoas mortas até agora e quase 30 mil feridas. Estamos a falar de mais de 40 mil pessoas mortas e feridas, pelo menos, numa população de 2,2 milhões. E isso terá todos os tipos de efeitos. Todos nós conhecemos pessoas em Gaza. Eu conheço pessoas em Gaza. A minha sobrinha tem parentes em Gaza. Todos os palestinianos estão comovidos. Muitas pessoas no mundo árabe estão comovidas. E temo que isso conduza - em Israel e para os palestinianos - não apenas a um desejo de vingança, mas a levar as pessoas aos extremos. Não creio que haja qualquer dúvida de que esse pode muito bem ser o resultado disto.

  Os palestinianos têm tentado explicar ao mundo que não são o Hamas e que a maioria não apoia nem se identifica com os valores do Hamas. Mas há um argumento que costuma surgir nesta discussão. Em 2006, o Hamas ganhou as eleições com 44% dos votos. Ainda é assim? Os palestinianos apoiam o Hamas?
O Hamas ganhou apoio quando Israel e as potências ocidentais se recusaram a avançar com um horizonte político para os palestinianos, o que envolvia, nos anos 90 e no início dos anos 2000, a criação de um Estado Palestiniano ao lado de Israel. Isso foi bloqueado, não aconteceu. A ocupação intensificou-se, os colonatos expandiram-se, o movimento palestiniano foi restringido e a criação de um Estado Palestiniano nunca aconteceu. O Hamas beneficiou. Se os Estados Unidos, a Europa Ocidental e Israel continuarem a intensificar a ocupação, a expandir os colonatos e a negar aos palestinianos os mesmos direitos que os israelitas reivindicam para si próprios, haverá um movimento em direção à violência e ao extremismo. É inevitável.
É claro que o Hamas tem apoio, mas há sondagens que mostram, antes do ataque de 7 de outubro, que tinha cerca de um terço do apoio entre os palestinianos. Porquê? Porque não há horizonte político. Netanyahu recusou-se a negociar durante 15 anos. Netanyahu não aceita a solução de dois Estados. Netanyahu pertence a um partido político que disse que Israel será soberano na sua plataforma eleitoral de 1977. O partido Likud disse que só haverá soberania israelita entre o rio Jordão e o mar. Se é isso que oferecem aos palestinianos, a soberania israelita entre o rio e o mar, o que é que os palestinianos deveriam fazer? Aceitar isso? Tem de ser apresentado um horizonte político.

  A solução de dois Estados continua a ser mencionada pelos líderes mundiais como uma solução após o fim desta guerra. Acredita que ainda é possível?
Líderes mundiais, governos ocidentais, Estados Unidos, que supostamente apoiam a solução de dois Estados, não fizeram nada para concretizá-la pelo menos nos últimos 15 anos. Os líderes mundiais que supostamente apoiam a solução de dois Estados ajudaram, de facto, Israel a fortalecer sua ocupação, a expandir seus colonatos, que se destinam a impedir uma solução de dois Estados. Os líderes mundiais e os Estados Unidos impedem de facto uma solução de dois Estados. Falam, hipocritamente, sobre uma solução de dois Estados. Armam e financiam Israel na construção de mais colonatos e na intensificação de sua ocupação militar sobre os palestinianos. É isso que tem vindo a acontecer nos últimos anos. Por isso, estou um pouco cansado dos líderes mundiais falarem sobre uma solução de dois Estados. Se quisessem uma solução de dois Estados, deveriam trabalhar no sentido de uma solução de dois Estados. Deveriam impedir Israel de fazer o que tem feito há 56 anos, que é prevenir a solução de dois Estados ao construir colonatos nos territórios ocupados. É muito simples. Ou temos colonatos ou temos uma solução de dois Estados.

  O que é que acha que vai acontecer?
Receio que os Estados Unidos continuem a apoiar Israel em alcançar a sua ocupação militar em todos os territórios ocupados. Temo que os países europeus sigam como ovelhas qualquer caminho que a América decida seguir. Em vez de agirem por interesse próprio, que é evitar a catástrofe humanitária em Gaza, os países europeus basicamente endossam e apoiam uma catástrofe humanitária em Gaza. E podemos acabar com mais refugiados. Podemos acabar com mais pessoas a deixar Gaza. Podemos acabar com muito mais violência e extremismo se algo não for feito para acabar com esta guerra rapidamente, acabar com a morte de várias centenas de civis por dia, e dar um horizonte político para os palestinianos. O que ouvimos de Israel não é tranquilizador. Os líderes israelitas falam sobre segurança e controlo permanente por parte de Israel. Isso significa ocupação. Isso significa que haverá resistência. Todas as ocupações na história geraram resistência. Será pacífica ou violenta? Isto terminará com os palestinianos a alcançarem os seus direitos ou vão continuar a ver os seus direitos negados? O que vai acontecer depende das respostas a estas perguntas.



Publicado por Tovi às 07:03
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Sábado, 9 de Dezembro de 2023
EUA impedem resolução da ONU para cessar-fogo

VOTAÇÃO: A favor 13; Abstenção 1 (Reino Unido); Veto dos EUA

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Os Estados Unidos vetaram o projeto de resolução do Conselho de Segurança que exigiria um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza e a libertação imediata e incondicional de todos os reféns. Falando depois dos EUA vetaram a resolução, Riyad Mansour, diplomata palestiniano na ONU, classificou a medida como “além de lamentável”. “É desastroso”, disse ele. “O Conselho de Segurança foi novamente impedido de se levantar até este momento para defender as suas claras responsabilidades face a esta grave crise que ameaça vidas humanas e ameaça a paz e a segurança regional e internacional. “Em vez de permitir que este conselho cumpra o seu mandato, fazendo finalmente um apelo claro, após dois meses de massacres, de que as atrocidades devem acabar, os criminosos de guerra têm mais tempo para perpetuá-las”, disse Mansour. "Como isso pode ser justificado?"

  Isabel Sousa BragaTão previsível

  Agência Lusa - 6.ª feira 8dez2023
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal lamentou hoje a decisão dos Estados Unidos de rejeitar o apelo ao cessar-fogo em Gaza, lançado pelo secretário-geral da ONU, e insistiu na via do diálogo. “Naturalmente que lamentamos. Nós tínhamos precisamente apoiado a resolução que está ser vetada”, disse João Gomes Cravinho, à agência Lusa à margem da cerimónia de entrega dos prémios ‘Manuel António da Mota – Uma Vida em Angola’, que decorreu em Luanda. Cravinho sublinhou que esta é a posição que Portugal tem assumido e insistiu que é urgente haver um cessar-fogo humanitário. “É preciso que haja acesso da ajuda humanitária à população de Gaza, consideramos também fundamental que haja libertação sem condições dos reféns em Gaza e acreditamos que o cessar-fogo iria nesse sentido”, sublinhou. O chefe da diplomacia portuguesa afirmou que é preciso continuar a conversar, notando que tem havido evolução nas posições das Nações Unidas e dos próprios Estados Unidos, Israel e Gaza. “Acreditamos que, continuando o diálogo, encontraremos soluções que serão satisfatórias para todos. É fundamental que haja um cessar-fogo - e repito aqui este apelo - enquanto não for permanente, deve ser temporário, que permita acesso humanitário às populações, que permita começar a falar de um futuro mais estável, nomeadamente através da solução de dois Estados”, sublinhou o ministro.

  Agência Lusa - sábado 9dez2023
A China expressou este sábado "profunda deceção" com o veto dos EUA a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU para um cessar-fogo imediato em Gaza, apresentada pelos Emirados Árabes Unidos e patrocinada por 97 países membros. 
A proposta "reflete o apelo universal da comunidade internacional e representa a direção certa para o restabelecimento da paz", afirmou o embaixador chinês na ONU, Zhang Jun, citado pela televisão estatal CGTN. "A China apoia totalmente esta iniciativa e juntou-se à pressão para a elaboração deste projeto de resolução", acrescentou Zhang, que acusou Washington de empregar "dois pesos e duas medidas" ao falar da proteção das mulheres, das crianças e dos direitos humanos, enquanto "consente" na continuação do conflito. Zhang apelou ainda a Israel para que ponha fim à "punição coletiva do povo de Gaza". Esta é a segunda vez, desde o início da guerra em Gaza, que os EUA vetam uma resolução no mesmo sentido - fizeram-no a 18 de outubro - alinhando assim com Israel, que argumenta que um cessar-fogo deste tipo ajudaria o Hamas a rearmar-se e a manter em cativeiro os 138 reféns na Faixa de Gaza.

  Al Jazeera - sábado 9dez2023
O vice-embaixador dos Emirados Árabes Unidos na ONU, Mohamed Abushahab, perguntou ao CSNU: “Qual é a mensagem que estamos a enviar aos palestinianos se não pudermos unir-nos atrás de um apelo para parar o bombardeamento implacável de Gaza? Na verdade, qual é a mensagem que estamos a enviar aos civis de todo o mundo que podem encontrar-se em situações semelhantes?”
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Hossein Amirabdollahian, alertou para a ameaça de uma “explosão incontrolável” da situação no Médio Oriente, após o veto dos EUA, noticiou a agência de notícias AFP. “Enquanto a América apoiar os crimes do regime sionista (Israel) e a continuação da guerra… existe a possibilidade de uma explosão incontrolável na situação da região”, disse Amirabdollahian ao secretário-geral da ONU, António Guterres, num telefonema, de acordo com um comunicado do ministério.
O Embaixador russo na ONU, Dmitry Polyanskiy, disse: "Nossos colegas dos EUA emitiram literalmente diante de nossos olhos uma sentença de morte para milhares, senão dezenas de milhares de civis na Palestina e em Israel”.
O Embaixador francês na ONU, Nicolas de Riviere, disse no CSNU: “Infelizmente, mais uma vez este conselho falhou devido à falta de unidade e, ao recusar-se a comprometer-se com negociações, a crise em Gaza está a piorar e o conselho não está a completar o seu mandato. sob a carta.”
O Ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, disse que os EUA estão agora sozinhos na questão de Gaza depois de bloquearem a aprovação da resolução. “Nossos amigos mais uma vez expressaram que a América está agora sozinha nesta questão, especialmente na votação realizada hoje nas Nações Unidas… O sistema político americano está agora impotente em questões relacionadas a Israel”, disse ele à agência de notícias estatal Anadolu e à emissora nacional TRT em uma entrevista.

  
Sarah CorsinoVou já dar-lhe a justificação: porque o Hamas - um grupo de animais terroristas - nunca iria entregar os reféns e apenas ganharia tempo para andarem de um lado para o outro entre as Entidades Públicas que utilizam como seus escudos. Se o Hamas se preocupasse com os Palestinianos e depois de dizerem que já morreram milhares deles, já teriam entregue os reféns todinhos de uma só vez. Só que não é essa a sua intenção. O problema é que as pessoas ditas civilizadas querem que estes animais terroristas tenham o mesmo comportamento/pensamento que elas. Mas não têm. São TERRORISTAS.
David RibeiroSem dúvida, caríssima Sarah Corsino, que o Hamas praticou ações terroristas altamente condenáveis e das quais não nos devemos esquecer, mas nada justifica a sentença de morte imposta por Israel para milhares, senão dezenas de milhares de civis na Faixa de Gaza. Curiosamente toda a comunidade internacional, com excepção dos EUA, apoiava este projeto de resolução do Conselho de Segurança.
Sarah Corsino
David Ribeiro também não vejo nenhum país árabe, ao redor, a receber refugiados nos seus países (já que é tanta a preocupação). Até, em tempos, os expulsaram (porque será?). Também a Rússia vetou projeto de resolução de cessar-fogo com a Ucrânia e ninguém fez este alarde. Nem utilizaram o famoso artigo. Será que é por ser EUA/Israel? Eu diria que os Israelitas poderiam ser mais cuidadosos com os Palestinianos da Cisjordânia porque as relações são completamente diferentes dos da Faixa de Gaza. O que acontece é que os terroristas também já se mudaram para lá e o Fatah não consegue controlar nada. Não pense que eu não sinto angústia pelos Palestinianos inocentes, mas a maioria deles são reféns e cúmplices de terroristas
David Ribeiro
Há algo que aqui ainda não disse e é importante, Sarah Corsino... assim como não confundo Hamas com todo o povo palestiniano, também não coloco no mesmo saco Benjamin Netanyahu e os seus falcões, juntamente com todo o povo israelita.
Sarah CorsinoDavid Ribeiro aih sim. Esse homem não é "flor que se cheire" 😞



Publicado por Tovi às 09:45
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Sexta-feira, 8 de Dezembro de 2023
As últimas dos grandes conflitos bélicos atuais

  Al Jazeera - 3.ª feira 5dez2023
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As conversações/negociações concentrar-se-ão nas relações bilaterais e na guerra Israel-Hamas.

  Expresso - 3.ª feira 5dez2023
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Até se me arrepiam os neurónios ao ter que concordar com o ultranacionalista Víktor Orbán... mas a verdade é que o primeiro-ministro húngaro tem razão quando afirma ser um erro a entrada da Ucrânia na União Europeia (UE). O nome Ucrânia (ou Ukraina, como é escrito no idioma ucraniano) deriva de uma palavra do eslavo antigo - "ukraina" - que significa “terra de fronteira” e assim deverá continuar.

 
Francisco Rocha AntunesHá amigos de Putin nas pessoas mais insuspeitas. Ele conta convosco desde o princípio. Nem vou comentar a parte do nome da Ucrânia
David RibeiroSe o Francisco Rocha Antunes me inclui nos "Há amigos de Putin nas pessoas mais insuspeitas. Ele conta convosco desde o princípio" olhe que a carapuça não me serve. Sempre defendi e continuo a defender que entre Zelensky e Putin, no que toque a humanismo e democracia, venha o diabo e escolha.
Francisco Rocha Antunes
David Ribeiro tem razão, não sei porque sequer comento. Não vai acontecer mais
Jorge De Freitas MonteiroProvavelmente com a Ucrânia e com outros daquele lado vamos assistir a uma neverending story como com a Turquia. As negociações de adesão com a Turquia começaram em 1987 e nunca terminaram nem vão terminar.
Castro Ferreira PadrãoBom feriado, um abraço
Jorge SaraivaO nome do Cabo Finisterra provém de dois factos: ponto onde a terra (Europa) termina e ponto mais ocidental do continente europeu.
Eduardo SaraivaDesta vez não concordo com o amigo David Ribeiro. E deviamos tentar parar a guerra e democratizar a Russia, porque caso contrário, a seguir vêm pela europa abaixo e nem nós escapamos porque é tudo deles.
David RibeiroE como é que se fazia isso, Eduardo Saraiva?... invadindo a Rússia?
Sarah CorsinoEste Órban já demonstrou por diversas vezes (e não é só por causa da Ucrânia) que é a verdadeira "toupeira russa" dentro da UE.
David RibeiroSarah Corsino... andamos a dar entrada na UE só para fazer perrice à Rússia e deu nisto.

  CNN Portugal - 4.ª feira 6dez2023
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Está cá a parecer-me que este ano o Pai Natal não traz prendas para Zelensky.

  "X" - 4.ª feira 6dez2023
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  The Wall Street Journal - 5.ª feira 7dez2023
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EUA avisam Israel: guerra em Gaza deve acabar dentro de semanas e não de meses. 

  Expresso - 5.ª feira 7dez2023
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  Raul Almeida - Como português e como católico, tenho um enorme orgulho em António Guterres. A História lembrará este Homem pela coragem e determinação com que tenta parar o maior genocídio do século XXI. Sem a companhia dos que primeiro deveriam estar ao seu lado na linha da frente, Guterres não desiste, afirmando o valor da vida sobre a morte, da moral sobre a fúria assassina sionista. O uso extremo do Artigo 99 da CNU, é prova da determinação humanista e civilizacional de Guterres. Que nunca lhe falte a força para fazer o que está certo.

  Al Jazeera - 5.ª feira 7dez2023
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O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, condenou o ataque de Israel a Gaza durante o encontro para conversações em Moscovo com o presidente russo, Vladimir Putin.

  Jornal de Notícias - 6.ª feira 8dez2023
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O Hamas fala em "ferozes batalhas" contra as tropas israelitas em diversas zonas da Faixa de Gaza, incluindo no sul. A ajuda humanitária foi praticamente interrompida em Khan Yunis, para onde uma grande parte dos civis do norte fugiu.

  Sondagem de Pew Research Center (EUA) - 6.ª feira 8dez2023
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Cerca de um quarto (27%) afirma que Israel está a ir longe demais na sua atual operação militar, enquanto quase o mesmo número (25%) afirma que está a adoptar a abordagem correta; 16% dos americanos dizem que Israel não está indo suficientemente longe militarmente.
Mais de quatro em cada dez Democratas (45%) dizem que Israel está a ir longe demais na sua operação militar contra o Hamas, em comparação com 12% dos Republicanos.
Também existem diferenças de idade nestas opiniões, sendo os americanos mais jovens mais propensos do que os grupos etários mais velhos a dizer que Israel está a ir longe demais.




Sábado, 25 de Novembro de 2023
Tréguas em Gaza e troca de prisioneiros e reféns

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No dia de ontem, segundo os mais credenciados orgãos de comunicação presentes na Faixa de Gaza e em Israel, mas também pelo Ministério das Relações Exteriores do Catar, 13 israelitas (incluindo dupla nacionalidade), 10 tailandeses e um filipino foram libertados pelo Hamas. O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, confirmou a libertação, pelo grupo islamita Hamas, de uma refém com nacionalidade portuguesa - Adina Moshe com 72 anos. Um grupo de 39 mulheres e crianças palestinianas presas em Israel desde antes da guerra, sairam da prisão de Ofer, em autocarros da Cruz Vermelha, ao fim do dia.  Neste mesmo dia de ontem a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) informou que 137 camiões com ajuda humanitária entraram na Faixa de Gaza. Já no dia de hoje [sábado 25nov2023] dezassete reféns do Hamas, sequestrados em Gaza, foram libertados, com o acompanhamento da Cruz Vermelha, tendo chegado já a Israel durante a madrugada.

 

   Ana França no Expresso em 22nov2023
405796355_10224512628791100_1566081826456569593_n.Um acordo que começou a ser montado logo depois do massacre de 7 de outubro acabou por resultar na já quase certa libertação de 50 mulheres e crianças levadas pelo Hamas para Gaza nesse dia. (...) As negociações foram difíceis e a opinião pública israelita teve um papel essencial neste desfecho, por nunca aliviar a pressão sobre o Governo de Netanyahu. 

 

  Entretanto...
image.jpgOs primeiros-ministros da Bélgica e de Espanha criticaram Israel pelo sofrimento dos civis palestinianos durante as operações militares israelitas em Gaza. O espanhol Pedro Sanchez também apelou ao reconhecimento de um Estado palestiniano pela União Europeia, dizendo que o governo espanhol poderia fazê-lo por conta própria. Na sequência destes comentários, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Eli Cohen, convocou os embaixadores destes dois países para uma dura reprimenda. “Condenamos as falsas alegações dos primeiros-ministros de Espanha e da Bélgica que apoiam o terrorismo”, disse Cohen. Já no início deste mês, Caroline Gennez, ministra belga da cooperação para o desenvolvimento e das principais cidades, disse que a Bélgica estava a considerar o reconhecimento do estado da Palestina.
22277156.jpgTambém já se ficou a saber que Telavive vai boicotar a reunião dos chefes da diplomacia dos 27 membros da União Europeia, de outros 15 países mediterrânicos e da Comissão Europeia que vão debater na segunda-feira [27nov2023] em Barcelona a situação no Médio Oriente, com a presença da Autoridade Palestiniana. Trata-se do oitavo Fórum Regional da União pelo Mediterrâneo (UpM).
naom_6561297acf4ef.jpgO Egito acaba de informar ter recebido sinais positivos de todas as partes sobre uma possível extensão da trégua de quatro dias por mais um ou dois dias. Diaa Rashwan, chefe do Serviço de Informação do Estado (SIS) do Egito, disse num comunicado que o país estava a manter extensas conversações com todas as partes para chegar a um acordo sobre a extensão da trégua, o que “significa a libertação de mais detidos em Gaza e de prisioneiros palestinianos nas prisões israelitas”.

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A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) afirma que uma das suas patrulhas foi atingida por tiros israelitas nas proximidades de Aytaroun, no sul do Líbano, embora não tenha havido vítimas. A UNIFIL condenou o ataque às suas forças de manutenção da paz, chamando-o de “profundamente preocupante”. “Lembramos veementemente às partes as suas obrigações de proteger as forças de manutenção da paz e evitar colocar em risco os homens e mulheres que trabalham para restaurar a estabilidade”, afirmou.



Publicado por Tovi às 07:22
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Segunda-feira, 20 de Novembro de 2023
Pausa no conflito em Gaza... e libertação de reféns

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Uma pausa de cinco dias nos combates, monitorizada por vigilância aérea, poderá libertar dezenas de mulheres e crianças do cativeiro em Gaza. Um conjunto detalhado de termos escritos de seis páginas exigiria que todas as partes no conflito congelassem as operações de combate durante pelo menos cinco dias, enquanto inicialmente 50 ou mais reféns são libertados em lotes mais pequenos a cada 24 horas. A interrupção dos combates também visa permitir um aumento significativo na quantidade de assistência humanitária, incluindo combustível, para entrar no enclave sitiado vindo do Egito. A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, tuitou que “ainda não havia acordo, mas continuamos a trabalhar duro para conseguir um acordo”. Um porta-voz da Embaixada de Israel em Washington disse na noite de sábado que “não vamos comentar” nenhum aspecto da situação dos reféns.
[The Washington Post - 18nov2023]

 

  Netanyahu não é fonte confiável sobre a guerra em Gaza
GettyImages-1257673418.jpgDe acordo com uma sondagem publicada terça-feira [14nov2023] pela investigadora Gal Yavetz da Universidade Bar-Ilan, apenas 4% dos judeus israelitas consideram o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu uma fonte fiável de informação para a guerra Israel-HamasEm contraste, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Daniel Hagari, que tem comunicado regularmente desde 7 de outubro através das redes sociais e frequentes conferências de imprensa em hebraico e inglês, liderou a lista, já que 73,7% das pessoas entrevistadas o destacaram, como a fonte de informação mais confiável. [Ver notícia aqui]

 

   Quarta-feira 22nov2023
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Publicado por Tovi às 07:29
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Quinta-feira, 16 de Novembro de 2023
Tudo o que é demais é moléstia

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A bomba mediática que aconteceu neste Jardim à Beira-Mar Plantado com o despoletar da "Operação Influencer" fez com que os meus comentários na NET não tenham acompanhado o conflito no Médio Oriente... mas continuo a ver, ler e ouvir tudo que acontece na martirizada Faixa de Gaza. E assim, um pouca à laia de “entendamo-nos”, verifico que até os comentadores mais “amigos” dos EUA e de Israel já são da opinião que tudo o que é demais é moléstia.

 

  Nem o Hamas nem as forças fieis a Netanyahu são inocentes 

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As forças israelitas confirmaram na terça-feira [14nov2023] a morte de uma militar de 19 anos que foi feita refém em Gaza, depois de o Hamas ter divulgado imagens dela ainda viva, mostrando em seguida um corpo que dizia ser o da jovem, morta num ataque de Israel. É a primeira vez que Israel confirma uma declaração do Hamas, que tem dito que dezenas dos reféns que fez a 7 de outubro tinham morrido ou estavam desaparecidos devido aos ataques israelitas a Gaza. No vídeo do Hamas, que foi divulgado na segunda-feira [13nov2023], Noa Marciano identificava-se e dizia que estava refém em Gaza há quatro dias - as imagens têm data de 11 de outubro. Seguem-se depois imagens de uma jovem mulher, de aparência semelhante à de Marciano, mas desta vez deitada num lençol e com uma ferida sangrenta na cabeça. Uma legenda informa que a militar foi morta "num ataque aéreo pelo inimigo sionista" na quinta-feira [9nov2023] da semana passada. As forças israelitas não fazem qualquer comentário sobre as circunstâncias da morte de Noa Marciano, confirmando apenas a morte da jovem e o facto de ter sido raptada, esclarecendo ainda que fazia parte do corpo de defesa de fronteira.

 

  Foi notícia no dia de ontem
1858989.jpgO exército israelita está a conduzir, desde a madrugada, uma “operação precisa e orientada” contra o Hamas no Hospital al-ShifaSegundo o Ministério da Saúde de Gaza, citado pela Al-Jazeera, estão cerca de 2.500 pessoas no hospital, entre as quais 600 feridos e 36 recém-nascidosOs soldados israelitas estão a realizar operações de busca dentro do hospital e a interrogatórios individuais às equipas médicas. “Antes de entrarem, as tropas da FDI (Forças de Defesa Israelitas) encontraram engenhos explosivos e células terroristas, e iniciou-se um combate, no qual terroristas foram mortos”, lê-se numa mensagem do Telegram, refere o jornal The Guardian.
O ataque ao maior hospital de Gaza continua, disse Muhammad Abu Salmiya à Al Jazeera Árabe, com as forças israelitas continuando a ser posicionadas em vários edifícios em todo o complexo. “O exército de ocupação está no prédio de diálise sem se preocupar em trazer combustível para ajudar os pacientes (...) Não conseguimos chegar à farmácia para tratar os pacientes, pois a ocupação atira em todos que se deslocam." Disse também que não se consegue comunicar com os médicos de todo o hospital para perguntar sobre o estado dos pacientes e que não tem conhecimento do estado dos bebés prematuros ali tratados. Abu Salmiya afirma que ninguém do exército israelita o contactou desde que o hospital foi invadido e que a água, a eletricidade e o oxigénio estão completamente cortados no interior. “As feridas dos pacientes começaram a apodrecer significativamente depois que todos os serviços do hospital foram interrompidos (...) O cheiro da morte está por toda parte.” afirmou o diretor do Hospital Al-Shifa.

 

  Requiescat in Pace
mw-694.webpO ministro dos Negócios Estrangeiros lamentou, nesta quarta-feira [15nov2023], a morte de três cidadãos portugueses em Gaza, dos quais dois menores, juntamente com dois familiares, e pediu a Israel para parar estes bombardeamentos. "O Governo português lamenta profundamente a morte de cinco pessoas esta tarde em Gaza, três cidadãos nacionais e dois familiares, fruto de um bombardeamento", declarou João Gomes Cravinho. Estes três portugueses, assim como dois palestinianos que morreram no mesmo bombardeamento, aguardavam a retirada por indicação de Portugal, referiu a diplomacia portuguesa em comunicado, lamentando as mortes. 

 

  Os números da vergonha
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Publicado por Tovi às 07:18
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Sábado, 4 de Novembro de 2023
Líder do Hezbollah alerta para "guerra total"

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O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, fez ontem [6.ª feira 3nov2023] a sua primeira intervenção pública desde o início da guerra, num discurso transmitido pela televisão, começando por saudar os “mártires caídos” em diversas guerras, especificando os mortos em Gaza e na Cisjordânia. “Não morreram, estão no paraíso onde não há operações israelitas nem a arrogância americana”, disse Nasrallah. Referindo-se ao sofrimento do povo palestiniano disse que “ninguém move um dedo” para acabar com ele.
Qualificou o governo de Israel de “radical, estúpido e brutal” e referiu quatro razões para a revolta palestiniana: Milhares de detidos palestinianos em Israel; A envolvência da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém Oriental; O cerco à Faixa de Gaza, que condenam os palestinianos a viver como em “campos de concentração”; A situação na Cisjordânia, “perigosa e de risco”, em resultado da expansão dos colonatos judeus, de detenções diárias e da destruição de casas.
“Tinha de haver um grande evento que abalasse a entidade usurpadora e os seus apoiantes em Washington e Londres”, disse o líder do Hezbollah, referindo-se à “bendita operação” do Hamas de 7 de outubro. Nasrallah disse que a operação “Tempestade de al-Aqsa” foi “100% realizada pelos palestinianos”, acrescentando: “Não nos incomodamos com a ocultação do plano de ataque de 7 de Outubro pelo Hamas”. “O sigilo absoluto foi o que garantiu o sucesso da operação”, disse. O líder do Hezbollah saudou também os “fortes e bravos iraquianos e iemenitas [huthis] que estão envolvidos nesta guerra santa”.
Na sua intervenção televisionada, Hassan Nasrallah afirmou que “o que aconteceu confirma que o Irão não exerce qualquer tutela sobre as fações da resistência e que os verdadeiros decisores são os líderes da resistência". O líder do Hezbollah aludiu, implicitamente, à visita a Israel do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que discursava à mesma hora, em Telavive. “Nada sequer começou e vemos os países de todo o mundo a enviar os seus Presidentes, os seus ministros, os seus generais, os seus arsenais, os seus milhares de milhões para apoiar esta entidade ilegítima [Israel].”
Hassan Nasrallah terminou a sua intervenção com um aviso a Israel. “Todos os cenários estão em aberto na nossa frente sul libanesa”, disse o líder do Hezbollah. “Todas as opções estão definidas e podemos adota-las em qualquer altura.”

 

   Populares prestaram homenagem no Porto às vítimas palestinianas
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Quando estas homenagens forem espontâneas e apartidárias, chova ou faça sol, então EU ESTAREI LÁ.

 

  É assim que estamos...

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Os ataques israelitas atingiram perto de pelo menos três hospitais em Gaza, segundo as autoridades de saúde locais, incluindo um que atingiu um comboio médico perto do Hospital Al-Shifa, na cidade de Gaza, matando 15 pessoas e ferindo outras 16. Uma escola que acolhe deslocados no bairro de Saftawi também foi atingida num ataque israelita que matou pelo menos 20 pessoas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Num ataque separado, crianças estão entre os pelo menos 14 palestinianos mortos enquanto escapavam para o sul ao longo da estrada costeira de Gaza, segundo autoridades locais. A agência da ONU para os refugiados palestinianos afirmou que já não pode fornecer segurança em abrigos sob a bandeira da ONU. A UNRWA disse que pelo menos 38 pessoas morreram em instalações da ONU desde o início da guerra.

 Os chefes da diplomacia da Jordânia, Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar reuniram-se este sábado com o homólogo norte-americano, Antony Blinken, em Amã, para discutir como “cessar a guerra em Gaza”. Um representante da Autoridade Palestina também participou do encontro.

  Chico GouveiaOs israelitas já disseram. É simples: libertem os reféns.

  O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, e o ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, estiveram hoje, em conferência de imprensa, na capital da Jordânia. Pontos principais das três declarações: Safadi iniciou a conferência sublinhando a importância de um imediato cessar-fogo para todos os países árabes. Disse ainda que para a Jordânia não é aceitável a “morte de inocentes” e destruição em “legítima defesa”. Já Antony Blinken começou por agradecer ao Egito por facilitar a passagem de civis feridos entre Gaza e Egito. De seguida voltou a sublinhar a posição dos EUA: Israel tem direito a defesa, mas acrescentou “deve tomar todas as medidas possíveis para evitar vítimas civis”. Por último, falou Shoukry. Voltou a apelar por um cessar-fogo e disse que qualquer discussão sobre o futuro de Gaza, sem o Hamas, é “prematura”.

  
Chico Gouveia
David Ribeiro todos muito comedidos. Ninguém arrisca nada. Política dos testículos: participam mas não entram. Este Blinken devia ser o sucessor de Biden.
David Ribeiro - A verdade, Chico Gouveia, é que Antony Blinken  foi de Israel para Amã de mãos vazias e saiu da Jordânia para a capital turca, novamente de mãos vazias. Os EUA ao "casar-se" com o primeiro-ministro Netanyahu e a sua guerra em Gaza, não consegue ser reconhecido por ninguém como mediador neste conflito. As notícias vindas dos "States" dizem que por lá as manifs pró-palestinianas são cada vez mais e com maior número de manifestantes.




Quarta-feira, 1 de Novembro de 2023
Não queremos morrer...

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Os residentes de Gaza estão a ficar “cada vez mais desesperados à medida que procuram comida, água e abrigo no meio da implacável campanha de bombardeamentos (...) um cessar-fogo humanitário imediato tornou-se uma questão de vida ou morte para milhões” em Gaza.

 

  É assim que estamos... 
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Disseram as Brigadas al-Qassam, o braço armado do Hamas, sobre os confrontos com forças israelitas na Faixa de Gaza nos últimos dias: Eliminamos uma força sionista depois de esta ter entrado num edifício em Beit Hanoun. Visamos uma escavadora e um veículo que transportava soldados. Estamos envolvidos em batalhas violentas no sul da Cidade de Gaza e no noroeste de Gaza, destruindo vários veículos israelitas que penetram nas áreas norte e sul da Cidade de Gaza.

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O Ministério do Interior de Gaza informou que o campo de refugiados de Jabalia foi “completamente destruído” pelo bombardeamento israelita. “Esses edifícios abrigam centenas de cidadãos. A força aérea da ocupação destruiu este distrito com seis bombas fabricadas nos EUA. É o mais recente massacre causado pela agressão israelita na Faixa de Gaza”, disse o porta-voz Iyad al-Bazum aos jornalistas à porta de um hospital em Khan Younis. Cerca de 400 pessoas estavam mortas ou feridas. “A comunidade internacional deve agir imediatamente para deter Israel antes que seja tarde demais.”

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A situação é cada vez mais tensa em toda a Cisjordânia ocupada. O serviço de segurança israelita Shin Bet alertou o governo de Israel sobre uma “explosão” de violência potencial devido ao aumento dos ataques de colonos. Há já 125 pessoas que foram mortas desde que estes ataques começaram, em 7 de outubro, e outras 1.700 presas. A economia aqui – que sofreu tremendamente durante décadas de ocupação – está agora a sofrer uma hemorragia ainda pior devido ao recente confinamento. A liberdade de circulação – coisas simples como levar as crianças à escola e às compras – tornou-se muito mais difícil. Este foi um aviso muito severo do serviço de segurança interna de Israel.

 
Francisco BismarckNao estamos um bocadinho cansados do vitimismo dos que se escondem sob hospitais e civis?
David RibeiroFrancisco Bismarck... quem não tem para onde fugir os hospitais ou edifícios dos diversos organismos da ONU é o refúgio possível. Na Faixa de Gaza nem todos são Hamas.
Francisco Bismarck
David Ribeiro pois nao. O Hamas é que se aproveita da situacao e distinguir nao é fácil.
David Ribeiro
Francisco Bismarck... e por ser difícil distinguir terroristas de cidadãos inocentes é que recorrer a bombardeamentos em grande escala é criminoso. Então Israel não tem um altamente eficaz exército e os melhores serviços de inteligência do mundo?... Está cá a parecer-me que ganharam fama e deitaram-se na cama. E optaram pelo mais fácil e bárbaro meio de combate: bombardeamentos aéreos constantes.
Francisco BismarckDavid Ribeiro quais as alternativas?os bombardeamentos poupam baixas proprias
David RibeiroFrancisco Bismarck... claro que poupam baixas próprias, mas matam inocentes. Até entre os aliados de Israel se concorda que se deve usar unicamente resposta “proporcional”, ou seja, a força necessária e suficiente para alcançar o objetivo legítimo que, neste caso, é destruir a capacidade militar do Hamas.
171220-MS-1-00-11.jpgO martirizado campo de refugiados de Jabalia tinha uma população registada de 195.249 em 31dez2008 (107.590 no acampamento e 87.659 fora do mesmo) e está localizado no extremo norte da Faixa de Gaza, perto da fronteira com Israel e de uma aldeia com o mesmo nome. O acampamento cobre apenas uma área de 1,4 km2, tornando-o um dos lugares mais densamente povoados da Terra. A Primeira Intifada em dezembro de 1987 começou em Jabalia. O campo tem sido palco de muita violência no conflito israelo-palestiniano. É também considerado um importante reduto do movimento Hamas. O campo é o maior campo de refugiados em território palestino.

 

   A trabalhar para a PAZ... cada vez mais difícil
387761902_18282763252144469_6118798948580138590_n.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, repetiu apelos para que Israel siga o direito humanitário internacional numa ligação com o presidente israelita, Isaac Herzog, disse o Departamento de Estado. Blinken também repetiu que o “direito de Israel de se defender” deveria incluir “precauções viáveis… para minimizar os danos aos civis". Numa viagem anterior ao Médio Oriente durante a guerra em Gaza, Blinken visitou vários países, incluindo Jordânia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Egito.
A Turquia e o Irão apelaram a uma conferência regional destinada a evitar a propagação da guerra no Médio Oriente. “Não queremos que a tragédia humana em Gaza se transforme numa guerra que afete a região”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan. “Estes cercos e ataques desumanos contra os nossos irmãos de Gaza são uma clara violação do direito internacional.”

  
Gonçalo G. MouraComo de costume a Turquia é de uma enorme hipocrisia...  Presidente da Turquia defende Hamas, e Israel chama diplomatas de volta
Jose Pinto Pais
Vindo desses dois só para rir
Gonçalo G. MouraJose Pinto Pais eu o Irão nem comento...

 

  Ainda é pouco... mas já é alguma coisa
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A passagem fronteiriça de Rafah que liga o Egito à Faixa de Gaza foi temporariamente aberta para permitir a saída de um número limitado de pessoas gravemente feridas e de cidadãos estrangeiros, enquanto as forças israelitas prosseguem com a sua ofensiva terrestre e aérea no enclave sitiado. Segundo foi relatado o Egito preparou um hospital de campanha em Sheikh Zuwayed, no Sinai. Ambulâncias podiam ser vistas esperando no cruzamento de Rafah. O serviço de fronteiras palestiniano - a Autoridade Geral para as Passagens em Gaza - informou a cadeia de televisão Al Jazeera (por volta das 15h30 GMT) que já entraram no Egito um total de 76 feridos e 335 titulares de passaportes estrangeiros. Um funcionário do Ministério da Saúde em Gaza revelou à Associated Press que dez dos feridos que estavam para ser evacuados acabaram por morrer antes de conseguirem atravessar a fronteira.



Publicado por Tovi às 07:49
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Segunda-feira, 30 de Outubro de 2023
Netanyahu está deitado na cama que fez...

...e já há sinais de uma rutura no gabinete de guerra israelita

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O primeiro-ministro Netanyahu “deve retratar-se” de uma declaração em que culpou as agências de segurança do país pelo ataque de 7 de outubro, disse Benny Gantz, general reformado e membro do gabinete de guerra de Israel. “Quando estamos em guerra, a liderança deve mostrar responsabilidade, decidir fazer as coisas certas e fortalecer as forças de uma forma que possam realizar o que exigimos delas. Qualquer outra ação ou declaração prejudica a capacidade de resistência das pessoas e sua força”, disse Gantz no X. Este seu comentário veio depois das afirmações de Netanyahu no sábado [28out2023] em que disse não ter recebido nenhum aviso sobre a intenção do grupo armado de planejar um ataque a Israel, culpando o chefe do exército e dos serviços de inteligência.

Mas há agora mais políticos israelitas a criticar os comentários de Netanyahu, onde culpou os chefes de segurança do país pelo ataque de 7 de Outubro. “O problema não são os avisos específicos, mas todo o equívoco. A política de contenção, a dissuasão imaginária e a compra de uma paz temporária a um preço exorbitante, [estes] são os pais de todos os pecados”, disse o ministro da Segurança Nacional e líder de extrema direita, Itamar Ben-Gvir, no X. No entanto, tais discussões “não são para agora”, disse ele, acrescentando que haverá “muito tempo mais tarde para um acerto de contas comovente”. Outros líderes israelitas que se juntaram ao coro contra os comentários de Netanyahu incluem o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Gabi Ashkenazi e o presidente do Partido Trabalhista, Merav Michaeli.

"Eu estava errado. As coisas que eu disse não deveriam ter sido ditas e peço desculpas por isso. Dou total apoio a todos os chefes das forças de segurança”, disse Netanyahu no X. O seu pedido de desculpas veio após uma manhã tempestuosa para o primeiro-ministro de Israel, quando políticos de todo o espectro político o criticaram por inflamar a divisão dentro do establishment israelita.

  Jorge VeigaIsto são salpicos de lama no carro que andou num pântano. Só que quem criou o pântano foram outros, que se estivessem quietos, nada teria acontecido. Há assuntos por resolver, mas nunca assim.

 

  Entretanto...
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(Tanques israelitas e outros veículos militares manobram dentro de Gaza)
Vários correspondentes da Al Jazeera no terreno estão a informar que tanques israelitas estão agora [manhã de segunda-feira 30out2023] a aproximar-se dos arredores da Cidade de Gaza. Testemunhas também disseram à agência de notícias AFP que os tanques estão nos limites da Cidade de Gaza e cortam uma estrada importante que liga o norte ao sul do território palestiniano devastado pela guerra.
Fontes palestinianas disseram à Al Jazeera que os tanques israelitas estão dividindo a Faixa de Gaza em duas partes após a sua incursão em direção à rua Salah al-Din, que passa verticalmente pelo enclave.
“A resistência palestiniana atacou os tanques israelitas na rua Salah Al Din”, disse há momentos [9h22 (GMT) de hoje 30out2023] Hazem Qasem, porta-voz do Hamas em Gaza, confirmando as notícias que têm vindo a ser relatadas sobre tanques israelitas que se aproximam dos arredores da Cidade de Gaza. Acrescentou que os tanques israelitas também invadiram uma área no sudeste de Gaza, depois de destruí-la anteriormente por ataques aéreos.
As forças israelitas emitiram um aviso instruindo as pessoas a não viajarem entre o sul e o norte da Faixa de Gaza.
Várias fontes também relataram tanques movendo-se da parte norte da Faixa de Gaza em direção à Cidade de Gaza.

  Israel diz que operações em Gaza vão "aumentar"
daniel-hagari-1.jpgO porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, disse nesta manhã de segunda-feira [30out2023] durante uma conferência de imprensa, que “As nossas atividades e operações vão continuar e aumentar de acordo com as fases da guerra. Esta é uma operação terrestre alargada à Faixa de Gaza. Forças terrestres, tanques, infantaria estão a avançar em direção aos terroristas”. Daniel Hagari referiu ainda que há confrontos diretos entre as forças terrestres israelitas e o Hamas na Faixa de Gaza.

  Isabel Ponce de LeãoQue os confrontos sejam só com o Hamas!

  Al Jazeera às 10h15 (GMT) de segunda-feira 30out2023
Captura de ecrã 2023-10-30 112805.pngOs tanques israelitas que se aproximavam dos arredores da Cidade de Gaza recuaram, de acordo com o chefe do gabinete do governo do Hamas em Gaza. Os tanques chegaram à rua Salah al-Din, a uma distância de cerca de 3 km da cerca de Gaza.

  Al Jazeera às 13h50 (GMT) de segunda-feira 30out2023
Captura de ecrã 2023-10-30 160321.pngO grupo Hamas divulgou um vídeo que mostrará três mulheres que mantém em cativeiro. No clipe de 76 segundos, uma das mulheres critica em hebraico o governo israelita por não ter protegido as pessoas durante o ataque do Hamas em 7 de outubro e pede que Israel realize uma troca de prisioneiros. Israel diz que pelo menos 239 pessoas estão mantidas em cativeiro. Não foi possível verificar imediatamente a identidade das mulheres. Perto de uma hora depois o gabinete do primeiro-ministro israelita emitiu uma declaração em resposta ao vídeo: “Esta é uma propaganda psicológica cruel do Hamas-ISIS. Estamos abraçando as famílias. Faremos tudo para devolver todas as pessoas sequestradas e desaparecidas para casa.”

  Expresso às 14h18 de segunda-feira 30out2023
Libano-Israel.jpgHá mais notícias de combates entre a milícia libanesa Hezbollah e o exército israelita, segundo as próprias Forças de Defesa de Israel fizeram saber ao início desta tarde, através do seu principal porta-voz, Daniel Hagari. O Hezbollah atacou uma posição do exército israelita na fronteira com o Líbano, e as forças israelitas estão a responder com fogo de artilharia contra a origem do ataque. Os ataques a partir do Líbano intensificaram-se desde sábado após a expansão das operações terrestres israelitas em Gaza na noite de sexta-feira.

  Conselho de Segurança das Nações Unidas
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Vai reunir-se hoje [segunda-feira 30out2023] para discutir “a situação no Médio Oriente, incluindo a questão palestiniana”, de acordo com a agenda oficial do Conselho de Segurança da ONU. Será esta tarde, e foi marcada a pedido dos Emirados Árabes Unidos.




Sábado, 28 de Outubro de 2023
Lições e reflexões a propósito dos reféns do Hamas

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Artigo de opinião de Peter Bergen, analista de segurança nacional da CNN, vice-presidente da New America, professor na Universidade do Estado do Arizona, nos EUA, e apresentador do podcast “In the Room With Peter Bergen”. Faz parte do conselho consultivo da James W. Foley Legacy Foundation, que defende reféns norte-americanos. 

  CNN às 12h03 de 26out2023
De acordo com as autoridades israelitas, há cerca de 150 reféns detidos em Gaza. Entretanto, 17 americanos estão desaparecidos e o Hamas pode estar a reter um número desconhecido deles, de acordo com a Casa Branca. (...) A abordagem com o menor risco provável para os reféns é uma libertação negociada. Poucos governos têm muita influência sobre o Hamas, mas o Catar tem, pois forneceu centenas de milhões de dólares a famílias pobres de Gaza nos últimos anos. Por exemplo, no mês passado, funcionários do Catar ajudaram a garantir a libertação de cinco prisioneiros americanos detidos pelo Irão, o que incluiu o descongelamento de 6 mil milhões de dólares de receitas do petróleo iraniano, que foram enviados para um banco do Catar para serem utilizados para fins humanitários no Irão. Os funcionários oficiais do Catar já estão a comunicar com o Hamas sobre o acordo que poderá ser feito para libertar os reféns que têm em seu poder. Se houver uma troca de prisioneiros, o Hamas já fez um acordo difícil no passado, trocando o soldado israelita Gilad Shalit em 2011 por mais de mil prisioneiros palestinianos detidos por Israel. (...) Quando o Daesh raptou jornalistas e trabalhadores humanitários americanos a partir de 2012, os EUA lançaram uma operação de resgate em 2014 com base em indicações de que estavam detidos num determinado local na Síria, mas os reféns já tinham sido transferidos quando a operação foi realizada. Posteriormente, o Daesh assassinou os americanos. Os resgates também podem ser perigosos para os reféns, mesmo quando são usadas as forças de operações especiais mais competentes. Em 2010, os talibãs raptaram a trabalhadora humanitária britânica Linda Norgrove e a equipa SEAL Team Six da Marinha dos EUA lançou uma operação de resgate. Investigações posteriores revelaram que Norgrove foi morta por uma granada de fragmentação lançada por um membro da equipa SEAL durante a operação. Os sequestradores também podem matar o prisioneiro durante as operações de resgate. Em 2014, durante uma operação de resgate da equipa SEAL Team Six no Iémen, o jornalista americano Luke Somers foi morto pelos seus captores da Al Qaeda. (...) Em suma, uma libertação negociada dos reféns, mediada talvez pelo Catar, é a abordagem de menor risco para os libertar. Se o Hamas pudesse libertar as crianças e os idosos reféns que o grupo parece estar a manter, isso seria um bom começo. A promessa desta abordagem foi demonstrada na sexta-feira [20out2023] quando, em resultado das negociações entre o Hamas e o Qatar, o Hamas libertou dois cidadãos americanos, uma mãe e a sua filha.

 

  Hamas descarta nacionalidades específicas para libertar reféns
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O movimento islamita palestiniano Hamas afirmou ontem [sexta-feira 27out2023] que não fará distinção entre reféns israelitas ou de outras nacionalidades em possíveis libertações futuras, embora, após reuniões nas últimas horas em Moscovo, admita alguma deferência com os “amigos russos”. “Para nós, todos os reféns são israelitas”, afirmou um porta-voz do gabinete político do Hamas, Musa Abu Marzuk, em entrevista à agência russa Sputnik, na qual destacou que “a maioria” das pessoas raptadas nos ataques de 07 de outubro têm “alguma outra nacionalidade” além da de Israel. Abu Marzuk reconheceu que muitos dos países que têm cidadãos sob cativeiro apresentaram algum tipo de pedido, incluindo “amigos russos”. Face à exigência de Moscovo de libertação dos reféns, o porta-voz do Hamas prometeu que o grupo tratará o pedido russo “de uma forma mais positiva e com maior atenção do que outros”, tendo em conta “a natureza das relações bilaterais”.

 Francisco BismarckEsse porta-voz que caia em maos israelitas...

 Tentativas para a libertação de reféns do Hamas
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Os EUA dizem estar em "conversações ativas" com Israel sobre uma pausa humanitária para permitir a libertação de reféns do Hamas em Gaza. "Se isso requer uma pausa temporária, então apoiamos totalmente. Apoiamos qualquer esforço que possa ser feito para levá-los para casa em segurança e para as suas famílias".
O secretário-geral da ONU, António Guterres, numa reunião na sexta-feira [27out2023] em Nova Iorque, expressou ao ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, "a importância da contribuição iraniana para a libertação incondicional e imediata" dos reféns do Hamas. Na quinta-feira [26out2023] o próprio Abdolahian ofereceu explicitamente a mediação do seu país para conseguir a libertação desses reféns “civis”. De acordo com um comunicado divulgado pelo gabinete de António Guterres, Abdolahian disse que o Hamas – um movimento com o qual o seu país mantém estreitas relações – exigiria em troca a libertação de cerca de seis mil prisioneiros palestinianos atualmente em prisões israelitas.
As famílias dos reféns do grupo islamita Hamas detidos na Faixa de Gaza, na sua maioria israelitas, manifestaram-se ontem [27out2023] preocupadas e exigiram explicações ao governo de Telavive após os intensos bombardeamentos do exército contra este território palestiniano. A alegação dos militares de que têm como alvo a infra-estrutura dos túneis gerou medo entre as famílias de que os líderes militares estejam a ser arrogantes com as vidas dos cativos, que se acredita estarem detidos dentro dos túneis. Segundo o exército israelita 229 pessoas estão mantidas reféns depois de terem sido tomadas pelas forcas do Hamas na Faixa de Gaza.
O grupo islamita Hamas está a tentar localizar oito reféns com dupla nacionalidade, russa e israelita, para os libertar, disse hoje [sábado 28out2023] um dos seus altos funcionários, Moussa Abou Marzouk, que se encontra em visita a Moscovo. "Estamos agora à procura das pessoas que foram identificadas pelo lado russo. É difícil, mas estamos à procura. E assim que os encontrarmos, iremos libertá-los", declarou Moussa Abou Marzouk, citado pela agência de notícias do estado russo Ria Novosti.
O porta-voz das Brigadas al-Qassam do Hamas, Abu Obaida, disse que os ataques aéreos e bombardeamentos israelitas mataram 50 prisioneiros. Abu Obaida disse que o “preço” do retorno de todos os cativos é a libertação de todos os palestinos detidos nas prisões israelitas e “se o inimigo quiser resolver esta questão, estamos prontos”.
Elijah Magnier, analista militar e político, diz que o governo israelita está “totalmente consciente” de que os reféns em Gaza não podem ser libertados através da força militar e “Israel nunca conseguiu libertar ninguém em cativeiro através de ação militar”.
O líder do Hamas na Faixa de Gaza, Yahya Sinwar, diz que o grupo está pronto para uma troca “imediata” de prisioneiros com Israel. “Estamos prontos para realizar um acordo imediato de troca de prisioneiros que inclua a libertação de todos os prisioneiros palestinianos das prisões israelitas em troca de todos os prisioneiros detidos pela resistência palestiniana”, disse Sinwar em comunicado. O Catar tem conduzido diplomacia nos bastidores há mais de três semanas, conversando com autoridades do Hamas e com Israel para promover a paz e garantir a libertação de reféns. Existem 19 prisões em Israel e uma na Cisjordânia ocupada que detêm milhares de prisioneiros palestinos.



Publicado por Tovi às 07:25
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Sexta-feira, 27 de Outubro de 2023
Coluna entrou em Gaza para preparar invasão

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Durante a noite de quarta para quinta-feira [25 para 26out2023] as Forças de Defesa de Israel (IDF) efetuaram um ataque relampago com tanques e infantaria direcionado ao norte da Faixa de Gaza, o que se pensa ter sido parte dos preparativos para as próximas etapas do combate ao Hamas. Os soldados saíram da área no final da atividade, segundo informaram os militares israelitas. Ao fim da tarde de ontem um porta-voz militar israelita disse que ataques terrestres em Gaza como o realizado na noite de quarta-feira continuariam nos próximos dias e cada vez mais contundentes. Acrescentou que os ataques estavam a remover explosivos e a preparar a área “para estar pronta para os próximos passos”.

 

  Diplomacia iraniana apela ao fim dos "crimes de guerra e genocídio"
Captura de ecrã 2023-10-26 105006.pngJá ninguém deverá ter dúvidas que o Irão é o grande apoiante do Hamas e seu fornecedor de equipamentos bélicos, mas por isso, e não só, devemos todos ouvir com atenção o que disse o chefe da diplomacia iraniana, Hossein Amir Abdollahian, ao chegar a Nova Iorque para uma reunião extraordinária da Assembleia Geral da ONU: “O apoio total e cego dos Estados Unidos e de alguns países europeus ao regime israelita atingiu um ponto preocupante e existe a possibilidade de se perder o controlo da situação”... e por isso o Irão quer a cessação imediata dos “crimes de guerra e genocídio” na Faixa de Gaza, a entrega de ajuda humanitária e o fim da deslocação forçada da população do enclave palestiniano. E em boa verdade facilmente os apelos deste diplomata iraniano poderão ser incluídos em qualquer resolução da ONU e aceite por quem estiver de boa fé... não são parvos os diplomatas do Irão.

  UNRWA com dificuldades nas suas operações humanitárias
Gaza5-1698328277.webpA "guerrilha" entre o Governo de Israel e a ONU continua, com a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) a afirmar que precisa urgentemente de combustível para manter as operações humanitárias que salvam vidas e “se o combustível não for recebido em Gaza, a UNRWA será forçada a reduzir significativamente e, em alguns casos, a interromper as suas operações humanitárias na Faixa de Gaza, sendo muito críticas as próximas 24 horas”. Israel continua a recusar a entrada de combustível com carregamentos de ajuda, alegando que poderiam ser apreendidos pelo Hamas. Mais de 613 mil pessoas que ficaram sem casa devido à guerra estão abrigadas em 150 instalações da UNRWA espalhadas pelo território devastado. Nas últimas 24 horas, mais três funcionários da UNRWA foram mortos, elevando o total para 38 mortos.

  Novas operações militares na Faixa de Gaza e na Cisjordânia
Captura de ecrã 2023-10-27 094341.pngIsrael realizou uma nova operação terrestre na Faixa de Gaza, com apoio de caças e 'drones', anunciou hoje o exército israelita num comunicado. A operação decorreu no setor central da Faixa de Gaza e visou alvos do grupo islamita palestiniano Hamas. Os soldados abandonaram em seguida o território palestiniano sem sofrer ferimentos, afirmou o exército. Paralelamente à operação terrestre, foram bombardeados alvos "pertencentes à organização terrorista Hamas" no centro do território "e em toda a Faixa de Gaza". O exército israelita disse ainda que destruiu lançadores de rockets e centros de comando do Hamas, para além de ter neutralizado alguns dos seus elementos. Na Cisjordânia ocupada, pelo menos quatro palestinianos morreram e outros doze ficaram feridos hoje na sequência de disparos durante uma operação do exército de Israel na cidade de Jenin. Nestes confrontos violentos as forças armadas israelitas destruíram ruas e infraestruturas, incluindo a principal fonte de abastecimento de água no campo de refugiados de Jenin.

  O alastrar da guerra na região
39846862312882d68b46defaultlarge_1024.jpgOs Estados Unidos da América lançaram esta sexta-feira dois ataques contra instalações ligadas à Guarda Revolucionária do Irão no leste da Síria, informou o secretário de Defesa norte-americano, Lloyd Austin. Os ataques surgem depois de o Pentágono ter confirmado que pelo menos 21 soldados norte-americanos sofreram ferimentos ligeiros em vários ataques com drones perpetrados por milícias pró-iranianas no Iraque e na Síria desde 17 de outubro. Lloyd Austin esclareceu ainda que estes ataques não estão relacionados com a resposta dos EUA ao conflito entre Israel e o Hamas, e apelou a todos os países para que evitem tomar medidas que possam contribuir para que a guerra se estenda a outras regiões.

  Crimes de guerra... dos dois lados da barricada
Ravina-at-UNR_L.jpgAs Nações Unidas afirmam que atrocidades estão a ser cometidas por ambos os lados do conflito. “Estamos preocupados que crimes de guerra estejam sendo cometidos. Estamos preocupados com a punição coletiva dos habitantes de Gaza em resposta aos ataques atrozes do Hamas, que também equivaleram a crimes de guerra”, disse a porta-voz do Alto Comissariado para os Direitos Humanos (ACDH), Ravina Shamdasani, numa conferência de imprensa em Genebra. Chegou a hora de um tribunal independente avaliar se foram cometidos crimes de guerra, acrescentou.
  
Isabel Sousa BragaNinguém faz nada 😢 coitadas das crianças e de outros inocentes. Por cá vejo muita boa gente que se diz católica a bater palmas.
Jorge VeigaQue foram cometidos crimes de guerra, foram. Arranjar um Tribunal independente é que me parece impossível.



Publicado por Tovi às 07:36
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Sábado, 21 de Outubro de 2023
O conflito Israel-Hamas já está a alastrar?...

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Ora vejamos:

  Na ultima quinta-feira [19out2023] a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL na sigla em inglês) foi solicitada pelos militares libaneses para intervir quando sete pessoas ficaram detidas perto da fronteira. A força da ONU disse que contactou o exército israelita e este cumpriu o pedido da UNIFIL para suspender o fogo e permitir que as forças libanesas retirassem os indivíduos da área. Apesar de várias pessoas terem sido resgatadas com sucesso há a lamentar a perda de uma vida durante este incidente, segundo informou a UNIFIL. Não ficou imediatamente claro quem foi o responsável pela morte do civil, mas uma fonte de segurança libanesa disse que a pessoa foi morta por fogo israelita. Têm ocorrido frequentes incidentes transfronteiriços entre Israel e o Líbano desde o início da guerra em Gaza e não podemos esquecer que é no Líbano que tem o seu acantonamento o Hezbollah, uma ameaça muito maior para a paz na região do que o Hamas.

  
Luis BarataE ?!.. A dar não notícias também!?
David RibeiroLuis Barata acha que são "não notícias"?... As autoridades israelitas anunciaram que vão evacuar a cidade de Kiryat Shmona, no norte de Israel junto à fronteira com o Líbano, esta sexta-feira [20out2023]. A decisão surge perante os últimos dias de troca de ataques entre as IDF [Israel Defense Forces] e os combatentes do Hezbollah no país vizinho.

  Segundo a agência Associated Press o navio USS Carney, que está a norte do Mar Vermelho, abateu ontem [sexta-feira 20out2023] alguns mísseis que pareciam ir em direção a Israel. Além dos mísseis foram ainda lançados vários drones, todos pelas forças Houthi, do Iémen. A notícia foi mais tarde confirmada pelo secretário de imprensa do Pentágono, que falou em mísseis que iriam “potencialmente” para território israelita.

  A agência Reuters avançou na sexta-feira [20out2023] que drones e rockets atingiram uma base aérea no Iraque onde estão várias forças internacionais, incluindo dos Estados Unidos. De acordo com duas fontes relacionadas com o caso, várias explosões foram ouvidas, sendo que o exército iraquiano fechou a zona em volta da base, tendo dado início a uma investigação. Para já não é sabido se o ataque causou vítimas ou danos. A confirmar-se trata-se do quarto ataque em 24 horas contra bases iraquianas com tropas dos Estados Unidos. 

  
Maria Amélia TabordaOs conflitos começaram no inicio do sec.XXI, sem interrupção com o pai Bush e desde então só "arrefeceram" de quando em vez para nos desviarem a atenção...

  Manifestações Pró-Palestina e de apelo à paz no Médio Oriente têm acontecido em várias cidades espalhadas pelo mundo, mas...
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Gonçalo G. Moura - Então não podem.ser confundidas porquê? Sobretudo as que se deram logo no dia seguinte aos atentados e que foram patrocinadas pela nossa extrema-esquerda, ou as com cânticos a exigir a erradicação dos judeus, que são a grande maioria, quase não houves falar de Israel... estamos num mundo com o anti-semitismo a ser patrocinado pelos comunismo e daí vem esse relativismo moral!
David RibeiroGonçalo G. Moura Oh pá!... Estou a falar de manifestações e não de meia dúzia de gajas e gajos de punho no ar.
Gonçalo G. MouraDavid Ribeiro vai ver as manifestações em França e Inglaterra e em breve por aqui no Martim Moniz... estamos a falar da mesma coisa, não sejas ingénuo!
David Ribeiro - Gonçalo G. Moura... comunicado de hoje do gabinete do primeiro-ministro israelita: "Tendo em conta a guerra em curso, nos últimos dias temos vindo a verificar um aumento significativo de protestos anti-Israel em países de todo o mundo, em particular nos países árabes no Médio Oriente" pelo que apela aos cidadãos que se encontram principalmente no Egito e na Jordânia para que "saiam imediatamente" dos países. O governo israelita desaconselha "qualquer viagem não essencial".
Gonçalo G. MouraDavid Ribeiro e tu mesmo assim relativizas as manifestações... sabes porque foram reprimidas em França não sabes?
David RibeiroGonçalo G. Moura se achas que eu relativizei as manifestações não entendeste o que escrevi, que foi: Nunca as manifestações PRÓ-PALESTINA poderão ser confundidas com apoio ao Hamas ou ao Hezbollah.
Gonçalo G. MouraDavid Ribeiro mas são-no... quer queiras ou não! Mais uma vez vai ver o que se passa nos países com mais imigrantes islâmicos que nós... e sim, a) continuas a relativizar as manifestações e b) segues na onda de que a questão palestiniana é a da perspectiva do Arafat (pós-196), quando o Egipto, a Jordânia e a Síria retiraram a nacionalidade aos árabes do território para os prenderem lá e criarem de facto a questão palestina... o Hamas e o Hezbollah foram criados com o seu patrocínio, bem como a radicalização da população... de tal forma recusam abrir as fronteiras para receber os palestinos...
David RibeiroE qual é a tua solução para este eterno conflito, Gonçalo G. Moura?... Espero que não digas que os israelitas devem fazer aos palestinianos o mesmo que Hitler fez aos judeus.
Gonçalo G. MouraDavid Ribeiro não, é mesmo o Egipto e a Jordânia abrirem as fronteiras e deixarem os árabes da zona escolherem onde morar...
Jorge Rodrigues - Então os palestinianos que denunciem e expulsem o hamas!!! Tao simples como isso…
Be Maria Eugénia - Não esquecer que o Hamas venceu as eleições com maioria!!
Jorge De Freitas Monteiro
São os próprios manifestantes que as confundem. Em Londres ontem (mas também noutras manifestações noutras cidades europeias) estavam bem presentes bandeiras, cartazes e slogans de organizações terroristas e jiadistas.

  Dois Estados é a única saída para o eterno conflito Israel-Palestina
Captura de ecrã 2023-10-21 145102.png

Jose PauperioEu não acredito !
Rafael Pinto Borges
Kushner não propôs um Estado; propôs uma série de ghettos internacionalmente reconhecidos. Um projecto absolutamente vil.
David RibeiroRafael Pinto Borges... mas Kushner já não manda nada e provavelmente não voltará a mandar. Tem que haver soluções para dois Estados.
Rafael Pinto Borges - A proposta que partilha foi dele. Naturalmente, não colheu o menor interesse da parte dos árabes. É um insulto.
David Ribeiro - Sem dúvida, Rafael Pinto Borges... mas a partilha deste mapa foi unicamente ilustrativa da "dificuldade" da solução DOIS ESTADOS.
Cristina Vasconcelos PortoNão creio que o Hamas esteja interessado nessa solução.
Miguel Soeiro de LacerdaDe ambas as partes existe muito ódio. Daí a convivência pacífica será sempre difícil
Jose RiobomSe se tratasse de uma luta de gangs toda a gente acharia "normal" e pediria a intervenção da polícia... O problema é que as "esquadras" nunca se entenderão.... O mapa, o papel e o lápis nunca serviram para traçar fronteiras eficazes em ódios de séculos civilizacionais e religiosos. Enquanto os grandes "Sheriffe's" mundiais não se entenderem e mantiverem na linha os seus pequenos "delegados" a espiral da guerra sem fim dará um passo em frente diária, perigosa e inexorávelmente. É tudo uma questão de tempo....




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