Há mau criminosa em muitos dos incêndios florestais?... Claro que há, mas não "amandemos" com as culpas todas para os pirómanos, pois as autarquias têm muita culpa na forma como só se lembram de Santa Bárbara quando troveja.
Não me considero um "expert" na matéria, mas os dois anos e meio (1972-74) em que comandei em ações de prevenção e ataques a incêndios um grupo de Sapadores do Batalhão de Engenharia n.º 3 em Santa Margarida, dizem-me que os incêndios se combatem "antes de...". Era o que fazíamos... prevenção... prevenção... e mais prevenção. Só depois combate.
Albertino Amaral - Em concreto, se há mão criminosa nestes incêndios, então só se reconhece em quem os provocou, a responsabilidade do acto. As autarquias, são Governo, e como tal, a culpabilidade que se lhe atribui, nós já sabemos. Por isso, estas entidades não têm legitimidade moral, para os condenar exemplarmente. Daí, a passividade.... Isto virou negócio, quer queiramos, quer não.......Ponto.
David Ribeiro - Albertino Amaral... não só, mas também.
Albertino Amaral - David Ribeiro O que é mais curioso, é que o calor começou, há já algum tempo, e nada de anormal se passou. A partir do momento em que se começa a falar muito sobre os incêndios e a sua época, eis que começa o " teatro "..... logo iniciam-se as operações.... Ora bolas.......
David Ribeiro - Albertino Amaral... Com atrás lhe disse, no meu tempo de "bombeiro militar" além da curriqueirice diária de apagar fogos provocados nas pistas dos exercícios de bombardeamentos aéreos ou de carros de combate M46, o nosso tempo de trabalho incluía a limpeza com bulldozers (DC6 e DC8) das matas das freguesias limítrofes do Campo Militar de Santa Margarida antes da época crítica dos incêndios.
Albertino Amaral - Outros tempos meu amigo. Tempos de noção de responsabilidade e organização. 1972 - 1974, era outra era, outra mentalidade. Nada comparável com o hoje. Nunca, mas nunca nada mais, será como já foi..... Pode ser que não seja para o nosso tempo, mas a ser " negócio ", isto vai correr mal, um dia........Escreva, meu caro.........
Isabel Sousa Braga - Em Espanha queixam se só mesmo, fogos postos. Cambada
Jose Luis Soares Moreira - Totalmente de acordo
Albertino Amaral - Na sequência da JMJ e das palavras do Papa bem como no espírito que durante aquela semana imperou por Lisboa e por todo o país em geral, era lindo ver aquela malta toda que está na Zambujeira do Mar, para assistir aos concertos musicais, ir dar uma boa ajuda a apagar os incêndios que por aquelas bandas lavram.....! Como ? Achas ? Eu não sou bombeiro, meu.......sssssss
David Ribeiro - Deixem os combates a incêndios para quem sabe... voluntários, por mais boa vontade que tenham, normalmente só atrapalham.
Nestes dias em que as tv's nos dão notícias dos incêndios que assolam uma grande parte do território nacional, dou comigo a recordar a época em que em Santa Margarida (anos de 1972 a 74) integrava um grupo da Segunda Companhia de Sapadores do «Bat.Eng.3» que tinha como função não só a proteção contra incêndios de todo o Campo Militar mas também atuava em incêndios florestais nos concelhos e freguesias limítrofes desta grande infraestrutura militar. Uma bela sexta-feira ao fim da tarde, em data que já não consigo precisar, estava eu a preparar-me para passar o meu serviço a um camarada que não ia de fim-de-semana e rumar eu a casa, quando um helicóptero pousou na parada do quartel, coisa estranha, pois em Santa Margarida havia um grande e bem equipado heliporto. Desci à parada e fiquei a saber que teríamos que prestar os nossos serviços num grande incêndio florestal na área de Ponte de Sor. Imediatamente, e já que eu nunca tinha andado de helicóptero, disse ao nosso Segundo Comandante, que me disponibilizava para seguir com esta aeronave, para reconhecimento do terreno... que não, disse o Major, no helicóptero seguiria um graduado da especialidade de Operador de Terraplanagem, para melhor determinar onde poderíamos atuar... e eu seguiria por estrada comandando as duas DC-6 que seriam transportadas em dois camiões Hanomag Henschel. E pronto... lá fui eu e a minha equipa numa longa viagem por estrada, mais umas largas horas de limpeza de terrenos, sempre com o fogo relativamente perto mas sempre em segurança de pessoal e máquinas.
E não andei de helicóptero...
Fiquei a saber ontem, numa curta conversa no elevador com uma das duas muito queridas jovens suas filhas, que este piloto é um dos meus vizinhos. Parece que, felizmente, a fisioterapia de recuperação às múltiplas fraturas está a correr bem.
O Minho - 1set2022 às 21h10
O piloto do helicóptero que se despenhou ao final da tarde de hoje quando combatia um incêndio no concelho de Amares, “está consciente e colaborante”, disseram à agência Lusa fontes de socorro. Segundo estas fontes, a equipa médica já está junto do piloto. Fonte ligado ao setor da aviação acrescentou à Lusa, pelas 21h00, que o piloto ainda se encontrava encarcerado no helicóptero, dando conta de que a viatura de desencarceramento não conseguia chegar ao local do acidente. A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEP) confirma que “o piloto comandante se encontra consciente, estando a ser avaliado pela equipa de socorro”.
Cerca de 10.000 hectares arderam até esta quinta-feira [11ago2022] na Serra da Estrela, onde desde sábado [6ago2022] lavra o incêndio que começou na Covilhã, segundo o sistema de vigilância europeu Copernicus. De acordo com a informação disponível no Copernicus, até quarta-feira [10ago2022] tinham ardido 9.532 hectares na região da Serra da Estrela. Na terça-feira [9ago2022], o vice-presidente da Câmara da Covilhã tinha dito que o incêndio que deflagrou no sábado em Garrocho (Covilhã) já tinha consumido cerca de três mil hectares de floresta e mato no concelho. Segundo a informação provisória recolhida até esta quinta-feira [11ago2022] e disponível no site do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), já arderam este ano 74.304 hectares em espaços rurais, sendo que metade são povoamentos florestais, 41% representa área ardida de mato e 9% área agrícola. No total, segundo a mesma fonte, este ano já foram registadas 8.184 ocorrências. No início da semana, o último relatório do ICNF, que não incluía o incêndio que deflagrou no sábado na Covilhã, indicava um total de 58.354 hectares de área ardida até 31 de julho.
Ao sexto dia de combate às chamas na Serra da Estrela, o Ministério da Administração Interna (MAI) admite que "foram identificadas situações que, do ponto de vista operacional e dadas as características do incêndio, poderão necessitar de ajustamentos" que, assegura a tutela, "estão já a ser objeto de avaliação". Ainda assim, refere o Governo no comunicado enviado esta quinta-feira às redações, "a complexidade deste incêndio desencadeou uma mobilização de meios excecional, estando neste momento empenhados um total de mais de 1.500 operacionais, apoiados por 465 veículos, 14 meios aéreos e 16 máquinas de rasto, o que representa um novo reforço de meios face ao dia de ontem". O comando das operações "está a ser assegurado através do Centro Tático de Comando da ANEPC, instalado e operacionalizado no terreno", acrescenta ainda o MAI. Garantindo que está a acompanhar a evolução do incêndio, o Governo refere que a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, tem está em contacto com os autarcas da Covilhã, Gouveia, Guarda e Manteigas, com quem reuniu "ontem e hoje, por videoconferência". Nesse encontros estiveram também presentes responsáveis da ANEP), "que efetuaram um briefing detalhado sobre a situação operacional no terreno".
Ao fim do dia de ontem tivemos a triste notícia da morte de André Serra, o piloto do avião anfíbio de combate a incêndios que caiu em Foz Côa. O piloto seguia sozinho a bordo do avião anfíbio Fire Boss quando perdeu o controlo da aeronave que tinha acabado de reabastecer de água no rio Douro. O alerta foi dado cerca das 20 horas, para a freguesia de Castelo Melhor, em Vila Nova de Foz Côa. Para o local - uma vinha da Quinta do Crasto, numa encosta entre Orgal e Castelo Melhor, junto à EN 222, a alguns metros das margens do rio Douro - seguiram de imediato 52 operacionais, 15 viaturas e três meios aéreos: um helicóptero do INEM, um meio de busca e salvamento da Força Aérea Portuguesa e um helicóptero de coordenação da Proteção Civil. O corpo do piloto português foi encontrado carbonizado dentro do aparelho.
Comunidado da Presidência da República (15jul2022)
Foi com pesar que o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa recebeu a notícia do falecimento do Comandante Piloto André Serra, durante o combate a um incêndio no teatro de operações de Torre de Moncorvo, Bragança. O Comandante André Serra será recordado pela sua coragem, bravura e dedicação ao serviço. À família enlutada, amigos e camaradas da Força Aérea Portuguesa - ramo das Forças Armadas onde serviu Portugal - apresenta o Presidente da República as suas sentidas condolências, nesta hora igualmente difícil para todos os operacionais do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais.
António Costa na rede social Twitter (15jul2022)
O adeus ao piloto André Serra
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, participou no domingo [17jul2022], na capela da Força Aérea, em Lisboa, na missa de corpo presente do piloto de combate aos incêndios que morreu num acidente na sexta-feira, em Foz Coa, distrito da Guarda. O Governo esteve representado nas cerimónias fúnebres pelo ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro. Marcelo Rebelo de Sousa tinha estado presente no velório, no sábado à noite. O funeral seguiu, pelas 14 horas, para o cemitério de Barcarena, Oeiras, onde o piloto foi cremado.
Dez acidentes e nove mortes com aeronaves em combate a incêndios em Portugal desde 2009 (Fontes: Agência Lusa e Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários - GPIAAF)
2022
7 julho, Foz Coa, distrito da Guarda: Um avião anfíbio "Fire Boss", de combate a incêndios, despenhou-se em Castelo Melhor, concelho de Foz Côa. O piloto morreu na queda do avião.
2020
8 agosto, Lindoso, Ponte da Barca, distrito de Viana do Castelo: Um avião anfíbio pesado (Canadair CL215) que fazia parte do dispositivo de combate a incêndios rurais despenhou-se na zona do Lindoso, Ponte da Barca, distrito de Viana do Castelo, quando combatia um incêndio na Serra do Gerês, provocando um morto e um ferido grave. Em 21 de setembro, morreu o co-piloto do avião envolvido neste acidente.
2019
5 setembro, Sobrado, Valongo, distrito do Porto: Um helicóptero AS350-B2 colidiu com linhas elétricas e despenhou-se quando combatia um incêndio em Sobrado, Valongo, distrito do Porto, causando a morte ao piloto Noel Ferreira, de 36 anos, também piloto da Força Aérea e comandante dos Bombeiros Voluntários de Cete, em Paredes, distrito do Porto.
4 setembro, Pampilhosa da Serra, distrito de Coimbra: Um helicóptero ficou parcialmente destruído depois de cair durante a descolagem na Pampilhosa da Serra para combater um incêndio no distrito de Castelo Branco. O acidente deveu-se a um erro do piloto, que pensava estar a operar um modelo diferente daquele que realmente pilotava, concluiu Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF).
3 julho, barragem de Castelo de Bode: Um avião ligeiro de combate a incêndios ficou destruído quando abastecia água na barragem de Castelo de Bode. O acidente deveu-se ao facto de o piloto não ter recolhido o trem de aterragem, concluiu o GPIAAF.
2017
20 agosto, Cabril, Castro Daire: Um helicóptero da empresa Everjets caiu, tendo provocado a morte ao piloto, em Cabril, Castro Daire, distrito de Viseu, quando combatia um incêndio florestal.
2015
8 agosto, Arcos de Valdevez: Um helicóptero ligeiro de combate a incêndios despenhou-se quando regressava de um fogo em Miranda, Arcos de Valdevez, e duas pessoas ficaram feridas.
29 junho, Paços de Ferreira: Um helicóptero ligeiro da Proteção Civil caiu na localidade de Lamoso, concelho de Paços de Ferreira, quando estava a reabastecer-se de água numa lagoa para combater um incêndio naquela localidade, causando ferimentos ao piloto.
2012
3 setembro, Ourém: A queda de um helicóptero de combate ao fogo junto ao parque de merendas de Espite, no concelho de Ourém, fez dois feridos ligeiros.
19 julho, Beja: Registada amaragem de um avião anfíbio, que participava no combate ao incêndio em Tavira na albufeira do Roxo, devido a uma falha técnica, sem causar vítimas.
2009
12 agosto, Fundão: Um avião de combate a incêndios aterrou de emergência em Ferreiras, concelho de Fundão. Os dois tripulantes saíram ilesos.
"Hoje será o dia mais grave em termos de temperaturas, com o aumento do vento de leste e uma humidade baixa", disse António Costa, sublinhando que é preciso "mais cuidado do que nunca para evitar novas ocorrências" esta quinta-feira.
Número total de incêndios rurais: 54 (15 em curso, 8 em resolução e 31 em conclusão)
Número total de operacionais mobilizados: 3.606
Número total de viaturas operacionais mobilizadas: 1.087
Número total de meios aéreos mobilizados: 30
11h38 de hoje - Fogo que começou em Vilar de Mouros, em Caminha, em fase de resolução. O incêndio que deflagrou na quarta-feira em Vilar de Mouros, concelho de Caminha, no distrito de Viana do Castelo, está em resolução depois de uma “noite de sobressalto” devido a reacendimentos, disse esta quinta-feira o presidente da Câmara. “Passámos uma noite de sobressalto porque, apesar de haver algum controlo sobre o fogo, havia muitos fogachos que se reacendiam e isso junto a casas é igual a sobressalto”, afirmou à agência Lusa o socialista Miguel Alves. O autarca referiu que, pela manhã, a “situação estava mais controlada”, realçando ainda a mobilização de um meio aéreo (helicóptero ligeiro) que, “logo à primeira hora do dia”, foi até Lanhelas onde andou a “apagar fogo atrás das casas que estavam mais ameaçadas”. “A situação neste momento é de alguma serenidade e a sensação de controlo. As equipas vão manter-se posicionadas, algumas foram rendidas, e as equipas municipais quer de sapadores, quer de funcionários com cisterna estão também no local, porque achamos que a tarde pode ser complicada, com algum vento a entrar de sul”, explicou Miguel Alves. O incêndio teve início pelas 14h00 de quarta-feira, em Vilar de Mouros, estendeu-se a Lanhelas, obrigou ao corte durante quase cinco horas da Autoestrada 28 (A28) e foi dado como estando em resolução pelas 10h00 de hoje. Miguel Alves disse que o fogo queimou “muita floresta”, que circunda a nascente de Vilar de Mouros e de Lanhelas, e referiu que “estiveram sob ameaça não só casas, como também pequenas fábricas, carpintarias e até um armazém de pirotecnia”. “E tudo foi debelado”, frisou. O autarca apontou que durante o combate a este incêndio três bombeiros tiveram de “ser retirados”, na quarta-feira, por “alguma exaustão”, pois vinham já de outro fogo em Lindoso (Ponte da Barca), e um outro bombeiro de Vila Praia de Âncora sofreu uma fratura óssea, durante uma mudança de um pneu de um camião.
11h45 de hoje - Fogo corta EN101 que liga Amarante à Régua. Há pontos de "visibilidade totalmente nula". Incêndio deflagrou às 6h28 e abrange três freguesias de dois concelhos. A densidade de fumo e a proximidade da estrada já obrigou ao corte da Estrada Nacional 101, estando a consumir uma zona de mato. No local estão 107 operacionais, apoiados por 28 veículos e 3 meios aéreos.
12h31 de hoje - Um incêndio que começou ao início da manhã de hoje em Baião, no interior do distrito do Porto, alastrou, entretanto, ao vizinho município de Amarante, com três frentes ativas, informou fonte dos bombeiros. Pelas 11h45, segundo o comandante dos Bombeiros Voluntários de Baião, Alexandre Pinto, as chamas estavam a ser combatidas por cerca de uma centena de bombeiros, de 10 de corporações da região Norte, apoiados por 28 veículos e três meios aéreos. O incêndio deflagrou na localidade de Teixeira, em Baião, tendo o alerta sido registado às 06h28. O comandante referiu que a principal frente de fogo ativa está a dirigir-se para Carneiro e Murgido, em Amarante. Alexandre Pinto acrescentou não haver casas ou outras estruturas em perigo, sublinhando: "Os bombeiros não vão deixar que isso aconteça”.
15h20 de hoje - GNR deteve homem na Trofa que ateava fogo no mato para queimar cobre. Um homem de 50 anos foi hoje detido na Trofa por atear fogo em zona de mato para queimar cobre, o que viola a situação de contingência em que se encontra o país, revelou hoje em comunicado a GNR. A detenção ocorreu após uma denúncia de que o homem estava a atear fogo para queimar cobre, tendo o indivíduo sido apanhado quando já se encontrava em fuga e com um saco que continha no seu interior pedaços de cobre ainda quentes, descreve a Guarda. Após ter sido intercetado, o homem “confirmou a veracidade dos factos”, motivo que levou à sua detenção, tendo sido apreendido um isqueiro, acrescenta a nota de imprensa. Fonte da GNR revelou à Lusa que “não chegou a haver incêndio, tendo a fogueira sido apagada pelos militares da Guarda com o apoio da Polícia Municipal”. O detido vai ser presente hoje ao Tribunal Judicial de Santo Tirso.
15h59 de hoje - Fogo de Baião com três frentes ativas. O fogo de deflagrou numa zona de mato em Baião está com três frentes ativas. Cerca das 15h43, estavam no local 129 operacionais, acompanhados por 39 meios terrestres e um meio aéreo.
Número total de incêndios rurais: 71 (19 em curso, 9 em resolução e 43 em conclusão)
Número total de operacionais mobilizados: 3.975
Número total de viaturas operacionais mobilizadas: 1.195
Número total de meios aéreos mobilizados: 22
(Foto de Paulo Cunha da Agência Lusa)
Capa do Público de hoje
IPMA às 13h31 de hoje
Ponto de situação dos incêndios rurais em Portugal às 14h20 de hoje (Fonte: site da Proteção Civíl)
Durante uma operação de "scooping" (reabastecimento de depósito de água) no combate ao incêndio nas margens da barragem do Alto Lindoso, no Parque Nacional da Peneda-Gerês, caiu esta manhã, pelas 11h16, um avião anfíbio pesado Canadair CL215 e há dois feridos muito graves, um piloto português e um copiloto espanhol.
13h46 de hoje
Morreu piloto português do Canadair que se despenhou no Gerês. Segundo informação da Proteção Civil o piloto, de nacionalidade portuguesa - Jorge Jardim de 65 anos - morreu no local, apesar das tentativas realizadas pelos elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), enquanto o segundo piloto, de nacionalidade espanhola e de 39 anos, foi assistido no local e transportado em "estado grave" para o Hospital de Braga (inicialmente tinha sido noticiado que ia para o Hospital de Viana do Castelo).
16h21 de hoje
Segundo o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) a investigação ao acidente com o ‘Canadair’ que se despenhou hoje durante o combate ao incêndio no Parque Nacional da Peneda Gerês, causando um morto e um ferido grave, é da responsabilidade de Espanha devido ao facto de o acidente ter acontecido em território espanhol. Inicialmente pensava-se que a aeronave tinha caído em território nacional, mas a Autoridade Nacional e Emergência e Proteção Civil (ANEPC) indicou que o acidente “ocorreu em território espanhol, a cerca de um a dois quilómetros da fronteira portuguesa”.
14h34 de 9ago2020
O copiloto da aeronave que caiu ontem quando combatia o incêndio no Parque Natural da Peneda-Gerês "está estabilizado e fora de perigo", segundo revelou à Lusa fonte do hospital de Braga. Recorde-se que o espanhol de 39 anos foi o único sobrevivente.
Canadair CL 215
Muito já se disse e ainda muito mais se dirá sobre o trágico acontecimento na Serra da Agrela, em que 52 cães e dois gatos morreram num incêndio que atingiu um abrigo que acolhia inúmeros animais. A lei em vigor (n.º 8 de 2017) é um absurdo e é tempo de se legislar com pés e cabeça, até porque os animais o merecem.
Clube Português de Canicultura
COMUNICADO - Incendio no canil em Santo Tirso
O Clube Português de Canicultura lamenta profundamente a tragédia ocorrida na Serra da Agrela, Sto Tirso, que afectou a espécie que tanto acarinhamos, dum modo inaceitável.
O CPC espera que todos os contornos desta tragédia sejam apurados e que os responsáveis sejam exemplarmente punidos.
Paula Santos, Diretora-adjunta do Expresso
Ao todo morreram 66 pessoas, nove eram crianças. O incêndio começou num sábado à hora do almoço sem que ninguém o travasse nas horas que se seguiram. Galgou muros, ruas, atravessou casas, espalhou-se pela floresta e pelo mato, apanhou tudo e todos de surpresa e alimentou-se de falhas de outros tantos. A começar pelos serviços de emergência e segurança, sob alçada do Estado.
A Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária (PJ) está esta manhã a realizar buscas em vários locais, por causa da polémica compra das 70 mil golas anti-fumo para as populações, no âmbito da do programa "Aldeia Segura". Em causa, estão os crimes de participação económica em negócio e desvio de subsídio.
15h00 de hoje
O secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, demitiu-se esta quarta-feira, anunciou o ministério da Administração Interna em comunicado: "Na sequência do pedido de exoneração, por motivos pessoais, do Secretário de Estado da Proteção Civil, o Ministro da Administração Interna aceitou o pedido e transmitiu essa decisão ao Primeiro-Ministro".
15h40 de hoje
A Polícia Judiciária também realizou buscas na casa do presidente da Proteção Civil, Carlos Mourato Nunes, na sequência do caso das golas inflamáveis. Foi uma das oito buscas domiciliárias que a PJ realizou esta quarta-feira.
16h10 de hoje
Secretário de Estado da Proteção Civil constituído arguido por fraude e corrupção relativos a fundos europeus. Isto acontece na sequência das buscas no Ministério da Admnistração Interna relacionadas com a compra das 70 mil golas antifumo para as populações.
11h45 de 19set2019
O presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Mourato Nunes, foi constituído arguido no âmbito da investigação ao negócio das golas antifumo, juntamente com o secretário de Estado José Artur Neves, segundo fonte ligada ao processo.
15h00 de 19set2019
Numa nota enviada à comunicação social pela ANEPC, o tenente-general Mourato Nunes confirma que na manhã de quarta-feira foi constituído arguido, num inquérito que investiga suspeitas de fraude na obtenção de subsídio, de participação económica em negócio e de corrupção, nos contratos dos programas "Aldeia Segura, Pessoas Seguras", nos quais foram distribuídos cerca de 70 mil ´kits´ com as golas anti-fumo, e "Rede Automática de Avisos à População" (SMS). "Como teve oportunidade de transmitir a toda a estrutura da ANEPC, Mourato Nunes não concede nas imputações invocadas quanto ao seu envolvimento em quaisquer que possam ser os factos deste processo", lê-se na nota, não referindo, contudo, se vai permanecer no cargo.
14h35 de 22set2019
Francisco Ferreira, líder do PS de Arouca e antigo adjunto do agora ex-secretário de Estado da Proteção Civil, tornou-se no terceiro arguido no caso das golas antifumo, por ter sido quem indicou nomes de empresas à Proteção Civil para as aquisições feitas no âmbito do programa "Aldeia Segura, Pessoas Seguras". O jovem, de 30 anos e padeiro de profissão, foi alvo de uma das oito buscas domiciliárias do Ministério Público e da Polícia Judiciária, na ultima quarta-feira. A operação abrangeu ainda outras 46 buscas não domiciliárias - como a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), várias empresas e diversos comandos distritais de operações de socorro (CDOS).
Um helicóptero de combate a incêndios pertencente à HeliBravo e ao serviço da Afocelca, associação de empresas de celulose, caiu esta quinta-feira à tarde, na zona de Sobrado, Valongo, causando a morte ao piloto [Capitão da Força Aérea Portuguesa e também Comandante dos Bombeiros Voluntários de Cete], que era o único ocupante da aeronave. Segundo testemunhas contactadas no local o helicóptero, depois de deixar cinco tripulante no solo, colidiu com um cabo de alta tensão, deu-se uma explosão e caiu.
(Imagem de satélite de 13 de Agosto onde é possível ver o fumo dos fogos na floresta amazónica)
Sempre houve incêndios na floresta amazónica mas é preocupante o impacto negativo da desflorestação ilegal e queimadas não autorizadas que se têm verificado nos últimos meses. Em comparação com o mesmo período do ano passado o número de fogos no Brasil cresceu 82% este ano, tendo o país registado mais de 71 mil focos de incêndio até ao passado domingo. Segundo o Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o bioma (conjunto de ecossistemas) mais afetado é o da Amazónia, com 51,9% dos casos, seguindo-se o cerrado – ecossistema que cobre um quarto do território do Brasil –, com 30,7% dos focos registados no ano. O cerrado é o segundo maior bioma brasileiro, ficando atrás em extensão apenas da floresta amazónica, com dois milhões de quilómetros quadrados.
Ontem, no Jornal das 8 da TVI, conhecemos a reportagem feita pela jornalista Ana Leal, com imagens de Tiago Eusébio e edição de imagem de João Ferreira. E eu pergunto: Segundo o Código Penal quantos anos de cadeia são devidos aos “artistas” da Câmara de Pedrógão Grande, nomeadamente para o presidente Valdemar Alves e o então vereador do Urbanismo Bruno Gomes?... E ao fim do dia de hoje já alguém ouviu algum comentário a esta reportagem por parte do Ministro da Administração Interna, Ministra da Justiça, Primeiro-Ministro ou mesmo do Presidente da República?
A associação IRA (Intervenção Resgate Animal) tem vindo a espalhar nas redes sociais o texto que abaixo transcrevo, mas a verdade não é esta, mas sim a que o médico veterinário Nuno Paixão nos diz. Já agora: A imagem não é de Monchique mas sim de uma lixeira a céu aberto numa favela brasileira.
IRA (Intervenção Resgate Animal)
**VERGONHA NACIONAL EM MONCHIQUE**
(FOTO ILUISTRATIVA)
(Noticia VERDADEIRA e relatada por amigos meus que estão no terreno! Nos arrancamos de Viana do Castelo este fim de semana para Monchique).
ANIMAIS PRIVADOS DE RESGATE SÃO DEIXADOS PARA MORRER E NÃO POR FALTA DE RECURSOS
"Um enorme grupo de associações, particulares e médicos veterinários voluntários montaram uma mega operação de intervenção e resgate de animais vítimas de incêndio para a qual tinham as devidas autorizações.
Montaram as tendas e iniciaram o trabalho que depressa deu frutos pois resgataram dezenas de animais entre os quais burros, ovelhas, galinhas, gatos e cães em articulação com as restantes entidades envolvidas.
Tudo corria bem até ao momento em que a segunda comandante operacional nacional da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) Patrícia Gaspar, recusa toda e qualquer ajuda veterinária na zona, e inclusive deu ordens para desmontar a tenda de apoio veterinário.
Qual não é o nosso espanto quando voluntários da Guarda chegam à Vila de Monchique e se deparam com um centro de operações onde impera a confusão. A Protecção Civil foi peremptória e diz que os animais não são prioridade e não passa ninguém. As poucas e reduzidas equipas que se encontram no terreno a resgatar animais fizeram-no sem autorização da Protecção Civil.
O mais caricato e que revela bem as prioridades neste país à beira mar plantado é o facto de o Veterinário Municipal andar no terreno a enterrar cadáveres de animais. Os vivos já nos deixaram claro que não são prioridade.
No centro de operações amontoam-se donativos. Não se permite sequer levar água e alimento aos animais da área afectada quanto mais resgatá-los.
No centro de operações existem alguns cães trazidos pelos donos ou que conseguiram chegar sozinhos ao Centro.
Os cães trazidos pelos donos ficaram no centro de operações porque evacuaram os donos de autocarro e não os permitiram fazer-se acompanhar do seu cão... pior do que isso foi nem sequer terem ficado com os dados dos detentores para que depois se lhes possa fazer chegar o animal. Tantos locais se ofereceram para acolher os animais e ninguém tem o cuidado de identificar os detentores. Os animais são duplas vítimas deste tipo de calamidade. Vitimas do incêndio e vítimas da indiferença!
Achámos que íamos encontrar equipas apoiadas para abeberamento, alimentação e resgate dos animais vítimas de incêndio. Afinal são voluntários preparados para ajudar.
Há veterinários de todo o país interessados em participar em intervenção e resgate animal em caso de incêndio mas para o Estado eles não são uma prioridade.
Sabemos que Joao Ferreira está no terreno e que um veterinário está a tratar de burocracias que lhe permitam entrar em propriedade privada para o resgate de alguns animais pois neste momento só podem resgatar os que conseguirem chegar até eles 😞
A equipa IRA - Intervenção e Resgate Animal está a organizar-se para seguir para o terreno para fazerem aquilo a que se propõem há muitos anos e não aceitam um não como resposta.
E nós também não! Afinal somos portugueses e os animais são nossos! Vamos apoiar o IRA e fazer chegar-lhes todos os donativos que fazem falta no terreno. Entre na página e informe-se acerca dos pormenores."
Médico veterinário Nuno Paixão / ANAFS (Associação Nacional dos Alistados das Formações Sanitárias)
ESCLARECIMENTO IMPORTANTE:
Corre nas redes sociais, uma informação de que a nossa 2.ª Comandante Operacional Nacional, da ANPC, Patrícia Gaspar. foi contraria e antagonista ao salvamento de animais. É MENTIRA, É MENTIRA!!!!
Se houve antagonismo ou repressão de alguns grupos de voluntário, de CERTEZA que não foram de Patrícia Gaspar. Pessoa competente, capaz, eficaz, comunicadora nata e dotada de uma grande sensibilidade humana e sensibilidade para com os animais e seu sofrimento.
A colaboração com a ANAFS, em concreto, foi maravilhosa e sempre cooperante. Houve uma altura que realmente, devido ao afluxo de grande numero de voluntários, foi necessário, por questões organizacionais e de segurança, impor algumas regras, normas e protocolos mas em momento algum o socorro a animais foi proibido.
A ANAFS nunca foi bloqueada, teve acesso a todas as áreas, cumprindo normas de segurança, com cooperação, colaboração e integração nos sistemas que actuavam no momento e no local.
Como em todas as situações desta natureza, há muito a melhorar, óbvio que sim, mas do ponto de vista de socorro animal, esta operação, foi a que maior apoio institucional tivemos. A cooperação, articulação, integração e inter ajuda, entre ANAFS, Sistemas de Protecção Civil e Médica Veteinária Municipal de Monchique, Dra. Ana Silva, foi EXCELENTE.
Espero que este post, seja tão partilhado ou mais do que o post injusto, difamatório e mesmo prejudicial para uma medicina veterinária de catástrofe séria, competente e eficaz que tanto lutamos desde 2007.
Se houve bloqueios aos grupos de voluntários, não digo que não possam ter havido, não foram da responsabilidade da nossa Comandante Operacional Adjunta, Patricia Gaspar, de quem só podemos afirmar que tivemos apoio, compreensão e ajuda institucional.
Obrigado a todos por tudo
A jornalista Ana Leal (com imagens de Romeu Carvalho e montagem de João Ferreira) tornou público na TVI o acto criminoso que está por trás do grande incêndio do Pinhal de Leiria entre 15 e 16 de Outubro do ano passado. Segundo esta reportagem o incêndio que consumiu 86% desta mata florestal do Estado terá sido planeado em reuniões secretas numa cave de um restaurante no mês anterior por madeireiros, empresários e fábricas de compra e venda de madeira, tendo sido também combinados na altura os preços da madeira consumida. A reportagem assinada pela Ana Leal revela que “o pinhal estava armadilhado” com vasos de resina com caruma no interior para iniciar as chamas. Embora não se tenham registado vítimas mortais na região do Pinhal de Leiria, os incêndios de Outubro provocaram 49 mortos e cerca de 70 feridos no país, além de terem destruído 1.500 casas e 500 empresas.
Vamos lá ver no que isto vai dar
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